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Genética do eixo HPA e marcas moleculares do estresse na dependência de crackRovaris, Diego Luiz January 2017 (has links)
A dependência de cocaína ou crack (DCC) é atualmente um grande problema de saúde pública, estando associada à violência urbana e marginalização social. A DCC é um transtorno psiquiátrico altamente influenciado pela genética, com uma herdabilidade estimada em 70%. Dessa forma, a identificação de fatores possivelmente envolvidos no curso desse transtorno é uma demanda de saúde pública emergente. Dentre os fatores biológicos, um grande número de evidências sugere o estresse, a partir da ação do eixo hipotálamo-pituitária-adrenal (HPA), como um mecanismo biológico envolvido na DCC. Mudanças na liberação de cortisol geradas por alterações do eixo HPA parecem ter um papel tanto na iniciação, quanto na manutenção e recaída ao uso de cocaína e crack. Além disso, o funcionamento do eixo HPA é individualmente heterogêneo e influenciado pelo alto grau de variabilidade nos genes que codificam as proteínas desse sistema. Dessa forma, a presente Tese de Doutorado teve como objetivo principal avaliar os efeitos de variações em genes que codificam proteínas do eixo HPA, marcas moleculares do estresse, eventos traumáticos sofridos na infância e suas potenciais interações e correlações na dependência de crack. A partir de duas amostras, uma de mulheres (n = 288) e outra de homens (n = 280) dependentes de crack, essa Tese pôde mostrar que variantes nos genes que codificam os receptores de mineralocorticoide (NR3C2), de glicocorticoide (NR3C1) e do hormônio liberador de corticotrofina (CRHR1) estão envolvidas em diversos aspectos da DCC, incluindo susceptibilidade, resposta ao tratamento de desintoxicação e gravidade dos sintomas de depressão. Variantes nesses genes também foram associadas com o histórico de adversidades sofridas na infância, incluindo relatos de abuso e negligência. Além disso, os efeitos de variantes genéticas do sistema de estresse nos níveis séricos do fator neurotrófico derivado do cérebro (BDNF) não foram detectados nos dependentes de crack, possivelmente devido à grande influência da DCC nos níveis dessa neurotrofina. No caso de marcas moleculares, como o encurtamento dos telômeros, nossos dados também sugerem que a DCC torna indetectável a bem conhecida associação entre envelhecimento celular precoce e transtorno depressivo maior, e isso pode estar relacionado ao grande tamanho de efeito que a DCC apresenta sobre essa marca molecular do estresse. Assim, os dados da presente Tese de Doutorado corroboram a hipótese inicial de que a variabilidade genética do sistema de estresse está associada à DCC. A partir de esforços gerados durante o desenvolvimento desse trabalho, uma nova perspectiva envolvendo análises de varredura genômica e epigenômica resultará, no futuro próximo, em uma maior compreensão dos mecanismos biológicos envolvidos no desenvolvimento e curso clínico da DCC. / Cocaine or crack addiction is currently a major public health problem, associated with urban violence, social marginalization, and early death. It is a psychiatric disorder highly influenced by genetics, presenting a heritability estimated at 70%. Thus, the identification of sociodemographic and biological factors possibly involved in the course of this disorder is an emerging public health demand, mainly in Brazil, the # 1 consumer of crack. Among the possible factors, a bulk of evidence suggests that stress, related to the action of the hypothalamicpituitary- adrenal (HPA) axis, is a biological mechanism involved in cocaine or crack addiction. Dysregulations in cortisol release generated by altered response of the HPA axis appear to play an important role on several aspects of this addiction, including initiation, maintenance, and relapse. Furthermore, the functioning of the HPA axis is individually heterogeneous and influenced by the high degree of variability in the genes coding the proteins of that system. Therefore, this Doctoral thesis aimed to evaluate the role of stress-related polymorphisms, childhood adversities, molecular signatures of stress, and their potential interactions and correlations on crack addiction. Using two clinical samples, one composed by crack addicted women (n = 288) and another by crack addicted men (n = 280), this thesis suggested that variants in genes coding the mineralocorticoid receptor (NR3C2), the glucocorticoid receptor (NR3C1) and the corticotropin releasing hormone receptor 1 (CRHR1) are involved in many aspects of crack addiction, including susceptibility, response to detoxification treatment, and severity of depression symptoms. Variants in these genes were also associated with a history of childhood adversities, including reports of abuse and neglect. Additionally, the effects of stress-related genetic variants on brain-derived neurotrophic factor (BDNF) serum levels were not detected in crack addicted patients, possibly due to the large influence of crack addiction on this neurotrophin levels. Regarding molecular signatures of stress, such as accelerated shortening of telomeres, our findings also suggest that crack addiction renders undetectable the well-known association between accelerated cellular aging and major depressive disorder, and this may be related to the large effect size that crack addition has on this molecular signature. Therefore, data from the present Doctoral thesis corroborates the initial hypothesis that the genetic variability in stress system-related genes is associated with crack addiction. The efforts employed in the development of this work also led to a new perspective involving genome and epigenome wide analyses, which will soon contribute to a better comprehension of the biological underpinnings involved in the development and clinical course of cocaine or crack addiction.
