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Família e sofrimento psíquico : um estudo com familiares de usuários de um CAPS particular

Silva, Júlia Santos 31 January 2012 (has links)
Submitted by Marcelo Andrade Silva (marcelo.andradesilva@ufpe.br) on 2015-03-06T14:21:24Z No. of bitstreams: 2 SILVA, Júlia Santos.pdf: 1650646 bytes, checksum: c258884e98579f9f2ea9e46fa343c52c (MD5) license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) / Made available in DSpace on 2015-03-06T14:21:24Z (GMT). No. of bitstreams: 2 SILVA, Júlia Santos.pdf: 1650646 bytes, checksum: c258884e98579f9f2ea9e46fa343c52c (MD5) license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) Previous issue date: 2012 / Com a Reforma Psiquiátrica, ocorreram muitas modificações no âmbito da saúde mental. Uma delas foi a criação de serviços substitutivos, como é o caso dos CAPS. Outra dessas mudanças é a reinserção dessas pessoas com sofrimento psíquico no meio familiar. Os CAPS tem como um de seus objetivos reconstruir e estreitar esses laços. No entanto, a Reforma Psiquiátrica e suas implicações nem sempre são bem quistas pelas famílias, e é essa questão que este trabalho se propôs investigar: como é a relação família e sofrimento psíquico em discursos de familiares de usuários de um CAPS da cidade do Recife. Para isso realizamos, durante o período de março a setembro, um grupo focal e entrevistas narrativas com quatro familiares, cada um deles representante de um usuário do CAPS Casa Forte. Os usuários estavam em tratamento na instituição e tinham histórico de internamento em clínica/hospital fechado. É importante ressaltar que o CAPS em questão é particular e os sujeitos da pesquisa pertencem à classe média brasileira e possuem segundo grau completo. Para analisar os discursos construídos pelos sujeitos e seus efeitos, utilizamos a análise de discurso, da Psicologia Social Discursiva. Apesar dos entrevistados usarem termos e expressões próximos àqueles usados na literatura da Reforma Psiquiátrica, eles colocam a pessoa em sofrimento psíquico como incapaz, sem autonomia e sem responsabilidade pelos seus atos. Constatamos também, que os sujeitos entrevistados descrevem a dinâmica familiar como muito penosa e responsabilizam, explicitamente ou implicitamente, o membro da família com sofrimento psíquico por esse clima familiar. Nas suas construções discursivas, os familiares colocam o CAPS como um lugar que alivia a sobrecarga da família causada pelo sofrimento psíquico. Um lugar de ocupação e lazer para os usuários. Colocando, do outro lado, as clínicas particulares como lugar desumano, que transformam seus familiares em seres inanimados, sem vida. Observamos que, apesar dos familiares entrevistados terem um conhecimento dos princípios e valores veiculados pela Reforma Psiquiátrica, eles trazem no seu discurso dificuldades de aceitação do sofrimento psíquico, ora por desconhecer profundamente o sofrimento, ora pela dificuldade em lidar com o comportamento de seus familiares. Observamos, portanto, a importância dos serviços substitutivos, nesse caso os CAPS, em estimular cada vez mais a família no tratamento psiquiátrico, promovendo atividades na instituição que visam estreitar ainda mais os laços ainda existentes das famílias.
