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Homens encarcerados : assistência religiosa e estratégias de vida na prisão / Incarcerated men: religious assistance and life strategies in prisonLivramento, André Mota do 02 April 2012 (has links)
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Previous issue date: 2012-04-02 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / A questão penitenciária é amplamente discutida na sociedade atual, seja por aspectos relacionados à segurança pública, pela (in)eficiência do sistema penitenciário na recuperação de apenados ou por suas condições estruturais. A realidade brasileira nos mostra um universo prisional deficitário e carente de políticas que efetivem a garantia dos direitos dos detentos. Nesse contexto, atividades religiosas têm assegurado espaço nos presídios, que são vistos como um campo fértil de atuação. Acredita-se que o discurso religioso seja o discurso com o qual o detento mais tenha contato e que dentre os tipos de assistência, a religiosa seja a que mais se cumpra na prisão. O objetivo desse trabalho foi investigar os significados da vida prisional e religiosa entre internos de um presídio e voluntários que realizam a assistência religiosa na instituição. A pesquisa foi organizada em duas etapas e desenvolvida no Instituto de Readaptação Social (IRS), Vila Velha, Espírito Santo. Em um primeiro momento, que durou cerca de dois meses, foi realizada a observação das práticas religiosas na unidade. Após esse período foram entrevistados individualmente, com auxílio de um de roteiro semiestruturado, seis agentes religiosos e 11 internos do IRS. Todas as entrevistas foram gravadas em áudio mediante autorização dos participantes, que assinaram um termo de consentimento livre e esclarecido, e posteriormente foram transcritas integralmente, para serem submetidas à análise por meio do software Alceste. Utilizou-se também o recurso de diário de campo, onde foram registrados todos os dias de visita a unidade prisional. Pressupostos teóricos de Michel Foucault e Erving Goffman orientaram as discussões desta pesquisa. No estudo realizado com os voluntários religiosos, foi possível perceber singularidades entre as práticas dos diferentes grupos religiosos. A assistência religiosa prestada pelos grupos católico e espírita apresenta semelhanças e parece mais voltada ao coletivo carcerário, sendo a religiosidade menos enfatizada, embora seja um aspecto presente. Católicos e espíritas entendem que a assistência religiosa tem o objetivo de garantir melhores condições de vida aos detentos, pela busca do respeito aos seus direitos. A ressocialização é um objetivo presente, mas é vista a partir da transformação das condições de vida na prisão. O principal objetivo da assistência religiosa evangélica é a conversão, portanto o foco das atividades é no indivíduo e na sua transformação pessoal. A ressocialização, entre os evangélicos, é vista como uma transformação íntima na vida do detento por meio da assimilação de uma doutrina religiosa. No estudo realizado com os internos do presídio foi possível observar algumas estratégias de vida que os detentos criam para viver na prisão. Embora o universo prisional possa ser considerado um espaço de mortificação, os internos não se entregam a esse processo de despotencialização da vida. Na busca de alternativas possíveis para lidar com o encarceramento, criam modos de vida que rompem com essa ideia de sujeição ao sistema penitenciário. O tempo de prisão pode estar associado a determinadas formas de lidar com o encarceramento. As análises indicaram que quanto maior o período de prisão, mais intenso parece ser o processo de mortificação do eu. O encontro com o mundo religioso na prisão também é uma via possível para lidar com o encarceramento. A religiosidade permite aos internos significar as suas vidas, além de ser um recurso para enfrentar situações adversas na prisão. Por meio dessa vivência os detentos parecem sentir certa autonomia, embora estejam submetidos a um regime de controle. As práticas religiosas funcionam, dessa maneira, como ajustamentos secundários, que permitem aos detentos certo conforto psíquico, uma satisfação que seria difícil de ser atingida por outros meios, nas circunstâncias em que eles se encontram. Enfatiza-se a importância de se construir na prisão espaços que não tenham efeitos mortificadores, mas que potencializem os modos de vida. É fundamental que o detento tenha a possibilidade de cumprir sua pena em melhores condições e de compreender a sua vida por distintas vias discursivas. Transformar o sistema penal é urgente, para que o universo penitenciário não seja um mecanismo de aplicação de práticas punitivas, coercitivas e moralistas. É preciso romper com a visão do presídio como uma instituição custodial / The penitentiary issue is broadly discussed in today s society for the aspects related to public security, the (in)efficiency of the system in recuperating the prisoners, or because of its structural conditions. The Brazilian reality shows us a deficient prison universe which lacks policies that can provide prisoners rights. In such context, religious activities have secured some space inside the penitentiaries, which are seen as a fertile ground for their actuation. It is believed that the religious speech is the one with which the prisoner has more contact and, among the various types of assistance, it is the most effective in prisons. The objective of this study was to investigate the meaning of prison and religious life for the interns of a prison and the voluntaries who give religious assistance inside the institution. The research was done in two steps and performed at Instituto de Reablitação Social (IRS), in Vila Velha, Espirito Santo. At the first moment, which lasted about two months, the religious practice inside the institution was observed. After this period, six religious agents and 11 inmates were interviewed with the help of a semi-structured script. All the interviews were recorded with the authorization of the subjects, who signed a clear term of agreement. Later, they were thoroughly transcribed in order to be analyzed by Alceste software. A journal was also used and every day of visitation was registered. Theories by Michel Foucault and Erving Goffman guided the discussions in this work. In the study with the religious group, it was possible to notice singularities between the practices of different groups. The religious assistance given by Catholics and Spiritists present similarities and seem to care more about the prison collective than about religion, although this element is present. Catholics and Spiritists understand that religious assistance has the objective of guarantying better conditions of life for the detents, and respect for their rights. Resocialization is a goal, but it is seen from the perspective of changing life conditions in prison. The main objective of the Evangelical assistance is conversion, so the focus of activities in on the individual and their personal transformation. Resocialization, for the Evangelicals, is seen as an intimate transformation in the life of the inmate by the assimilation of a religious doctrine. In the study done with the prisoners, it was possible to notice some strategies that they create to live inside the prisons. Although the prison universe is considered a space for mortification, the incarcerated do not give in to such process of depotentiation of