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Associação da função respiratória com a capacidade de exercício e qualidade de vida em pacientes com carcinomatose peritonealLima, Camila de Oliveira de Carvalho January 2015 (has links)
A carcinomatose peritoneal (CP), secundária ao avanço neoplásico maligno na cavidade abdominal, causa grande morbidade e tem como recomendação terapêutica atual um tratamento multimodal, que consiste na combinação de cirurgia citorredutora (CCR) agressiva e quimioterapia hipertérmica intraperitoneal (HIPEC). O objetivo do presente estudo é caracterizar a função respiratória desse grupo de pacientes, potencialmente candidatos à abordagem de tratamento multimodal e a relação da função respiratória com a capacidade de exercício e qualidade de vida relacionada à saúde (QVRS). Nesse estudo transversal, 25 pacientes com CP candidatos à abordagem de tratamento multimodal, foram avaliados em um centro terciário de saúde, entre maio de 2013 e abril de 2014. Foram avaliados o performance status (PS), espirometria, pressões respiratórias máximas, capacidade de exercício pelo teste de caminhada de seis minutos (TC6m) e um questionário de QVRS (QQVRS) específico para portadores de câncer. Os valores médios da avaliação de força muscular respiratória e da espirometria estavam dentro dos limites de normalidade. Todavia, foram encontrados valores reduzidos na pressão inspiratória máxima (PImax), na pressão expiratória máxima (PEmax) e na distância percorrida no TC6m em 6/25 (24%), 4/25 (16%), e 9/20 (45%), respectivamente. A PImax se associou com o PS, enquanto que a PEmax se associou com a capacidade de exercício, escala funcional do QQVRS e PS. Em conclusão, uma significativa proporção de pacientes apresentava fraqueza muscular respiratória e redução da capacidade de exercício. A força muscular respiratória mostrou associação significativa com PS, enquanto que a PEmax se relacionou com a capacidade de exercício e escala funcional do questionário de QVRS. / Peritoneal carcinomatosis (PC), secondary to advanced abdominal malignancies, causes great morbidity and is currently treated using multimodal approaches combining aggressive cytoreductive surgery (CRS) and intraperitoneal hyperthermic chemotherapy (HIPEC). The aim of the present study is to characterize the respiratory functional status of patients with PC potentially candidates to multimodal treatment approaches and the relationship of respiratory function with exercise capacity and health related quality of life (HRQL). In a cross-sectional study, 25 patients with PC referred for CRS plus HIPEC treatment approach at a tertiary care center between May 2013 and April 2014 were evaluated. Performance status, spirometry, maximal respiratory pressure measures,6-minute walk test (6MWT) and cancer specific HRQL questionnaire were assessed. Mean values of spirometry and respiratory muscle strength were above normal limits. However, reduced maximal inspiratory pressure (MIP), maximal expiratory pressure (MEP) and 6MWT distance was found in 6/25 (24%), 4/25 (16%), and 9/20 (45%), respectively. MIP was associated with performance status while MEP was associated with exercise capacity, functional scale of HRQL questionnaire and performance status. A significant proportion of patients presented respiratory muscle weakness and impaired exercise capacity. MEP and MIP were related with performance status while MEP was additionally associated with exercise capacity and functional scale of HRQL.
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Avaliação da capacidade de exercício em adolescentes e adultos com bronquiolite obliterante pós-infecciosaFröhlich, Luiz Felipe January 2012 (has links)
Introdução: A capacidade de exercício tem sido pouco estudadaem pacientes combronquiolite obliterante pós-infecciosa (BOPI). Além disso, há poucos estudos avaliando indivíduos após a infância. Objetivos: Avaliar a capacidade aeróbia máxima em pacientes adolescentes e adultos com diagnóstico prévio de BOPI e identificar os mecanismos de limitação ao exercício. Métodos: Estudo transversal com recuperação retrospectiva de testes espirométricos de 4-6 anos antes dos atuais. Foram estudados 16 pacientes com BOPI (10-23 anos), acompanhados em um ambulatório de atendimento terciário. Todos os indivíduos realizaram teste de função pulmonar em repouso e teste de exercício cardiopulmonar com pesquisa de broncoespasmo induzido pelo exercício (BIE). Um grupo composto de 10 indivíduos saudáveis, pareado por sexo, idade e altura, foi usado como controle. Resultados: Quando comparados ao grupo controle, os pacientes com BOPI apresentaram pior função pulmonar em repouso, com moderada a grave obstrução ao fluxo de ar e aprisionamento aéreo. Capacidade aeróbica de pico foi significativamente menor nos pacientes ( O2 pico: 87±22 vs 110±21% previsto; p=0,01), com uma maior proporção de pacientes com capacidade aeróbica abaixo do normal [ O2 pico<84% previsto: 7/16(44%) vs 1/10(10%); p= 0,09]. A capacidade aeróbica máxima (expressa tanto em valores absolutos como em % previsto) dos pacientes foi significativamente associada com idade (r=0,59, p=0,02), índice de massa corpórea (IMC) (r=0,55, p=0,03), capacidade difusiva pulmonar (DLCO% previsto) (r=0,66, p=0,01), capacidade inspiratória (CI) / capacidade pulmonar total (CPT) (r=0,52, p=0,04) e volume residual (RV) / CPT (r=-0,56, p=0,03). Nenhuma associação foi encontrada, no entanto, entre a O2 de pico e os valores finais de exercícios e variação da oximetria de pulso (SpO2), relação ventilação de pico/ventilação voluntária máxima( E/VVM) e outros valores da função pulmonar em repouso quando expresso em % do previsto. Por outro lado, o volume expiratório forçado no 1ºs (VEF1) foi moderadamente correlacionado com DLCO (r=0,59, p=0,03) e fortemente com CI/CPT (r=0,90, p=0,00) e VR/CPT (r=-0,89, p=0,00). Valores espirométricos atuais não foram diferentes dos de 4-6 anos atrás, quando expresso em % do previsto [VEF1: 60±30 vs 60±22; capacidade vital forçada (CVF): 73±22 vs 69±14], embora, quando expresso em litros, valores atuais foram maiores (VEF1: 1,94±0,93 vs 1,14±0,50; CVF: 2,79±0,89 vs 1,52±0,45, p<0,01). Conclusão: Pacientes adolescentes e adultos com BOPI apresentaram uma capacidade aeróbia de pico reduzida em comparação comcontroles saudáveis, sendo que aproximadamente metade dos pacientes tiveram redução da capacidade aeróbica quando expresso em porcentagem do previsto. A capacidade aeróbica de pico foi diretamente