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Análise do padrão de resposta Th17 e de células T regulatórias em pacientes com a forma digestiva da doença de Chagas crônica /Teodoro, Mariana Miziara de Abreu. January 2016 (has links)
Orientador: Sueli Aparecida Calvi / Resumo: A Doença de Chagas (DC), cujo agente etiológico é o protozoário Trypanosoma cruzi (T. cruzi), tornou-se nos últimos anos um grave problema de saúde pública, mesmo em países não-endêmicos. Um importante desafio para os pesquisadores da doença de Chagas é estabelecer os eventos que levam alguns pacientes a desenvolver a doença crônica assintomática, ou forma indeterminada, enquanto outros evoluem para uma doença severa, com lesões em tecidos cardíacos ou gastrointestinais. Alguns estudos têm sugerido que a ausência de sintomas clínicos em indivíduos com a forma crônica indeterminada está associada a um controle eficaz da resposta imune efetora contra o parasita, que evita uma resposta inflamatória excessiva, o que resultaria em lesão tecidual. Não existem estudos com o objetivo de confirmar este mecanismo em pacientes com a forma digestiva da DC, especialmente em relação ao controle modulador de mecanismos efetores envolvendo células Th17, por células Treg. No presente estudo, nós avaliamos em pacientes com a forma digestiva da DC e em pacientes com a forma indeterminada ou assintomática a taxa de ativação Th17/Treg, através da avaliação da freqüência de células Th17 e Treg por citometria de fluxo; da expressão do mRNA para Rorγt e Foxp3, fatores de transcrição envolvidos na diferenciação dessas células, respectivamente; bem como os níveis de IL-17a e IL-10 em sobrenadantes de cultura de células mononucleares de sangue periférico (PBMC's). Foi demonstrado no presente estudo, q... (Resumo completo, clicar acesso eletrônico abaixo) / Abstract: Chagas disease (CD) whose etiological agent is the protozoan Trypanosoma cruzi (T. cruzi) in recent years became a serious problem of public health even in nonendemic countries. One important challenge for the researchers of Chagas disease is to establish the events that lead some patients to develop asymptomatic or indeterminate chronic disease, while others undergo severe disease with lesions in cardiac or gastrointestinal tissues. Some studies have suggested that absence of clinical symptoms in individuals with the indeterminate chronic form is associated to a fine control of effector immune responses against the parasite that avoid a perpetuated inflammatory process which results in tissue injury. There are no studies aiming to confirm this mechanism in patients with digestive form of the disease, particularly in relation to the modulatory control by Treg cells of effector mechanisms involving Th17. Here, we studied in patients with the digestive form of CD and in those with the indeterminate or asymptomatic form of the disease, the ratio Th17/Treg activation by evaluating the frequency of Th17 and Tregs cells by flow cytometry, mRNA expression for Rorγt and Foxp3, the transcription factors involved in the differentiation of these cells respectively as well as the levels of IL-17a and IL-10 in peripheral blood mononuclear cells culture supernatants. We showed that in patients with digestive form of the disease there is an imbalance in the ratio Th17/Treg cells activation ... (Complete abstract click electronic access below) / Mestre
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Perfil de citocinas do padrão Th1, Th2, Th17 e o estado redox de indivíduos com leishmaniose visceral pré e pós tratamentoCarvalho, Francilene Capel Tavares de. January 2016 (has links)
