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Sintomas obsessivo-compulsivos em escolares: prevalência, dimensões psicopatológicas, agregação familiar, comorbidades e fatores clínicos associados / Obsessive-compulsive symptoms in schoolchildren: prevalence, dimensions, familial aggregation, comorbidities and associated clinical factors

Pedro Gomes de Alvarenga 04 June 2014 (has links)
O objetivo central desta tese de doutorado foi investigar as características clínicas de sintomas obsessivo-compulsivos (SOC), como fenômeno intermediário entre o desenvolvimento normal e o transtorno obsessivo-compulsivo (TOC), em uma ampla amostra comunitária (não-clínica) composta por crianças em idade escolar (6 a 12 anos) e seus familiares biológicos. Para tal, determinou-se a prevalência e a distribuição sociodemográfica dos SOC descrevendo sua fenomenologia caracterizada a partir de dimensões de SOC, agregação familiar, associação com outras comorbidades psiquiátricas e outras variáveis de comprometimento clínico (ex: fatores de risco, problemas sociais, escolares e de comportamento). Dividimos o presente estudo em duas etapas. Na Etapa I, o objeto de estudo foram 9.937 crianças de 6 a 12 anos regularmente matriculadas em escolas públicas (crianças-index) e seus familiares biológicos (n total=29.459). Nesta etapa utilizou-se a Family History Screening (FHS), escala de rastreamento para sintomas psiquiátricos internacionalmente validada, e um módulo adicional com sete itens para identificar quatro dimensões de SOC (\"Agressão/ sexual/ religiosa\"; \"arranjo/ simetria\"; \"contaminação/ lavagem\" e colecionismo\"). Nessa primeira etapa obtivemos dados sobre 9.937 crianças-index (podendo ser irmãos entre si), 3.305 irmãos biológicos (13 a 18 anos) e 16.218 pais. As mães biológicas foram informantes em 88% das entrevistas. Os SOC estiveram presentes em 19.4% da amostra total, sendo 14,7% das crianças-index; 15,6% dos irmãos; 34,6% das mães e 12,1% dos pais. A presença dos SOC foi associada ao sexo masculino e aumento da idade em crianças e adolescentes. Houve agregação familiar das dimensões de SOC nas famílias, sendo que a dimensão de \"contaminação/ lavagem\" foi a mais familiar (OR: 1,44; IC 95% 1,23-1,67; p < 0,001). Crianças-index com SOC apresentaram maior frequência de outros sintomas psiquiátricos, bem como maior comprometimento escolar, social e busca por tratamentos prévios. As principais limitações desta etapa incluem entrevista indireta (by proxy) e utilização de um instrumento ainda não validado para triagem de dimensões de SOC. Na Etapa II, o objeto de estudo foi uma sub-amostra da Etapa I e foram coletados dados de 2.512 crianças-index [média de idade: 8,86 anos (DP: 1,84); 44,59% sexo feminino], com um rigoroso e abrangente protocolo de avaliação clínica, incluindo diagnósticos de transtornos mentais pela DSM-IV/ DAWBA (Development and Well-Being Assessment), padrões específicos de comportamento pelo CBCL (Child Behavior Checklist), fatores de risco, comprometimento escolar, social e tratamentos prévios. A amostra foi dividida em grupos TOC (n=77; 3,07%), SOC (n=488; 19,43%) e controles (n=1.947; 77,5%), que foram comparados em relação às suas características fenotípicas. Não houve diferenças significativas de sexo, idade e classificação socioeconômica entre os três grupos estudados. O grupo TOC apresentou, mais frequentemente, obsessões ou compulsões em geral, obsessões de contaminação, compulsões de lavagem, repetição e colecionismo. Os grupos TOC e SOC foram semelhantes em relação às frequências de obsessões de agressão e compulsões de simetria, verificação e contagem. Em relação às comorbidades pelo DAWBA, o grupo TOC apresentou mais frequentemente transtornos de humor (agrupados), transtorno de ansiedade de separação, transtorno de ansiedade generalizada, transtorno de déficit de atenção e hiperatividade, e transtornos disruptivos (agrupados), quando comparado aos grupos SOC e controles. Os grupos TOC e SOC apresentaram prevalências semelhantes de fobia social, transtornos ansiosos (agrupados), transtorno de oposição e desafio, transtorno de tiques e transtornos alimentares, com prevalência superior àquela encontrada entre controles. Fatores de risco perinatais e abuso físico ou sexual foram significativamente mais frequentes no grupo TOC, em relação a SOC e controles. O grupo SOC exibiu padrão intermediário entre TOC (maior pontuação) e controles (menor pontuação) em relação aos escores totais e às dimensões de problemas de comportamento \"internalizantes\", \"externalizantes\" e sociais da CBCL. O grupo SOC revelou o mesmo padrão encontrado no grupo TOC acerca de vulnerabilidade social, problemas escolares (repetência, expulsão ou abandono), comprometimento funcional, comportamento delinquente e busca por tratamentos prévios. A principal limitação dessa etapa foi a adaptação dos critérios do DAWBA para a DSM-IV, para se estabelecer o diagnóstico de TOC na infância e adolescência. Portanto, este estudo transversal sugere que os SOC são um fenômeno relativamente frequente (aproximadamente 15 a 20%) em escolares de 6 a 12 anos e, sua prevalência se assemelha àquela descrita em adolescentes e adultos. Os dados desta tese fornecem evidências adicionais de que há um contínuo psicopatológico e de impacto clínico entre SOC e TOC o que é importante, não apenas para aprimorar a compreensão da natureza do TOC, mas para estabelecer estratégias de tratamento e prevenção / The present thesis investigated the clinical characteristics of obsessive-compulsive symptoms (OCS), as an intermediate phenomenon between normal development and obsessive-compulsive disorder (OCD) by assessing an extensive community (non- clinical) sample of schoolchildren (6-12 years) and their biological relatives. We determined the prevalence and sociodemographic status of OCS, describing its phenomenology characterized from OCS dimensions, familial aggregation, association with other psychiatric comorbidities, and other variables of clinical impairment (e.g.: risk factors , social, school and behavior problems). The study was divided in two phases. In phase I, 9,937 children (aged 6 to 12 years) enrolled in regular public schools (index-children) and their biological relatives (overall n = 29,459) were assessed. In this phase, we used the Family History Screening (FHS), an internationally validated instrument developed for psychiatric symptoms assessment. An additional seven-item module to identify four OCS dimensions (\"aggressive/ sexual/ religious\"; \"symmetry/ arranging\", \"contamination/ cleaning\" and \"hoarding \") was also used. In the first phase data on 9,937 index-children (may be siblings to each other), 3,305 biological siblings (13-18 years) and 16,218 parents were obtained. The biological mothers were informants in 88 % of the interviews. OCS were present in 19.4 % of the total sample, 14.7 % of index-children, 15.6 % of siblings, 34.6 % of mothers and 12.1 % of parents. The presence of OCS was associated with male gender and increasing age in children and adolescents. Familial aggregation of OCS dimensions was found; the \"contamination/ cleaning\" was the most familial dimension (OR: 1.44; 95% IC 1.23 to 1.67; p < 0.001). OCS were associated with higher frequency of other psychiatric symptoms as well as greater rates of social/ school problems and searching for previous treatments. The main limitations of this phase include by proxy interviews and use of an instrument for assessing OCS dimensions not yet validated. In phase II, a sub-sample (n=2,512) of phase I index-children [mean age: 8.86 (PD: 1.84); 44.59% female] was submitted to a rigorous and comprehensive clinical evaluation protocol, including structural diagnoses of mental disorders DSM-IV/ DAWBA (Development and Well-Being Assessment), specific behavioral patterns from CBCL (Child Behavior Checklist), risk factors, school/ social problems and searching