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Polimorfismos genéticos na região 8q24 (rs987525 e rs1530300) e no gene abaca4 (rs560426) em portadores de fissuras labiais e labiopalatinas não- sindrômicasAndréa do Rego Borges January 2013 (has links)
Submitted by Edileide Reis (leyde-landy@hotmail.com) on 2015-04-14T22:15:24Z
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Previous issue date: 2013 / As fendas labiais, labiopalatinas e palatinas são anomalias craniofaciais resultantes de defeitos na fusão dos processos craniofaciais. Estas alterações apresentam uma incidência variada e são mais comuns na forma não sindrômica. Este manuscrito tem como objetivo a realização de uma revisão da literatura sobre as fendas labiais e/ou palatinas não sindrômicas, com ênfase nos aspectos genéticos. Efetuou-se uma busca de artigos em bases de dados computadorizadas, como Medline, Lilacs e Pub Med. A seleção inicial de estudos potenciais foi determinada pela leitura dos títulos e resumos de cada artigo identificado. A seleção final dos artigos foi realizada pelos autores depois da obtenção e leitura dos artigos completos. Segundo a análise crítica dos artigos selecionados, observou-se que diversos genes e regiões cromossômicas foram associados às fendas orofaciais em estudos de larga associação genômica, a exemplo do IRF6, ABCA4, MAFB e região 8q24. Verificou-se que a etiologia das fissuras é multifatorial, com envolvimento de fatores ambientais e genéticos. Observou-se também forte interferência de fatores étnicos, principalmente em estudos do tipo caso-controle. Alguns polimorfismos identificados em estudos GWAS foram replicados e associados à população brasileira de fissurados, a exemplo dos polimorfismos rs987525, rs1530300 e rs560426. A etiologia das FL/PNS é multifatorial com forte interferência de fatores étnicos, por isso ultimamente, o estudo da ancestralidade genômica tem sido incorporado às pesquisas que associam os polimorfismos genéticos às fissuras.
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Identificação de variações de sequência no gene CFTR em pacientes com fibrose císticaKiehl, Mariana Fitarelli January 2010 (has links)
A fibrose cística (FC) é a doença autossômica recessiva mais comum em euro-descendentes, com uma incidência estimada de 1 caso a cada 2.500 nascimentos. A FC é uma doença multissistêmica, caracterizada principalmente por doença pulmonar progressiva, disfunção pancreática exócrina e concentração elevada de eletrólitos no suor. O gene associado a essa doença é denominado CFTR e se localiza no cromossomo 7, sendo dividido em 27 éxons. Até o momento, mais de 1.600 variações de sequência foram identificadas no gene CFTR, sendo que a mutação F508del é a mais frequente entre os pacientes de FC. No Brasil, a frequência da F508del não é tão elevada, devido provavelmente à miscigenação e, consequentemente, o locus CFTR apresenta maior heterogeneidade alélica. Este fato dificulta o diagnóstico molecular dos pacientes com FC e metodologias de varredura para a detecção de mutações precisam ser utilizadas. O objetivo deste trabalho foi identificar alterações em regiões codificantes do gene CFTR em pacientes com FC provenientes da região sul do Brasil, através de análise de dissociação em alta resolução (HRM) e sequenciamento de DNA. Onze éxons e regiões adjacentes foram analisados por HRM e 10 alterações de sequência diferentes foram detectadas (R75Q, R334W, F508del, 1717-1G>A, G542X, R553X, 1812-1G>A, A561E, G576A e N1303K). Além disso, uma alteração denominada L453X, ainda não descrita na literatura, foi identificada em um paciente de FC através do sequenciamento do éxon 9 do CFTR. A região polimórfica (TG)nTm presente no íntron 8 foi caracterizada e nenhum paciente apresentou a variante alélica contendo 5T. Através da estratégia utilizada, 30 dos 52 alelos mutantes (57,7%) nos 26 pacientes incluídos nesse estudo foram identificados. O genótipo de 7 (26,9%) pacientes foi definido e alteração em um dos alelos mutantes foi identificada em 16 (61,6%) pacientes. Portanto, a aplicação do método HRM foi eficaz para identificação de variações de sequência em regiões do gene CFTR na amostra estudada. O método pode ser expandido para análise de toda a região codificante desse gene e, posteriormente, ser usado como metodologia de escolha para diagnóstico molecular de pacientes com suspeita clínica de FC, seja em casos sintomáticos como em programas de triagem neonatal. / Cystic fibrosis (CF) is the most common autosomal recessive disease in euro-descendents with an estimated incidence in 1 case in each 2,500 live births. CF is a multisystem disease, characterized mainly by progressive obstructive pulmonary disease, pancreatic insufficiency, and high electrolytes levels of electrolytes in sweat. The gene responsible for CF, named CFTR, is located on chromosome 7 and is organized into 27 exons. Up to date, more than 1,600 sequence variations have been reported in CFTR, and the F508del mutation is the most frequent worldwide. In Brazil, F508del frequency is lower than in other countries probably due to population admixture. This indicates that CFTR locus can be more heterogeneous. Therefore, CF molecular diagnosis can be very hard and new methods for mutation scanning would be useful to improve this task. The aim of this work was to identify allelic variants in CFTR coding regions of CF patients from South Brazil through high-resolution melting (HRM) analysis and DNA sequencing. Eleven exons and adjacent regions were analyzed by HRM, and 10 different sequence variants were identified (R75Q, R334W, F508del, 1717-1G>A, G542X, R553X, 1812-1G>A, A561E, G576A and N1303K). A novel variant (L453X) was detected in CFTR gene through exon 9 DNA sequencing, besides these known mutations. The polyvariant (TG)nTm region at intron 8 was also analyzed and 5T allelic variant was not present in any allele. The strategy described above was able to identify 30 out of 52 CF mutant alleles (57.7%) in 26 patients. Genotype of 7 (26.9%) patients was defined and mutation in one mutant allele was identified in 16 (61.6%) patients. Therefore, application of HRM analysis was efficient to detect sequence variations in specific regions of CFTR gene in this sample population. The methodology can be expanded to cover the whole coding region of this gene. Subsequently, this methodology can be adapted to be applied in the molecular diagnosis of symptomatic CF cases as well as samples from neonatal screening programs.
