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Ecologia cognitiva e forrageio social em Saguinus bicolor (SPIX, 1823)

Azevedo, Renata Bocorny de January 2006 (has links)
Made available in DSpace on 2013-08-07T19:13:00Z (GMT). No. of bitstreams: 1 000379486-Texto+Completo-0.pdf: 8020802 bytes, checksum: d64790ad10368b3ec945de0370ab96f8 (MD5) Previous issue date: 2006 / Experimental field studies of foraging behavior allow to evaluate the kinds of ecological information (spatial, temporal and perceptual) primates use in their decisionmaking. In social species, foraging success is highly dependent on how animals represent and integrate ecological and within-group social cues. This study evaluates the ability of a wild group of bare-faced tamarins (Saguinus bibolor) composed of five individuals of associating spatial (distribution of food resources), visual (differences between real and sham bananas), olfactory (food smell) and quantitative (variation in the amount of food available) cues to the presence of food in an artificial feeding station. It also identifies the foraging strategies adopted by individual group members and evaluates whether they are sex-, age- or social rank-based. The study site was located in a forest fragment in Manaus, State of Amazonas, Brazil. The experimental design involved the establishment of a Feeding Station composed of eight visually similar feeding platforms. Real bananas, plastic bananas and inaccessible real bananas inside wire-mesh cages were used as bait during the experiments. A series of six experiments exposing the tamarins to different foraging tasks were conducted during 120 days from April to September 2005. The study group used spatial, visual, olfactory and quantitative cues in their foraging decisions. When the location of food rewards was predictable over time, the tamarins adopted a win-return rule for revisiting productive feeding platforms. However, when faced with conflicting spatial and perceptual cues, the tamarins relied on visual and/or olfactory cues in choosing where to search for food. In addition, the study group showed evidence of preferring particular feeding platforms, probably selected due to its location or the direction of arrival at the Feeding Station.Finally, the analysis of the individual behavior showed that group members varied in their foraging effort. Whereas some individuals actively searched for food and behaved as searchers, others relied on social cues and behaved as joiners. None agonistic interaction was recorded during the entire study, suggesting that bare-faced tamarins are highly tolerant toward group mates at feeding sites. The information accumulated in this research may help design conservation strategies for saving this primate from extinction. / O estudo experimental do comportamento de forrageio de primatas em ambiente natural permite analisar os tipos de informação ecológica (espacial, temporal e perceptual) que os animais utilizam na tomada de decisões durante a busca por alimento. O sucesso no forrageio depende amplamente da maneira como os animais representam e integram as informações ecológicas do ambiente e das relações sociais entre os indivíduos do grupo. O presente estudo teve como objetivo avaliar a capacidade de um grupo de sauins-de-coleira (Saguinus bicolor) composto por cinco indivíduos em associar informações espaciais (distribuição dos recursos alimentares), visuais (diferença entre bananas plásticas e verdadeiras), olfativas (cheiro de banana) e quantitativas (variação na quantidade de alimento disponível) à presença de alimento em uma estação artificial de alimentação, identificar a estratégia de forrageio adotada por diferentes indivíduos e avaliar sua relação com o sexo, a idade e a posição hierárquica. O estudo foi desenvolvido em uma porção de floresta situada na cidade de Manaus, AM. O desenho experimental envolveu a construção de uma Estação de Alimentação composta por oito plataformas de alimentação semelhantes. Bananas verdadeiras, bananas plásticas e bananas verdadeiras dentro de saquinhos de tela metálica foram utilizados como isca durante a condução dos experimentos. De abril a setembro de 2005, uma série de seis experimentos foi desenvolvida ao longo de 120 dias. Cada experimento ofereceu diferentes condições aos animais de acordo com a habilidade cognitiva testada. O grupo demonstrou ser capaz de utilizar as informações espaciais, visuais, olfativas e quantitativas fornecidas assim como, utilizar diferentes estratégias para obter sucesso no forrageio.Perante o conflito de informação espacial e perceptual (visão e olfato), o grupo demonstrou que a visão e/ou olfato são mais salientes na localização dos recursos alimentares do que a informação espacial. Além disso, quando a localização das plataformas com recompensa era constante os animais de fato retornavam diretamente para as plataformas que continham alimento na sessão anterior com uma probabilidade significativamente acima do acaso, constatando que a adoção de uma estratégia “winreturn” para encontrar o alimento era vantajosa. Os animais também foram capazes de integrar a informação espacial adquirida anteriormente com a maior quantidade de alimento. Além disso, o grupo apresentou evidências por preferir determinados locais de alimentação, talvez em função da direção de chegada à Estação ou pela própria localização das plataformas. Finalmente, o grupo aprendeu a diferenciar visualmente bananas falsas de verdadeiras. A análise dos indivíduos do grupo indica que os animais adotam diferentes estratégias de forrageio de acordo com o investimento empregado na procura por alimento. Alguns indivíduos dependeram basicamente da informação ecológica, adotando uma estratégia de batedor, enquanto outros dependeram da informação social, adotando uma estratégia de usurpador. O grupo demonstrou ser extremamente tolerante, não sendo observada nenhuma interação agonística ao longo de todo o estudo. As informações desse trabalho poderão auxiliar na conservação da espécie.