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Da constatação à construção: sentidos de família nos laudos psicológicos das Ações de Guarda de crianças e adolescentes

Teixeira, Paulo André Sousa 28 June 2013 (has links)
Submitted by Felipe Lapenda (felipe.lapenda@ufpe.br) on 2015-03-04T11:50:35Z No. of bitstreams: 2 Dissertação Paulo André Sousa Teixeira.pdf: 1042248 bytes, checksum: af348fceaaffe09054e188be9fbce559 (MD5) license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) / Made available in DSpace on 2015-03-04T11:50:35Z (GMT). No. of bitstreams: 2 Dissertação Paulo André Sousa Teixeira.pdf: 1042248 bytes, checksum: af348fceaaffe09054e188be9fbce559 (MD5) license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) Previous issue date: 2013-06-28 / As diversidades e peculiaridades presentes nas dinâmicas familiares continuam fomentando discussões acadêmicas, bem como norteando importantes questões de repercussão social. Família, agora compreendida e expressa socialmente de forma diversificada, obriga os profissionais que atuam com esse público a também acompanharem as transformações em termos de concepções, configurações e demandas familiares. Nesse sentido, esta pesquisa visou discutir sentidos de família construídos no bojo dos laudos psicológicos solicitados durante o trâmite das Ações de Guarda de Crianças e Adolescentes. Para tanto, utilizamos uma pesquisa documental em 50 (cinquenta) relatórios psicológicos, produzidos para subsidiar decisões judiciais dos Processos de Guarda que tramitaram na Comarca do Recife - PE, entre os anos de 2000 a 2009. Foram utilizadas ferramentas da análise documental e análise discursiva para a interpretação do material coletado. A pesquisa teve por objetivo perscrutar como o psicólogo participa da produção dos discursos sobre família engendrados no/pelo poder judiciário, questionando o lugar que esse profissional se coloca(va). Afiliados a uma perspectiva discursiva em Psicologia, na qual a linguagem ganha relevância tanto teórica como metodológica, entendemos que o parecer desses peritos faz circular determinados discursos, os quais influenciam a ulterior sentença judicial. As discussões levantadas reafirmam a pluralidade de concepções de família, mas também certa tendência de posturas normatizantes/normalizantes por parte dos profissionais. Lugares historicamente reservados ao homem e à mulher dificilmente são questionados, predominando o discurso que reifica papéis de gênero de forma desigual. Sobreposições frequentes entre parentalidades e conjugabilidades alimentam conflitos, colocando crianças e adolescentes no lugar de objetos, contrariando a normativa vigente. Apesar de algumas exceções, observamos a predominância de laudos que se colocavam como “reveladores” de uma dada realidade, fomentando o debate ético em torno do saber/fazer psicológico e os efeitos dos posicionamentos defendidos.
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É assim que deve ser .... : o governamento das famílias e os serviços de assistência em saúde mental infantil

Gomes Rodrigues, Sthéfani 31 January 2011 (has links)
Made available in DSpace on 2014-06-12T23:01:24Z (GMT). No. of bitstreams: 2 arquivo7567_1.pdf: 783367 bytes, checksum: c5364b66c60c03e20ae4671d3ffb5598 (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2011 / Essa dissertação tem como objetivo analisar os lugares atribuídos aos familiares no processo terapêutico de crianças usuárias do CAPS infantil de Campina Grande-PB no discurso dos profissionais da instituição. Para o desenvolvimento dessa discussão recorremos aos conceitos de biopoder e governamentalidade de Michel Foucault. Nesse sentido, compreendemos as políticas públicas em saúde mental como parte das novas estratégias de gestão da população, onde o que se coloca é não só a gestão das vidas, mas a gestão dos riscos, nesse caso, os riscos psíquicos. O presente estudo dialoga com os estudos da Psicologia Discursiva considerando autores como Potter e Wetherrell. Na pesquisa, utilizamos observações, registradas em diário de campo e entrevistas com os profissionais da instituição. Em seguida, foi feita a análise do discurso considerando a função, construção e variabilidade discursivas. A partir do material, observou-se que os profissionais tendem a negar a função reguladora e normativa da instituição. Em seus discursos, a maioria dos profissionais não admite as regras como obrigatoriedade, sendo utilizados termos substitutivos como combinados e acordos . A família, geralmente, é vista como desorganizada e o sofrimento psíquico da criança é atribuído a essa desorganização. Atribui-se à instituição a função de organizador psíquico , para tanto, ela deve organizar a família desestruturada. O estabelecimento de regras é visto como elemento organizador da família e da criança. O discurso da maioria dos profissionais culpabiliza e responsabiliza os familiares tanto pelo