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Logística e desenvolvimento regional: a truncada relação porto-ferrovia no Sul de Santa CatarinaColonetti, Ricardo Alves January 2016 (has links)
Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Socioeconômico da Universidade do Extremo Sul Catarinense – UNESC, como requisito parcial para a obtenção do título de Mestre em Desenvolvimento Socioeconômico. / Este estudo teve como objetivo analisar a trajetória de integração, desintegração e tentativas truncadas de reintegração entre o porto de Imbituba e a Ferrovia Tereza Cristina, dentro da especialização regional e da diversificação produtiva da mesorregião sul catarinense. A partir do emprego do método histórico-descritivo, fez-se o exame da relação entre porto e ferrovia em dois períodos distintos: anterior e posterior à década de 1990. No primeiro momento, ambos surgiram e atuaram, de forma integrada, inseridos no contexto de uma economia especializada, atendendo as demandas de transporte do complexo carbonífero catarinense. No segundo momento, com a crise das atividades carboníferas, a relação porto–ferrovia foi rompida e ambos passaram a atuar de forma desintegrada, em um cenário econômico diversificado. Após mais de uma década de desintegração, porto e ferrovia buscaram se reintegrar, porém, essa reintegração ocorreu de forma truncada. Como resultado, concluiu-se que a truncada relação entre porto e ferrovia foi, em grande medida, fundada no desempenho produtivo da economia regional, incapaz de proporcionar um fluxo contínuo de cargas. No período anterior à década 1990, porto e ferrovia se mantinham com o transporte do carvão, oriundo da indústria carbonífera que era a especialização econômica regional. Após a década de 1990, embora diversificada, a economia sul catarinense não foi capaz de proporcionar um alto fluxo de cargas, que permitisse reintegrá-los de forma plena. Nem mesmo a indústria cerâmica, nova especialização regional, que possuía um grande fluxo de cargas e se postulava como potencial integradora foi capaz de fazê-lo. Desse modo, a diversificação econômica regional pode ser classificada como desintegradora no que tange à relação porto–ferrovia.
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