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Comportamento de forrageio de saguis (Callithrix spp.) em cativeiro

Gomes, Daniela Fichtner January 2011 (has links)
Made available in DSpace on 2013-08-07T19:13:23Z (GMT). No. of bitstreams: 1 000440889-Texto+Completo-0.pdf: 6684459 bytes, checksum: 0d535b06e60282baab1694958fc93066 (MD5) Previous issue date: 2011 / Experimental studies allow to control and test the use of different kinds of ecological and social information during foraging decisions, thereby improving our understanding of the evolution of cognitive abilities. In this study I evaluated the ability of captive marmosets (Callithrix penicillata, C. jacchus and C. penicillata vs. C. kuhlii hybrids) to use spatial, visual, olfactory, quantitative and associative cues during foraging decision-making and how the adoption of different individual foraging strategies and rules influence the access to food rewards. Thirteen groups (eight C. penicillata, three C. jacchus and two hybrids) composed of two to five individuals were studied at the Criadouro Conservacionista Arca de Noé, Morro Reuter, RS. An experimental apparatus composed of five plexiglass feeding boxes was established in each enclosure. Eight 25-days long experiments were conducted from March to November 2009. A single feeding box was baited with a food reward (two banana slices) during most experiments, whereas the remaining boxes contained the same amount of food unavailable within wire mesh cages. In the experiment testing the ability of marmosets to discriminate feeding boxes based on differences in the amount of food there were two reward feeding boxes (one with one slice and the other with three slices). Data were recorded by the “all occurrences” sampling method. Four study groups used spatial information (location of food rewards predictable throughout the experiment) to locate the rewarded boxes, three of which applied a “win-return” strategy.No group selected the rewarded box based only on the presence of an associative cue (a green block), two groups used differences in the coloration between the blocks signalizing the presence (yellow block) or absence (red block) of a food reward inside the box, whereas seven groups appear to have associated the absence of a block to the presence of available banana slices inside the box. Ten groups efficiently located the box with banana slices when they were visually accessible. On the other hand, a single group appeared to have located the rewarded box based on the smell of banana. Finally, there is evidence that the marmosets were capable of selecting feeding sites based on the amount of food available. Searching investment varied among individuals. However, it was not possible to identify any consistent pattern of adoption of the producer and scrounger strategies related to sex, age, or social rank. The order of arrival to the rewarded box(es) influenced the amount of food ingested at the individual level, reflecting the finder’s advantage and the benefits of playing producer. Some adult females enjoyed priority of access to the food rewards. This study allowed to confirm the saliency of some cognitive abilities during marmoset foraging and to indicate the importance of the experimental design in this kind of research and its potential as an environmental enrichment tool for captive animals. / Estudos experimentais permitem controlar e testar os diferentes tipos de informação ecológica e social utilizados na tomada de decisões de forrageio fornecendo um melhor entendimento sobre a evolução das habilidades cognitivas. Esta pesquisa avaliou a habilidade de saguis (Callithrix penicillata, C. jacchus e híbridos de C. penicillata vs. C. kuhlii) cativos de utilizar a informação espacial, visual, olfativa, quantitativa e dicas associativas durante as decisões de forrageio e como a adoção de estratégias e regras individuais de forrageio influencia o acesso ao alimento. Treze grupos (oito de C. penicillata, três de C. jacchus e dois híbridos de C. penicillata vs. C. kuhlii) compostos por dois a cinco indivíduos, foram estudados no Criadouro Conservacionista Arca de Noé, Morro Reuter, RS. Em cada recinto foi fixado um aparato experimental composto por uma plataforma com cinco caixas de acrílico. Oito experimentos, com duração de 25 dias cada, foram conduzidos de março a novembro de 2009. Na maioria dos experimentos apenas uma caixa de alimentação continha recompensa alimentar disponível (duas rodelas de banana), enquanto as demais continham a mesma quantidade de alimento, porém indisponível. Apenas o experimento testando o uso de diferenças na quantidade de alimento continha duas caixas com recompensa alimentar disponível (uma com uma rodela de banana e a outra com três rodelas de banana). A coleta de dados foi realizada pelo método de amostragem de “todas as ocorrências”. Quatro grupos utilizaram a informação espacial para localizar as recompensas alimentares, dos quais três aplicaram uma regra “win-return” para retornar às caixas com alimento disponível.Nenhum grupo selecionou a caixa com recompensa com base na presença de uma dica associativa (bloco verde). Apenas dois grupos utilizaram diferenças na coloração de blocos sinalizando a presença (bloco amarelo) ou ausência (bloco vermelho) de recompensa para identificar o local com alimento, enquanto sete grupos parecem ter associado a ausência do bloco à caixa com alimento. Dez grupos localizaram o alimento visualmente. Por outro lado, apenas um grupo parece ter utilizado o olfato durante o forrageio. Por fim, há evidência de que os saguis foram capazes de selecionar os locais de alimentação com base na quantidade de alimento disponível. O investimento na procura por alimento variou entre os indivíduos. Contudo, não foi possível identificar um padrão consistente de adoção das estratégias de produtor e usurpador em relação ao sexo, à idade ou à posição hierárquica. A ordem de chegada dos indivíduos às caixas com recompensa influenciou a quantidade de alimento ingerida, salientando a vantagem do descobridor e o benefício da adoção da estratégia de produtor. A fêmea adulta de alguns grupos obteve prioridade de acesso ao alimento. Este estudo permitiu confirmar a saliência de algumas habilidades cognitivas dos saguis durante o forrageio e indicar a importância do desenho experimental neste tipo de pesquisa e seu potencial como ferramenta de enriquecimento ambiental para animais cativos.