sofrimento psíquico da criança quanto pela não adesão ao tratamento ou realização inadequada do tratamento. Porém, também, aparecem discursos que reconhecem as dificuldades enfrentadas pelos familiares, sendo descritas como: sentimento de frustração por ter um filho diferente, dificuldade de aceitar o problema do filho, questões financeiras, entre outras. Partindo da análise, observamos uma desvalorização dos saberes dos familiares e uma legitimação dos saberes especializados, que conduzem a melhor forma de cuidar e tratar a criança em sofrimento psíquico. Nesse contexto, vemos o CAPS infantil como um agente normalizador das condutas da população e entendemos as ações dos familiares que faltam, não cumprem as orientações em casa, não querem participar do grupo de família, ou a própria negação da doença, etc., como resistência, uma postura de insubmissão diante dos saberes especializados, que estabelecem uma verdade sobre a melhor forma de cuidar e tratar a criança em sofrimento psíquico
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A Reforma Psiquiátrica em Discursos de Cuidadores de Serviços Residenciais Terapêuticos na Cidade de Recife - PE

PINTO, Isaac Alencar 31 January 2011 (has links)
Made available in DSpace on 2014-06-12T22:56:34Z (GMT). No. of bitstreams: 2 arquivo1230_1.pdf: 1473651 bytes, checksum: 22d516f44d3c6498f6d02f39eca5d0e1 (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2011 / Em sua versão mais recente, a Reforma Psiquiátrica brasileira tem objetivado a desinstitucionalização, a qual tem sido compreendida enquanto a desconstrução de saberes, discursos e práticas psiquiátricas que reduzem a loucura à doença mental e que reforçam o modelo hospitalocêntrico. Nesse sentido, a elaboração da Portaria nº 106/2000, do Ministério da Saúde, introduz os Serviços Residenciais Terapêuticos (SRTs) no âmbito do SUS. Os SRTs seriam moradias ou casas inseridas na comunidade que teriam como principal foco o cuidado com os egressos de longas internações psiquiátricas que não possuem laços sociais e familiares, viabilizando, assim, sua inserção social e reabilitação psicossocial. Nesse sentido, a referida portaria estabelece que os SRTs possuam equipe técnica composta, no mínimo, pelos seguintes profissionais: a) 01 (um) profissional de nível superior da área de saúde com formação, especialidade ou experiência na área de saúde mental, denominado de Técnico de Referência (TR); b) 02 (dois) profissionais de nível médio com experiência e/ou capacitação especifica em reabilitação psicossocial, denominados de cuidadores, os quais devem atuar no sentido de viabilizar o processo de reabilitação psicossocial dos moradores. Nesse sentido, os cuidadores podem ter uma função dúbia nos SRTs: podem tanto funcionar enquanto facilitadores do processo de reabilitação psicossocial através da organização de atividades dos moradores junto à comunidade, por exemplo; ou podem exercer uma função coercitiva: os cuidadores podem funcionar enquanto agentes que ditam o que é permitido ou proibido na casa, instituindo suas próprias regras. Tendo em vista tais questões, realizamos uma pesquisa com onze cuidadores que atuam nos SRTs masculino e feminino localizados no Distrito Sanitário V da cidade de Recife PE, tendo como objetivo analisar discursos dos cuidadores dos Serviços Residenciais Terapêuticos na cidade de Recife - PE sobre a Reforma Psiquiátrica. Para análise dos dados utilizamos o referencial teórico da Psicologia Discursiva, a qual compreende que a linguagem não é um mero reflexo, um espelho da realidade, mas que a linguagem constrói a realidade. Dessa forma, os cuidadores posicionaram os moradores como sujeitos infantilizados, que são dependentes da atenção dos cuidadores. Já em relação ao posicionamento construído sobre os próprios cuidadores, eles se apresentaram como sujeitos atenciosos, que dispensavam todo o carinho e amor que os moradores necessitavam, por serem sujeitos dependentes. Vale ressaltar que eles também construíram um posicionamento dialético na relação cuidador-morador: eles afirmaram que os moradores teriam se tornado sua segunda família, ao mesmo tempo em que eles teriam se tornado a família dos moradores, os quais não possuiriam ou teriam vínculos bastante fragilizados com seus familiares. Em relação à descrição construída sobre o serviço, eles afirmaram que receberam uma capacitação muito superficial, bem como relataram que o SRT é a segunda casa dos moradores. Consideramos, então, que os os cuidadores necessitam de uma capacitação mais adequada para evitar a reprodução de velhas práticas psiquiátricas dentro dos serviços substitutivos
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A concepção de sujeito no discurso de artistas plásticos

José Loreto Quérette, Felipe 31 January 2011 (has links)