life. In the search for possible alternatives to deal with imprisonment, they find ways of living that refuse this idea of submission to the prison system. The time of sentence may be associated with certain ways to deal with imprisonment. The analysis indicates that the longer the period, the more intense seems the process of mortification of the self. The meeting with the religious world inside the prison is also a viable way to endure sentence time. Religiosity allows the interns to find meaning for their lives, besides being a resource to help facing adverse situations in prison. Such way of living seems to give the detents some autonomy, although submitted to control. Religious practices work, this way, as secondary adjustments that give the inmates some kind of psychological comfort; a satisfaction that would be hard to find due to the circumstances they are experiencing. It is necessary to emphasize the need to build, inside the prisons, spaces that do not impose mortification; spaces that promote vitalization. It is fundamental that the prisoner have the possibility of serving his sentence in better conditions and understanding their life through distinct discursive ways. The transformation of the prison system is an urgent need so that the prison universe does not become a mechanism for punitive, coercive, and moralist practices. It is necessary to stop seeing the prison as a custodial institution
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Pela cortina do desvio : a trajetória de mulheres presas do presídio feminino de Nossa Senhora do Socorro-SEAndrade, Fabiana Santos 20 August 2015 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / La criminalité féminine est une question complexe et pertinente puisqu'il n'y a encore très peu d'études sur le sujet. Le présent travail vise à analyser et décrire comment le parcours de femmes déviations par les trajectoires de vie des femmes emprisonnées dans la prison pour femmes de Nossa Senhora Socorro/SE (PREFEM). Il cherche également à comprendre la relation entre la femme et la pratique criminelle tout au long du temps et introduire le PREFEM de sa structure physique et le contrôle social des femmes à l'intérieur de la prison, instituant et légitimer les rôles sexuels. En ce sens, il révèle comment la déviation se passe dès le moment où la femme est confrontée à réglementation et coexistence avec vivant avec tout ce qu'ils sont insérés dans l'unité de la prison. La recherche a analysé 40 cartes leurs proies alors que 13 ont été sélectionnés Répétez les délinquants et primaire 01 (était en prison pour la première fois). Comme critères pour la sélection de ces femmes sont les crimes de trafic de drogue, vol, meurtre, armés vol augmenté étant donné que les crimes qui sont censés être pratiqués par les femmes (il y avait seulement l'inclusion d’une femme pour vol à l'étalage). J’ai choisi la perspective ethnographique pour une observation directe du contexte institutionnel dans son ensemble, y compris avec l'utilisation de l'enregistrement photographique et l'analyse des entrevues en profondeur de l'enregistrement des récits de vie et l'analyse des documents fournis par l'institution. Ce travail se compose de quatre chapitres discuter: la criminalité féminine, associant la discussion sur le genre porte sur la prison, par le biais de l'approche théorique de Goffman et Foucault et d'autres chercheurs sur les prisons féminins; et presènt les données extraites de l'analyse des entrevues caractérisée par quatre types d'itinéraire de contournement dont chacune a ses particularités liées à trajectoire de vie, les motivations pratiques déviantes, insertion dans le monde du crime, ainsi que les possibilités de détournement au sein de la prison. Un des chemins trouvés sont: 1) associées à des besoins de survie en raison de la situation socio-économique précaire ; 2) liées à l'ascension sociale résultant de l'ambition et le désir d'enrichissement ; 3) incorporée à l'état de dégradation de la vie par les conséquences de la jouissance effrénée par le sexe, alcool et drogues et 4) ajouté à la révolte contre les normes établies par le contrôle exercé par le giron familial et par la société. J'ai utilisé l'approche de Howard Becker, obéir à des préceptes de la rédaction proposée par l'ethnographie anthropologique, à l'analyse des entrevues. Je pourrais souligner que ces femmes confronter les caractéristiques considérées comme stéréotypes féminins ainsi que sont semblables aux mâles de pratiquer les mêmes types de crimes. / A criminalidade feminina é um tema complexo e relevante visto que ainda há poucos estudos sobre a temática. O presente trabalho visa analisar e descrever como se dá o percurso dos desvios femininos a partir das trajetórias de vida das mulheres presas no Presídio Feminino de Nossa Senhora do Socorro/SE (PREFEM). Ele busca também compreender a relação entre a mulher e a prática criminosa ao longo do tempo e apresentar o PREFEM a partir de sua estrutura física e controle social sobre as mulheres dentro da prisão, instituindo e legitimando papeis sexuais. Nesse sentido, ele revela como o desvio acontece a partir do momento em que a mulher se depara com a convivência normativa da instituição e com a convivência com todos que estão inseridos na unidade prisional. Para a realização da pesquisa analisei 40 prontuários das presas de modo que foram selecionadas 13 reincidentes e 01 primária (estava na prisão pela primeira vez). Como critérios para a seleção dessas mulheres estão os crimes de tráfico de drogas, roubo majorado, homicídio, latrocínio visto que não são crimes que se esperam que sejam praticados pela mulher (só houve a inclusão de apenas 01 mulher por furto). Privilegiei a perspectiva etnográfica para a realização da observação direta do contexto institucional como um todo, inclusive com o uso do registro fotográfico, e análise das entrevistas aprofundadas a partir da gravação das trajtórias de vida e análise documental disponibilizada pela instituição. Este trabalho consiste em quatro capítulos que tem a finalidade de: discutir a criminalidade feminina, associando à discussão sobre gênero e sobre a prisão através da abordagem teórica de Goffman e Foucault e demais pesquisadores que tratam sobre as prisões femininas; de apresentar o campo da pesquisa no PREFEM; e de apresentar os dados extraídos da análise das entrevistas caracterizados por 4 tipos de percurso do desvio no qual cada um possui suas particularidades relacionadas à trajetória de vida, motivações para as práticas desviantes, inserção no mundo do crime, bem como possibilidades de desvio dentro da prisão. Dentre os percursos encontrados estão: 1) associado às necessidades de sobrevivência decorrente das precárias condições socioeconômicas; 2) relacionado à ascensão social resultante da ambição e do desejo de enriquecimento; 3) incorporado ao estado de degradação da vida em virtude das consequências provocadas pela curtição desenfreada através de sexo, álcool e drogas e 4) agregado à revolta contra as normas estabelecidas pelo controle exercido pelo seio familiar e pela sociedade. Utilizei a abordagem do desvio de Howard Becker, obedecendo aos preceitos da escrita proposta pela etnografia antropológica, para a análise das entrevistas. Ressalto que essas mulheres confrontam as características consideradas como esterótipos femininos bem como são semelhantes ao gênero masculino ao praticarem os mesmos tipos de crimes.