relacionada com a idade, a capacidade de difusão pulmonar e os parâmetros de hiperinflação pulmonar e aprisionamento aéreo. Quanto maior a limitação do fluxo de ar (menor VEF1) maior foi a hiperinsuflação e aprisionamento aéreo. / Introduction: Repercussion in exercise capacity has been poorly studied in patients with post-infectious bronchiolitis obliterans (PBO). Additionally, studies have mainly evaluated children and a follow-up in older subjects is lacking. Aims: Evaluate with maximal incremental cardiopulmonary exercise tests older adolescents and adults with previous diagnosis of PBO and indentify the mechanisms of exercise limitation. Methods: The study has a cross-sectional design with retrospective retrieval of the available spirometric data of 4-6 years ago. We studied 16 patients with POB (10 to 23 yrs old), followed up inan outpatient tertiary care clinic. All subjects underwent resting lung function testingand exercise testing. A control group, composedbysex, age and height, was usedcontaining 10subjects. Results: When compared PBO patients with control group, patients presented worse resting lung function, with moderate-to-severe air flow obstruction and air trapping. Peak exercise capacity was significantly lower in patients (peak O2: 87±22 vs 110±21% pred; P=0.01) with a greater proportion than in patients presenting reduced aerobic capacity [peak O2<84% pred: 7/16(44%) vs 1/10(10%); p= 0.09]. In correlations analyses, peak aerobic capacity (expressed both as absolute values and %pred) was significantly correlated with age in patients (r= 0.59, p= 0.02), body mass index (BMI) (r= 0.55, p= 0.03), lung diffusion capacity (DLCO% pred) (r= 0.66, p= 0.01), rest inspiratory capacity(IC)/total lung capacity(TLC) (r= 0.52, p=0.04) and residual volume (RV)/TLC (r= -0.56, p= 0.03). No association was found, however, between peak O2 and final exercise values and change from rest of SpO2 (p=0.79 and 0.76, respectively) peak ventilation/maximal ventilatory ventilation ratio ( E/MVV) (p=0.82) and other resting lung function values [forced expiratory volume in 1s (FEV1), forced vital capacity (FVC), FEV1/FVC, IC, TLC and RV) when expressed as %pred. On the other hand, FEV1 were moderately correlated with DLCO (r= 0.59, p= 0.03), and strongly with IC/TLC (r= 0.90, p= 0.00) and RV/TLC (r= -0.89, p= 0.00). Current spirometric values were not different from those of 4-6 years ago when expressed as % of pred (FEV1: 60±30 vs 60±22; FVC: 73±22 vs 69±14), although when expressed in liters, current values are greater (FEV1: 1.94±0.93 vs 1.14±0.50; FVC: 2.79±0.89 vs 1.52±0.45; p= 0.00 and 0.00, respectively). Conclusion: We have shown in a sample of adolescent and adult patients with PBO that peak aerobic capacity is reduced compared to healthy controls and almost half of the patients had reduced aerobic capacity when expressed as percent of predict. Peak aerobic capacity was directly correlated with age, lung diffusion capacity and parameters of rest hyperinflation and air trapping. The greater the air flow limitation (lower FEV1), the greater the hyperinflation and air trapping were.
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Relação entre a massa livre de gordura e a hiperinsuflação pulmonar dinâmica durante o exercício em portadores de doença pulmonar obstrutiva crônicaSilva, Leonardo Silveira da January 2013 (has links)
Introdução: A característica clínica principal da DPOC é a intolerância ao exercício físico. O mecanismo dessa limitação é complexo e multifatorial. Os principais mecanismos considerados responsáveis são a hiperinsuflação pulmonar dinâmica (HD) e disfunção muscular periférica. A hipótese principal do presente estudo é que a diminuição da massa livre de gordura (MLG) nesses pacientes, além de diretamente contribuir para redução da capacidade aeróbia, poderia contribuir indiretamente causando acentuação da HD durante o exercício. Objetivo: Investigar se a quantidade de MLG tem efeitos diretos na hiperinsuflação pulmonar dinâmica, durante o exercício em pacientes com DPOC. Métodos: 38 pacientes em estádio moderado a grave realizaram teste de exercício cardiopulmonar incremental até o limite da tolerância com medidas seriadas de capacidade inspiratória (CI). A MLG foi medida pelo teste de bioimpedância elétrica de corpo inteiro. Foram coletados também dados de função pulmonar (espirometria). Resultados: A média de idade dos pacientes foi de 66,5 ± 7,3 anos de idade, com média de VEF1 de 0,98 ± 0.05L (42 ± 15% do previsto). Valores de CI no pico do exercício (uma variável inversamente relacionada com os volumes pulmonares operacionais, ou seja, quanto maior a CI menor é hiperinflação pulmonar) foram significativamente (p <0,05) correlacionados com a CI de repouso (r = 0,78), VEF1 (r = 0,66), CVF (r = 0,56), MLG (r = 0,46) e com o índice de massa livre de gordura (IMLG) (r = 0,39). No entanto, na análise multivariada apenas o VEF1 e a CI em repouso permaneceram preditivos da CI de pico de exercício. A CI de pico foi um preditor significativo da capacidade aeróbia máxima. Conclusão: A MLG apresentou relação direta com as medidas de hiperinsuflação dinâmica durante o exercício. Contudo, a associação não se manteve quando foram feitos ajustes para indicadores de limitação do fluxo aéreo expiratório (VEF1) e hiperinflação pulmonar em repouso (CI de repouso). / Purposes: Investigate if the amount of fat free mass (FFM) has direct effects in dynamic hyperinflation during exercise in COPD patients. Methods: 38 patients with moderate to severe COPD performed treadmill incremental cardiopulmonary exercise test to the limit of tolerance with serial measurements of inspiratory capacity (IC). FFM was measured by whole-body bioelectrical impedance. Results: Patients were 66.5±7.3 years-old with mean FEV1 of 0.98±0.05L (42±15% of predicted). Peak exercise values of IC (a variable inversely related with operational lung volumes, i.e. the greater IC lower is pulmonary hyperinflation) was significantly (p<0.05) correlated with IC at rest (r=0.78), FEV1 (r=0.66), FVC (r=0.56), FFM (r=0.46) and FFM index (r=0.39). However, in multivariable analyzes only FEV1 and IC at rest remained predictive of peak IC. Peak IC was a significant predictor of peak aerobic capacity. Conclusion: FFM was directly related with measurements of dynamic hyperinflation. Nonetheless, this association disappeared when adjustments were made for indicators of expiratory airflow limitation (FEV1) and lung hyperinflation at rest (rest IC).