Made available in DSpace on 2014-06-12T22:57:02Z (GMT). No. of bitstreams: 2 arquivo2870_1.pdf: 3952047 bytes, checksum: a301b1acc37679d6a508136e3cc30a02 (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2011 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / O presente trabalho é uma investigação sobre o campo da arte contemporânea no Brasil com o suporte teórico da Psicologia Discursiva. A Psicologia Discursiva é uma área da Psicologia que investiga como as categorias psicológicas são invocadas e manejadas no discurso cotidiano. Seus postulados propõem um deslocamento nos tópicos e explicações psicológicos tradicionais, evitando a teorização abstrata em favor de análises baseadas na pragmática das ações sociais. A folk psychology (psicologia popular) é um rótulo na Psicologia que diz respeito ao conjunto de crenças cotidianas acerca do ser humano, em contraste à descrição oferecida pela Psicologia científca ou profssional. Assim, a folk psychology pode ser colocada como tópico de escrutínio da Psicologia Discursiva. Dentro dessa mais ampla defnição de folk psychology, trago o conceito de concepção de sujeito como foco deste trabalho. Concepção de sujeito é a maneira como o sujeito é descrito noção entendida como folk psychology, mas com ênfase não na origem do conhecimento (por não ser científca), mas sim no sujeito que ela concebe maneira que é tratada, na presente pesquisa, como disponível no discurso. A pesquisa se debruça, enfm, sobre o campo da arte contemporânea, buscando enxergar concepções de sujeito no discurso de artistas plásticos, a partir da análise de conversas gravadas em áudio: como o sujeito acontece no discurso do artista que fala sobre sua obra? Foram realizadas e analisadas cinco conversas com artistas residentes no Recife, onde foi possível observar movimentos no discurso que apontam para diferentes concepções de sujeito. A análise ainda permitiu enxergar que tais concepções, ao serem invocadas no discurso sobre a obra de arte, participam de diferentes atos discursivos: defender a obra, explicitar seus méritos, justifcá-la em suas características formais fgurando, no discurso, um cenário em que as concepções informam o artista no ato de criação e ainda aparecem na explicação de por que fazer arte
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O manejo da pessoalidade em conversas profissionais: uma perspectiva discursiva para a ética em grupo / Management of personhood in professional conversations: a discursive perspective for ethics in groups

Oliveira, Flávia Miranda 16 March 2012 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / In the psychology literature, we found few studies investigating the ethical dilemmas of working with groups and how psychologists define and deal with them .Given this finding of a lack of studies in group ethics which, in their majority, have a prescriptive and instrumental ethical understanding, we evaluated that the challenge would be to expand the study on this theme so that new visions, more processual and dialogical on ethics, may be developed. Thus, interested in generating understandings that discuss the ethical world which is created in group conversations, we present a discursive proposal on this issue. This type of reflection involves us in discussions on the various cares spent on conversational interactions. In the present research, we preferred the study of the discursive practice that we named Management of Personhood, which relates to the discursive construction of self in conversation. It is noteworthy that when we talk about Management of Personhood we are referring to any statement that uses linguistic resources related to personal issues (ex: for me, I, particularly, in my opinion, I think so, among others) as well as those which speakers consider to belong to an alleged personhood. Thus, the overall objective of this research was to understand how psychologists, who conduct groups, managed Personhood during talks on group ethics, as well the roles that this management plays in conversation. Two groups on ethics in groups were conducted weekly and separately, making up for five meetings for each group and a total of 10 meetings for both. The 10 male and female participants varied in age (23 to 46 years) and worked in several areas: health, clinical and organizational. After completion of these groups, we transcribed the 20 hours of group talks, which were analyzed according to Discourse Analysis, influenced by the social constructionist perspective, more precisely by Discursive Psychology. From this theoretical-methodological perspective, we identified different functions related to Management of Personhood. Four roles emerged: dealing with differences; seeking adepts in diversity, normalizing differences, and questioning the established. Thus, the personal presentation of himself/herself of the participants in these conversations allowed a conversational neutralization of possible threats, ensured a dialogic space for the coexistence of different systems of