for previous treatments. The sample was divided in three groups: OCD (n = 77; 3.07 %), OCS (N=488; 19.43 %) and controls (n=1,947; 77.5 %), compared according to their clinical features. There were no significant age/ gender and socio-economic status differences between groups. OCD group presented higher rates of overall obsessions and compulsions, contamination obsessions, cleaning and repetition compulsions and \"hoarding\". OCD and OCS groups showed similar prevalence rates of aggressive, symmetry, checking and counting symptoms. Regarding DAWBA comorbidities, OCD group showed increased prevalence of mood disorders (as a group), separation anxiety disorder, generalized anxiety disorder, attention deficit hyperactivity disorder, and disruptive disorders (as a group) compared to OCS and control groups. OCD and OCS groups showed similar prevalences of social phobia, anxiety disorders (as a group), oppositional defiant disorder, tic disorders and eating disorders, showing higher prevalence than controls. Perinatal risk factors and physical or sexual abuse were significantly more frequent in the OCD group in comparison to OCS and control groups. The OCS group exhibited intermediate pattern between OCD (higher scores) and controls (lower scores) concerning total and \"internalizing\", \"externalizing\" and social dimensions scores of the CBCL. The OCS group showed the same pattern found in the OCD group concerning social vulnerability, school problems (failure, expulsion or dropout), functional impairment, delinquent behavior, and searching for previous treatments. The main limitation of this phase was the adaptation of the DAWBA criteria for DSM -IV diagnosis for pediatric OCD. Therefore, this cross-sectional study suggests that OCS is fairly frequent in schoolchildren 6-12 years (about 15 to 20%) and its prevalence is similar to that described in adolescents and adults. Data from this thesis provide further evidence that there is a psychopathological and clinical impact continuum between OCS and OCD, which is important not only to enhance the understanding of the nature of OCD but to develop treatment and prevention strategies
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Caracterização de crianças e adolescentes em risco para o desenvolvimento de transtorno obsessivo-compulsivo / Characterization of children and adolescents at risk for the development of obsessive-compulsive disorder

Priscila Chacon Neder 06 May 2015 (has links)
Objetivos. Esta tese vai ao encontro da proposta da psiquiatria do desenvolvimento, investigando sintomas clínicos, fatores de risco e potenciais endofenótipos que possam colaborar com diagnósticos precoces e o desenvolvimento de estratégias de prevenção. Métodos. O primeiro estudo relata a investigação e caracterização de uma amostra de crianças e adolescentes em risco para o desenvolvimento do transtorno obsessivocompulsivo (TOC). Para este propósito, 66 crianças e adolescentes com um familiar de primeiro grau com diagnóstico de TOC tiveram seus dados analisados de acordo com a presença ou ausência de sintomas obsessivocompulsivos. O segundo estudo consistiu no desenvolvimento e testagem de um paradigma dot probe de viés atencional relacionado a sintomas do TOC e na sua investigação enquanto possível endofenótipo do transtorno. Para tanto, três grupos de crianças foram selecionados: crianças com diagnóstico de TOC, em alto risco para o desenvolvimento de TOC (com presença de sintomas obsessivo-compulsivos e história familiar de primeiro grau de TOC) e crianças controle. O paradigma incluiu pares de estímulos aversivos (ativos) e neutros das dimensões de sintomas de contaminação/limpeza e simetria apresentados em 500 ms e 1250 ms. Resultados. O primeiro estudo obteve três resultados importantes. Primeiro, a amostra de crianças com familiar de primeiro grau com TOC apresentou elevada prevalência de sintomas obsessivo-compulsivos, confirmando a familiadade do transtorno. Segundo, crianças com e sem sintomas obsessivo-compulsivos apresentam prevalências diferentes de comportamento coercivo relacionados ou não aos sintomas obsessivo-compulsivos. Terceiro, familiares de crianças com sintomas obsessivo-compulsivos apresentaram mais frequentemente a dimensão de sintomas de contaminação/limpeza do que familiares de primeiro grau de crianças sem sintomas obsessivo-compulsivo. O segundo estudo teve como principais resultados: 1) crianças com TOC apresentam índices mais altos de desconforto pelos estímulos ativos comparados aos dos outros dois grupos de crianças, indicando que o paradigma é eficiente na sua avaliação; 2) a avaliação dos estímulos ativos da dimensão de contaminação/limpeza está associada à presença de seus respectivos sintomas no sujeito; 3) o grupo de crianças com TOC apresentou viés atencional na direção do estímulo aversivo em todas as quatro condições do paradigma (contaminação/limpeza e simetria com 500ms e 1250ms); 4) crianças com TOC apresentaram viés atencional maior do que crianças em risco para o desenvolvimento de TOC e controles sucessivamente, sempre na direção do estímulo aversivo exceto, no paradigma de simetria de 500ms; 5) O viés atencional na direção do estímulo ativo de contaminação no paradigma de 1250ms está associado à presença da dimensão de sintomas de contaminação. Conclusões. Os achados aqui descritos reforçam a familialidade do TOC, contribuem com achados de características associadas ao transtorno na infância e adolescência, reforçam a presença de um marcador de risco importante para o desenvolvimento de estratégias de detecção e prevenção precoces. Os resultados encontrados têm importantes implicações para a melhora do conhecimento de fatores de risco para o desenvolvimento do TOC e características associadas, que devem ser considerados em contextos clínicos e de pesquisa / Objective. This thesis goes in line with the concept of developmental psychiatry investigating clinical symptoms and risk factors that can further provide earlier diagnoses and preventive interventions. Methods. The first study reports the investigation and characterization of a sample of children and adolescents at risk for the development of obsessive compulsive disorder (OCD). For this purpose, 66 children and siblings with a first degree relative diagnosed with OCD had their clinical data analyzed according to the presence of obsessive compulsive symptoms. The second study consisted on the development and testing of an attentional bias dot probe paradigm with OCD relevant content to evaluate pediatric patients with OCD and further investigate it as a possible phenotype of OCD. For this purpose three groups of children were selected: 1) children with OCD; 2) children at risk for OCD (presenting obsessive compulsive symptoms and with a first degree relative diagnosed with OCD); 3) control group (children with none of the Axis I Psychiatric diagnoses). The paradigm included pairs of aversive (active) and neutral stimulus of contamination/cleaning and symmetry symptom dimensions and had two different time presentations of the stimulus, 500 and 1250 milliseconds. Results. The first study had with tree main findings. First, our sample of children with a first degree affected with OCD had a very high prevalence of obsessive-compulsive symptoms, confirming the familiality of the disorder. Second, children with and without obsessive-compulsive symptoms presented different rates of coercive behaviours, that can be related or not to obsessive-compulsive symptoms. Third, first degree relatives of children who had obsessive compulsive symptoms had significantly more contamination/cleaning dimension of obsessive compulsive symptoms than relatives of children without obsessive compulsive symptoms. The second study had the following main findings: 1) children with OCD had higher rates of discomfort caused by active stimulus than the other two groups of children, indicating that the paradigm is efficient for its purpose; 2) the evaluation of active stimulus of the contamination/cleaning dimension is associated to the presence of its respective symptoms; 3) the group of children with OCD had attentional bias towards the active stimulus in all four conditions of the paradigm (cleaning/contamination and symmetry in 500ms and 1250ms); 4) children with OCD had higher attention bias than children at risk and controls always towards the active stimulus with the exception of the 500 ms symmetry paradigm; 5) the attentional bias towards the active stimulus in the 1250 ms contamination paradigm is associated to the presence of symptoms of the contaminations dimension. Conclusions. The results reinforce the familiality of OCD, contributing with findings of associated characteristics to the disorder in childhood and adolescence and reinforcing the presence of an important risk marker for the development of strategies of early detection and prevention. The results have important implications to the improvement of the knowledge of OCD and associated characteristics, which should be considered in clinical and research contexts