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Carceres imperiais : a Casa de Correção do Rio de Janeiro : seus detentos e o sistema prisional no Imperio, 1830-1861 / Imperial prisons : the House of Correction of Rio de Janeiro : its prisoners and the prison system during the Empire, 1830-1861Araujo, Carlos Eduardo Moreira de 12 August 2018 (has links)
Orientador: Sidney Chalhoub / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Filosofia e Ciencias Humanas / Made available in DSpace on 2018-08-12T20:31:49Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2009 / Resumo: A presente tese analisa a construção da primeira prisão com trabalho do império brasileiro: a Casa de Correção do Rio de Janeiro. Tentamos fornecer um outro olhar para o tema das prisões no Brasil, fazendo mais uma história institucional e dos trabalhadores que ergueram o primeiro complexo prisional do país, e menos uma análise das questões que envolveram os debates em torno do clássico Vigiar e Punir de Michael Foucault. O filósofo francês examinou as relações entre os modos de exercício do poder, a constituição dos saberes e o estabelecimento da verdade, apontando a passagem da punição do corpo para a alma dos condenados em fins do século XVIII e início do XIX na Europa. Embora o Brasil abrigasse inúmeros estudiosos das novas formas de punir disponíveis no velho continente naquele momento, a vigência da escravidão alterou profundamente a implantação desse novo tipo de punição. Aqui, o suplício e a prisão com trabalho conviveram lado a lado até o final do século XIX. Como a idéia era escrever a história da primeira prisão com trabalho do Brasil, iniciamos a abordagem no período regencial, quando teve início o processo de construção da nova penitenciária a partir da mobilização da Sociedade Defensora da Liberdade e Independência Nacional. Nesse momento surge também uma nova categoria jurídica no país, os africanos livres. Estes últimos, somados aos escravos, sentenciados, homens livres e libertos foram os grandes responsáveis pela construção da primeira Casa de Correção do Brasil / Abstract: This dissertation analyses the construction of the first penitentiary made by the Brazilian Empire: The House of Correction of Rio de Janeiro. In doing so, I seek to offer a new perspective on the question of prisons in Brazil. Thus this text deals more with the history of the institutions and workers that built the first penitentiary of the country, and less with the issues that involved the debates on the classic "Surveiller et punir" written by Michael Foucault. The French Philosopher has analysed the relations between the way public institutions operate and the constitution of a new knowledge regarding discipline and punishment in 18th- and 19th- century Europe. In Brazil, however, the existence of slavery created problems for the implementation of a concept of punishment that emphasized the reformation of the individual instead of physical retaliation on his/her body. My approach in this dissertation is to tell a history of the construction and establishment of the House of Correction in Rio as a chapter in the social of history of labor in the country. Thus I start out with the initial debates about the subject in the 1830s and move on to deal with the experience of workers -africanos livres (Africans freed due to the illegal slave trade), slaves, free workers, prisoners- during the construction of the penitentiary and the first years after its opening / Doutorado / Historia Social / Doutor em História
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Politicas de formação do trabalhador : a FUNAP / Polices job training of the worker inmates : the FUNAPFavaro, Marilsa Fatima 26 February 2008 (has links)
Orientador: Newton Antonio Paciulli Bryan / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Educação / O exemplar do AEL pertence a Coleção Monsenhor Jamil Nassif Abib (JNA) / Made available in DSpace on 2018-08-11T01:38:18Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2008 / Resumo: A proposta deste estudo tem como objeto compreender, a partir da relação educação - trabalho, a formação profissional do preso no sistema penitenciário paulista. O enfoque da análise são as políticas de formação do trabalhador preso executadas pela Fundação de Amparo ao Trabalhador Preso (FUNAP), como pressupostos de reintegração social. O que parece curioso é a criação de uma fundação pública no estado de São Paulo ainda nos anos 1970 com a finalidade de organizar o trabalho prisional, procurando atribuir um caráter formativo ao que é desprovido de tal finalidade. Os discursos que dão sustentação à função da prisão como instituto reabilitador, proclamados há muito tempo, remetem a formação profissional à ideologia em vigência na sociedade externa, de um modo de viver, de ser e de estar no mundo. Educação para o trabalho, educação pelo trabalho, qualificação, formação e empregabilidade são muitos dos conceitos utilizados para atribuir e responder qual educação e qual trabalho na prisão.Esta gama de conceitos representa, então, o que a educação e o trabalho devem exercer, durante e posteriormente ao cumprimento da pena uma utilidade, estando ela relacionada aos valores da ¿sociedade¿, como cultura e relações sociais. Porém, o modo de vida nas instituições penitenciárias contrapõe o modo oficial ao interno-informal, o que significa um abismo entre o proposto e o realizado no âmbito das políticas penitenciárias. Se essas práticas demonstram ao avesso o que propõem os documentos oficiais, nelas também se insere o embate entre punir e reabilitar e, por conseqüência, a questão da reintegração social. Analisar a formação profissional por meio da atuação da FUNAP nos permitiu identificar e projetar algumas contribuições e impasses para realização de um trabalho educativo com os prisioneiros / Abstract: This study, based on the relationship between education and work, aims at understanding the professional education of the inmate of the penitentiary system of the State of Sao Paulo. The analysis focus on the policies for the education of the inmate worker carried out by Fundação de Amparo ao Trabalhador Preso ¿ FUNAP (Foundation for the Support of the Inmate Worker) as grounds for social reintegration. It seems intriguing the creation of a public foundation in the State of Sao Paulo with the purpose of organizing the inmate work, attempting to give na educational character to what lacks of such purpose. The speeches, long praised, that support the idea of prison as a rehabilitation institution, links the professional education to the current ideology of the external society, a way of living, being, and pertaining in the