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Efeitos da obesidade e do sobrepeso sobre parâmetros cardiovasculares e respiratórios em gatos /Champion, Tatiana. January 2011 (has links)
Orientador: Aparecido Antonio Camacho / Banca: Aulus Cavalieri Carciofi / Banca: Glaucia Bueno Pereira Neto / Banca: José Alberto Montoya Alonso / Banca: Julio Carlos Canola / Resumo: O estudo caracterizou a influência da obesidade e do sobrepeso sobre parâmetros cardiovasculares em gatos. Foram estudados 15 gatos obesos, sete com sobrepeso e sete com escore de condição corporal ideal. Não foram evidenciadas alterações laboratoriais compatíveis com estímulo do sistema renina angiotensina-aldosterona. Verificou-se a ocorrência pressão arterial sistólica acima de 150mmHg em 73,33% dos animais obesos, com nítido aumento (p < 0,0001) da PAS no grupo obeso, comparado aos grupos sobrepeso e com ECC ideal. O aumento da PAS foi acompanhado de disfunção diastólica, havendo correlação da PAS com a relação E/A do fluxo mitral (p = 0,0008, r = -0,40), além de maiores valores de espessura da parede livre e do septo interventricular na diástole (p<0,05). À avaliação radiográfica, não foram verificadas diferenças no VHS e distância precordial, apenas maiores valores da mensuração da gordura falciforme nos animais obesos. Com relação às anormalidades eletrocardiográficas, houve maior ocorrência de arritmias ventriculares complexas ao Holter de 24 horas dos gatos obesos (p<0,05). O ritmo predominante na eletrocardiografia computadorizada foi sinusal, enquanto no Holter de 24 horas, foi arritmia sinusal em todos os grupos. Não houve diferenças entre as frequências cardíacas entre os grupos, tampouco variação circadiana. Também não se observaram diferenças entre os períodos em bradicardia ou taquicardia e entre os índices de variabilidade da frequência cardíaca no domínio do tempo. Na avaliação respiratória, animais obesos anestesiados apresentaram menores volumes correntes e VCO2 (p<0,05) além da tendência à hipoxemia. Gatos em sobrepeso também apresentaram menores valores de PaO2, porém sem alterações na ventilometria ... (Resumo completo, clicar acesso eletrônico abaixo) / Abstract: This study aimed to characterize the influence of obesity and overweight on cardiovascular parameters in cats. Twenty nine cats were evaluated (15 obese, seven overweight and seven with ideal ECC). There were no differences on parameters that reflect increase of aldosterone-angiotensin renin activity in obese cats. Systolic blood pressure was higher than 150mmHg in 73.33% of obese animals with a marked increase in systolic blood pressure (p < 0,0001) in obese group, compared to overweight or cats with ideal ECC. The increase in systolic blood pressure was accompanied by diastolic dysfunction, evidenced by the correlation (p = 0.0008, r = -0.40) with the E/A ratio of mitral flow. Moreover, obese animals had higher values of free wall thickness and interventricular septum in diastole (p<0,05). At radiographic evaluation, there were no differences in VHS, precordial distance and chest depth, only higher values of falciform fat in the obese animals. Regarding electrocardiographic abnormalities, in 24-Holter of obese cats, it was found a higher occurrence of complexes ventricular arrhythmias. The predominant rhythm in computerized ECG was sinus rhythm, while in the 24-hour Holter was sinus arrhythmia in all groups. There was no difference between heart rate throughout the day, either between the groups. Also, there were no differences in the periods of bradycardia or tachycardia and in the indexes of heart rate variability in the time domain between groups. Regarding the respiratory evaluation, anesthetized obese cats showed lower tidal volumes and VCO2 (p<0,05) and obese and overweight cats showed a tendency to hypoxemia. Therefore, obesity can cause changes on cardiorespiratory parameters, proportionally to increase of body weight and body fat / Doutor
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Avaliação da capacidade de exercício em adolescentes e adultos com bronquiolite obliterante pós-infecciosaFröhlich, Luiz Felipe January 2012 (has links)
Introdução: A capacidade de exercício tem sido pouco estudadaem pacientes combronquiolite obliterante pós-infecciosa (BOPI). Além disso, há poucos estudos avaliando indivíduos após a infância. Objetivos: Avaliar a capacidade aeróbia máxima em pacientes adolescentes e adultos com diagnóstico prévio de BOPI e identificar os mecanismos de limitação ao exercício. Métodos: Estudo transversal com recuperação retrospectiva de testes espirométricos de 4-6 anos antes dos atuais. Foram estudados 16 pacientes com BOPI (10-23 anos), acompanhados em um ambulatório de atendimento terciário. Todos os indivíduos realizaram teste de função pulmonar em repouso e teste de exercício cardiopulmonar com pesquisa de broncoespasmo induzido pelo exercício (BIE). Um grupo composto de 10 indivíduos saudáveis, pareado por sexo, idade e altura, foi usado como controle. Resultados: Quando