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Polimorfismo G-699C en la región promotora del receptor B1 de bradikinina y tos inducida por enalaprilPennanen Saavedra, Christian January 2005 (has links)
Memoria para optar al título de Químico Farmacéutico / Las enfermedades cardiovasculares son la primera causa de morbilidad y mortalidad en Chile.
Según un estudio de morbilidad percibida del país, la hipertensión arterial (HTA) ocupa el primer
lugar de causa de consulta a nivel primario, con una prevalencia de un 15%.
Los inhibidores de la enzima convertidora de angiotensina (IECAs), como el enalapril, son un
grupo de fármacos ampliamente utilizados para el control de la HTA. Por un lado impiden la
conversión de angiotensina I en el péptido vasoactivo angiotensina II y por otro producen
acumulación de BK, al impedir su degradación. Como otros medicamentos, los IECAs presentan
reacciones adversas que pueden limitar su uso, entre estas reacciones se encuentra la tos y el
angioedema. La primera es más frecuente, desarrollándose aproximadamente en un 20% de los
pacientes y en algunos casos lleva a la suspensión del tratamiento. Los mecanismos por los cuales
se produce la tos no se conocen, pero se piensa que sería relevante la acumulación de BK producida
por los IECAs.
La BK es un péptido vasodilatador que ejerce sus efectos a través de dos subtipos de receptores
(B1 y B2), pertenecientes a la familia de receptores acoplados a proteína G. El receptor B2 se
expresa en condiciones fisiológicas y tiene carácter constitutivo, mientras que el receptor B1 se
encuentra generalmente ausente en tejidos normales, pero es rápidamente inducido después de
algunos tipos de injurias bajo los efectos de citocinas y factores de crecimiento. Se conoce la
existencia de dos polimorfismos para el receptor B1 de BK, uno en el exón 3 A1098G y otro en la
región promotora G-699C, este último determina un aumento de la actividad promotora para el gen.
Un estudio reciente postula que los IECA podrían actuar directamente sobre el receptor B1 de
BK debido a la existencia en el segundo loop extracelular de una secuencia específica que
determina un dominio de unión a zinc (HEXXH). Este tipo de secuencia está presente en el sitio
activo de algunas metalopeptidasas como la ECA y se encuentra altamente conservada en el
receptor B1 de distintas especies, pero no está presente en el receptor B2. Además otro estudio
focalizado a determinar la participación de ambos receptores en la producción de tos por IECAs
demostró que el receptor B1 desempeñaría un papel importante. El objetivo del presente estudio,
fue investigar la posible relación entre la manifestación de tos, producida por el consumo de
enalapril, y la presencia del polimorfismo G-699C, para lo cual se realizó un estudio de casos y
controles donde los casos fueron todos aquellos pacientes que presentaron tos atribuible al uso de enalapril como terapia antihipertensiva, y los controles fueron aquellos pacientes que no
presentaron tos por el uso del medicamento. La manifestación de tos se evaluó según los criterios
del equipo clínico y se agrupó en grado 1, 2 y 3 de acuerdo a su severidad. La determinación de la
presencia del polimorfismo G-699C, se realizó mediante PCR y posterior digestión con enzima de
restricción.
Se reclutó un total de 263 pacientes con una edad promedio de 63,8 ± 10,4 años, de los cuales
139 fueron casos y 124 fueron controles, además la proporción de mujeres en los casos fue
significativamente mayor (p = 0.018). El IMC promedio para el total del grupo correspondió al
rango de sobrepeso (28,3 ± 4,7 kg/m2).
Los casos presentaron una mayor tendencia a la manifestación de tos en grado 3, donde la
proporción de mujeres con este grado fue significativamente mayor (p = 0.041). La dosis de
enalapril más frecuentemente usada por los casos fue de 20mg/día y las diferencias encontradas
entre el grado de tos y la dosis diaria de enalapril, no fueron estadísticamente significativas (p =
0.346).
El genotipo GG represento la mayor proporción para el grupo en estudio (93,5%) y al comparar
la muestra estudiada con otras investigaciones, se observó una menor proporción para el genotipo
GC. El genotipo CC no fue encontrado en ningún paciente.