meaning, favored the construction of normality in regards to different ways of professional performance and enabled a questioning in relation to knowledge already confirmed. We concluded that the Management of Personhood in group talks on ethics occurs in order to legitimize other possibilities of meaning for ethical aspects and, paradoxically, makes the conversational field on ethics delicate and controversial. / Na literatura em Psicologia, encontramos poucos trabalhos que investigam os impasses éticos do trabalho com grupos e como os psicólogos negociam sua definição e seu enfrentamento. Diante dessa constatação de uma escassez de trabalhos no campo da ética grupal os quais, em sua maioria, apresentam uma compreensão ética prescritiva e instrumental, avaliamos que o desafio está em ampliar os estudos neste campo temático de tal modo que novos olhares sobre a ética, mais processuais e dialógicos, possam ser elaborados. Assim, interessados em gerar entendimentos que discorram sobre o mundo ético que se cria nas conversas grupais, apresentamos uma proposta discursiva sobre este tema. Esse tipo de reflexão nos envolve em discussões sobre os diversos cuidados conversacionais despendidos em uma situação de interação. Privilegiamos, nesta pesquisa, o estudo acerca da prática discursiva denominada por nós como o Manejo da Pessoalidade, a qual se refere à construção discursiva de si numa conversa. Vale destacar que ao falarmos de Manejo da Pessoalidade estamos nos referindo a qualquer enunciado que utilize recursos lingüísticos relacionados a questões pessoais (ex. pra mim, eu, particularmente, na minha opinião, eu penso assim, entre outros), bem como que resgate assuntos que os interlocutores anunciam como pertencente a uma suposta pessoalidade. Diante disso, o objetivo geral dessa pesquisa é compreender como psicólogos que realizam práticas grupais, em situação de interação em grupo, manejaram a Pessoalidade durante conversas sobre ética grupal, bem como as funções que esse manejo exerce na conversa. Para tanto, foram realizados dois grupos de sensibilização sobre o tema da ética nas práticas grupais, com psicólogos coordenadores de grupo. Estes aconteceram semanalmente e de forma separada, perfazendo cinco encontros para cada grupo, num total de 10 encontros na pesquisa. Os 10 participantes apresentaram idades variadas (entre 23 e 46 anos), eram de ambos os sexos e atuavam em diversas áreas: saúde, clínica e organizacional. Após a realização destes grupos, transcrevemos as 20 horas de conversas grupais, as quais foram analisadas segundo as propostas de análise do discurso, influenciadas pela perspectiva construcionista social, mais precisamente pela Psicologia Discursiva. A partir dessa perspectiva teórico-metodológica, foram identificadas diferentes funções relacionadas ao Manejo da Pessoalidade no debate sobre ética. Da análise empreendida, emergiram quatro funções: lidando com divergências; buscando adeptos na diversidade; normalizando a diferença; e problematizando o estabelecido. Assim, a apresentação de si mesmo nestas conversas permite uma neutralização de possíveis ameaças conversacionais, garante um espaço para a convivência dialógica de diferentes versões de sentido, favorece a construção de uma normalidade no que se refere às diferentes formas de atuação profissional e possibilita um questionamento em relação a conhecimentos já corroborados. Concluímos que o Manejo da Pessoalidade em conversas grupais sobre ética ocorre de forma a legitimar outras possibilidades de significação para aspectos éticos e, paradoxalmente, constrói o campo conversacional sobre ética como um espaço delicado e polêmico. / Mestre em Psicologia Aplicada
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O manejo da responsabilização em grupos com pessoas com diabetes mellitus / Management of Accountability in groups with people with Diabetes mellitus

Carrijo, Rafael Santos 04 March 2011 (has links)
Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de Minas Gerais / In contemporary society, the meaning of diabetes mellitus is associated with a pathological conception, linked to the idea of deficiency and individual responsibility. Consequently, people with diabetes are constantly being called to respond for the appearance of illness or the complications of non-adherence to prescribed forms of care by health professionals. Therefore, the aim of this study was to understand how people with Type 2 diabetes mellitus and their caregivers and / or companions manage the process of accountability in a situation of group interaction. Discursive Psychology, a British proposal for conducting discourse analysis, inspired by social constructionist epistemology was adopted as the theoretical and methodological framework. Five workshops were performed and 25 people (middle-aged adults and seniors from 30 to 70 years) both male and female with Type 2 diabetes mellitus