comparados ao grupo controle, os pacientes com BOPI apresentaram pior função pulmonar em repouso, com moderada a grave obstrução ao fluxo de ar e aprisionamento aéreo. Capacidade aeróbica de pico foi significativamente menor nos pacientes ( O2 pico: 87±22 vs 110±21% previsto; p=0,01), com uma maior proporção de pacientes com capacidade aeróbica abaixo do normal [ O2 pico<84% previsto: 7/16(44%) vs 1/10(10%); p= 0,09]. A capacidade aeróbica máxima (expressa tanto em valores absolutos como em % previsto) dos pacientes foi significativamente associada com idade (r=0,59, p=0,02), índice de massa corpórea (IMC) (r=0,55, p=0,03), capacidade difusiva pulmonar (DLCO% previsto) (r=0,66, p=0,01), capacidade inspiratória (CI) / capacidade pulmonar total (CPT) (r=0,52, p=0,04) e volume residual (RV) / CPT (r=-0,56, p=0,03). Nenhuma associação foi encontrada, no entanto, entre a O2 de pico e os valores finais de exercícios e variação da oximetria de pulso (SpO2), relação ventilação de pico/ventilação voluntária máxima( E/VVM) e outros valores da função pulmonar em repouso quando expresso em % do previsto. Por outro lado, o volume expiratório forçado no 1ºs (VEF1) foi moderadamente correlacionado com DLCO (r=0,59, p=0,03) e fortemente com CI/CPT (r=0,90, p=0,00) e VR/CPT (r=-0,89, p=0,00). Valores espirométricos atuais não foram diferentes dos de 4-6 anos atrás, quando expresso em % do previsto [VEF1: 60±30 vs 60±22; capacidade vital forçada (CVF): 73±22 vs 69±14], embora, quando expresso em litros, valores atuais foram maiores (VEF1: 1,94±0,93 vs 1,14±0,50; CVF: 2,79±0,89 vs 1,52±0,45, p<0,01). Conclusão: Pacientes adolescentes e adultos com BOPI apresentaram uma capacidade aeróbia de pico reduzida em comparação comcontroles saudáveis, sendo que aproximadamente metade dos pacientes tiveram redução da capacidade aeróbica quando expresso em porcentagem do previsto. A capacidade aeróbica de pico foi diretamente relacionada com a idade, a capacidade de difusão pulmonar e os parâmetros de hiperinflação pulmonar e aprisionamento aéreo. Quanto maior a limitação do fluxo de ar (menor VEF1) maior foi a hiperinsuflação e aprisionamento aéreo. / Introduction: Repercussion in exercise capacity has been poorly studied in patients with post-infectious bronchiolitis obliterans (PBO). Additionally, studies have mainly evaluated children and a follow-up in older subjects is lacking. Aims: Evaluate with maximal incremental cardiopulmonary exercise tests older adolescents and adults with previous diagnosis of PBO and indentify the mechanisms of exercise limitation. Methods: The study has a cross-sectional design with retrospective retrieval of the available spirometric data of 4-6 years ago. We studied 16 patients with POB (10 to 23 yrs old), followed up inan outpatient tertiary care clinic. All subjects underwent resting lung function testingand exercise testing. A control group, composedbysex, age and height, was usedcontaining 10subjects. Results: When compared PBO patients with control group, patients presented worse resting lung function, with moderate-to-severe air flow obstruction and air trapping. Peak exercise capacity was significantly lower in patients (peak O2: 87±22 vs 110±21% pred; P=0.01) with a greater proportion than in patients presenting reduced aerobic capacity [peak O2<84% pred: 7/16(44%) vs 1/10(10%); p= 0.09]. In correlations analyses, peak aerobic capacity (expressed both as absolute values and %pred) was significantly correlated with age in patients (r= 0.59, p= 0.02), body mass index (BMI) (r= 0.55, p= 0.03), lung diffusion capacity (DLCO% pred) (r= 0.66, p= 0.01), rest inspiratory capacity(IC)/total lung capacity(TLC) (r= 0.52, p=0.04) and residual volume (RV)/TLC (r= -0.56, p= 0.03). No association was found, however, between peak O2 and final exercise values and change from rest of SpO2 (p=0.79 and 0.76, respectively) peak ventilation/maximal ventilatory ventilation ratio ( E/MVV) (p=0.82) and other resting lung function values [forced expiratory volume in 1s (FEV1), forced vital capacity (FVC), FEV1/FVC, IC, TLC and RV) when expressed as %pred. On the other hand, FEV1 were moderately correlated with DLCO (r= 0.59, p= 0.03), and strongly with IC/TLC (r= 0.90, p= 0.00) and RV/TLC (r= -0.89, p= 0.00). Current spirometric values were not different from those of 4-6 years ago when expressed as % of pred (FEV1: 60±30 vs 60±22; FVC: 73±22 vs 69±14), although when expressed in liters, current values are greater (FEV1: 1.94±0.93 vs 1.14±0.50; FVC: 2.79±0.89 vs 1.52±0.45; p= 0.00 and 0.00, respectively). Conclusion: We have shown in a sample of adolescent and adult patients with PBO that peak aerobic capacity is reduced compared to healthy controls and almost half of the patients had reduced aerobic capacity when expressed as percent of predict. Peak aerobic capacity was directly correlated with age, lung diffusion capacity and parameters of rest hyperinflation and air trapping. The greater the air flow limitation (lower FEV1), the greater the hyperinflation and air trapping were.