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Ecologia cognitiva e forrageio social de macacos-da-noite (Aotus infulatus e A. nigriceps) em cativeiro

Costa, Renata Souza da January 2013 (has links)
Made available in DSpace on 2014-03-22T02:01:19Z (GMT). No. of bitstreams: 1 000455269-Texto+Completo-0.pdf: 1181342 bytes, checksum: 9c940ac08b58b8a50971b88c1250defa (MD5) Previous issue date: 2013 / Owl monkeys are monogamous animals that live in small groups composed of an adult reproductive pair and their offspring. They are the only anthropoid primates with a nocturnal lifestyle. Their period of activity in a dim light environment hampers research efforts. In this context, the captivity provides a controlled environment that can be manipulated for studying their behavior and cognitive ecology. Four individual Aotus infulatus and six Aotus nigriceps distributed into three adult pairs, one group composed of an adult pair and their daughter and one solitary male were studied at the Criadouro Conservacionista de Animais Silvestres Arca de Noé. The objectives of this study were to test the ability of monkeys to use olfactory, visual, auditory, spatial and quantitative information in foraging decision-making and to identify the strategies of social foraging and the occurrence of food sharing and female priority to food resources. Five visually similar feeding boxes were established in each enclosure. A total of 45 sessions (three sessions per night during 15 consecutive days) per enclosure were conducted in each experiment. The behavior of the study subjects was filmed with a video camera equipped with infrared light. A single feeding box was baited with a food reward in each session (except in the spatial + quantitative experiment), whose location could vary depending on the experimental protocol. Only one female showed a performance that suggests that she was learning the usefulness of sight to locate the food reward in the visual information experiment. Study subjects performed at chance level in all other experiments. Females invested more in foraging and consumed more food rewards than males, despite the lack of priority to food resources. A single event of food sharing (from father to daughter) was recorded. The animals showed a preference for certain feeding boxes and agonistic behaviors for defending boxes and food rewards. In sum, the behavior of the study subjects did not allow confirming and comparing the relative importance of the cognitive skills in foraging decision-making, but it confirmed a greater foraging investment by adult females. / Os macacos-da-noite são animais monogâmicos que vivem em pequenos grupos compostos pelo casal reprodutor adulto e seus descendentes. Eles são os únicos primatas antropóides com hábitos noturnos. O desenvolvimento de suas atividades em um ambiente com baixa luminosidade dificulta o seu estudo. Neste contexto, o cativeiro propicia um ambiente controlado que pode ser manipulado para estudos sobre o seu comportamento e habilidades cognitivas. Quatro indivíduos da espécie Aotus infulatus e seis de Aotus nigriceps distribuídos em três casais, um grupo composto por um casal e sua filha e um macho solitário foram estudados no Criadouro Conservacionista de Animais Silvestres Arca de Noé. Os objetivos deste trabalho foram testar a habilidade dos macacos em usar informações olfativas, visuais, sonoras, espaciais e quantitativas na tomada de decisões de forrageio e identificar as estratégias de forrageio social e a existência de partilha de alimento entre os indivíduos e prioridade de acesso aos recursos por parte da fêmea. Cinco caixas de alimentação visualmente semelhantes foram instaladas em cada recinto. Foram realizadas 45 sessões por recinto em cada experimento (três sessões por noite durante 15 dias consecutivos). O comportamento dos animais foi filmado com uma filmadora equipada com luz infravermelha. Apenas uma caixa continha recompensa em cada sessão (exceto no experimento espacial + quantitativo), cuja localização podia variar dependendo do protocolo experimental. Somente uma fêmea apresentou um desempenho que sugere um aprendizado da utilidade da informação visual para localização da recompensa alimentar. Em todos os outros experimentos os indivíduos apresentaram um desempenho ao acaso. As fêmeas investiram mais em forrageio e consumiram mais recompensas do que os machos, embora não tenham usufruído de prioridade de acesso ao alimento. Um único evento de partilha de alimento (de pai para filha) foi registrado. Os animais apresentaram preferência por determinadas caixas de alimentação e comportamentos agonísticos de defesa das caixas e recompensas. Em suma, o comportamento dos animais não permitiu confirmar e comparar a importância relativa das habilidades cognitivas na tomada de decisões de forrageio, mas confirmou o maior investimento das fêmeas no forrageio.
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Estratégias de forrageio em micos-estrela (Callithrix penicillata): os micos usam jogos durante o forrageio social?