Orientador: Sueli Aparecida Calvi / Coorientador: Lucilene Delazari dos Santos / Resumo: A leishmaniose visceral (LV) é causada pelos protozoários intracelulares obrigatórios pertencentes ao complexo Leishamania donovani (L.donovani). O sucesso na cura da LV depende principalmente do estado imunitário do hospedeiro em combinação com os efeitos das drogas leishmanicidas. Nesse sentido, a resistência do hospedeiro a leishmaniose está associada à produção de citocinas envolvidas na indução e efetuação de uma resposta do tipo Th1, como IL-12, IFN-γ e TNF-α. Essa resposta culmina na ativação de macrófagos com conseqüente aumento na produção de metabólitos do estresse oxidativo com atividade leishmanicida. Por outro lado, a suscetibilidade à infecção e a progressão da doença estão relacionadas com o direcionamento de uma resposta do tipo Th2, com produção de IL-4 e de outras citocinas como a IL-10, que desativam macrófagos. A subpopulação de células Th17 vem ganhando importância na resposta contra a Leishmania, entretanto não se sabe até o momento se está envolvida na resistência ou suscetibilidade à infecção. Apesar desses resultados, são raros os trabalhos que tenham objetivado avaliar de forma sistemática, os perfis de resposta de células CD4+ em pacientes com LV, antes e após o tratamento. Desta forma, um dos objetivos do presente estudo foi quantificar as citocinas do perfil Th1, Th2 e Th17 nestas duas fases da evolução da doença. Outro objetivo foi avaliar o estado redox desses pacientes, uma vez que ao tentar eliminar o parasita através do processo de ativação d... (Resumo completo, clicar acesso eletrônico abaixo) / Abstract: Visceral leishmaniasis (VL) is caused by obligatory intracellular protozoa belonging to Leishmania donovani (L. donovani) complex. The success in LV cure depends mainly on the immune status of the host in combination with the effects of antileishmanial drugs. Accordingly, leishmaniasis host resistance is associated with production of cytokines involved in Th1 response induction and its effector functions, such as IL-12, IFN-γ and TNF-α. This response culminates in macrophages activation, that begin to release higher levels of oxigen and nitrogen reactive species that have potent leishmanicidal activities. In contrast, susceptibility to infection and disease progression are linked to a predominat Th2 response that produces IL-4 and other cytokines such as IL-10 that deactivate macrophages. The importance of Th17 subset in host response to leishmania has also been studied, however it is not established yet if it is involved in resistance or susceptibility to infection. Despite these findings, few studies have aimed to evaluate the predominant profiles of CD4 + cells that are activated in patients with LV before and after treatment. Thus, one of the objectives of the present study was to quantify the cytokines tipical of Th1, Th2 and Th17 profiles in these two stages of disease progression. In addittion, we aimed to evaluate the redox status of these patients, since by trying to eliminate the parasite through the macrophage activation process, they can release excessive am... (Complete abstract click electronic access below) / Mestre
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Estudo da resposta imune humoral em mulheres com neoplasia ovariana. -Freitas, Gustavo Ferreira [UNESP] 26 February 2010 (has links) (PDF)
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freitas_gf_me_botfm.pdf: 572966 bytes, checksum: 78f32ce23035c30197d379a64992ac2f (MD5) / O câncer epitelial do ovário representa um desafio à Oncologia Ginecológica devido ao seu caráter insidioso e alta letalidade. Evidências apontam para o conceito de que o sistema imunológico interage com o tumor em desenvolvimento e pode ser responsável pelo controle do crescimento e regressão tumoral. A resposta imune adaptativa no ambiente tumoral, inclui a imunidade humoral composta de anticorpos produzidos pelas células B e da imunidade celular composta de células T CD4+ e células T CD8+. Este estudo visa avaliar a resposta imune adaptativa sérica em mulheres com neoplasia ovariana. Foram analisadas amostras de sangue periférico obtidas de mulheres hígidas (n=10 – grupo controle), com tumor benigno de ovário (n=9) e com câncer de ovário (n=17). As amostras foram avaliadas pela técnica de citometria de fluxo, onde utilizou-se 5 parâmetros: tamanho celular , complexidade interna e três fluorescências: FITC, PE e TC. O painel de anticorpos monoclonais incluiu os marcadores: CD4, CD8, HLA-DR, CD54, CD62L, CD18, CCR2, CXCR4, CCR5, CCR3, CXCR3, CD25, CD5, CD69, CD19, CD23, e controle isotípico. As diferenças entre os grupos foram avaliadas pelo teste de Mann-Whitney ou Kruskal-Walis conforme indicados. As