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Relação entre a massa livre de gordura e a hiperinsuflação pulmonar dinâmica durante o exercício em portadores de doença pulmonar obstrutiva crônicaSilva, Leonardo Silveira da January 2013 (has links)
Introdução: A característica clínica principal da DPOC é a intolerância ao exercício físico. O mecanismo dessa limitação é complexo e multifatorial. Os principais mecanismos considerados responsáveis são a hiperinsuflação pulmonar dinâmica (HD) e disfunção muscular periférica. A hipótese principal do presente estudo é que a diminuição da massa livre de gordura (MLG) nesses pacientes, além de diretamente contribuir para redução da capacidade aeróbia, poderia contribuir indiretamente causando acentuação da HD durante o exercício. Objetivo: Investigar se a quantidade de MLG tem efeitos diretos na hiperinsuflação pulmonar dinâmica, durante o exercício em pacientes com DPOC. Métodos: 38 pacientes em estádio moderado a grave realizaram teste de exercício cardiopulmonar incremental até o limite da tolerância com medidas seriadas de capacidade inspiratória (CI). A MLG foi medida pelo teste de bioimpedância elétrica de corpo inteiro. Foram coletados também dados de função pulmonar (espirometria). Resultados: A média de idade dos pacientes foi de 66,5 ± 7,3 anos de idade, com média de VEF1 de 0,98 ± 0.05L (42 ± 15% do previsto). Valores de CI no pico do exercício (uma variável inversamente relacionada com os volumes pulmonares operacionais, ou seja, quanto maior a CI menor é hiperinflação pulmonar) foram significativamente (p <0,05) correlacionados com a CI de repouso (r = 0,78), VEF1 (r = 0,66), CVF (r = 0,56), MLG (r = 0,46) e com o índice de massa livre de gordura (IMLG) (r = 0,39). No entanto, na análise multivariada apenas o VEF1 e a CI em repouso permaneceram preditivos da CI de pico de exercício. A CI de pico foi um preditor significativo da capacidade aeróbia máxima. Conclusão: A MLG apresentou relação direta com as medidas de hiperinsuflação dinâmica durante o exercício. Contudo, a associação não se manteve quando foram feitos ajustes para indicadores de limitação do fluxo aéreo expiratório (VEF1) e hiperinflação pulmonar em repouso (CI de repouso). / Purposes: Investigate if the amount of fat free mass (FFM) has direct effects in dynamic hyperinflation during exercise in COPD patients. Methods: 38 patients with moderate to severe COPD performed treadmill incremental cardiopulmonary exercise test to the limit of tolerance with serial measurements of inspiratory capacity (IC). FFM was measured by whole-body bioelectrical impedance. Results: Patients were 66.5±7.3 years-old with mean FEV1 of 0.98±0.05L (42±15% of predicted). Peak exercise values of IC (a variable inversely related with operational lung volumes, i.e. the greater IC lower is pulmonary hyperinflation) was significantly (p<0.05) correlated with IC at rest (r=0.78), FEV1 (r=0.66), FVC (r=0.56), FFM (r=0.46) and FFM index (r=0.39). However, in multivariable analyzes only FEV1 and IC at rest remained predictive of peak IC. Peak IC was a significant predictor of peak aerobic capacity. Conclusion: FFM was directly related with measurements of dynamic hyperinflation. Nonetheless, this association disappeared when adjustments were made for indicators of expiratory airflow limitation (FEV1) and lung hyperinflation at rest (rest IC).
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Associação da função respiratória com a capacidade de exercício e qualidade de vida em pacientes com carcinomatose peritonealLima, Camila de Oliveira de Carvalho January 2015 (has links)
A carcinomatose peritoneal (CP), secundária ao avanço neoplásico maligno na cavidade abdominal, causa grande morbidade e tem como recomendação terapêutica atual um tratamento multimodal, que consiste na combinação de cirurgia citorredutora (CCR) agressiva e quimioterapia hipertérmica intraperitoneal (HIPEC). O objetivo do presente estudo é caracterizar a função respiratória desse grupo de pacientes, potencialmente candidatos à abordagem de tratamento multimodal e a relação da função respiratória com a capacidade de exercício e qualidade de vida relacionada à saúde (QVRS). Nesse estudo transversal, 25 pacientes com CP candidatos à abordagem de tratamento multimodal, foram avaliados em um centro terciário de saúde, entre maio de 2013 e abril de 2014. Foram avaliados o performance status (PS), espirometria, pressões respiratórias máximas, capacidade de exercício pelo teste de caminhada de seis minutos (TC6m) e um questionário de QVRS (QQVRS) específico para portadores de câncer. Os valores médios da avaliação de força muscular respiratória e da espirometria estavam dentro dos limites de normalidade. Todavia, foram encontrados valores reduzidos na pressão inspiratória máxima (PImax), na pressão expiratória máxima (PEmax) e na distância percorrida no TC6m em 6/25 (24%), 4/25 (16%), e 9/20 (45%), respectivamente. A PImax se associou com o PS, enquanto que a PEmax se associou com a capacidade de exercício, escala funcional do QQVRS e PS. Em conclusão, uma significativa proporção de pacientes apresentava fraqueza muscular respiratória e redução da capacidade de exercício. A força muscular respiratória mostrou associação significativa com PS, enquanto que a PEmax se relacionou com a capacidade de exercício e escala funcional do questionário de QVRS. / Peritoneal carcinomatosis (PC), secondary to advanced abdominal malignancies, causes great morbidity and is currently treated using multimodal approaches combining aggressive cytoreductive surgery (CRS) and intraperitoneal hyperthermic chemotherapy (HIPEC). The aim of the present study is to characterize the respiratory functional status of patients with PC potentially candidates to multimodal treatment approaches and the relationship of respiratory function with exercise capacity and health related quality of life (HRQL). In a cross-sectional study, 25 patients with PC referred for CRS plus HIPEC treatment approach at a tertiary care center between May 2013 and April 2014 were evaluated. Performance status, spirometry, maximal respiratory pressure measures,6-minute walk test (6MWT) and cancer specific HRQL questionnaire were assessed. Mean values of spirometry and respiratory muscle strength were above normal limits. However, reduced maximal inspiratory pressure (MIP), maximal expiratory pressure (MEP) and 6MWT distance was found in 6/25 (24%), 4/25 (16%), and 9/20 (45%), respectively. MIP was associated with performance status while MEP was associated with exercise capacity, functional scale of HRQL questionnaire and performance status. A significant proportion of patients presented respiratory muscle weakness and impaired exercise capacity. MEP and MIP were related with performance status while MEP was additionally associated with exercise capacity and functional scale of HRQL.