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Avaliação neuropsicológica de crianças e adolescentes com TOC: comparação com controles saudáveis e desfechos pós-tratamento / Neuropsychological evaluation of children and adolescents with OCD: comparison with healthy controls and post-treatment outcomes

Souza, Marina de Marco e 28 November 2018 (has links)
Até o momento, são escassos os estudos que se propuseram a investigar o funcionamento cognitivo das crianças e adolescentes com Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC). Os estudos disponíveis apontam que essa população apresenta pior desempenho nos testes neuropsicológicos que avaliam as funções executivas, a memória não-verbal, o funcionamento visuoespacial e a velocidade de processamento, em comparação aos sujeitos saudáveis. Mesmo com esses achados, poucos autores averiguaram a influência dos tratamentos de primeira linha para o TOC [Terapia Cognitivo- Comportamental (TCC) e inibidores de recaptura de serotonina (IRS)] na cognição. Vale ressaltar que tais estudos expressam resultados divergentes, não havendo um consenso sobre a melhora ou manutenção dos déficits no desempenho dos jovens após o tratamento. Diante deste contexto, o presente estudo teve como objetivos: A) Comparar as características sociodemográficas e clínicas e o funcionamento cognitivo de uma amostra pediátrica com TOC e sujeitos saudáveis; B) Verificar as modificações no funcionamento cognitivo do grupo TOC após 14 semanas de tratamento farmacológico ou psicoterápico. Para isso, foram avaliados 82 crianças e adolescentes com TOC e 82 controles saudáveis, com idades entre 6-17 anos, com questionários para avaliação de sintomas psiquiátricos e uma bateria de testes neuropsicológicos. Todos os participantes do estudo foram submetidos às avaliações na linha de base. Os pacientes, após randomização para TCC em grupo ou fluoxetina (FLX), foram reavaliados findadas 14 semanas de tratamento. A análise dos dados indicou que os pacientes apresentam desempenho cognitivo global pior que os controles, havendo diferenças significativas no QI de execução, nas habilidades visuoconstrutivas, na memória episódica não verbal e na flexibilidade mental. Variáveis clínicas, como idade de início dos sintomas, gravidade dos sintomas do TOC, dimensões dos sintomas obsessivo-compulsivos e comorbidades, não correlacionaram com o pior desempenho dos pacientes nos diferentes testes neuropsicológicos. Após 14 semanas de tratamento, embora os pacientes tenham apresentado melhora clínica dos sintomas obsessivo-compulsivos, o mesmo não ocorreu com as diferentes funções neuropsicológicas, mesmo naquelas que estavam prejudicadas na linha de base. De acordo com os resultados do presente estudo, as crianças e adolescentes com TOC apresentam pior desempenho cognitivo global em provas neuropsicológicas quando comparados aos controles saudáveis. O fato da melhora dos sintomas não ser acompanhada da melhora do desempenho neuropsicológico dos pacientes, sugere que as alterações cognitivas observadas no grupo TOC sejam relacionadas à própria neurobiologia do transtorno, independentemente da gravidade dos sintomas. Futuros estudos longitudinais serão necessários para aumentar a compreensão do funcionamento cognitivo dos jovens com TOC e as implicações do tratamento na sua cognição no longo prazo / To date, only a few studies have investigated the cognitive functioning of children and adolescents with Obsessive-Compulsive Disorder (OCD). These studies indicate that youth with OCD present a worse performance in neurocognitive tests that assess the executive functions, nonverbal memory, visuospatial functioning and processing speed. Despite these findings, only a few authors have investigated the influence of Cognitive-Behavioral Therapy (CBT) and selective serotonin reuptake inhibitors (SSRIs) on the cognition of youth with OCD. It is worth noting that these studies express divergent results, and there is no consensus on the improvement or maintenance of the cognitive deficits after treatment. In this context, the present study aimed: A) To compare the sociodemographic/ clinical characteristics and the cognitive functioning of youth with OCD and healthy controls; B) To verify the changes in cognitive functioning of children and adolescents with OCD after 14 weeks of randomized pharmacological or cognitive-behavioral treatment. Eighty-two children and adolescents with OCD and 82 healthy controls, aged between 6 and 17 years, were evaluated by means of structured questionnaires and a battery of neuropsychological tests. All participants underwent assessments at baseline. The OCD group, after being randomized to group CBT or Fluoxetine (FLX), was re-evaluated after 14 weeks of treatment. Data analyses indicated that patients presented a worse cognitive performance when compared to the healthy controls, with significant differences in performance IQ, visuoconstructive skills, nonverbal memory, and mental flexibility. Clinical variables, such as age of onset, severity of OCD symptoms, OCD dimensions and comorbidities, did not correlate with poorer performance on neuropsychological tests. Although patients had clinical improvement after 14 weeks of treatment, the same did not occur with the cognitive performance, even in those functions which were impaired at baseline. According to the results of the present study, youth with OCD present a worse cognitive performance when compared to controls. The fact that the improvement of the symptoms is not followed by the improvement of the neuropsychological performance suggests that the cognitive deficits observed in the OCD group may be related to the neurobiology of the disorder, regardless of the symptom severity. Future longitudinal studies will be needed to further clarify the cognitive functioning of youth with OCD and the implications of treatment on their cognition in the long run
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Estudo das relações entre maus tratos na infância, prejuízo em funções executivas e transtornos do comportamento disruptivo em uma amostra comunitária de crianças / Relationships between childhood maltreatment, impairment in executive functions and disruptive behavior disorders in a community sample of children

Bernardes, Elisa Teixeira 17 March 2016 (has links)