diferenças com valor de p<0,05 foram consideradas significativas. Houve uma diminuição estatisticamente significativa (p<0,05) da porcentagem de células T do grupo de mulheres com câncer de ovário quando comparado ao grupo controle. A análise dos resultados mostrou que o percentual de linfócitos T CD4+ apresentou diferenças significativas entre os grupos (p=0,0399). Entretanto a população de linfócitos T CD8+ não apresentou diferenças significativas (p=0,2939). A análise de percentual de linfócitos B (CD19+) identificou diferença significativa na comparação entre os três grupos avaliados (p=0,0463). Foi observado uma diminuição do percentual... / Introduction: The epithelial ovarian cancer represents a challenge to Gynecologic Oncology due to its insidious nature and high fatality. Evidences show that the immune system interacts with the tumor development and may be responsible for growth control and tumor regression. The adaptive immune response in the tumor environment, includes antibodies produced by B cells and cellular immunity consisting of CD4 + and CD8 + T cells. This study aims to evaluate the adaptive immune response in peripheral blood of women with ovarian cancer. Methods:. We analyzed peripheral blood samples obtained from healthy women (n = 10 - control group) with benign ovarian tumor (n = 9) and ovarian cancer (n = 17). The samples were evaluated by the technique of flow cytometry, where we used 5 parameters: cell size, internal complexity and three fluorescence: FITC, PE and TC. The panel of monoclonal antibodies included markers: CD4, CD8, HLA-DR, CD54, CD62L, CD18, CCR2, CXCR4, CCR5, CCR3, CXCR3, CD25, CD5, CD69, CD19, CD23, and isotype control. Differences between groups were evaluated by the Mann-Whitney or Kruskal- Wallis tests. Differences with p <0.05 were considered significant.Results: There was a significant decrease (p <0.05) of the percentage of T cells in the group of women with ovarian cancer when compared to the control group. The results showed that the percentage of CD4 + T cells showed significant differences between the groups (p = 0.0399). However the population of CD8+ T cells did not show significant differences (p = 0.2939). The analysis of the percentage of B lymphocytes (CD19+) identified a significant difference between the three study groups (p = 0.0463). We observed a decrease in the percentage of B cells of groups of women with benign tumor and ovarian cancer in the control group. Among the adhesion molecules tested... (Complete abstract click electronic access below)
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Resposta imune à infecção por Mycobacterium bovis em linhagens de camundongos geneticamente selecionados (Seleção IV-A)Cavalheiro, Juliana Semim [UNESP] January 2003 (has links) (PDF)
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cavalheiro_js_me_botfmvz.pdf: 256330 bytes, checksum: f23556a464c6107559d352bd6a674722 (MD5) / Universidade Estadual Paulista (UNESP) / A tuberculose bovina é uma doença transmissível de natureza granulomatosa crônica e caráter progressivo, apresentando tubérculos característicos, tendo como agente etiológico o Mycobacterium bovis - um patógeno intracelular. A imunidade celular é o mecanismo mais efetivo para o controle da infecção por Mycobacterium spp. Esta resposta resulta no acúmulo de fagócitos e na formação de lesão macroscópica (tubérculo ou granuloma tuberculoso), na tentativa de impedir a proliferação e disseminação bacteriana. Neste trabalho foram utilizados modelos experimentais murinos, obtidos por seleção genética bidirecional de camundongos bons (High=H) e maus (Low=L) produtores de anticorpos (Seleção IVA) contra antígenos naturais complexos. Trabalhos anteriores demonstraram alterações funcionais de células imunocompetentes, particularmente de macrófagos, sugerindo que os animais HIV-A seriam mais susceptíveis à infecção causada por patógenos intracelulares, enquanto que ocorreria maior susceptibilidade dos LIV-A à infecção por patógenos extracelulares, quando a imunidade humoral seria o mecanismo mais importante... . / The bovine tuberculosis is a transmissible disease, showing a chronic and progressive character, with typic