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Associação da função respiratória com a capacidade de exercício e qualidade de vida em pacientes com carcinomatose peritonealLima, Camila de Oliveira de Carvalho January 2015 (has links)
A carcinomatose peritoneal (CP), secundária ao avanço neoplásico maligno na cavidade abdominal, causa grande morbidade e tem como recomendação terapêutica atual um tratamento multimodal, que consiste na combinação de cirurgia citorredutora (CCR) agressiva e quimioterapia hipertérmica intraperitoneal (HIPEC). O objetivo do presente estudo é caracterizar a função respiratória desse grupo de pacientes, potencialmente candidatos à abordagem de tratamento multimodal e a relação da função respiratória com a capacidade de exercício e qualidade de vida relacionada à saúde (QVRS). Nesse estudo transversal, 25 pacientes com CP candidatos à abordagem de tratamento multimodal, foram avaliados em um centro terciário de saúde, entre maio de 2013 e abril de 2014. Foram avaliados o performance status (PS), espirometria, pressões respiratórias máximas, capacidade de exercício pelo teste de caminhada de seis minutos (TC6m) e um questionário de QVRS (QQVRS) específico para portadores de câncer. Os valores médios da avaliação de força muscular respiratória e da espirometria estavam dentro dos limites de normalidade. Todavia, foram encontrados valores reduzidos na pressão inspiratória máxima (PImax), na pressão expiratória máxima (PEmax) e na distância percorrida no TC6m em 6/25 (24%), 4/25 (16%), e 9/20 (45%), respectivamente. A PImax se associou com o PS, enquanto que a PEmax se associou com a capacidade de exercício, escala funcional do QQVRS e PS. Em conclusão, uma significativa proporção de pacientes apresentava fraqueza muscular respiratória e redução da capacidade de exercício. A força muscular respiratória mostrou associação significativa com PS, enquanto que a PEmax se relacionou com a capacidade de exercício e escala funcional do questionário de QVRS. / Peritoneal carcinomatosis (PC), secondary to advanced abdominal malignancies, causes great morbidity and is currently treated using multimodal approaches combining aggressive cytoreductive surgery (CRS) and intraperitoneal hyperthermic chemotherapy (HIPEC). The aim of the present study is to characterize the respiratory functional status of patients with PC potentially candidates to multimodal treatment approaches and the relationship of respiratory function with exercise capacity and health related quality of life (HRQL). In a cross-sectional study, 25 patients with PC referred for CRS plus HIPEC treatment approach at a tertiary care center between May 2013 and April 2014 were evaluated. Performance status, spirometry, maximal respiratory pressure measures,6-minute walk test (6MWT) and cancer specific HRQL questionnaire were assessed. Mean values of spirometry and respiratory muscle strength were above normal limits. However, reduced maximal inspiratory pressure (MIP), maximal expiratory pressure (MEP) and 6MWT distance was found in 6/25 (24%), 4/25 (16%), and 9/20 (45%), respectively. MIP was associated with performance status while MEP was associated with exercise capacity, functional scale of HRQL questionnaire and performance status. A significant proportion of patients presented respiratory muscle weakness and impaired exercise capacity. MEP and MIP were related with performance status while MEP was additionally associated with exercise capacity and functional scale of HRQL.