world. Education for the job, education on the job, professional qualification, training, and employability are many of the concepts utilized to designate and answer what education and what job in prison. This range of concepts represents, therefore, that education and work shall provide usefulness, during and after the time in custody, being it related to the values of ¿society¿, such as culture, and social relations. However, because the way of life in penitentiary institutions opposes the official mode against the internal-informal mode, which means an abyss between what is proposed and what is accomplished in the scope of the penitentiary policies. If these practices demonstrate the opposit of what is proposed in the official documents, in them is also inserted the struggle between punishment and rehabilitation, and as a consequence, the issue of social reintegration. Analyzing the professional education by means of the performance of FUNAP allowed us to indentify and to project a few contributions and predicaments for the realization of an educative work with the inmates / Mestrado / Politicas de Educação e Sistemas Educativos / Mestre em Educação
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A identidade do preso e as leis do cárcere / The inmate\'s identity and the prison\'s laws.Ana Gabriela Mendes Braga 20 May 2008 (has links)
O presente estudo analisa como as demandas institucionais e as regras do cárcere afetam e conformam o indivíduo preso. O processo de prisionização implica na absorção de valores, costumes e normas próprias da cultura prisional; a apropriação das regras, dos códigos de linguagem e dos conhecimentos desse grupo social específico traz impactos à identidade do preso. A partir do conjunto de normas que regem o dia-a-dia prisional - que inclui aquelas produzidas pelo Estado (ordem formal), as elaboradas pelos próprios presos (ordem informal) e mesmo as disciplinas (enquanto poder normativo fundamental à manutenção dessas duas ordens) - pode-se compreender qual o tipo de individualidade essas regras pretendem produzir e as diferentes formas do indivíduo reagir a tais exigências institucionais. / This study examines how the institutional demands and the rules of the jail affect and conform the inmate man. The process of prisonization implies the absorption of values, habits and standards proper of prison culture; the appropriation of the norms, codes of language and knowledge of this specific social group brings impacts to the identity of the prisoner. From the set of rules governing the day-to-day prison - including those produced by the State (formal order), as elaborated by the prisoners (informal order) and even the disciplines (as normative power essential to the maintenance of these two orders) - one can understand what kind of individuality these rules aim to produce and the different ways of the individual reacting to such institutional requirements.
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Avaliação do desempenho de um questionário para detectar o uso de maconha e cocaína em uma população carcerária de São Paulo / Performance evaluation of a questionnaire to detect use of marijuana and cocaine in a prison population of Sao PauloMaria Claudia de Mattos Fabiani 13 August 2010 (has links)
INTRODUÇÃO: O instrumento escolhido para coleta de informações em uma investigação científica tem de ser capaz de traduzir, com boa precisão, a realidade estudada. Neste estudo, foi analisado o desempenho de um questionário para avaliar o consumo de drogas na prisão confrontando o relato dos entrevistados com a análise toxicológica de urina. METODOLOGIA: Foi realizado um estudo observacional transversal em setembro de 2007, numa unidade prisional masculina, localizada no estado de São Paulo. Os detentos foram entrevistados e submetidos à coleta de urina para detecção qualitativa de canabinóides e de cocaína, utilizando análise por imunoensaio enzimático. Foram selecionadas duas questões; a primeira sobre uso de drogas e, a segunda, mais específica, que identifica o padrão de uso da maconha e da cocaína na prisão. Para avaliar a capacidade destas questões em identificar corretamente os indivíduos que usam drogas na prisão, foram comparadas as respostas com os resultados de exame de urina (padrão ouro) e calculadas a sensibilidade e a especificidade. Entrevistador, período em que foi realizada a entrevista, faixa etária dos entrevistados, tempo de presídio, situação prisional, relação existente entre o delito cometido e as drogas, duração da pena atual e o resultado das análises toxicológicas da urina foram escolhidos como fatores com potencial para interferir nos resultados. RESULTADOS: Participaram da pesquisa 337 detentos, com idade média de 30,4 anos, cumprindo pena média de 10,1 anos, que estão em média há 16,7 meses no presídio e que, em sua maioria não cometeram delitos relacionados a drogas (73,3%). A prevalência obtida pela análise toxicológica da urina foi de 61,4% para maconha e 7,7% para cocaína. Combinar as questões melhorou o desempenho do questionário. Dos 260 entrevistados identificados, pelo questionário, como usuários de drogas na prisão, 191 tiveram resultado positivo na análise toxicológica da urina e 69, resultado negativo. Dos 76 entrevistados identificados como não usuários de droga na prisão, 21 tiveram resultado positivo na análise toxicológica da urina e 55, resultado negativo (Sensibilidade=90,1% e Especificidade=44,1%). A prevalência para o uso de maconha na prisão, obtida a partir das entrevistas, foi de 77,4% e, para o de cocaína, de 8,8%. Os detentos que não cometeram crimes relacionados a drogas (p=0,011) e os com resultado positivo para a análise da urina para canabinóides (p=0,028) tiveram um desempenho melhor ao responder as questões relacionadas ao uso de cocaína. Os detentos mais novos consomem mais maconha na prisão (80,6%, p=0,000). Já os reincidentes (11,4%, p=0,017) e os que estão há mais tempo no presídio (17,3%, p=0,038) destacaram-se como os que consumem mais cocaína. Os detentos primários (11,3%, p=0,028) e os com resultado positivo na análise da urina para canabinóides (10,2%, p=0,009) apresentaram frequência maior de respostas dissociadas. Apresentaram frequência menor, os que cumprem pena entre 6,33 e 14,62 anos (3,4%, p=0,025). CONCLUSÕES: A concordância entre o relato de consumo de maconha e cocaína na prisão obtida pelo questionário e o resultado do exame toxicológico foi boa para as duas drogas. Combinar as respostas apareceu como uma forma de melhorar a sensibilidade do questionário. / INTRODUCTION: The instrument used for collection of information in scientific research must be able to translate