tubercles. Its etiological agent, Mycobacterium bovis, is an intracellular pathogen. Cell-mediated immunity is the most effective mechanism for this infection control, with phagocytes accumulum and formation of a macroscopic lesion, aiming to avoid the bacteria proliferation and dissemination. In this work, a murine experimental model was used, with mice genetically selected for high (H) and low (L) antibody production (Selection IV-A). Previous works related functional alterations in immunecompetent cells, manily macrophages, suggesting that HIV-A mice were more susceptible to intracellular pathogens, whereas LIV-A were more susceptible to extracellular ones, when humoral-mediated immunity would be the most important mechanism. The goal of this work was to evaluate the macrophagic activity and to characterize the immune response of Mycobacterium bovis-AN5-infected mice. The response prolife previously observed in these strains was not similar in the Mycobacterium bovis infection; however, it was in agreement with works carried out with selection I, which is very similar the selection IV-A with regards to infection with Mycobacterium tuberculosis and Bacillus Calmette-Guérin. As to the bacterial recovery, LIV-A selection showed a higher containnment of the infectious process in the lung, but not in the spleen, where HIV-A selection was more resistant. With respect the macrophagic activity, H2O2 seemed to be not involved in the containment of the infection in both strains, since there was an inibition of this metabolite generation. NO and TNF- production was also analysed, and seemed to be important in the control of bacterial replication, varying according to the strain, time period and compartiment. Antibody production was also evaluated... (Complete abstract, click electronic address below).
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Avaliação de polimorfismos em genes envolvidos na resposta imune inata de pacientes infectados com HIV-1 e sua influência na progressão à AIDSMedeiros, Rubia Marília de January 2012 (has links)
Variações em genes de resposta imune têm sido associadas com a progressão à AIDS. Após a infecção pelo HIV a proteína sérica MBL é capaz de reconhecer N-glicanos presentes na glicoproteína viral gp120. Além disso, TLRs reconhecem diferentes moléculas antigênicas do vírus presentes no interior da célula, como o ssRNA viral reconhecido pelo TLR7 e o DNA proviral reconhecido pelo TLR9. O presente estudo investigou a influência de polimorfismos nos genes MBL2, TLR7 e TLR9 na progressão à AIDS em uma população com ancestralidade Europeia e Africana. A partir da investigação retrospectiva de 3.300 prontuários médicos de pacientes HIV+ em atendimento regular, 107 indivíduos foram classificados quanto à progressão para a AIDS (20 progressores rápidos, 29 progressores lentos e 58 outros). Através de técnicas de biologia molecular, polimorfismos na região promotora (H/L, rs11003125 e X/Y, rs7096206) e no exon-1 (R52C, rs5030737; G54D, rs1800450; G57E, rs1800451) do gene MBL2 foram determinados, assim como do gene TLR7 (Gln11Leu, rs179008) e do gene TLR9 (T-1237C, rs5743836 e G1635A, rs352140). Para avaliar a influência dos genótipos na progressão para AIDS, testes estatísticos como Análise de Sobrevivência (Kaplan-meier), regressão de Cox e regressões logísticas binárias foram realizados; além disso, a presença dos alelos CCR5del32 e HLA27/HLA57 foram utilizados como fator de correção. Foram observadas diferenças significativas na composição étnica dentro das categorias de progressão, 58,6% dos pacientes com progressão lenta eram Afrodescendentes (p<0.05). A Análise de Sobrevivência para o polimorfismo -1237T/C no TLR9 revelou uma associação significativa entre os portadores do alelo C e um tempo mediano maior (10 anos) de progressão à AIDS, quando comparado com os portadores do alelo A (6 anos). Além disso, esta associação também foi reproduzida na regressão multivariada de Cox (0,616 Hz, 95% CI 0,379-1,003, p <0,05), incluindo idade e etnia como variáveis. No entanto, ajustando o modelo para a presença dos alelos CCR5del32 e HLA-B27/57 a associação foi perdida. Já para o polimorfismo +1635G/A no TLR9, ao analisar