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Doença obstrutiva grave = similaridades e diferenças em pacientes portadores de doença pulmonar obstrutiva cronica (DPOC) e/ou bronquiectasias / Severe obstructive disease : similarities and differences between patients with chronic obstructive pulmonary disease (COPD) and/or bronchiectasisGonçalves, Junia Rezende 15 August 2018 (has links)
Orientador: Ilma Aparecida Paschoal / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciencias Medicas / Made available in DSpace on 2018-08-15T04:05:54Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2010 / Resumo: Pacientes com defeito obstrutivo podem responder aos broncodilatadores (BD) na espirometria com aumento do volume expiratório forçado no 1° segundo (VEFi) e/ou da capacidade vital forçada (CVF), sendo chamados respondedores de fluxo e/ou de volume, respectivamente. No entanto, ainda acontece debate considerável na definição de resposta ao BD, com a existência de critérios distintos propostos pelas sociedades de pneumologia. Estudos prévios demonstraram que a doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) grave caracteriza-se por uma maior resposta de volume (RV) e menor resposta de fluxo (RF). Os objetivos principais deste trabalho foram descrever e comparar pacientes portadores de doença obstrutiva grave, com ou sem história prévia de tabagismo (> 10 anos/maço), por meio da análise de seus parâmetros funcionais, de repercussão sistêmica, e estruturais; testar se os respondedores de volume são pacientes mais graves que os respondedores de fluxo e os não respondedores, de acordo com as definições da SBPT (Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia), da ATS/ERS (American Thoracic Society/European Respiratory Society), e de Paré et al. (AVEF1/ACVF > 1 = RF ou < 1 = RV). Sessenta e oito pacientes (idade 55,9 ± 13,7 anos; VEF1 31,9 ± 10,2 % do previsto) realizaram espirometria pré e pós-BD, manovacuometria, bioimpedância, teste de caminhada dos 6 minutos (TC6), radiograma e tomografia de alta resolução do tórax (TCAR), e responderam a um questionário clínico. Dos 68 incluídos, 37 tinham o diagnóstico clínico de DPOC e 31, de bronquiectasias extensas. Comparando os 33 fumantes aos 35 não fumantes, não houve diferença estatisticamente significativa nas variáveis clínicas, funcionais e de repercussão sistêmica, exceto pela capacidade vital, significativamente menor nos não fumantes (p = 0,000). No radiograma, o diafragma rebaixado na incidência em perfil foi mais frequentemente encontrado nos fumantes (p = 0,0470). Na TCAR, bronquiectasias foram encontradas em 48,5% dos fumantes. Os sinais de bronquiolite foram significativamente mais pronunciados nos não fumantes (p = 0,0004), visualizados em 94,3% da amostra. Contudo, eles foram expressivos também nos fumantes, encontrados nas tomografias de 57,6% deles. Encontramos 16, 20 e 29 pacientes com RV de acordo com a SBPT, ATS/ERS e Paré et al., respectivamente. Segundo os critérios de Paré et al., houve 18 pacientes com VEF1 < 30% do previsto entre 29 com RV, e 12 com VEF1 < 30% do previsto entre 39 sem RV (p = 0,0101). Os 32 pacientes com distância caminhada > 350 metros no TC6 apresentaram a mediana da relação massa magra/massa gorda significativamente maior que os 18 com distância caminhada < 350 metros (p = 0,0076). A abordagem conjunta de doenças de via aérea de várias etiologias mostrou-se corroborada por vários dos achados deste estudo. Os critérios de Paré et al. detectaram mais RV entre os pacientes com doença brônquica grave do que os critérios tradicionais. A RV associou-se à maior gravidade da obstrução brônquica quando os critérios de Paré et al. foram empregados. O aumento proporcional da massa gorda, e não somente a perda de massa magra, pode ser um precursor do desenvolvimento de limitação funcional / Abstract: Patients with obstructive disease in spirometry can respond to inhaled bronchodilators (BD) with an increase in forced expiratory volume in the first second (FEVi) and/or in forced vital capacity (FVC) what makes them flow and/or volume responders. However, there is still considerable discordance in the definition of bronchodilator response, with the existence of distinct criteria proposed by the societies of Pulmonology. Previous studies have demonstrated that a large volume response (VR) is accompanied by a small flow response (FR) in patients with severe chronic obstructive pulmonary disease (COPD). The main purposes of this study were to describe and compare patients with severe obstructive disease, with or without previous history of smoking (> 10 pack/years), by means of the evaluation of their functional, systemic and structural features; to test the hypothesis that patients with volume response are more severe than that with flow response or without response, according to the criteria of SBPT (Brazilian Society of Pulmonology and Phthisiology), ATS/ERS (American Thoracic Society/European Respiratory Society) and Paré et al. (AFEV1/AFVC > 1 = FR or < 1 = VR). Sixty-eight patients with stable bronchial disease (age 55.9 ± 13.7 years; FEV1 31.9% ± 10.2 predicted) underwent spirometry before and after BD, manovacuometry, evaluation of body mass composition, six-minute-walk test (6MWT), radiological and thorax high-resolution CT scanning (HRCT), and answered to a clinical questionnaire. Of 68 enrolled patients, 37 had chronic obstructive pulmonary disease (COPD) and 31, extensive bronchiectasis. Comparing 33 smokers to 35 not smokers, there weren't statistically significant differences in clinical, functional and systemic features, except for vital capacity, significantly smaller in non smokers (p = 0.000). A flattened diaphragm in lateral chest radiograms was more frequently found in smokers (p = 0.0470). Eighteen of 37 patients with COPD (48.6%) had bronchiectasis on HRCT. CT signs of bronchiolar disease were more frequently found in not smokers (p = 0.0004), and they were detected in 94.3% of them. However, they were also important in smokers and were found on HRCT of 57.6% of them. There were 16, 20 and 29 patients with VR according to SBPT, ATS/ERS, and Pare et al., respectively. We found 18 patients with FEV1 < 30% predicted among 29 with volume response, and 12 patients with FEV1 < 30% predicted among 39 without volume response (p = 0.0101), considering Pare et al. criteria. The 32 patients with walk distance > 350 meters in 6MWT had median of lean-to-fat body mass ratio significantly higher than the 18 with walk distance < 350 meters (p = 0.0076). The analysis of airway diseases of several etiologies as a whole was supported by many findings of this study. Pare et al. criteria can detect more VR among patients with severe bronchial disease. According to these criteria, a greater degree of airflow obstruction was associated with volume response. The proportional increase of fat mass, and not simply the loss of lean mass, is an important precursor for the development of functional limitation / Mestrado / Clinica Medica / Mestre em Clinica Medica