Guedes, Danusa January 2012 (has links)
Made available in DSpace on 2014-04-04T02:01:49Z (GMT). No. of bitstreams: 1 000456396-Texto+Completo-0.pdf: 2914421 bytes, checksum: 715fa55f8686b663dc44e3705dcfe68e (MD5) Previous issue date: 2012 / Anthropoid primates stand out among mammals because of their advanced cognitive skills resulting from the evolution of a relatively larger brain. Their ability to use social tactics to solve ecological and group-living challenges has been proposed by some experts as the major selective pressure that drove their brain evolution and increase in cognitive skills. Yet, little is known about how differences in social intelligence affect individual fitness within primate groups, including those of New World species. Previous studies have shown that tamarins (Saguinus) and capuchin monkeys (Sapajus) integrate ecological and social information in their group foraging decision-making, thereby suggesting that they adopt efficient cognitive mechanisms for coping with the social network. However, these studies did not analyze individual behavior from a Game Theory perspective, which provides an appropriate theoretical framework for evaluating individual decisions within a social context. In this research we tested whether black tufted-ear marmosets (Callithrix penicillata) are capable of integrating social and ecological information for making economical foraging decisions as predicted by the Producer-Scrounger Game. Specifically, we tested whether the members of social groups adjust their foraging strategies (producer and scrounger) in response to changes in the productivity and density of food resources and whether the individual choice of strategy and foraging success are age-sex and social rank dependent. The study was conducted with two wild groups living in a forest fragment at Fazenda Cauaia, Matozinhos, State of Minas Gerais, Brazil, from October 2009 to October 2011. The experimental design involved the establishment of two feeding stations (one in the home range of each group) composed of five platforms in a circular arrangement. The behavior of the marmosets, including the amount of food reward (arabic gum) eaten by each individual, was recorded with a closed-circuit television (CCTV). We ran four experiments controlling the amount of food available in the station (productivity) and the number of rewarded feeding apparatuses (density). The experimental conditions were: low density-low productivity, low density-high productivity, high density-low productivity and high density-high productivity. Individuals differed in their investment in producing resources (that is, searching for food rewards in platforms) in both groups throughout the study, indicating the use of the Producer-Scrounger Game. As predicted by this model, the finder’s advantage (amount of food eaten by the producer of a resource before the arrival of scroungers), the foraging success of producers and the proportion of individuals playing producer in the group were higher under conditions of low productivity. Changes in resource density also influenced the proportion of individuals adopting each strategy. Again, more individuals played producer under conditions of low resource density. The latency to the arrival of the first scrounger was lower under conditions of low density and low productivity. Adult males also tended to play scrounger more often than adult females under these circumstances. Social rank did not have a significant relationship with individual foraging strategy and success. We conclude that black tufted-ear marmosets use ecological and social information to make foraging decisions within their groups and suggest that the strategy to be played is chosen by the individual prior to the arrival of the group at the food patch. Finally, we confirmed that the Game Theory and the Producer-Scrounger model are useful theoretical frameworks for analyzing the individual foraging decisions of black tufted-ear marmosets within a social context. / Os primatas antropóides destacam-se dentre os mamíferos por sua elevada capacidade cognitiva decorrente da evolução de um cérebro relativamente maior. A habilidade em usar táticas sociais para resolver problemas ecológicos e da vida em grupo tem sido apontada por alguns especialistas como a maior pressão seletiva que direcionou a evolução do cérebro e o aumento da capacidade cognitiva nestes primatas. Contudo, pouco se sabe sobre a influência da inteligência social no fitness dos primatas, incluindo as espécies neotropicais. Estudos prévios fornecem evidências de que os primatas dos gêneros Saguinus (soins) e Sapajus (macacos-prego) podem integrar informações ecológicas e sociais na tomada de decisões durante o forrageio em grupo, sugerindo que estes primatas possuem mecanismos cognitivos eficientes para lidar com a rede social. No entanto, estes estudos não utilizaram a perspectiva da Teoria dos Jogos, a qual fornece o arcabouço teórico adequado para explorar decisões individuais num contexto social. Nesta pesquisa testamos se os micos-estrela (Callithrix penicillata) são capazes de integrar informações sociais e ecológicas para tomar decisões econômicas de forrageio como predito pelo modelo do Jogo Produtor-Usurpador. Testamos, especificamente, se os membros de grupos sociais ajustam suas estratégias de forrageio (produtor e usurpador) em resposta a mudanças na produtividade e densidade de recursos alimentares e se a classe sexo-etária e a posição hierárquica influenciam a escolha da estratégia individual e o sucesso na obtenção de alimento. O estudo foi realizado com dois grupos de vida livre em um fragmento florestal na Fazenda Cauaia, Matozinhos, Minas Gerais, no período de outubro de 2009 a outubro de 2011. O desenho experimental envolveu a construção de duas estações de alimentação, uma para cada grupo, com cinco plataformas dispostas em círculo.O comportamento dos animais, incluindo a quantidade de recompensa alimentar (goma arábica) ingerida por cada membro, foi registrado por gravações com um circuito fechado de televisão (CFTV). Foram conduzidos quatro experimentos, nos quais foram controlados a quantidade de alimento disponível na estação (produtividade) e o número de aparatos com recompensa alimentar (densidade). As condições experimentais foram: baixa densidade-baixa produtividade, baixa densidade-alta produtividade, alta densidade-baixa produtividade e alta densidade-alta produtividade. Ao longo do estudo foram observadas diferenças individuais no investimento dos micos-estrela de cada grupo na produção de recursos (ou seja, na busca pelas recompensas alimentares nas plataformas), indicando o uso do Jogo Produtor-Usurpador. Conforme previsto por este modelo, a vantagem do produtor (quantidade de alimento ingerida antes da chegada dos usurpadores), o sucesso de forrageio dos produtores e a proporção de produtores foi maior sob condições de baixa produtividade. A variação na densidade de recursos também afetou a proporção de indivíduos adotando cada estratégia nos grupos, sendo observado um maior número de produtores sob condições de baixa densidade. A latência para a chegada do primeiro usurpador foi menor sob condições de baixa densidade e de baixa produtividade. Os machos adultos também adotaram mais a estratégia de usurpador do que as fêmeas adultas sob estas condições.A posição hierárquica não apresentou relação significativa com o sucesso e o investimento individual em determinada estratégia. É possível concluir que os micos-estrela usam informações ecológicas e sociais para tomar decisões durante o forrageio social e sugerir que a estratégia é escolhida antes dos indivíduos chegarem à mancha de alimentação. Por fim, confirmou-se que a Teoria dos Jogos e o modelo Produtor-Usurpador são ferramentas úteis para avaliar as decisões individuais dos micos-estrela num contexto social.