No se encontró relación entre la presencia del polimorfismo G-699C y la manifestación de tos
por enalapril (p = 0.311).
En forma paralela a la determinación del polimorfismo, se elaboró, mediante protocolo de
inmunización en hembras de conejos New Zealand, anticuerpos anti-BK y anti-ANG, para la
determinación plasmática de dichos péptidos y metabolitos asociados en un estudio futuro,
obteniéndose títulos adecuados para ambos anticuerpos.
Esta investigación contribuyó a descartar la participación del polimorfismo G-699C en la
producción de tos por el consumo de enalapril, sugiriendo que todavía falta mucho camino por
investigar / Cardiovascular diseases are the primary cause of morbidity and mortality in Chile. According
to a study of morbidity perceived of the country, arterial hypertension (HTA) occupies first place in
consultation movives at primary level, with a prevalence of a 15%.
The inhibitors of the converting enzyme of angiotensin (IECAs), like enalapril, are a drug group
widely used for the control of the HTA. In one aspect they prevent the conversion of angiotensin I
in the active peptide angiotensin II and by another one they produce accumulation of BK, when
preventing its degradation. Like other medicines, the IECAs presents adverse reactions that can
limit their use, included these reactions are the cough and angioedema. The former is more
frequent, ccurring approximately in a 20% of patients and in some cases leads to the suspension of
the treatment. The mechanisms by which the cough takes place are unknown, but it thinks that the
accumulation of BK produced by IECAs would be important.
BK is a vasodilator peptide to exerts its effects through two subtypes of receptors (B1 and B2),
they belong to the family of G protein-coupled receptors. B2 receptor it’s expressed in
physiological conditions and has constituent character, while B1 receptor is not in normal tissue
generally, but is induced quickly, after some kinds of injuries, under effects of cytokines and
growth factors. The existence of two polymorphisms for the B1 receptor of BK are known, one
could be found in exón 3 A1098G and the other one in promotional region G-699C, this last one
determines an increase of the promotional activity for the gene.
A recent study postulates that IECA could act directly on the B1 receptor of BK, because of the
existence in the second extracellular loop of a specific zinc-binding sequence (HEXXH). This type
of sequence is in the active site of some metalopeptidasas such as ECA, and is conserved highly in
the B1 receptor of different species, but is not present in the B2 receptor. Moreover, other research,
focused to determinate the participation of both receptors in cough production by IECA’s, shows to
B1 receptor would play an important role.
The objective of the present research was to investigate the possible relation between the
manifestation of cough, produced by the consumption of enalapril, and the presence of G-699c
polymorphism. An study of cases and controls was made, and “cases” were all those patients who
presented cough attributable to the use of enalapril, like antihypertensive therapy, and the
“controls” were those patients who did not present cough by the use of the medicine. The manifestation of cough was evaluated according to the criteria of the clinical equipment and it was
grouped in degree 1, 2 and 3, according to his severity. The determination of the presence of the G-
699C polymorphism was made by PCR, and later digestion with restriction enzyme.
A total of 263 patients was recruited with an average age of 63,8 ± 10.4 years, 139 were “cases”
and 124 were “controls”. Moreover, the women proportion in cases was significantly greater (p =
0,018). IMC average for the total of the group corresponded to the rank of overweight (28,3 ± 4,7
kg/m2).
The cases presented a greater tendency to the manifestation of cough in 3º degree, and the
proportion of women with this degree was significantly greater (p = 0,041). The dose of enalapril
used with more frequency by cases was of 20mg/day and the differences found between the degree
of cough and the daily dose of enalapril, were not significant statistically (p = 0,346).
GG genotype present the greater proportion for the group in study (93,5%) and when the sample
studied was compared with other investigations, was observed a smaller proportion for GC
genotype. CC genotype was not found in any patient.
Was not relation between the presence of the G-699c polymorphism and the manifestation of
cough by enalapril (p = 0,311).
Together with determination of the polymorphism, it was elaborated, by means of protocol of
immunization in females of rabbits New Zealand, antibodies anti-BK and anti-ANG, for the
plasmatic determination of these peptides and metabolites associated in a future study, obtaining
titles appropriated for both antibodies.