Evidências apontam para forte relação independente entre maus tratos na infância, comportamentos disruptivos e prejuízos em funções executivas. No entanto, ainda não é completamente compreendido como estes três fatores se relacionam entre si. Esta pesquisa avaliou a relação entre maus-tratos na infância e transtornos do comportamento disruptivo, testando desempenho em funções executivas como possível mediador e moderador desta relação. A presente pesquisa está inserida no estudo \"Coorte de escolares de alto risco para o desenvolvimento de psicopatologia e resiliência na infância e adolescência - projeto Prevenção\", projeto integrante do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Psiquiatria do Desenvolvimento para Infância e Adolescência (INCT-INPD), o qual incluiu 2500 crianças em idade escolar de São Paulo e Porto Alegre (Brasil). As crianças foram extensamente avaliadas com entrevistas diagnósticas, relatos de pais e da própria criança sobre maus tratos e com testes neuropsicológicos. Resultados indicam associação de maus tratos na infância e transtornos do comportamento disruptivo, porém não foi encontrada associação entre maus tratos e funções executivas. Crianças com transtornos do comportamento disruptivo apresentaram pior desempenho em teste específico para avaliação de flexibilidade cognitiva. Desempenho em funções executivas não agiu como mediador ou moderador da associação entre maus tratos e transtornos do comportamento disruptivo. Desta forma, os resultados indicam que a associação entre experiências de maus tratos e transtornos do comportamento disruptivo ocorre independentemente do desempenho em funções executivas. Futuros estudos longitudinais são fundamentais para confirmar estes resultados e elucidar os mecanismos cognitivos envolvidos nesta associação causal / Empirical evidences point to a strong independent relationship between maltreatment in childhood, disruptive behaviors and impairments in executive functions. However, how these three factors are interrelated it is not completed understood yet. This study evaluated the relationship between childhood maltreatment and disruptive behavior disorders, testing performance in executive functions as possible mediator and moderator factor in this relationship. This research is part of the study \"Cohort of high-risk students for the development of psychopathology and resilience in childhood and adolescence - Prevention Project\", a member project of the National Institute of Science and Developmental Psychiatry Technology for Children and Adolescents (INCT -INPD) in which is included 2,500 schoolchildren from São Paulo and Porto Alegre (Brazil). The children were evaluated with diagnostic interviews, reports of parents and children themselves about maltreatment and with neuropsychological tests, which included evaluation of inhibitory control, working memory, cognitive flexibility and planning. Results indicate association of childhood maltreatment and disruptive behavior disorder, but no association was found between maltreatment and executive functions. Children with Disruptive Behavior Disorders showed worse performance in specific task for assessment of cognitive flexibility. Performance in executive functions didn\'t work as a mediator or modifier variable in the association between childhood maltreatment and disruptive behavior disorder. Thus, the study results indicate that the association between experiences of maltreatment and disruptive behavior disorder occurs regardless of the performance in executive function in a community sample. Future longitudinal studies are essential to confirm these findings and elucidate the cognitive mechanisms involved on this causal association
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Avaliação neuropsicológica de crianças e adolescentes com TOC: comparação com controles saudáveis e desfechos pós-tratamento / Neuropsychological evaluation of children and adolescents with OCD: comparison with healthy controls and post-treatment outcomes

Marina de Marco e Souza 28 November 2018 (has links)
Até o momento, são escassos os estudos que se propuseram a investigar o funcionamento cognitivo das crianças e adolescentes com Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC). Os estudos disponíveis apontam que essa população apresenta pior desempenho nos testes neuropsicológicos que avaliam as funções executivas, a memória não-verbal, o funcionamento visuoespacial e a velocidade de processamento, em comparação aos sujeitos saudáveis. Mesmo com esses achados, poucos autores averiguaram a influência dos tratamentos de primeira linha para o TOC [Terapia Cognitivo- Comportamental (TCC) e inibidores de recaptura de serotonina (IRS)] na cognição. Vale ressaltar que tais estudos expressam resultados divergentes, não havendo um consenso sobre a melhora ou manutenção dos déficits no desempenho dos jovens após o tratamento. Diante deste contexto, o presente estudo teve como objetivos: A) Comparar as características sociodemográficas e clínicas e o funcionamento cognitivo de uma amostra pediátrica com TOC e sujeitos saudáveis; B) Verificar as modificações no funcionamento cognitivo do grupo TOC após 14 semanas de tratamento farmacológico ou psicoterápico. Para isso, foram avaliados 82 crianças e adolescentes com TOC e 82 controles saudáveis, com idades entre 6-17 anos, com questionários para avaliação de sintomas psiquiátricos e uma bateria de testes neuropsicológicos. Todos os participantes do estudo foram submetidos às avaliações na linha de base. Os pacientes, após randomização para TCC em grupo ou fluoxetina (FLX), foram reavaliados findadas 14 semanas de tratamento. A análise dos dados indicou que os pacientes apresentam desempenho cognitivo global pior que os controles, havendo diferenças significativas no QI de execução, nas habilidades visuoconstrutivas, na memória episódica não verbal e na flexibilidade mental. Variáveis clínicas, como idade de início dos sintomas, gravidade dos sintomas do TOC, dimensões dos sintomas obsessivo-compulsivos e comorbidades, não correlacionaram com o pior desempenho dos pacientes nos diferentes testes neuropsicológicos. Após 14 semanas de tratamento, embora os pacientes tenham apresentado melhora clínica dos sintomas obsessivo-compulsivos, o mesmo não ocorreu com as diferentes funções neuropsicológicas, mesmo naquelas que estavam prejudicadas na linha de base. De acordo com os resultados do presente estudo, as crianças e adolescentes com TOC apresentam pior desempenho cognitivo global em provas neuropsicológicas quando comparados aos controles saudáveis. O fato da melhora dos sintomas não ser acompanhada da melhora do desempenho neuropsicológico dos pacientes, sugere que as alterações cognitivas observadas no grupo TOC sejam relacionadas à própria neurobiologia do transtorno, independentemente da gravidade dos sintomas. Futuros estudos longitudinais serão necessários para aumentar a compreensão do funcionamento cognitivo dos jovens com TOC e as implicações do tratamento na sua cognição no longo prazo / To date, only a few studies have investigated the cognitive functioning of children and adolescents with Obsessive-Compulsive Disorder (OCD). These studies indicate that youth with OCD present a worse performance in neurocognitive tests that assess the executive functions, nonverbal memory, visuospatial functioning and processing speed. Despite these findings, only a few authors have investigated the influence of Cognitive-Behavioral Therapy (CBT) and selective serotonin reuptake inhibitors (SSRIs) on the cognition of youth with OCD. It is worth noting that these studies express divergent results, and there is no consensus on the improvement or maintenance of the cognitive deficits after treatment. In this context, the present study aimed: A) To compare the sociodemographic/ clinical characteristics and the cognitive functioning of youth with OCD and healthy controls; B) To verify the changes in cognitive functioning of children and adolescents with OCD after 14 weeks of randomized pharmacological or cognitive-behavioral treatment. Eighty-two children and adolescents with OCD and 82 healthy controls, aged between 6 and 17 years, were evaluated by means of structured questionnaires and a battery of neuropsychological tests. All participants underwent assessments at baseline. The OCD group, after