with accuracy the reality under investigation. In this study, we investigated the performance of a questionnaire in assessing drug use in prison compared with toxicological analysis of urine. METHODS: A cross sectional observational study was conducted in September 2007, in a male inmate placed in the state of Sao Paulo. The prisoners were interviewed and underwent urine collection for the detection of cannabinoids and cocaine metabolites trough toxicological analysis (enzyme immunoassay). Two questions were selected, one about drug use in general, and a second one, which was more specific and used to identify the drug consumption pattern in prison. To assess the ability of these questions to correctly identify individuals who currently use drugs in prison, the responses were compared with the urine test (gold standard) and sensitivity and specificity rates were calculated. Interviewer characteristics, total period of interview, age of respondents, time in jail, penalties conditions, relationship between the offense and drug use, total penalty time and urinalysis were considered factors with the potential to affect the results. RESULTS: 337 prisoners completed the questionnaire and provided urine samples for the study. These subjects presented a mean age of 30.4 years, an average time spent in prison of 1 year and 16.7 months, 10.1 years of total penalty time and the majority of them have not committed crimes related to drugs (73.3%). The prevalence based on urine toxicological analysis was 61.4% for marijuana and 7.7% for cocaine. When the answers to the questions were combined to the toxicological results, the assessment for drug consumption trough the questionnaire was improved. Of the 260 respondents identified by the questionnaire as a drug user in prison, 191 presented positive results for toxicological analysis and 69 negative results. Of the 76 respondents identified as non-drug user in prison, 21 presented positive results for toxicological analysis and 55 negative (sensitivity=90.1% and specificity =44.1%). The prevalence of cannabis use in prison taking into account only the interviews was 77.4% and 8.8%, for marijuana and cocaine, respectively. Prisoners who have committed crimes related to drugs (p=0,011) and those with positive urinalysis for cannabinoids (p=0,028) performed better in answering questions related to cocaine use. The younger prisoners consumed more marijuana in prison (80.6%, p=0,000) than their older counterparts. Repeat offenders (11.4%, p=0,017) and those who are in prison for longer (17.3%, p=0,038) time stood out as those who consume more cocaine. First offenders (11.3%, p=0,028) and those with positive urinalysis for cannabinoids (10,2%, p=0,009) showed higher frequency of misleading answers and, less often, those who were serving time between 6.33 and 14.62 years (3.4%, p=0.025). CONCLUSIONS: The agreement between the reporting of marijuana and cocaine consumption in prison obtained by questionnaire with toxicological essay was adequate for both use in general and recent use. Combining responses appeared as a way to improve the sensitivity of the questionnaire.
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Presença dos vírus HBV e HCV e seus fatores de riscos nos presidiários masculinos da penitenciária de Ribeirão Preto / Prevalence and risk factors for HBV and HCV infection in male prisoners in Ribeirão Preto.Coêlho, Harnôldo Colares 01 February 2008 (has links)
Infecções pelos vírus da hepatite B (HBV) e vírus da hepatite C (HCV) na população prisional apresentam prevalências bastante elevadas, alcançando taxas, algumas vezes, de mais de 40%. Contribuem para isso diversos comportamentos de risco, adotados já antes do encarceramento ou desenvolvidos durante o período de reclusão. Entre eles, destacam-se o uso de drogas ilícitas intravenosas com compartilhamento de agulhas, tatuagens e atividade sexual desprotegida. Esta pesquisa objetivou estimar a prevalência dos marcadores do HBV e HCV com seus respectivos fatores de risco para estas exposições na população masculina carcerária da Penitenciária de Ribeirão Preto - SP, no período de maio a agosto de 2003. Do total de 1030 presidiários, foram sorteados 333 participantes por amostragem casual simples, os quais foram submetidos à aplicação de um questionário padronizado e tiveram coletada uma amostra de sangue. Para diagnóstico do HBV e HCV foi utilizado o ensaio imunoenzimático para detecção do HBsAG, anti-HBc total, anti-HBs e anti-HCV. A confirmação deste foi feita através de reação de polimerase em cadeia (HCV RNA). As prevalências encontradas para HBV e HCV nos presidiários foram de 19,5%% (IC 95% : 15,2 - 23,8) e 8,7% (IC 95% : 5,7 - 11,7), respectivamente . Todas as variáveis que apresentaram \"p\" abaixo de 0,25, através de análise univariada, foram submetidas a um modelo multivariado de regressão logística. Nesta análise, as variáveis que se mostraram preditoras de forma independente da infecção pelo HBV foram: idade acima de 30 anos e passado de droga injetável. Já para o HCV, as variáveis foram idade acima de 30 anos, história prévia de hepatite, tatuagem, passado de droga injetável e passado de compartilhamento de agulhas. / The hepatitis B virus (HBV) and hepatitis C virus (HCV) infections in correctional settings have quite high prevalences, reaching rates of up to 40%. Several risk behaviors, adopted before or during the imprisonment, accounts for that. Among them, the use of intravenous illicit drugs, sharing of needles, tattoos and unprotect sexual activity are the most important. This survey aimed to estimate the prevalence of HBV and HCV serological marker and risk factors for these infections in men inmates at the Penitentiary of Ribeirão Preto, State of São Paulo, Brazil, between May and August 2003. Out of 1030 inmates, a simple random sample of 333 participants was chosen. The participants were interviewed in a standardized questionnaire and provided blood for serological tests. An enzyme-linked immunosorbent assay (ELISA) was used for diagnosis of HBV and HCV infection (HBsAg, anti-HBs, anti-HBc, anti-HCV). Polymerase chain reaction (HCV RNA) was used to confirm HCV infection. The overall prevalence for HBV and HCV markers in inmates was 19,5% (CI 95%: 15,2 - 23,8) and 8,7% (CI 95%: 5,7 - 11,7), respectively. The variables that displayed p<0,25, through univariate analysis, were assessed by a logistic regression multivariate model. At the level of 5%, HBV infection was associated with age > 30 years and previous injecting drug use. For HCV infection, age > 30 years, previous injecting drug use, previous sharing of needles, tattoos and previous hepatitis.