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Pelvimetria em macacos-da-noite (Aotus azarai infulatus – KUHL, 1820) / Pelvimetry in owl monkeys (Aotus azarai infulatus – KUHL, 1820)

Cristiane Macedo Del Rio do Valle 23 April 2004 (has links)
Analisou-se pelves de 72 primatas neotropicais, adultos, 42 machos e 30 fêmeas não prenhes, da espécie Aotus azarai infulatus, para obtenção dos diâmetros pélvicos, in vivo, e compará-los com o dimorfismo sexual, correlacionando-os com a biometria corpórea e a origem dos animais. Mensurou-se nas radiografias em projeção ventro-dorsal, digitalizadas, os diâmetros biilíaco superior, biilíaco inferior, biilíaco médio, diagonal direito, diagonal esquerdo, sacro púbico e área da entrada da pelve. As médias verificadas foram: para o comprimento do corpo 30,94 cm; comprimento da cauda 35,63 cm; perímetro do tórax 18,97 cm; perímetro da pelve 17,11 cm e o peso 0,96 g. As médias verificadas para o DDD da pelve foram 2,61 cm; DDE 2,66 cm; DBIM 1,97 cm; DBIS 1,41 cm; DBII 1,58 cm; DSP 2,48 cm e a AEP 3,85 cm. Concluiu-se com o estudo que tendo sido verificados os diâmetros biilíaco médio menores do que os diâmetros sacro-púbico tanto nos machos quanto nas fêmeas, pode-se dizer a pelve de Aotus azarai infulatus é classificada como dolicopélvica e existe dimorfismo sexual em relação às pelves Aotus azarai infulatus adultos. / Related data to the diameters of the pelvis from 72 Neotropical primates, owl monkeys (Aotus azarai infulatus), 42 adult males and 30 adult non-pregnant females, were obtained in vivo by ventrodorsal projection radiographic exams, compared between sex and correlated with the measures of the body and their origin. The mean values of the body length (30.94 cm), tail length (35.63 cm), thoracic perimeter (18.97 cm), hip perimeter (17.11) and the weight (0.96 g) were verified. The radiographic images were digitalized and the superior biiliac (DBIS), inferior biiliac (DBII), medium biiliac (DBIM), right diagonal (DDD), left diagonal (DDE), sacrum-pubic diameters (DSP) and the inlet pelvic area (AEP) were measured. The mean values were DBIS 1.41 cm; DBII 1.58 cm; DBIM 1.97 cm; DDD 2.61 cm; DDE 2.66 cm; DSP 2.48 cm; AEP 3.85 cm. In conclusion, once medium biiliac diameters were minor than sacrum-pubic diameters in males and females, the pelvis from Aotus azarai infulatus can be classified as dolicopelvic and we also conclude there is pelvic sexual dimorphism in adult owl monkeys (Aotus azarai infulatus).
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Estrutura e uso do Repertório Vocal de Leontopithecus chrysomelas (Primates: Callitrichinae) em cativeiro

Lobão Cruz, Ebenézer 31 January 2009 (has links)
Made available in DSpace on 2014-06-12T15:07:25Z (GMT). No. of bitstreams: 2 arquivo3756_1.pdf: 2718624 bytes, checksum: a9ea117f0be185fbbdc4bb4ca6e6c596 (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2009 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / O mico-leão-da-cara-dourada (Leontopithecus chrysomelas Kuhl, 1980) é um primata endêmico do Brasil e, atualmente, é classificado como ameaçado de extinção. Devido a isso e a sua estreita distribuição geográfica (apenas Minas Gerais e Bahia, em unidades de conservação), torna-se imprescindível o estudo com esses animais com o intuito de subsidiar sua reprodução e conservação. O presente estudo, realizado no Laboratório Tropical de Primatologia (LTP-UFPB), fez um levantamento das estruturas do repertório de vocalizações apresentadas por indivíduos, casais e grupos de Leontopithecus chrysomelas mantidos em cativeiro, bem como dos comportamentos associados a essas vocalizações em diversos contextos. A variação do repertório vocal foi registrada com o auxílio de um gravador digital portátil modelo Zoom H4. Foram observados 23 animais (17 adultos, 3 sub-adultos, 1 jovem e 2 infantes) em 9 recintos num total de 250 horas de coleta, entre a preparação de um etograma, as gravações e as observações dos contextos comportamentais. Oito tipos diferentes de vocalizações foram gravados: Trill, Tsick, Cluck, Peep, Long Call, Sniff, Whine e Cry. Os resultados mostraram oito sons diferentes emitidos pela espécie L. chrysomelas, incluindo uma vocalização não previamente registrada para o gênero: o Sniff. O repertório vocal de L. chrysomelas e de L. rosalia são similares. Algumas das vocalizações foram mais comumente associadas a determinados contextos comportamentais e em resposta aos sons emitidos por outros indivíduos. Estudos adicionais, principalmente em animais de vida livre, são necessários para realçar nosso conhecimento sobre suas vocalizações. Além disso, a forma como L. chrysomelas combina as chamadas para se comunicar deve ser um tópico em estudos futuros
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Habito alimentar do mico-leão-preto Leontopithecus chrysopygus(mikan,1823) (Callithricidae,primates) na Estação Ecologica dos Caetetus, Municipio de Galia,SP

Passos, Fernando de Camargo 03 August 1992 (has links)