This investigation contributed to discard the participation of the G-699c polymorphism in cough
production by the enalapril consumption, suggesting lack much way to investigate
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Avaliação da influência de polimorfismos dos genes do receptor alfa2A- Adrenérgico e da subunidade beta3 da proteína G nas dependências de álcool e nicotina e transtornos associadosPrestes, Alexandre Porto January 2006 (has links)
Transtornos por uso de álcool e nicotina apresentam alta prevalência e estão entre os principais problemas de saúde pública. Na presente dissertação foram estudadas possíveis associações envolvendo os polimorfismos C-1291G do gene do receptor α2A-adrenérgico (ADRA2A) e C825T do gene da subunidade β3 da proteína G (GNB3) em amostras de indivíduos com (i) dependências de álcool e nicotina, (NADRA2A= 110; NGNB3= 109), dependência específica de nicotina (NADRA2A= 121; NGNB3= 117) e (iii) controles (NADRA2A= 114; NGNB3= 108). Na amostra de indivíduos com dependência de álcool também foram investigadas possíveis associações destes polimorfismos com outros transtornos mentais comórbidos. O DNA dos indivíduos foi amplificado através de reação em cadeia de polimerase, e os produtos clivados com enzimas de restrição específicas. A genotipagem foi realizada por eletroforese em géis de agarose ou poliacrilamida. Foi verificada uma associação entre o alelo G do polimorfismo C-1291G do gene ADRA2A com a dependência de nicotina (χ2= 7,18; p= 0,007). Não foram detectadas diferenças nas freqüências alélicas e genotípicas quanto ao polimorfismo C825T do gene GNB3 nos indivíduos com ou sem dependência. No entanto, os indivíduos com dependência de álcool e transtorno depressivo maior associado apresentaram maior freqüência do genótipo heterozigoto (χ2= 12,34; p= 0,002). Ambos os resultados positivos são consistentes com evidências obtidas em estudos prévios. / Alcohol and nicotine use disorders have high prevalence and are among the most important health problems in the world. In the present study we studied possible associations between the C-1291G polymorphism of the α2A-adrenergic receptor gene (ADRA2A) and C825T polymorphism of the G-protein β3 subunit gene (GNB3) in samples of individuals with (i) alcohol and nicotine dependencies (NADRA2A= 110; NGNB3= 109), (ii) nicotine dependence only (NADRA2A= 121; NGNB3= 117) and (iii) non-dependent controls (NADRA2A= 114; NGNB3= 108). In the sample of individuals with alcohol dependence, we also investigated possible associations of these polymorphisms with other comorbid mental disorders. The subjects DNA was amplified by the polymerase chain reaction. Products were digested with the specific restriction enzymes and genotyped by electrophoresis in polyacrylamide or agarose gels. The results showed an association between the G allele of the ADRA2A C-1291G polymorphism and nicotine dependence (χ2= 7.18; p= 0.007). No differences were found in allele and genotype frequencies of the GNB3 C825T polymorphism between subjects with or without dependencies. However, individuals with alcohol dependence and comorbid major depressive disorder presented a higher frequency of the heterozygous genotype (χ2= 12.34; p= 0.002). Both positive results are consistent with evidences obtained in previous studies.
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Associação entre personalidade e o polimorfismo 5HTTLPR do gene transportador de serotonina em pacientes com transtorno de pânicoWachleski, Cláudia January 2007 (has links)
Personalidade e temperamento têm sido frequentemente associados aos transtornos de ansiedade. Considerando a predisposição e vulnerabilidade, os traços de personalidade têm sido investigados como um possível fenótipo intermediário aos transtornos de ansiedade em estudos de genética. Pacientes com Transtorno de Pânico (TP) apresentam elevados escores em Evitação de Dano (ED), temperamento caracterizado por Cloninger como timidez e comportamento inibido para novos estímulos, e neuroticismo, quando comparados com indivíduos sem patologia psiquiátrica, mesmo na fase assintomática da doença. O polimorfismo da região promotora do gene transportador de serotonina (5HTTLPR) tem sido investigado em estudos de associação, evidenciando forte correlação com neuroticismo. Recentemente, evidenciou-se que a forma longa do polimorfismo 5HTTLPR possui uma variação gênica (Lg) que está ligada à diminuição de sua expressividade. O presente trabalho teve como objetivo investigar a associação entre o temperamento, a personalidade e os fatores genéticos no TP.Na primeira etapa deste estudo participaram 135 pacientes com TP emparelhados por sexo e idade com 135 controles sem transtorno psiquiátrico avaliados através do M.I.N.I. (Mini International Neuropsychiatric Interview – Brazilian version 5.0.0 – DSM IV) – uma entrevista estruturada que avalia de modo padronizado os principais transtornos psiquiátricos do Eixo I, de acordo com os critérios do DSM-IV. Para avaliação da personalidade foi utilizado o Temperament and Character Inventory (TCI). Uma sub-amostra deste estudo (n=67) também foi avaliada através do Minnesota Multiphasic Personality VI Inventory (MMPI). Pacientes com TP apresentaram maiores escores na escala de temperamento ED e menores escores nas escalas de caráter Auto Direcionamento (AD) e Cooperatividade (C) quando comparado ao grupo controle. Uma correlação positiva entre o temperamento de ED do TCI e as escalas da tríade neurótica (Histeria, Depressão, Hipocondria) do MMPI foi encontrada, sugerindo que esses constructos se referem, ao menos em parte, a características de personalidade intercambiáveis. Em uma segunda etapa, este estudo avaliou a associação entre o polimorfismo 5-HTTLPR no sistema trialélico e traços de personalidade neuróticos (tríade neurótica Hs, D, Hy - MMPI) em 67 pacientes caucasóides com TP em remissão. O critério de remissão para este estudo foi CGI (Clinical Global Impression) ≤ 2 e ausência de ataques de pânico. A personalidade foi avaliada através do MMPI, com a classificação dos escores em patológico (≥ 70), alto (de 55 à 69) e normal ou baixo (≤ 54). Os genótipos dos pacientes foram agrupados pelo nível de expressividade: Baixa Expressividade (SS, SLg e LgLg), Expressividade Intermediária (SLa, LgLa) e Alta Expressividade (LaLa). Não houve desvio significativo do equilíbrio de Hardy Weinberg (χ²=0.52, df=1, p=0.471). De acordo com a classificação trialélica, a distribuição dos alelos nestes pacientes foi: S 58 (43.3%), Lg 17 (12.7%) e La 59 (44.0%). Não houve diferenças significativas nas escalas do MMPI entre as diferentes classificações dos genótipos e nas análises dos alelos nesse estudo. Esse estudo conta com algumas limitações, entretanto, representa um dos primeiros estudos de genética a investigar a associação do polimorfismo 5HTTPLR e traços de personalidade em pacientes com TP em uma amostra brasileira. No futuro, amostras maiores serão necessárias para excluir influências menores do gene nesses traços, assim como outros polimorfismos e a utilização de outros constructos deverão ser considerados na caracterização de um fenótipo herdável no TP.