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Avaliação de terapia cognitiva-comportamental para prevenção de reincidência penitenciária / Evaluation of cognitive-behavioral therapy for prevention of prison recidivismFabiana Saffi 23 March 2009 (has links)
INTRODUÇÃO: A reinserção do indivíduo na sociedade, após ele ter cometido um ato anti-social, iniciou-se com o Iluminismo. Atualmente várias pesquisas têm sido realizadas para se verificar a eficácia de trabalhos de reinserção social para criminosos. Entretanto na realidade brasileira não existem trabalhos sistematizados para a população prisional. Como decorrência disto, pensou-se em sistematizar uma intervenção terapêutica para prevenção de reincidência penitenciária e verificar sua eficácia. MÉTODOS: A terapia cognitivo-comportamental para prevenção à reincidência penitenciária é composta por 10 sessões estruturadas. O grupo de sujeitos foi formado por sentenciados, que cumpriam pena no regime semi-aberto, presos, no mínimo, pela segunda vez (reincidentes penitenciários); o tempo máximo de pena que teriam que cumprir deveria ser inferior a quinze anos e já deveriam ter cumprido tempo suficiente para requisitar progressão de regime. Os 43 sujeitos que iniciaram a pesquisa foram divididos em dois grupos grupo de trabalho e grupo controle. Foram feitas entrevistas e aplicações de escalas antes e depois da intervenção. RESULTADOS: Como resultado do trabalho não se percebeu diferença estatisticamente significativa entre os sujeitos que estavam no grupo de trabalho e no grupo controle em relação a reincidência penitenciária. Em relação às escalas aplicadas, os sentenciados que terminaram o programa apresentaram um escore maior no Questionário de Pensamentos Automáticos, comparado com aqueles que desistiram. Os que concluíram a pesquisa e estava no grupo de trabalho percebemos que o Programa de Prevenção a Reincidência Penitenciária reduz o medo de avaliação negativa. Os que estavam no grupo controle apresentaram um decréscimo na Escala de Estresse e Fuga Social. Após 12 meses de intervenção, entre os sentenciados que iniciaram a pesquisa, os reincidentes mostraram uma tendência a ter um escore menor no Questionário de auto-estima antes da intervenção. Os reincidentes que estavam no grupo de trabalho apresentaram uma tendência a já terem cumprido mais tempo de suas penas e os do grupo controle, uma tendência a ter um escore menor na Escala de Medo de Avaliação Negativa antes do início do programa e um escore menor na escala de Estresse e Fuga Social depois da intervenção. Entre os sentenciados que terminaram o programa e reincidiram, pôdese perceber que a intervenção causou uma redução nos resultados no escore da Escala de Estresse e Fuga Social e uma tendência em diminuir o escore no Questionário de Pensamentos Automáticos. Dentre os não reincidentes existe uma diminuição no escore da Escala de Medo de Avaliação Negativa depois do programa; os que estavam no grupo de trabalho, apresentaram uma tendência de redução do medo de avaliação negativa e os que estavam no grupo controle apresentaram uma diminuição no escore da escala de estresse e fuga social. CONCLUSÕES: A partir deste estudo pôde-se notar que a terapia cognitiva para prevenção à reincidência penitenciária, apesar de apresentar alguns resultados positivos diminuição do medo de avaliação negativa e uma discreta redução na taxa acumulada de reincidência penitenciária daqueles que concluíram o programa - necessita ser revisto e reformulado. / INTRODUCTION: The idea of rehabilitating individuals after they have committed an antisocial act came about during the Enlightenment. Nowadays, a lot of researches have been done to realize the efficacy of offenders social rehabilitation. However, in Brazil don´t exist studies systematized for prison population. As a result of this a therapeutic intervention for prevention of prison recidivism was systematized. METHODS: The technique used in this program is cognitive-behavioral therapy, composed of 10 structured meetings. The group of subjects in the study comprehended 43 inmates (20 of them from the control group and 23 from the experimental group) who served their terms in medium security prisons, and who were serving, at least, their second term. A directed interview and some questionnaires or scales were applied both before and after the program. Results: Regarding re-offense, when we compare accumulated monthly rate, we cannot see statistic difference neither of all the subjects that started the program or those that finished the program. Based on analysis of the data collected it can be asserted that: the Penitentiary Re-offense Prevention Program reduces the fear of negative evaluation; participants in the control group had a decreased score in the Stress and Social Escape Scale; inmates who finished the program had a greater score in the Automatic Thoughts Questionnaire, a greater fear of a negative evaluation at the beginning of the program and a greater score in the Stress and Social Escape Scale. Subjects that re-offended at least one year after the end of the program showed a tendency to have a lower score in the Self-esteem Scale before the intervention. Those who were in the control group and re-offended showed tendency to have lower fear of a negative evaluation before the beginning of the program and had the lowest score rate in the Stress and Social Escape Scale, following the program. For inmates who finished the program and re-offense, the intervention caused a decrease on the results of the score in the Stress and Social Escape Scale, and a trend towards a decrease in the Questionnaire on Automatic Thoughts. Among the non-re-offenders there is a noticeable trend in reducing negative evaluation after the program. The non-re-offenders who were members of the experimental group showed a tendency to have a lower score in fear of a negative evaluation scale. CONCLUSION: From this study it was noted that cognitive therapy for preventing of prison recidivism, although they had some positive results, such as reducing the fear of negative evaluation needs to be revised and recast.