being randomized to group CBT or Fluoxetine (FLX), was re-evaluated after 14 weeks of treatment. Data analyses indicated that patients presented a worse cognitive performance when compared to the healthy controls, with significant differences in performance IQ, visuoconstructive skills, nonverbal memory, and mental flexibility. Clinical variables, such as age of onset, severity of OCD symptoms, OCD dimensions and comorbidities, did not correlate with poorer performance on neuropsychological tests. Although patients had clinical improvement after 14 weeks of treatment, the same did not occur with the cognitive performance, even in those functions which were impaired at baseline. According to the results of the present study, youth with OCD present a worse cognitive performance when compared to controls. The fact that the improvement of the symptoms is not followed by the improvement of the neuropsychological performance suggests that the cognitive deficits observed in the OCD group may be related to the neurobiology of the disorder, regardless of the symptom severity. Future longitudinal studies will be needed to further clarify the cognitive functioning of youth with OCD and the implications of treatment on their cognition in the long run
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Estudo das relações entre maus tratos na infância, prejuízo em funções executivas e transtornos do comportamento disruptivo em uma amostra comunitária de crianças / Relationships between childhood maltreatment, impairment in executive functions and disruptive behavior disorders in a community sample of children

Elisa Teixeira Bernardes 17 March 2016 (has links)
Evidências apontam para forte relação independente entre maus tratos na infância, comportamentos disruptivos e prejuízos em funções executivas. No entanto, ainda não é completamente compreendido como estes três fatores se relacionam entre si. Esta pesquisa avaliou a relação entre maus-tratos na infância e transtornos do comportamento disruptivo, testando desempenho em funções executivas como possível mediador e moderador desta relação. A presente pesquisa está inserida no estudo \"Coorte de escolares de alto risco para o desenvolvimento de psicopatologia e resiliência na infância e adolescência - projeto Prevenção\", projeto integrante do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Psiquiatria do Desenvolvimento para Infância e Adolescência (INCT-INPD), o qual incluiu 2500 crianças em idade escolar de São Paulo e Porto Alegre (Brasil). As crianças foram extensamente avaliadas com entrevistas diagnósticas, relatos de pais e da própria criança sobre maus tratos e com testes neuropsicológicos. Resultados indicam associação de maus tratos na infância e transtornos do comportamento disruptivo, porém não foi encontrada associação entre maus tratos e funções executivas. Crianças com transtornos do comportamento disruptivo apresentaram pior desempenho em teste específico para avaliação de flexibilidade cognitiva. Desempenho em funções executivas não agiu como mediador ou moderador da associação entre maus tratos e transtornos do comportamento disruptivo. Desta forma, os resultados indicam que a associação entre experiências de maus tratos e transtornos do comportamento disruptivo ocorre independentemente do desempenho em funções executivas. Futuros estudos longitudinais são fundamentais para confirmar estes resultados e elucidar os mecanismos cognitivos envolvidos nesta associação causal / Empirical evidences point to a strong independent relationship between maltreatment in childhood, disruptive behaviors and impairments in executive functions. However, how these three factors are interrelated it is not completed understood yet. This study evaluated the relationship between childhood maltreatment and disruptive behavior disorders, testing performance in executive functions as possible mediator and moderator factor in this relationship. This research is part of the study \"Cohort of high-risk students for the development of psychopathology and resilience in childhood and adolescence - Prevention Project\", a member project of the National Institute of Science and Developmental Psychiatry Technology for Children and Adolescents (INCT -INPD) in which is included 2,500 schoolchildren from São Paulo and Porto Alegre (Brazil). The children were evaluated with diagnostic interviews, reports of parents and children themselves about maltreatment and with neuropsychological tests, which included evaluation of inhibitory control, working memory, cognitive flexibility and planning. Results indicate association of childhood maltreatment and disruptive behavior disorder, but no association was found between maltreatment and executive functions. Children with Disruptive Behavior Disorders showed worse performance in specific task for assessment of cognitive flexibility. Performance in executive functions didn\'t work as a mediator or modifier variable in the association between childhood maltreatment and disruptive behavior disorder. Thus, the study results indicate that the association between experiences of maltreatment and disruptive behavior disorder occurs regardless of the performance in executive function in a community sample. Future longitudinal studies are essential to confirm these findings and elucidate the cognitive mechanisms involved on this causal association
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Um diálogo entre Freud e Lacan fundamentado no caso "o pequeno Hans"

Bonfim, Leilane Gabriela de Souza 27 February 2015 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / This work has dealt with the clinical Little Hans case - statement by Freud in 1909 - and aims to bring the dialogue between this theoretical and Jacques Lacan, with prints and case analysis. Specifically, the study aims to provide for the issue of child psychoanalysis and addressing the problem of phobia while symptomatic output. Considering the clinic with children as contemporary practice of psychoanalysis, there was a theoretical study, whose methodological dynamics was the literature, using mainly from Freud´s texts and Lacan. Therefore, the work is divided into three sections. The first brings the issue of child psychoanalysis, highlighting as it reaches the place of subject of desire and law, making it therefore possible to be analyzed. In addition, support for the next chapter in this first are brought some positions and functions assumed by the child in the family dynamics. The second chapter develops the dialogue between Freud and Lacan about Hans case, presenting the facts following the case, the chronology, the directions of Freud and Lacan considerations. Are treated some issues such as the relationship between Hans and his mother, the question of the paternal function, as well as the complex of Oedipus and castration in Hans. Finally, the third chapter is the phobia as symptomatic output, serving Hans as the means possible so that it is positioned in the world and enter in the symbolic order. Thus, issues are worked that concern the phobia, such as anxiety, anguish, symptomatic formation and its prospects and the specific clinical case, the focus on substitutive function assumed by the phobic symptom on the limping paternal function. We conclude the work by pointing out some directions for the relationship between the current children´s clinic and the symptom. / Este trabalho tem por tema o caso clínico do pequeno Hans comunicado por Freud em 1909 e almeja trazer o diálogo entre esse teórico e Jacques Lacan, com as impressões e análises do caso. Especificamente, o estudo objetiva dispor sobre a questão da criança para psicanálise e abordar a problemática da fobia enquanto saída sintomática. Considerando a clínica com criança como prática contemporânea à psicanálise, realizou-se um estudo teórico, cuja dinâmica metodológica foi a pesquisa