and their caregivers or companions (family, friends, and neighbors), users of services of a Basic Family Health attended. The steps of our analysis were: a) transcripts of the conversations of the group, b) curious, attentive and interrogative reading of the material collected, c) identification of excerpts from conversations that were related to the process of accountability, d) identification of excerpts that illustrate different discursive strategies related to the process of accountability, and e) analysis of the use of discursive strategies for managing accountability. The focus was to understand the role of discursive strategies and their effects on interaction during the conversations of the groups. Through analysis, two discursive strategies were named according to their role in the interaction: 1) "Blaming others: Assigning responsibility to others" and 2) "Blaming oneself." The latter strategy had two distinct movements, so they were categorized into two sub-strategies: "Taking responsibility: the use of other forms of care" and "Taking responsibility: the getting used to living with diabetes." Throughout the analysis, we observed that the discursive strategies allowed participants to put themselves discursively into interactional context in order to present themselves as people who take care of health and manage possible charges. In addition, through analysis, Accountability was understood as something discursively constructed and directly related to situational demands of the interactive context and socio-cultural expectations and not as something that can be defined as an internal psychological construct, as a process decision-making nor as causal attribution. This study therefore invites critical reflection on ways to talk about diabetes and its impact on the lives of people with the disease, their caregivers and health professionals. / Na sociedade contemporânea, os sentidos do Diabetes mellitus estão associados a uma concepção patológica, ligada à ideia de déficit e de responsabilidade individual. Nesse sentido, as pessoas com diabetes são constantemente chamadas a responder seja pelo surgimento do adoecimento ou pelas complicações decorrentes da não adesão às formas de cuidado prescritas pelos profissionais de saúde. Diante disso, o objetivo deste estudo foi compreender como pessoas com Diabetes mellitus tipo 2 e seus cuidadores e/ou acompanhantes, em situação de interação em grupo, manejaram o processo de Responsabilização. O referencial teórico-metodológico adotado foi a Psicologia Discursiva, uma proposta inglesa para realização de análise do discurso, inspirada pela epistemologia construcionista social. Foram realizadas para este trabalho cinco oficinas em grupos, das quais participaram 25 pessoas (adultos de meia idade e idosos de 30 a 70 anos), de ambos os sexos, com Diabetes mellitus Tipo 2 e seus cuidadores e/ou acompanhantes (familiares, amigos, vizinhos), usuários dos serviços de uma Unidade Básica de Saúde da Família. Os passos da nossa análise foram: a) transcrição das conversas do grupo; b) leitura curiosa, atenta e interrogativa do material coletado; c) identificação de trechos de conversas que estivessem relacionadas ao processo de Responsabilização; d) identificação de trechos que ilustravam diferentes estratégias discursivas relacionadas ao processo de Responsabilização; e e) análise do uso das estratégias discursivas para o manejo da Responsabilização. O foco da análise consistiu em entender a função das estratégias discursivas e os seus efeitos na interação ao longo das conversas dos grupos. Por meio da análise, foram nomeadas duas estratégias discursivas de acordo com sua função na interação: 1) Responsabilizando aos outros: atribuindo responsabilidade a terceiros e 2) Responsabilizando-se . A última estratégia apresentou dois movimentos distintos, por isso foram categorizadas duas sub-estratégias: Responsabilizando-se: o uso de outras formas de cuidado e Responsabilizando-se: o acostumar-se a viver com diabetes . Ao longo da análise, observou-se que as estratégias discursivas permitiram com que os participantes se colocassem discursivamente no contexto interacional de forma a apresentarem-se como pessoas que cuidam da saúde e administrarem possíveis acusações. Além disso, por meio da análise, foi possível compreender a Responsabilização como algo construído discursivamente e diretamente relacionado às demandas situacionais do contexto interativo e às expectativas sócio-culturais e não, como algo que pode ser definido como um constructo psicológico interno, como um processo de tomada de decisões ou atribuição de causalidade. Esse estudo convida, portanto, a uma reflexão crítica sobre as formas de conversar sobre diabetes e seu impacto na vida das pessoas com a doença, seus cuidadores e os profissionais de saúde. / Mestre em Psicologia Aplicada

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