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Análise de polimorfismos de óxido nítrico sintetase endotelial (T-786C, E298D e VNTR4a) e de receptores de quimiocinas (CCR2-64l e CCR5delta32) em indivíduos com anemia falciformeVargas, Andréia Escosteguy January 2005 (has links)
À medida em que avançamos no entendimento da anemia falciforme, percebemos que esta hemoglobinopatia se apresenta como uma doença complexa, na qual o defeito genético e suas conseqüências diretas não são suficientes para explicar a ampla heterogeneidade clínica observada nos pacientes portadores do alelo HBB*S. Um número crescente de fatores (ambientais e genéticos) vêm sendo relacionados a diferentes aspectos da expressão clínica da anemia falciforme. Uma abordagem mais ampla desta doença permitiu formular a hipótese que a anemia falciforme seria uma condição inflamatória crônica, conceito apoiado por diversos trabalhos realizados nas últimas décadas. Neste contexto, e com a intenção de contribuir na busca de características genéticas envolvidas na modulação do quadro clínico heterogêneo da anemia falciforme, estudamos os polimorfismos de receptores de quimiocinas CCR2-64I e CCR5delta32, bem como três polimorfismos estabelecidos no gene NOS3, todos estes genes envolvidos em processo inflamatório. Nossos resultados indicam que os polimorfismos analisados não estão diretamente associados ao desenvolvimento de um quadro clínico severo nos pacientes estudados. No entanto, observamos uma tendência para o desenvolvimento de um quadro clínico severo em indivíduos portadores de determinadas variantes alélicas. O aumento no número amostral, bem como a análise de outros marcadores de severidade do quadro clínico da anemia falciforme, poderão auxiliar no estabelececimento do papel destas variantes na modulação do quadro clínico desta doença. / Sickle cell disease (SCD) is an inherited disorder that presents extremely variable clinical manifestations. It has been approached as an inflammatory disorder within the past decades and several works have tried to determine which factors are involved in such characteristic. In order to contribute to the characterization of the genetic differences underlying this phenotypic diversity in SCD, we proposed to study the distribution of polymorphic variants of the genes encoding the chemokine receptors CCR2 (CCR2-64I) and CCR5 (CCR5delta32), as well as three well-characterized polymorphisms in the NOS3 gene. Our results indicate that the polymorphisms studied here are not directly associated to the development of a severe clinical course in this group of patients. Nevertheless, we observed a tendency to the development of a severe clinical course in carriers of some of the variant alleles studied here. Further studies including a larger sample of patients and other severity markers of SCD should be carried out in order to determine the role of such variants in the modulation of the clinical picture in this disorder.
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Diferentes abordagens na identificação de genes de suscetibilidade para o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH)Guimarães, Ana Paula Miranda January 2009 (has links)
O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) está entre os transtornos mentais mais comuns na infância e na adolescência, afetando em torno de 5% das crianças em idade escolar no mundo. Esta patologia caracteriza-se por sintomas de desatenção, de hiperatividade e de impulsividade, causando significantes problemas sociais, educacionais e psicológicos. Embora sua etiologia ainda não esteja totalmente esclarecida, existem fortes evidências mostrando que fatores genéticos desempenham um papel importante na doença. Muitos genes são considerados como possíveis genes de suscetibilidade para este transtorno, principalmente aqueles do sistema dopaminérgico, que são alvos diretos dos agentes farmacológicos. Embora menos investigados, os genes do sistema serotoninérgico são potencialmente importantes na suscetibilidade ao TDAH devido à extensa relação que possui com o sistema dopaminérgico.Várias investigações sugerem que genes serotoninérgicos estão envolvidos em comportamentos impulsivos e hiperativos, que ocorrem no TDAH. No presente estudo foram analisados cinco genes do sistema serotoninérgico (HTR1B, 5HTT, HTR2A, TPH-2 e MAOA), dois genes do sistema dopaminérgico (DAT e DRD4) e um gene do sistema noradrenérgico (DBH). No gene HTR1B foram investigados três polimorfismos em uma amostra composta por 343 crianças com TDAH e seus pais biológicos. Destas, 143 eram exclusivamente do subtipo desatento. Na amostra total o haplótipo -261T/-161T/861G foi preferencialmente transmitido dos pais para as crianças com TDAH (p=0.014), nenhuma associação específica foi observada quando a análise foi restrita ao subtipo desatento de TDAH. Os resultados deste estudo sugerem um papel do gene HTR1B na neurobiologia do transtorno em crianças. Os genes 5HTT, HTR2A, TPH-2, DAT, DRD4 e DBH foram analisados em uma amostra composta de 128 pacientes do subtipo desatento. Nenhuma associação significante foi observada neste estudo. Esses resultados sugerem que estratificar as amostras de TDAH por subtipos clínicos da doença parecem não contribuir significantemente para a identificação de novos genes de suscetibilidade. Uma abordagem farmacogenética foi realizada utilizando o gene MAOA como marcador. Um polimorfismo na região promotora associado à atividade transcricional do gene (uVNTR) foi investigado em 85 meninos afetados com TDAH em uso de metilfenidato. Evidenciou-se uma interação significante entre o alelo de