Orientador: Cory Teixeira de Carvalho / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Biologia / Made available in DSpace on 2018-07-14T05:34:13Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Passos_FernandodeCamargo_M.pdf: 7249652 bytes, checksum: 3c1d3615d112e39262691feffcde68af (MD5) Previous issue date: 1992 / Resumo: Este estudo baseia-se em observações de campo de grupos de mico-leão-preto, Leontopithecus chrysopygus (Callitricidae, Primates), na Estação Ecológica dos Caetetus com 2178 hectares. O estudo abrangeus dois períodos, de janeiro a junho de 1989, e de março de 1990 a março de 1991. Foi utilizado o sistema radiométrico para a localização dos grupos, e o procedimento básico constituía em acompanhar o grupo desde o início de suas atividade até quando penetravam no oco abrigo. No segundo período de observação , o método quantitativo utilizado foi o de ¿scanning¿, onde a cada 15 minutos foram compilados instantâneos (um minuto), referentes a hora, atividade, número de animais visíveis e tipos de alimento ingerido. Os dados de atividade concentram-se em quatro tipos mais facilmente identificáveis de comportamento: descanso, alimentação, forrageamento e deslocamento. Das observações pude comprovar que Leontopithecus chrysopygus se abriga para o pernoite em ocos de árvores, que são cavidades naturais ou ninhos abandonados escavados no tronco. Normalmente eles utilizam o abrigo uma vez, podendo reutilizá-lo algum tempo depois, os indivíduos acordam normalmente tarde, com o sol já alto, se deslocam para as árvores frutíferas até o final da manhã, quando intensificam em procurar por presas, descansam por volta do meio dia, e reiniciam suas atividades com pequenos períodos de alimentação com frutos e presas até a hora do pernoite. O forrageamento se caracteriza por enfiar as mãos em fenda e buracos em troncos, vasculhando estas cavidades e pela investigação de material em decomposição na busca de presas. Os principais recursos alimentares são frutos, exsudatos e presas, dos quais destacaram-se principalmente os frutos de Syagrus romanzoffianum e os exsudatos de Pilocarpus pauciflorus. ... Observação: O resumo, na íntegra, poderá ser visualizado no texto completo da tese digital / Abstract: This study is based on field observations of Golden-rumped-tamarins groups, Leontopithecus chrysopygus (Callitricidae, Primates), in Caetaetus Ecological Station, an area with 2178 hectare located in Gália and Alvinalnadia, western of São Paulo. The study included two periods, from January to June 1989, and from March 1990 to March 1991. The location of the groups was obtained by means of radio-telemetry, and the basic procedure consisted of following the group from its departure from the roost site in the morning, when the Golden-rumped tamarins began their activities, to the afternoon, when they stopped and entered the shelter. During the second period, I also used the scanning method, in which instantaneous data referring to hour, activity, number of visible individuals and kinds of food ingested were collected for one minute at fifteen minute intervals. Activity data were obtained for four easily identificable activities: resting, eating, moving and foraging. From the observations I can verify that L. chrysopygus seek refuge in tree truncks and branches hollows at night, these are natural cavities or abandoned excavated nests. Usually L. chrysopygus uses the shelter once and reutilized it some time afterwards. The group awakened late in the morning with the sun high, and moved to fruit tress, eating until the end of the morning, when foraging for prey intensified. They rest around noon and then begin again their activity, weaving a feeding peak little before they search for shelter. The faraging behavior consists of interesting their hands into the hollows and crevices of trunks and investigation of decomposing matter to capture the prey. The major components of diets are fruits, tree exudates and prey, particularly the fruits of de Syagrus romanzoffianum and the exudate of Pilocarpus pauciflorus. ¿Note: The complete abstract is available with the full electronic digital thesis or dissertations / Mestrado / Mestre em Ecologia
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Caracterização e qualidade ambiental em dois fragmentos florestais na perspectiva da conservação de Alouatta guariba (HUMBOLDT, 1812) no interior do estado de São Paulo

Oliveira, Edson Montilha de 07 August 2009 (has links)
