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O protagonismo familiar em um Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) do município de Toledo Paraná / The family role in a Psychosocial Attention Centre (CAPS) in the city of Toledo - ParanáNisiide, Ana Carolina Becker 09 August 2016 (has links)
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Previous issue date: 2016-08-09 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / The family as a privileged place of social protection becomes increasingly a "partner" of the state and focus of social policies. It is required that the family meets certain functions of breeding, individual formation, protection and socialization, but it will be a space of protection only if it is protected, need to have access their rights. In this sense, despite the family exert their protective function, it cannot be a substitute of the State and not eximi it of its responsibilities. It is urgent to discuss the significance of social protection, contrasting family responsibilities to the State, expanding the look over the place that the family occupies in various social policies, among them the Mental Health. After all, the family institution has historically been removed from the patient in psychological treatment, but over the Psychiatric Reform process this was taken as a fundamental factor for social rehabilitation of the patient. Faced with the constant threat of kicking and precariousness of Mental Health Policy in the neoliberal environment, added to redirect policy passing to favor territorial basic services and the various functions that the family takes on the care of the patient, the aim of this study is understand the configuration of the family role in a Psychosocial Attention Centre (CAPS) in the city of Toledo (Parana state - Brazil), as recommended by the Mental Health Policy in the Psychiatric Reform process. This is a quantitative and qualitative research. Using as data collection the document research methodology, semi-structured interview and directed observations, it was possible interpret the data collected through the content analysis technique. As some of the results for this problem, it was found that the role is experienced by these families, basically, as individual's care in psychic suffering. The way they exercise their role relates closely with the socioeconomic context in which they are, permeated by difficulties in access to employment and income, prejudice and social stigma and feelings of guilt and stress related to mental disorder. On the other hand, the CAPS objective conditions also put limits to offer greater space for the family support; moreover, the offered spaces are hardly occupied by families. Front this context, that families adopt a posture against reform, situation closely related to the lack of a more consistent support of the service network, or try to fight for their rights through the CAPS Patients, Family and officials Association; however, the lack of coordination, the lack of clarity in relation to the Mental Health Policy and the principles of psychiatric reform and the lack of political support, substantially limit advancement possibilities of this association. This situation has a direct impact on the social reintegration possibilities of individuals in psychological suffering and limits the political struggle of these families to advances in Mental Health Policy and the Psychiatric Reform Movement. / A família, como lugar privilegiado de proteção social, passa cada vez mais a ser tomada como parceira do Estado e foco das políticas sociais. Exige-se, então, que a família cumpra determinadas funções de reprodução, de formação do indivíduo, de proteção e de socialização, mas, para que ela possa ser espaço de proteção ela precisa ser protegida, precisa acessar aos seus direitos. Nesse sentido, apesar de a família exercer sua função protetiva, ela não pode ser um substituto do Estado e nem eximi-lo de suas responsabilidades. É premente discutir o significado da proteção social, contrapondo as responsabilidades familiares às do Estado, ampliando o olhar sobre o lugar que a família ocupa nas mais diversas políticas sociais, dentre elas a de Saúde Mental. Afinal, a instituição familiar foi historicamente afastada do sujeito em sofrimento psíquico, mas ao longo do processo da Reforma Psiquiátrica essa foi tomada como ator fundamental para reinserção social do paciente. Frente às constantes ameaças de retrocesso e a precarização da Política de Saúde Mental na conjuntura neoliberal, somadas ao redirecionamento da política que passa a privilegiar os serviços de base territorial e as várias funções que a família vai assumindo no cuidado com o paciente, objetiva-se, com esse estudo, compreender como se configura o protagonismo familiar em um CAPS do município de Toledo/PR, conforme o preconizado pela Política de Saúde Mental no processo de Reforma Psiquiátrica. Trata-se de uma pesquisa de cunho quantitativo e qualitativo. Utilizando-se como metodologia de coleta de dados a pesquisa documental, a entrevista semiestruturada e as observações dirigidas, foi possível interpretar os dados coletados por meio da técnica de análise de conteúdo. A partir da análise dos resultados, constatou-se que o protagonismo é vivenciado por essas famílias, basicamente, como cuidado do sujeito em sofrimento psíquico. A forma como elas exercem seu protagonismo relaciona-se, intimamente, com o contexto socioeconômico em que estão inseridas, permeado por dificuldades de acesso ao trabalho e à renda, pelo preconceito e pelo estigma social e por sentimentos de culpa e de estresse relacionados ao transtorno mental. Por outro lado, as condições objetivas do CAPS também colocam limites para a oferta de um espaço maior para o apoio familiar, além disso, os espaços ofertados são pouco ocupados pelas famílias. Frente esse contexto, ou as famílias adotam uma postura contrarreformista, situação intimamente relacionada à falta de um suporte mais consistente da rede de atendimento, ou tentam lutar pelos seus direitos por meio da Associação de Pacientes, de Familiares e de Funcionários do CAPS; todavia, a falta de articulação, a pouca clareza em relação à Política de Saúde Mental e aos princípios da Reforma Psiquiátrica e a escassez de apoio político limitam substancialmente as possibilidades de avanço dessa associação. Essa conjuntura, repercute diretamente nas possibilidades de reinserção social do sujeito em sofrimento psíquico e limita a luta política dessas famílias para avanços da Política de Saúde Mental e do Movimento de Reforma Psiquiátrica.
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