alta atividade do gene e melhora dos sintomas de oposição após três meses de tratamento com metilfenidato (p=0,009). Esses resultados demonstram que a melhora de sintomas observada, após os três meses de tratamento, é influenciada pelo genótipo do paciente. Os resultados obtidos no presente trabalho sugerem que futuramente esses estudos poderão auxiliar no diagnóstico, aprimoramento e desenvolvimento de fármacos e conseqüentemente na melhoria de vida dos pacientes afetados pelo transtorno. / Attention-Deficit/Hyperactivity Disorder (ADHD) is among the most common childhood and adolescence psychiatric disorder, affecting around 5% of school-age children worldwide. This disease is characterized by inattentive, impulsive and hyperactive behavior, causing significant social, educational and psychological difficulties. Although its etiology remains unclear, there is strong evidence supporting the role of genes in the disorder. Many genes are considered as susceptibility genes for this disease, especially those from the dopaminergic system, that are the main targets for pharmacological agents. Although less investigated, serotonergic genes are potentially important on ADHD susceptibility due to their extensive relation with the dopaminergic system. Many investigations suggest that serotoninergic genes are involved in ADHD impulsive and hyperactive behaviors. In the current study five genes from the serotoninergic system (HTR1B, 5HTT, HTR2A, TPH-2 e MAOA), two genes from dopaminergic system (DAT e DRD4) and one gene from the noradrenergic system (DBH) have been investigated. Three polymorphisms HTR1B gene have been investigated in a samples of 343 children diagnosed with ADHD and their biological parents. From these, 143 presented the inattentive subtype. In the total sample haplotype -261T/-161T/861G has been preferentially transmitted from the parents to the children with ADHD (p=0.014), no specific association has been observed when the analysis has been restricted to the inattentive subtype The results from this study suggest a role for HTR1B gene at the neurobiology disorder in children. The 5HTT, HTR2A, TPH-2, DAT, DRD4 and DBH genes have been studied in a sample composed by 128 patients with the inattentive subtype. No significant association has been observed at this study. These results suggest that the sample stratification by clinical disease subtype does not seem to significantly contribute to the identification of new susceptibility genes. A pharmacogenetic approach has been performed using the MAOA gene as a marker. A polymorphism at the promoter region associated with gene transcriptional activity (uVNTR) has been investigated in 85 boys affected with ADHD and submitted to treatment with Methylphenidate. A significant interaction between the gene high activity allele and an improvement on the opposition symptoms has been evidenced after three months of treatment with Methylphenidate (p=0.009). These results demonstrate that the improvement observed on the symptoms after three months of treatment is influenced by the patient genotype. The results obtained suggest that this study could assist in the diagnosis, improvement and development of drugs in the future, improving life quality from patients affected by the disorder.
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Análise da prevalência dos polimorfismos N680S e T307A do gene que sintetiza o receptor do hormônio folículo estimulante (FSH) em mulheres com endometriose e infertilidadeRodini, Gustavo Peretti January 2010 (has links)
A endometriose atinge 10-15% das mulheres. Portadoras dessa patologia têm 20 vezes mais chances de serem inférteis e 30-60% das pacientes com endometriose apresentam infertilidade associada. Nosso grupo de pesquisa demonstrou que mulheres com endometriose e infertilidade apresentam diversas anormalidades hormonais tais como hiperprolactinemia, insuficiência lútea, diminuição de fatores de crescimento intra-folicular e, mais recentemente, a coorte folicular ovariana heterogênea com uma redução da reserva folicular. Portanto, estudaremos a prevalência do polimorfismo do gene do receptor do hormônio folículo estimulante (FSH) em pacientes com endometriose e infertilidade. Acreditamos que polimorfismos no gene que sintetiza o receptor do FSH são mais prevalentes nesse grupo de pacientes. Tal polimorfismo, que altera a transdução do sinal do receptor, pode ser o responsável por uma resposta ovariana inadequada ao FSH. Conduzimos, ao longo dessa dissertação, um estudo caso-controle. Os casos compreendem 50 pacientes com infertilidade e endometriose. Os controles, 51 pacientes férteis sem endometriose. Determinaremos a prevalência alélica da substituição da asparagina (N) pela serina (S) no códon 680 (N680S) e da treonina (T) pela alanina (A) no códon 307 (T307A), localizados no éxon 10, em ambos os alelos do gene que sintetiza o receptor do FSH. Para tal, utilizaremos técnicas de reação em cadeia da polimerase em ambos os alelos. Os dois grupos não diferiram em sua avaliação demográfica. No grupo de pacientes com endometriose e infertilidade foram encontradas 10 pacientes homozigotas S/S e 10 pacientes A/A, 23 pacientes heterozigotas N/S e 17 T/A. Além de 17 pacientes genotipicamente N/N e 23 T/T. No grupo controle, houve 9 pacientes com homozigose S/S e 15 A/A, 25 heterozigotas N/S e 22 T/A. Finalmente, 17 pacientes com genótipo N/N e 14 T/T . Não obtivemos diferença significativa entre os grupos (P>0,05). Esse estudo pioneiro rejeita a hipotética associação entre endometriose e os polimorfismos N680S e T307A no gene que sintetiza o receptor do FSH.