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Desenvolvimento de um estudo piloto de uma pesquisa que visa identificar fatores de risco associados às infecções pelo HIV, hepatites B, C e sífilis em população carcerária / Desenvolvimento de um estudo piloto de uma pesquisa que visa identificar fatores de risco associados às infecções pelo HIV, hepatites B, C e sífilis em população carceráriaMaerrawi, Ilham El 21 August 2009 (has links)
Introdução: A população confinada é um segmento exposto a certas situações que aumentam sua vulnerabilidade frente às doenças sexualmente transmissíveis. Infecções pelo HIV, hepatites B e C e sífilis encontram no sistema prisional um ambiente favorável às suas propagações. Estudos em população confinada são cercados de entraves tanto burocráticos como relacionados com a ética e segurança. Assim, assume grande importância um estudo - piloto para, entre outras coisas, identificar pontos prós e contras que possam surgir durante a execução do estudo principal. Objetivo: Desenvolver um estudo piloto para uma pesquisa sobre fatores de risco comportamentais referentes à contaminação pelas infecções pelo HIV, hepatites B e C e sífilis numa população carcerária. Métodos: Estudo epidemiológico transversal. Em julho de 2007, numa amostra de conveniência, 107 reeducandos foram estrevistados usando um questionário padrão e tecnica face-face. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do HCFMUSP. Resultados: Foram realizadas todas as etapas planejadas, a saber: Reuniões na unidade: entre a direção e diversas equipes da unidade prisional; Convite aos participantes: contato com representantes dos reeducandos; Assinatura do TCLE: após formalização do convite à participação do estudo e Aplicação do questionário. Realizadas reuniões sistemáticas para ajuste do questionário. Feita a capacitação de entrevistadores. Elaborado um banco de dados no Microsoft Office para receber os dados por meio de dupla digitação. Foram entrevistados 16,5% da população da unidade. Apresentaram um perfil jovem com média de 31,1 anos de idade. O tempo médio de prisão foi de 18,7 meses. A idade média de início de uso de drogas legais foi de 14,7 e ilegais de 16,6 anos. Após o confinamento, houve redução no consumo de drogas e sem relatado de droga injetável no presídio. 55,1% realizaram tatuagem na prisão. 41,2% relataram ocorrência de DST na vida e 34,0% no ultimo mês, 2,5% referiram serem soropositivos para o HIV. 53,8% mantiveram o numero de relações sexuais após o confinamento e dos 28,6% que faziam uso sistemático de preservativos, 26,3% mantiveram esta freqüência no presídio. Envolvidos com agressões: 78,5% verbais e 65,1% físicas, sendo que 33,6% referiram ameaças de morte. Maconha, álcool e crack foram as drogas envolvidas nestas situações. Discussão: O estudo piloto possibilitou testar o instrumento de pesquisa, sua aplicabilidade e capacidade de identificar fatores de riscos para transmissão das infecções citadas, tanto fora quanto dentro do ambiente prisional. O treinamento dos entrevistadores favoreceu tanto a familiarização com o instrumento, quanto o contato adequado ético e seguro - com os reeducandos. A vivência com esta realidade contribuiu para mapear pontos vulneráveis do planejamento para a execução do estudo principal. Limites do estudo: As análises e a obtenção da sorologia não faziam parte do estudo piloto, postergadas para o estudo principal com amostra adequada. Questionários, quando utilizados como instrumento de coleta, podem apresentar problemas relacionados com as informações obtidas. Muitas delas podem não condizer com a realidade, tanto de forma proposital viés de informação quanto de forma não proposital viés de memória. / Introduction: Confined populations are exposed to circumstances that increase their vulnerability to sexually transmitted infections. HIV, hepatitis B and C, and syphilis, encounter at the prison system an environment favorable to their dissemination. Studies in confined populations are surrounded by bureaucratic, ethical and security barriers. Thus, a pilot study is of great importance -for identify obstacles and opportunities that may arise during the implementation of the main study. Objective: implementation of a pilot study on risk behaviors associated to the dissemination of HIV, hepatitis B and C, and syphilis in an incarcerated population. Methods: Cross Sectional study. In July of 2007, in a convenience sample, 107 prisoners were interviewed, face to face, using a standardized questioner. The study was approved by the Human Subject Committee of the Hospital das Clinicas of the School of Medicine from the University of Sao Paulo. Results: the research protocol was strict followed: institutional meetings of the direction and the different professional teams of the prison system; invitation to participants in close contact with prisoners representatives; signature of the consenting forms after the invitation and before the questionnaire was applied. Meetings were conducted to adjust the questionnaire. Interviewers were trained. A dataset using Microsoft Office was elaborated to allow insertion of the data collected. Subjects represented 16, 5% of the prison population. Participants were young, average of 31, 1 years of age. The length time in prison was 18, 7 months in average. The average of the initiation in the use of legal drugs was 14, 7 and illegal drugs 16, 6 years of age. After the arrestment there was a diminishment of the use of drugs, and no injection of drugs was reported. Tattoo inside of the prison was reported by 55, 1%. STI were reported by 41, 2% in life and by 34% in the last month, and 2, 5% reported to be HIV positive. 53, 8% maintained the same amount of sexual relation that they had outside of the prison. From the 28, 6% that regularly used condoms, 26, 3 regularly used inside of the prison too. Interviewed that were involved in aggression were 78, 5% verbal and 65, 1% physic, and 33, 6% refereed being threatened of dead. Marijuana, Alcohol and crack were the drugs involved in such circumstances. Discussion: The pilot study has tested the instrument of research, its applicability and ability to identify risk factors for transmission of the mentioned infections, both within or outside of the prison. The training of interviewers favored both the familiarity with the instrument, as the appropriate contact secure and ethical - with inmates. The experience with this reality has contributed to map vulnerabilities in the implementation of the main study. Limitations of the study: serology and analysis were not part of the pilot study, therefore postponed for the main study with adequate sample. Questionnaires may present problems with the information obtained. Many of the information may not match the reality; both, information or memory biases could be identified.