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Avaliação da função pulmonar, sono, exercício e qualidade de vida em pacientes com linfangioleiomiomatose pulmonar / Lung function, sleep, six-minute walk test and quality of life (SF-36) evaluation in pulmonary lymphangioleiomyomatosisPedro Medeiros Junior 10 September 2008 (has links)
A linfangioleiomiomatose pulmonar é uma enfermidade cística progressiva que afeta mulheres jovens e cuja sobrevida média estimada em algumas casuísticas é de cerca de dez anos após o diagnóstico. A deterioração da função pulmonar é uma de suas principais características e resulta em dispnéia progressiva e hipoxemia grave nos casos avançados. O esforço físico é um desencadeador de dessaturação e correlaciona-se com a progressão funcional da doença. Assim como o esforço, o sono é um importante momento fisiológico durante o qual o sistema cardiorrespiratório dessas pacientes pode ser estressado. A partir da ocorrência de hipoxemia durante o sono ao longo dos anos pode surgir elevação progressiva da pressão na circulação pulmonar, resultando em cor pulmonale. Com o intuito de estudar o comportamento da saturação de oxigênio durante o sono e sua correlação com variáveis funcionais respiratórias estáticas e dinâmicas e de qualidade de vida, foram avaliadas consecutivamente 21 pacientes com diagnóstico de linfangioleiomiomatose pulmonar (LAM) atendidas no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo no período de março de 2005 a dezembro de 2007. Todas as pacientes realizaram polissonografia completa (PSG), prova de função pulmonar (PFP), teste de caminhada de 6 minutos (TC6M) e responderam aos questionários de Berlim, Epworth e SF-36, após assinatura de termo de consentimento livre e esclarecido. Verificou-se que a idade média das pacientes foi de 38 8 anos ao início dos sintomas, 41 10 ao diagnóstico e 45 11 anos à realização dos testes. O sintoma clínico mais freqüente foi dispnéia aos esforços, presente em 20 das 21 pacientes. Funcionalmente as pacientes apresentavam um padrão obstrutivo leve (%VEF1 72% e VEF1/CVF 0,68) com redução moderada da DLCO (48% predito). Das 21 pacientes, 14 apresentaram queda da saturação de hemoglobina abaixo de 90% durante a PSG. O tempo médio de queda da saturação foi de 2 horas e 25 minutos, com os principais períodos de dessaturação ocorrendo durante o sono REM e de ondas lentas. Estes caracterizaram-se por períodos de hipoventilação, sem aumento do índice de apnéia-hipopnéia (mediana IAH = 1,7). As principais variáveis que se correlacionaram através do teste de Pearson com a dessaturação abaixo de 90% durante o sono foram o delta de dessaturação durante o TC6M (r = 0,57), o %VEF1 (r = -0,80), %CVF (r = -0,80) e %DLCO (r = - 0,64) em relação ao predito, todas com p < 0,01. A partir da estratificação pela ocorrência de SpO2 < 90% durante a PSG e análise pelo teste de Wilcoxon, evidenciou-se que além das variáveis acima a relação VR/CPT mostrou-se significativamente diferente do ponto de vista estatístico (p = 0,04) nos grupos com e sem hipoxemia noturna. Em relação à qualidade de vida observou-se redução em todos os domínios particularmente quanto aos aspectos emocionais nas pacientes com hipoxemia noturna. O ecocardiograma evidenciou ocorrência de hipertensão pulmonar em cinco pacientes. Verificou-se com esse estudo pela primeira vez a ocorrência de hipoxemia durante o sono em pacientes com LAM. A hipoxemia noturna, apesar de não rotineiramente avaliada nessa população de pacientes, correlacionou-se com aspectos corriqueiramente avaliados no seguimento ambulatorial dessas pacientes como parâmetros da PFP e do TC6M, além de indicar uma tendência a prejuízo da qualidade de vida avaliada pelo SF-36. / Pulmonary lymphangioleiomyomatosis (LAM) is a progressive cistic lung disease of unknown etiology and no established medical treatment. It basically occurs in child bearing age women and its mean survival is about 10 years in some case series. LAM is caractherized by pulmonary function deterioration: obstructive pattern on espirometry and progressive impairment on DLCO capacity which results in rest dyspnea and hypoxemia in advanced cases. Exercise is an important factor that causes hypoxemia in this set of patients and correlates with progressive functional impaiment. Sleep is also another important physiologic moment when cardiorespiratory system may be stressed in these patients, leading to chronic hypoxemia though the years. This phenomenum may be responsible by cor pulmonale observed in advanced stages of LAM. In order to study hemoglobin saturation by oxygen during sleep and its correlation with lung function test (LFT), six minute walk test (6MWT), ecocardiography and SF-36 quality of life variables, 21 consecutive patients with LAM from Hospital das Clínicas University of São Paulo Medical School were evaluated from march 2005 to december 2007. All patients performed full polysomnography (PSG), lung function test, 6MWT and answered Berlim, Epworth and SF-36 quality of life questionnaire. Mean age at beginning of symptoms was 38 8 years, 41 10 years at diagnosis and 45 11 years by the time of the protocol. Dyspnea during routine daily activities was the most frequent symptom (20 / 21). LFT yielded mild obstruction (% FEV1 = 72%; FEV1/FVC = 0,68) and moderate impairment in DLCO (48%). Fourteen patients presented desaturation with SpO2 lower than 90% on PSG. Mean time with SpO2 lower than 90% was 2 hours and 25 minutes (mainly during REM and S3 and S4). Median apnea-hipopnea index (AHI) was 1,7 (normal). Pearson and Spearman correlations yielded that the main variables related to desaturation below 90% on PSG with p < 0.01 were: Desaturation on TC6M rs = 0,57 Spearman %FEV1 r = -0,80 Pearson %FVC r = -0,80 Pearson %DLCO rs = -0,64 Spearman After that, functional variables were stratified by SpO2 < 90% during PSG. Wilcoxon test showed that besides all 4 previous variables RV/TLC (p=0.04) was also statistically different between patients who did and did not desaturate. SF-36 yielded impairments in all domains, particularly in emotional aspects among patients who desaturated on PSG. Heart ecocardiography detected pulmonary hypertension in 5 patients. Our study found out for the first time that patients with LAM desaturate during sleep. Although pulmonary function variables are related to sleep desaturation, desaturation occured even in patients with mild or no impairments in lung function. 6MWT desaturation ,but not distance walked, correlated to sleep desaturation. SF-36 analysis yielded impairments in all domains of quality of life, particularly in emotional aspects in patients who desaturated.
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