Made available in DSpace on 2016-06-02T19:29:19Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2616.pdf: 6382008 bytes, checksum: 4deb09b025904ed1a4ebfeb3e316319e (MD5) Previous issue date: 2009-08-07 / Universidade Federal de Sao Carlos / This study was accomplished in two forest s fragments with different environmental characteristics; the Parque Estadual do Morro do Diabo (PEMD), a Conservation Unit located at Pontal of Paranapanema, and the Água-Branca Farm Reserve (RPFAB), a fragment forest near to the of Araçatuba munipality. The objective was to research the environmental characterization and diagnosis of the two areas and to relate with the habitat quality for Alouatta guariba (Brown Howler Monkey). Tools of GIS (Geographical Information System) were used, letters IBGE s climbs 1:50.000, aerial pictures and images Google s to elaborate the thematic cartography of use and occupation of the land. The parameters used to evaluate the habitat quality were canopy covering, phytosociological analysis (vegetacional density and seed dispersion), diversity of dung beetles (Scarabaeidae), home-range area and populational density of A. guariba. The quantitative results among the studied areas were analyzed through the statistical programs EstimateS version 8.0, Systat version 11 and Instat version 3.05. To quantify the covering/opening of the hemispherical canopy pictures it was used a digital machine and the pixels in white were calculated through the program computational GLA (Gap Light analyzer) version 2.0. The home-range values were obtained on computational program Track Maker version 3.8 and also the Biotas 1.03 Alpha was used. The results of environmental characterization of studied areas revealed a fragile situation of the population of howler monkeys in function of the negative impacts of the urban growth in RPFAB. The values of canopy covering and vegetational density resulted insignificantly inferior to RPFAB when compared with PEMD, excepting the diversity of dung beetles that was larger in RPFAB. This fact is discussed through the argument of the entrance of dung beetles that are not characteristic of the forest environment and that came from existent pasture in the proximities. The home range and population density found of the two groups of monkeys are according to reviewed literature. For RPFAB the size of the home range (10,3 - 7,1 ha) it seems to be more influenced by the habitat quality, while for PEMD the size of the home range (11,7 - 8,0 ha) it seems to be influenced by the populational density of howler monkeys. The conservation of A. guariba in PEMD is guaranteed long term due to the size of the area and for treating of a Unit of Conservation. The presence of the species in RPFAB, however, is committed due to the surrounding soil use and occupation and for current intrinsic factors of the environmental quality of the habitat. / Este estudo foi realizado em dois fragmentos florestais com características ambientais distintas: o Parque Estadual do Morro do Diabo (PEMD), uma Unidade de Conservação situada no Pontal do Paranapanema e a Reserva Particular da Fazenda Água-Branca (RPFAB), um fragmento florestal próximo ao perímetro urbano da cidade de Araçatuba, SP. O objetivo foi realizar a caracterização e diagnóstico ambiental das duas áreas e relacionar com a qualidade de habitat para Alouatta guariba (Bugio-ruivo). Foram utilizadas ferramentas de SIG, Sistema de Informação Geográfica, cartas IBGE escala 1:50.000, fotos aéreas e imagens Google para elaborar as cartas temáticas de uso e ocupação da terra. Os parâmetros utilizados para avaliar a qualidade de habitat foram: cobertura de dossel; análise fitossociológica (densidade vegetacional e síndrome de dispersão); diversidade de besouros coprófagos (escarabeídeos); área de vida e densidade populacional de A. guariba. Os resultados quantitativos entre as localidades foram analisados através dos programas estatísticos EstimateS versão 8.0, Systat versão 11 e Instat versão 3.05. Para quantificar a cobertura/abertura do dossel foram realizadas fotos hemisféricas com máquina digital e os pixels em branco foram calculados através do programa computacional GLA (Gap Light analizer) versão 2.0. Para a estimativa da área de vida foi utilizado o programa computacional Track Maker versão 3.8 e Biotas 1.03 Alpha. Com a caracterização ambiental e análise do uso e ocupação do entorno das áreas estudadas ficou evidente o comprometimento da população de bugios em função dos impactos negativos do crescimento urbano na RPFAB. Os valores de cobertura de dossel, densidade vegetacional foram significativamente inferiores para a RPFAB, quando comparados com o PEMD, excetuando a diversidade de besouros coprófagos que foi maior na RPFAB. Este fato é discutido através do argumento da entrada de besouros que não são característicos do ambiente de mata e que vieram de pastagem existente nas proximidades. A área de vida e a densidade populacional encontrada para os dois grupos de bugios se apresentam compatíveis com as observadas na literatura. Para a RPFAB o tamanho da área de vida (10,3 7,1 ha) parece ser mais influenciado pela qualidade do habitat, enquanto que para o PEMD o tamanho da área de vida (11,7 8,0 ha) parece ser influenciado pela densidade populacional de bugios. A conservação de A. guariba no PEMD está garantida, em longo prazo, em decorrência do tamanho da área e por se tratar de uma Unidade de Conservação. A presença da espécie na RPFAB, no entanto, encontra-se comprometida em decorrência do uso e ocupação do solo no entorno e por fatores intrínsecos decorrentes do estado da qualidade ambiental do habitat em questão.