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Identificação de variações de sequência no gene CFTR em pacientes com fibrose císticaKiehl, Mariana Fitarelli January 2010 (has links)
A fibrose cística (FC) é a doença autossômica recessiva mais comum em euro-descendentes, com uma incidência estimada de 1 caso a cada 2.500 nascimentos. A FC é uma doença multissistêmica, caracterizada principalmente por doença pulmonar progressiva, disfunção pancreática exócrina e concentração elevada de eletrólitos no suor. O gene associado a essa doença é denominado CFTR e se localiza no cromossomo 7, sendo dividido em 27 éxons. Até o momento, mais de 1.600 variações de sequência foram identificadas no gene CFTR, sendo que a mutação F508del é a mais frequente entre os pacientes de FC. No Brasil, a frequência da F508del não é tão elevada, devido provavelmente à miscigenação e, consequentemente, o locus CFTR apresenta maior heterogeneidade alélica. Este fato dificulta o diagnóstico molecular dos pacientes com FC e metodologias de varredura para a detecção de mutações precisam ser utilizadas. O objetivo deste trabalho foi identificar alterações em regiões codificantes do gene CFTR em pacientes com FC provenientes da região sul do Brasil, através de análise de dissociação em alta resolução (HRM) e sequenciamento de DNA. Onze éxons e regiões adjacentes foram analisados por HRM e 10 alterações de sequência diferentes foram detectadas (R75Q, R334W, F508del, 1717-1G>A, G542X, R553X, 1812-1G>A, A561E, G576A e N1303K). Além disso, uma alteração denominada L453X, ainda não descrita na literatura, foi identificada em um paciente de FC através do sequenciamento do éxon 9 do CFTR. A região polimórfica (TG)nTm presente no íntron 8 foi caracterizada e nenhum paciente apresentou a variante alélica contendo 5T. Através da estratégia utilizada, 30 dos 52 alelos mutantes (57,7%) nos 26 pacientes incluídos nesse estudo foram identificados. O genótipo de 7 (26,9%) pacientes foi definido e alteração em um dos alelos mutantes foi identificada em 16 (61,6%) pacientes. Portanto, a aplicação do método HRM foi eficaz para identificação de variações de sequência em regiões do gene CFTR na amostra estudada. O método pode ser expandido para análise de toda a região codificante desse gene e, posteriormente, ser usado como metodologia de escolha para diagnóstico molecular de pacientes com suspeita clínica de FC, seja em casos sintomáticos como em programas de triagem neonatal. / Cystic fibrosis (CF) is the most common autosomal recessive disease in euro-descendents with an estimated incidence in 1 case in each 2,500 live births. CF is a multisystem disease, characterized mainly by progressive obstructive pulmonary disease, pancreatic insufficiency, and high electrolytes levels of electrolytes in sweat. The gene responsible for CF, named CFTR, is located on chromosome 7 and is organized into 27 exons. Up to date, more than 1,600 sequence variations have been reported in CFTR, and the F508del mutation is the most frequent worldwide. In Brazil, F508del frequency is lower than in other countries probably due to population admixture. This indicates that CFTR locus can be more heterogeneous. Therefore, CF molecular diagnosis can be very hard and new methods for mutation scanning would be useful to improve this task. The aim of this work was to identify allelic variants in CFTR coding regions of CF patients from South Brazil through high-resolution melting (HRM) analysis and DNA sequencing. Eleven exons and adjacent regions were analyzed by HRM, and 10 different sequence variants were identified (R75Q, R334W, F508del, 1717-1G>A, G542X, R553X, 1812-1G>A, A561E, G576A and N1303K). A novel variant (L453X) was detected in CFTR gene through exon 9 DNA sequencing, besides these known mutations. The polyvariant (TG)nTm region at intron 8 was also analyzed and 5T allelic variant was not present in any allele. The strategy described above was able to identify 30 out of 52 CF mutant alleles (57.7%) in 26 patients. Genotype of 7 (26.9%) patients was defined and mutation in one mutant allele was identified in 16 (61.6%) patients. Therefore, application of HRM analysis was efficient to detect sequence variations in specific regions of CFTR gene in this sample population. The methodology can be expanded to cover the whole coding region of this gene. Subsequently, this methodology can be adapted to be applied in the molecular diagnosis of symptomatic CF cases as well as samples from neonatal screening programs.
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