bibliográfica, utilizando-se, sobretudo, de textos de Freud e de Lacan. Por conseguinte, o trabalho se encontra estruturado em três capítulos. O primeiro traz a questão da criança para psicanálise, destacando como ela alcança o lugar de sujeito de desejo e de direito, tornando-se, portanto possível de ser analisada. Além disso, por fundamentar o capítulo seguinte, neste primeiro são trazidas algumas posições e funções assumidas pela criança na dinâmica familiar. No segundo capítulo, é desenvolvido o diálogo entre Freud e Lacan acerca do caso Hans, apresentando os fatos que acompanham o caso, a cronologia, os direcionamentos de Freud e as considerações de Lacan. São tratados alguns assuntos como a relação entre Hans e sua mãe, a questão da função paterna, assim como os complexos de Édipo e de castração em Hans. Por fim, o terceiro capítulo traz a fobia como saída sintomática, servindo a Hans como o meio possível para que ele se posicione no mundo e insira-se na ordem simbólica. Assim, são trabalhados temas que tangem à fobia, como a ansiedade, a angústia, a formação sintomática e suas perspectivas e no caso clínico específico, a aposta na função de suplência assumida pelo sintoma fóbico, diante da função paterna claudicante. Concluímos o trabalho apontando alguns direcionamentos para a relação existente entre a clínica infantil atual e o sintoma.
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Perfil neuropsicológico e psiquiátrico de adolescentes submetidos a maus tratos / Neuropsychological and psychiatric profile of adolescents exposed to maltreatment

Oliveira, Paula Approbato de 24 May 2013 (has links)
Introdução: Os maus tratos na infância e adolescência são considerados um problema de saúde pública devido a alta prevalência no Brasil e no mundo. A exposição a maus tratos está associada a alterações no desenvolvimento cognitivo, porém, há uma escassez de estudos brasileiros que investiguem o tema. Objetivos: Comparar o funcionamento neuropsicológico de adolescentes com e sem histórico de maus tratos, bem como estudar as relações entre essas vivências, desempenho neuropsicológico e sintomas psiquiátricos relacionados a impulsividade, oposição, hiperatividade e desatenção. Método: Cento e oito adolescentes foram selecionados em dois programas de atendimento a população em situação de vulnerabilidade e/ou risco social de São Paulo (SP). De acordo com a pontuação do Questionário de Traumas na Infância (QUESI), foram classificados em três grupos: GMT1 (grupo de maus tratos leves, n=35), GMT2 (grupo de maus tratos moderado a grave, n=19) e GC (grupo de comparação, n=54). Os adolescentes passaram por avaliação neuropsicológica com o foco na investigação de funções relacionadas a percepção visual e spam atencional (primeira unidade funcional), processamento e armazenamento de informações (segunda unidade funcional) e funcionamento executivo (terceira unidade funcional). Foram utilizadas escalas para avaliação psiquiátrica (K-SADS-PL) e investigação de sintomas de impulsividade, hiperatividade, desatenção e oposição (BIS-1, SNAP-IV). Os resultados obtidos nos grupos foram comparados com o controle estatístico de variáveis sociais (dificuldades socioeconômicas, escolaridade e abrigamento) e clínicas (transtornos psiquiátricos internalizantes e externalizantes, uso de medicação psiquiátrica e quociente intelectual estimado- QI). Por fim, foram feitas associações entre exposição a maus tratos, funcionamento neuropsicológico e sintomas psiquiátricos. Resultados: Os GMTs (grupos de maus tratos) apresentaram pior funcionamento intelectual em relação ao GC, sendo que o pior desempenho foi encontrado no GMT2 (p< 0,001). Medidas menores de QI estiveram associadas a prejuízo nas três unidades funcionais (p<= 0,049) e a mais sintomas de hiperatividade e desatenção (p <= 0,008). Foi encontrado pior desempenho dos GMTs nos testes para avaliação de segunda unidade funcional (p<= 0,001), porém, não foram encontradas diferenças entre os grupos na primeira e terceira unidades. Apesar disso, os testes de correlação indicaram que o aumento das pontuações no QUESI estava associado à piora do desempenho em todas as unidades funcionais (p<= 0,046). Os GMTs apresentaram maior impulsividade e oposição (p<= 0,008) e, quanto maior a pontuação no QUESI, maior a presença de sintomas de impulsividade, oposição, sintomas isolados de desatenção e sintomas mistos de desatenção e hiperatividade (p<= 0,006). Conclusão: Os resultados obtidos corroboram a associação entre exposição a maus tratos e dificuldades cognitivas e psiquiátricas. Os dados obtidos poderão contribuir para o planejamento de políticas públicas voltadas tanto à prevenção quanto para o tratamento de patologias associadas ao desenvolvimento neurobiológico alterado de crianças e adolescentes que crescem em condições adversas. / Introduction: Maltreatment experiences in childhood and adolescence are considered a public health problem due to high prevalence in Brazil and worldwide. The exposure to maltreatment is associated with changes in cognitive development; however, there is a shortage of Brazilian research that investigates this topic. Objectives: Comparison of neuropsychological functioning of adolescents with and without maltreatment history, as well as the research of relationships between these experiences, neuropsychological performance, and psychiatric symptoms relating to impulsivity, opposition, hyperactivity, and inattention. Methods: One hundred and eight adolescents were selected from two assistance programs for people in vulnerability and social risk situation in the city of Sao Paulo (SP). According to the Childhood Trauma Questionnaire (CTQ), three groups were classified: GMT1 Group (Mild Maltreatment, n = 35), GMT2 (group of moderate to severe maltreatment, n = 19) and GC (comparison group, n = 54). The adolescents underwent neuropsychological evaluation with a focus on the investigation of functions related to visual perception and attention spam (first functional unit), processing and retention of information (second functional unit) and executive functioning (third functional unit). Scales were used for psychiatric assessment (K-SADS-PL) and investigation of impulsivity, hyperactivity, inattention, and opposition symptoms (SNAP-IV, BIS-11). Results obtained in these groups were compared with statistical control of social variables (socioeconomic, school level, and shelter), and clinical variables (internalizing and externalizing psychiatric disorders, use of psychiatric medication, and estimated intellectual quotient - IQ). Lastly, associations between exposure to maltreatment, neuropsychological functioning and psychiatric symptoms were made. Results: The GMT (maltreatment groups) had a worse intellectual functioning compared to GC, while the worst performance was found in GMT2 (p < 0.001). Lower IQ measures were associated to impairment on the three functional units (p<= 0.049) and to more symptoms of inattention and hyperactivity (p <= 0.008). Worse performance on tests for evaluation of the second functional unit (p<= 0.001) was found for GMT, but no differences were found between the groups on the first and third units. Nevertheless, the correlation tests indicated that the increase in CTQ scores was associated to worse performance in all of the functional units (p<= 0,046). The GMT presented higher impulsivity and opposition (p<= 0,008) and the higher the CTQ score the more symptoms of impulsivity, opposition, isolated symptoms of inattention, and mixed symptoms of inattention and hyperactivity (p<= 0,006). Conclusion: The results confirm the negative association between exposure to maltreatment and psychiatric and cognitive difficulties. The data obtained will contribute to the planning of public policies for both prevention and treatment of diseases associated to altered neurobiological development of children and adolescents who grow up in adverse conditions.