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Influência da temperatura na ecologia e no comportamento de Callicebus nigrifrons (Primates: Pithecilidae) / Temperature influence on ecology and behavior of Callicebus nigrifrons (Primates: Pithecilidae)

Gestich, Carla Cristina, 1986- 20 August 2018 (has links)
Orientadora: Eleonore Zulnara Freire Setz / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Biologia / Made available in DSpace on 2018-08-20T18:03:19Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Gestich_CarlaCristina_M.pdf: 2412818 bytes, checksum: 3850c0adff0e3465f46c136d4a4903b3 (MD5) Previous issue date: 2012 / Resumo: A alteração das necessidades energéticas dos endotérmicos pela variação da temperatura ambiental devido aos custos da termorregulação pode influenciar seu comportamento. O objetivo desse estudo foi investigar a influência da temperatura nos comportamentos de sauás (Callicebus nigrifrons) na Serra do Japi, região com marcada sazonalidade e temperatura reduzida pela altitude. Para isso, relacionamos com a temperatura: o padrão de atividade, os itens alimentares e os comportamentos termorregulatórios durante o descanso (seleção de micro-hábitat, contato entre os indivíduos e postura corporal). Quanto menores as temperaturas mínimas noturnas, o que pode representar estresse térmico, os sauás iniciaram suas atividades mais tardiamente, no momento em que a temperatura ambiental já estava elevada. A distância percorrida diariamente não variou com a temperatura, mas os sauás locomoveram mais no início do dia, horário mais frio, coincidindo com o início das atividades. Entre os meses, a locomoção foi menor nos mais frios, possivelmente resultando em economia de energia. Não houve seleção por itens alimentares mais calóricos em temperaturas baixas. Entretanto, houve aumento no forrageio nos meses mais frios (não relacionado com a disponibilidade de frutos), compatível com a ideia de que os custos da termorregulação podem influenciar a ingestão de alimentos. A seleção de locais ao sol foi maior em temperaturas baixas, e tal comportamento pode estar reduzindo os custos da termorregulação com o aumento da absorção de calor da radiação solar. O contato entre os indivíduos ao longo do dia não teve relação com a temperatura e pode ter sido influenciado somente pelas interações sociais. A postura não variou em função da temperatura e aquelas que resultavam em menor perda de calor para o meio foram predominantemente adotadas. Isso, provavelmente, devido ao porte pequeno da espécie (elevada razão superfície/volume) que contribui para maior perda de calor nas baixas temperaturas registradas. Conclui-se que os sauás apresentam variação comportamental em função da temperatura ambiental quanto à escolha de micro-hábitats e padrão de locomoção e forrageio / Abstract: Variations in ambient temperature can change the energy requirements of endothermics due to costs of thermoregulation. So, ambient temperature can influence animal's behavior. The aim of this work was to investigate ambient temperature influence on wild black-fronted titi monkeys (Callicebus nigrifrons) behavior. We conducted this study in Serra do Japi, region with marked seasonality and temperature reduced due to high altitude. We analyzed the relation between temperature and the following variables: activity pattern, types of food consumed and thermoregulatory behaviors observed during resting (microhabitat selection, contact between individuals and body posture). In lower night minimum temperatures, which may represent thermal stress to titi monkey, they started their activities later in the day, after ambient temperature increase. There was no correlation between path length and ambient temperature, but titis moved more at beginning of the day (at the coldest hours), when they were starting these activities. During the coldest months, titis moved less, which could be a strategy to save energy. During this period, they did not select higher-calorie food items, but there was an increase in foraging behavior (not related to fruit availability), which is consistent with the idea that the energy costs of thermoregulation can influence food intake. The sunny resting places were selected at low temperatures. This behavior could be used to reduce thermoregulation costs, allowing the increase of heat absorption from solar radiation. The contact between individuals throughout the day was not related to the temperature and may be influenced only by social interactions. Body postures were not influenced by ambient temperature and postures that avoid heat loss were predominantly adopted. This is probably due to the small size of the species (considering the high surface/volume ratio) which contributes to greater heat loss at low temperatures. We concluded that titi monkey's behaviors vary in function of ambient temperature, such as microhabitat choice and pattern of moving and foraging / Mestrado / Ecologia / Mestre em Ecologia
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Caracterização e dinâmica evolutiva de retrovírus endógenos da família K (ERV-K) em genomas de primatas. / Characterization and evolutionary dynamics of endogenous retroviruses K (ERV-K) in primate genomes.

Romano, Camila Malta 11 December 2009 (has links)
Retrovírus endógenos (ERVs) são vírus que infectaram células germinativas e proliferaram no genoma do hospedeiro. A família K está integrada apenas no genoma de primatas do Velho Mundo. Os ERVs promovem alterações estruturais nos genomas hospedeiros, sendo fundamentais para a sua evolução. Esse trabalho teve como objetivo realizar uma investigação da distribuição e dinâmica evolutiva de ERV-K nos diferentes hospedeiros. Foram identificados 58 ERV-K em humanos, 38 em chimpanzés, 35 em orangotangos e 19 em macaco rhesus. Análises filogenéticas evidenciaram dois grupos principais, Grupo O/N, que compreende os provirus mais antigos e os mais recentes, e Grupo I, com provirus com tempo de integração intermediário. A dinâmica de espalhamento de ERV-K diferiu entre os hospedeiros. A fixação e eliminação dos ERV-K é resultado de fatores demográficos e populacionais, como gargalos de garrafa e expansões sofridas ao longo da evolução. Análises de quais provírus são ativos em pacientes com HIV e com cancer demonstrou que distintos ERVs são transativados, sugerindo alguma consequencia biológica para o hospedeiro. Além disso, a atividade dos ERVs não depende exclusivamente do tempo de integração, mas sim da integridade de regiões específicas contidas na LTR. / Endogenous retroviruses (ERVs) are remains of ancient viral infection in the germ line cells and subsequent vertical transmission. The K family are integrated only in humans and the Old World monkeys. ERVs play a fundamental role on genome evolution and foster variability. The aim of this work was to investigate their distribution and evolutionary dynamics in primate hosts. We found 55 ERV-K genomes in the human genome, 38 in chimpanzee, 35 in orangutan and 19 in Rhesus monkey. Two main groups were recovered by phylogenetic inference, Group O/N, comprising the newest and the oldest proviruses and, Group I, enclosing those with intermediate integration time. Although the primary integration took place in the ancestral lineage of all primates investigated, their evolutionary dynamic was different among them. I propose that ERV-K dynamics depends on the host demography experienced throughout their evolution. This work also investigated the putative source of proviral transcripts detected in HIV carries and cancer patients. The differential expression found under these conditions suggested a biological role of the ERV-K overexpression. Finally, the results showed that the ERV-K overexpression depends on the integrity of specific promoters in their LTR.

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