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Caracterização da assistência à saúde prestada às pessoas privadas de liberdade que vivem com HIV/aids: uma revisão integrativa / Characterization of Health Care provided to persons deprived of liberty who live with HIV/AIDS: an integrative reviewCatoia, Erika Aparecida 19 December 2014 (has links)
A infecção pelo HIV/aids no mundo atinge, desproporcionalmente, determinados grupos sociais, dentre eles a população privada de liberdade. Mediante o impacto da epidemia no âmbito carcerário, organismos internacionais orientam a adoção de estratégias de cuidado, pautadas em evidências científicas, o que determina o impacto positivo no controle do agravo nas prisões. Este estudo objetivou identificar e analisar as evidências científicas disponíveis na literatura sobre a assistência prestada às pessoas que vivem com HIV/aids (PVHA) no âmbito prisional. Trata-se de uma Revisão Integrativa da Literatura, tendo a prática baseada em evidências (PBE) como referencial teórico. No que se refere às etapas de desenvolvimento da revisão integrativa, procedeu-se à seleção dos estudos, por meio da utilização de descritores controlados e palavras-chaves junto às bases de dados LILACS, PUBMED, CINAHL e Web of Science. Dos 894 estudos recuperados, após leitura de forma independente por duas pesquisadoras, derivou-se uma amostra final de 15 estudos. Houve predomínio de pesquisas realizadas nos Estados Unidos, com população masculina, indivíduos afrodescendentes e com história pregressa de mais de um encarceramento ao longo da vida. A população abordada se encontrava em situação de privação de liberdade, contudo, em processo de transição para a comunidade. De modo geral, as estratégias de cuidado prestadas às PVHA em situação de encarceramento, enfocaram a coordenação e a transição para a comunidade, mediante estratégias de gestão de caso com referência e vínculo para serviços de saúde e sociais, planejamento de alta, tratamento de substituição com a utilização de metadona para dependentes químicos e a Terapia Antirretroviral Diretamente Administrada (DAART) para grupos com baixa adesão ao tratamento, em especial os usuários de drogas. Há que se ressaltarem as investiduras na identificação, sensibilização e engajamento de outros atores-chave, com destaque para egressos do sistema prisional visando a implementação de estratégias educativas, assistenciais e de suporte por pares, bem como a identificação, tentativa de reestabelecimento e fortalecimento de vinculo com a rede de suporte social dos indivíduos privados de liberdade em transição para a comunidade. Destaca-se o papel da enfermagem na viabilização das estratégias de gestão do caso, planejamento de alta, sensibilização e capacitação de atores-chave com potencial de engajamento nas atividades envolvendo o cuidado por pares. Concluiu-se que a assistência no âmbito prisional pautou-se no cuidado ampliado, transcendendo a dimensão clínica do manejo do HIV/aids em si, uma vez que incorporou no bojo das ações desenvolvidas, a identificação e integração de ações e serviços sociais e de saúde, valorizando, deste modo, um processo de cuidar pautado na reinserção social dos sujeitos no período que corresponde ao pré e pós-livramento prisional / The HIV infection affects certain social groups disproportionately, among them the prisoners. By the impact of the epidemic in prisonal ambit, international organizations guide to care strategies, conducted by scientific evidence, which determines the positive impact in controlling the disease in prisons. This study aimed to identify and analyze the scientific evidence available in the literature on assistance provided to people living with HIV/AIDS (PLWHA) in the prison context. This is an integrative review of the literature, and evidence-based practice (EBP) as the theoretical reference. With regard to development stages of the integrative review, we proceeded to the selection of studies, using controlled descriptors and keywords together to databases LILACS, PUBMED, CINAHL and Web of Science. Independently, two investigators read 894 recovered studies and derived a final sample of 15 studies. There was a predominance of researches done in the United States, with male population, Afro-descendant and individuals with a history of more than one life-long imprisonment. The covered population was in a situation of deprivation of liberty. However, they were in transition process to the community again. Generally, the care strategies provided to PLWHA in incarceration situation, focused on the coordination and the transition to the community, through case management strategies with reference and link to health and social services, discharge planning, substitution treatment with the use of methadone for drug addicts and the Directly Administered Antiretroviral Therapy (DAART) for groups with low adherence to treatment, particularly drug users. We have to highlight the investitures in identification, awareness and engagement of other key actors, especially former convicts, aiming the educational strategies implementation, care and support by peers, as well as the identification, attempt to re-establishment and strengthening of bonds with the social support network of private individuals of freedom in transition to the community. Besides, it is important to point the nursing role in the feasibility of case management strategies, discharge planning, sensitization and training of key actors with potential engagement in activities involving peer care. In conclusion, the assistance in the prison context was characterized in the extended care, transcending the clinical dimension of the management of HIV/AIDS itself. It is explained once it had incorporated in the core of the actions taken, the identification and integration of actions and social services and health, valuing, thus, a process of care founded on the social reintegration of the subjects in the period corresponding to the pre and post-prison
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