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Ativação cerebral associada à memória episódica verbal no transtorno obsessivo-compulsivo por meio de ressonância magnética funcional / Brain activation associated with verbal episodic memory in obsessivecompulsive disorder using magnetic resonance imaging

Batistuzzo, Marcelo Camargo 19 February 2014 (has links)
O transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) é um transtorno psiquiátrico que acomete cerca de 1 a 3,1% das pessoas ao longo da vida. Embora o seu modelo neurobiológico ainda não esteja completamente estabelecido, inúmeras evidências apontam para áreas relacionadas ao circuito córtico-estriado-pálido-talâmico-cortical (CEPTC). Em especial, o córtex órbito-frontal (COF) é uma região que desempenha um papel fundamental dentro da hipótese fisiopatológica do TOC. Paralelamente, esta região já foi associada, em sujeitos saudáveis, com a habilidade de utilização espontânea da estratégia de agrupamento semântico na memorização de palavras - o que facilita sua evocação posterior. Ao mesmo tempo, estudos neuropsicológicos evidenciaram que pacientes com TOC apresentam déficits na memória episódica verbal (MEV) e que tais déficits poderiam ser mediados por dificuldades em funções executivas ligadas ao planejamento, como utilização de estratégias. Portanto, para testar a hipótese de que há diferenças no correlato neural da codificação da MEV entre pacientes com TOC e controles saudáveis, foi utilizado um teste neuropsicológico adaptado para ressonância magnética funcional (RMf): o paradigma tinha apresentação em bloco. O objetivo do presente estudo foi investigar a etapa de codificação da MEV e a capacidade de agrupamento semântico espontâneo em crianças e adolescentes com TOC. Assim, o paradigma foi constituído por duas listas de palavras: uma, semanticamente relacionada (SR), na qual as palavras eram divididas em categorias semânticas e outra, não relacionada (NR), na qual não havia relação aparente entre as palavras. O contraste de maior interesse do estudo foi a diferença entre essas duas condições (SR > NR). O nível de agrupamento semântico foi quantificado por um índice semântico. Os grupos foram formados por 25 crianças e adolescentes com TOC e 25 controles saudáveis, pareados por sexo, idade, escolaridade, preferência manual e QI. Embora os grupos estivessem pareados por essas características, eles se diferiram em sintomas clínicos, tais como sintomas de depressão, ansiedade e necessidade de rotina por parte da criança/adolescente. Os resultados comportamentais do teste de MEV mostraram que os grupos não se diferenciaram: ambos evocaram a mesma quantidade de palavras e não apresentaram diferenças no índice semântico. Apesar disso, a comparação entre os grupos - controlada para variáveis clínicas - revelou menor ativação (sinal BOLD) nos pacientes em diversas regiões cerebrais: frontais, parietais e occipito-temporais. Por outro lado, a análise de interação psicofisiológica (PPI) revelou que os pacientes apresentaram um aumento da conectividade do COF com regiões temporais em relação aos controles. Isso ocorreu para três das quatro regiões de interesse que foram posicionadas no COF: lateral e medial de ambos os hemisférios. Além disso, o grupo de pacientes apresentou uma correlação positiva entre o índice semântico e o efeito BOLD no COF, o que não ocorreu para o grupo controle. Esses resultados indicam diferenças no funcionamento cerebral de crianças e adolescentes com TOC tanto em regiões que estão dentro do modelo neurobiológico proposto para o TOC (circuito CEPTC), como fora dele também. De acordo com os resultados do presente estudo, as diferenças de ativação e de conectividade poderiam ser consideradas como um déficit latente, uma vez que ambos os grupos apresentaram o mesmo desempenho no paradigma / The obsessive-compulsive disorder (OCD) is a psychiatric disorder that affects 1-3.1% of the general population (lifetime rate). Although its neurobiological model has not been completely establish, numerous evidences indicate that areas of the cortico-striatalpale- thalamic-cortical (CSPTC) circuit are engaged in the disease. In particular, the orbitofrontal cortex (OFC) is a region that plays a key role in the pathophysiological hypothesis of OCD. In parallel to this, in healthy controls this region has been associated with the ability of using spontaneous strategies of semantic clustering at the encoding of related words - in a way that facilitates the posterior retrieval of these words. At the same time, neuropsychological studies showed that OCD patients present verbal episodic memory (VEM) deficits, and that these deficits could be mediated by executive dysfunction - like planing and utilization of strategies. Thus, to investigate the hypothesis that there are differences at the neural correlates of VEM encoding between children and adolescents with OCD and healthy controls, we used a blocked design functional Magnetic Resonance Imaging (fMRI) paradigm to evaluate both groups. The main objective of the study was to investigate the VEM encoding and the ability to spontaneously organize words according to their semantic categories. In order to do this, the fMRI paradigm consisted of two kinds of word lists: a semantically related list (SR), in which words were divided into semantic categories and a unrelated list (UR), were there was no apparent relationship between the words. However, the contrast of most interest of this study, was the difference between the conditions (\'SR > UR\'). The semantic clustering level was quantified by a semantic clustering index. Groups were constituted by 25 children and adolescents with OCD and 25 healthy controls paired by gender, age, educational level, handedness and IQ. Although both groups were matched for these characteristics, they differed in clinical symptoms such as depression, anxiety and routines. Behavioral results showed that the groups were similar in terms of retrieved words and semantic index. Nevertheless, the comparison between groups - controlled for clinical variables - showed less activation (BOLD signal) in patients in several brain regions: frontal, parietal and occipito-temporal. On the other hand, the psychophysiological interaction analysis (PPI) revealed that patients have had an increase in the OFC connectivity with the temporal regions. This has occurred in three of the four regions of interest that were placed in the OFC: lateral and medial of both hemispheres. Also, the patients showed a positive correlation between the semantic index and the BOLD effect in the OFC, which was not observed in the control group. These results suggest that there are differences in brain functioning of children and adolescents with OCD in regions that are inside/outside of the neurobiological model for OCD (CSPTC circuit). In accordance with the present results, these differences in brain activation and connectivity could be regarded as a latent deficit, since both groups presented the same behavioral performance
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Perfil neuropsicológico e psiquiátrico de adolescentes submetidos a maus tratos / Neuropsychological and psychiatric profile of adolescents exposed to maltreatment

Paula Approbato de Oliveira 24 May 2013 (has links)
Introdução: Os maus tratos na infância e adolescência são considerados um problema de saúde pública devido a alta prevalência no Brasil e no mundo. A exposição a maus tratos está associada a alterações no desenvolvimento cognitivo, porém, há uma escassez de estudos brasileiros que investiguem o tema. Objetivos: Comparar o funcionamento neuropsicológico de adolescentes com e sem histórico de maus tratos, bem como estudar as relações entre essas vivências, desempenho neuropsicológico e sintomas psiquiátricos relacionados a impulsividade, oposição, hiperatividade e desatenção. Método: Cento e oito adolescentes foram selecionados em dois programas de atendimento a população em situação de vulnerabilidade e/ou risco social de São Paulo (SP). De acordo com a pontuação do Questionário de Traumas na Infância (QUESI), foram classificados em três grupos: GMT1 (grupo de maus tratos leves, n=35), GMT2 (grupo de maus tratos moderado a grave, n=19) e GC (grupo de comparação, n=54). Os adolescentes passaram por avaliação neuropsicológica com o foco na investigação de funções relacionadas a percepção visual e spam atencional (primeira unidade funcional), processamento e armazenamento de informações (segunda unidade funcional) e funcionamento executivo (terceira unidade funcional). Foram utilizadas escalas para avaliação psiquiátrica (K-SADS-PL) e investigação de sintomas de impulsividade, hiperatividade, desatenção e oposição (BIS-1, SNAP-IV). Os resultados obtidos nos grupos foram comparados com o controle estatístico de variáveis sociais (dificuldades socioeconômicas, escolaridade e abrigamento) e clínicas (transtornos psiquiátricos internalizantes e externalizantes, uso de medicação psiquiátrica e quociente intelectual estimado- QI). Por fim, foram feitas associações entre exposição a maus tratos, funcionamento neuropsicológico e sintomas psiquiátricos. Resultados: Os GMTs (grupos de maus tratos) apresentaram pior funcionamento intelectual em relação ao GC, sendo que o pior desempenho foi encontrado no GMT2 (p< 0,001). Medidas menores de QI estiveram associadas a prejuízo nas três unidades funcionais (p<= 0,049) e a mais sintomas de hiperatividade e desatenção (p <= 0,008). Foi encontrado pior desempenho dos GMTs nos testes para avaliação de segunda unidade funcional (p<= 0,001), porém, não foram encontradas diferenças entre os grupos na primeira e terceira unidades. Apesar disso, os testes de correlação indicaram que o aumento das pontuações no QUESI estava associado à piora do desempenho em todas as unidades funcionais (p<= 0,046). Os GMTs apresentaram maior impulsividade e oposição (p<= 0,008) e, quanto maior a pontuação no QUESI, maior a presença de sintomas de impulsividade, oposição, sintomas isolados de desatenção e sintomas mistos de desatenção e hiperatividade (p<= 0,006). Conclusão: Os resultados obtidos corroboram a associação entre exposição a maus tratos e dificuldades cognitivas e psiquiátricas. Os dados obtidos poderão contribuir para o planejamento de políticas públicas voltadas tanto à prevenção quanto para o tratamento de patologias associadas ao desenvolvimento neurobiológico alterado de crianças e adolescentes que crescem em condições adversas. / Introduction: Maltreatment experiences in childhood and adolescence are considered a public health problem due to high prevalence in Brazil and worldwide. The exposure to maltreatment is associated with changes in cognitive development; however, there is a shortage of Brazilian research that investigates this topic. Objectives: Comparison of neuropsychological functioning of adolescents with and without maltreatment history, as well as the research of relationships between these experiences, neuropsychological performance, and psychiatric symptoms relating to impulsivity, opposition, hyperactivity, and inattention. Methods: One hundred and eight adolescents were selected from two assistance programs for people in vulnerability and social risk situation in the city of Sao Paulo (SP). According to the Childhood Trauma Questionnaire (CTQ), three groups were classified: GMT1 Group (Mild Maltreatment, n = 35), GMT2 (group of moderate to severe maltreatment, n = 19) and GC (comparison group, n = 54). The adolescents underwent neuropsychological evaluation with a focus on the investigation of functions related to visual perception and attention spam (first functional unit), processing and retention of information (second functional unit) and executive functioning (third functional unit). Scales were used for psychiatric assessment (K-SADS-PL) and investigation of impulsivity, hyperactivity, inattention, and opposition symptoms (SNAP-IV, BIS-11). Results obtained in these groups were compared with statistical control of social variables (socioeconomic, school level, and shelter), and clinical variables (internalizing and externalizing psychiatric disorders, use of psychiatric medication, and estimated intellectual quotient - IQ). Lastly, associations between exposure to maltreatment, neuropsychological functioning and psychiatric symptoms were made. Results: The GMT (maltreatment groups) had a worse intellectual functioning compared to GC, while the worst performance was found in GMT2 (p < 0.001). Lower IQ measures were associated to impairment on the three functional units (p<= 0.049) and to more symptoms of inattention and hyperactivity (p <= 0.008). Worse performance on tests for evaluation of the second functional unit (p<= 0.001) was found for GMT, but no differences were found between the groups on the first and third units. Nevertheless, the correlation tests indicated that the increase in CTQ scores was associated to worse performance in all of the functional units (p<= 0,046). The GMT presented higher impulsivity and opposition (p<= 0,008) and the higher the CTQ score the more symptoms of impulsivity, opposition, isolated symptoms of inattention, and mixed symptoms of inattention and hyperactivity (p<= 0,006). Conclusion: The results confirm the negative association between exposure to maltreatment and psychiatric and cognitive difficulties. The data obtained will contribute to the planning of public policies for both prevention and treatment of diseases associated to altered neurobiological development of children and adolescents who grow up in adverse conditions.

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