a variação dentro dos grupos étnicos, encontramos uma associação significativa do alelo A com a progressão rápida para AIDS em Eurodescendentes. Nenhum resultado significativo foi encontrado para as variantes investigadas nos genes TLR7 e MBL2. Nossos resultados sugerem que o background genético é importante na progressão à AIDS, embora todos os genes e variantes responsáveis por este comportamento ainda não estejam identificados. Além disso, os dados indicam uma relação entre os polimorfismos -1237T/C e +1635G/A no gene TLR9 e progressão para a AIDS. / Variations in innate immune response genes have been associated with different AIDS progression. In HIV infection MBL (mannose-binding lectin) recognizes N-glycans present in the viral glicoprotein gp120, and TLRs (toll-like receptors) recognizes different HIV molecules present inside the infected cell; ie TLR7 recognizes to viral RNA and TLR9 to proviral DNA. The present study investigated the influence of MBL2, TLR7 and TLR9 polymorphisms in AIDS progression in a population with European and African ancestry in patients from Southernmost Brazil. From 3,300 medical records of HIV+ patients, 107 were classified according to AIDS progression (20 rapids, 58 chronics and 29 slows AIDS progressors). Promoter region (H/L, rs11003125 e X/Y, rs7096206) and exon-1 region (R52C, rs5030737; G54D, rs1800450; G57E, rs1800451) polymorphisms in the MBL2 gene were determined, as well as in TLR7(Gln11Leu, rs179008) and TLR9 (T-1237C, rs5743836 e G1635A, rs352140). To evaluate the influence of genotypes in the progression to AIDS, statistical tests as Survival Analysis, Cox regression and binary logistic regressions were performed. Significant differences were observed in the ethnic composition within progression categories, 58.6% of slow-AIDS progressors patients were African-derived (p<0.05). Kaplan-Meier curves applied to polymorphism -1237T/C in TLR9 revealed a significant association between C allele carriers and longer time (10 years) for AIDS progression when compared with A allele carriers (6 years). Moreover, this association was also reproduced in the multivariate Cox regression (0.616 Hz, 95% CI 0.379 to 1.003, p <0.05), including age and ethnicity as variables. However, adjusting the model to the presence of the alleles CCR5del32 and HLA-B27/57 the association was lost. For the polymorphism +1635G/A in TLR9 gene, when analyzing the variation within ethnic groups, an statistically significant association of allele A (1.966 HZ, 95% CI 1.052 3.674, p<0.05) with rapid AIDS progression was observed in European-derived patients. No significant results for MBL2 and TLR7 polymorphism and AIDS progression were shown. Our data highlights a relationship between the investigated polymorphisms in TLR9 gene and progression to AIDS. In addition, the results suggests the genetic background is important in HIV-1 infection, although several genes and variants responsible by this behavior remain to be identified.
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A variabilidade em genes de resposta imune em populações nativas americanasLindenau, Juliana Dal-Ri January 2012 (has links)
As populações nativas americanas apresentam uma maior prevalência de doenças infecciosas do que as populações não nativas que habitam o mesmo ambiente. Evidências sugerem que essa maior prevalência seja o resultado de uma maior suscetibilidade às doenças infecciosas. Há uma gama de fatores que são responsáveis por essa maior suscetibilidade, sendo a habilidade de desenvolver uma resposta imune adequada aos patógenos intracelulares o principal deles. Essa habilidade é influenciada, em parte, por fatores genéticos. Vários são os genes relacionados com a diferenciação das células Th0 em Th1 ou Th2. Esses subconjuntos celulares desencadeiam padrões de resposta imune bastante diferenciados que são responsáveis pelo combate aos diferentes antígenos. Estudos que analisaram a suscetibilidade das populações nativas às doenças infecciosas demonstraram uma predominância de um padrão Th2 de resposta imune nesses grupos. Com o objetivo de investigar a variabilidade em genes de resposta imune em ameríndios, neste estudo foram analisados 32 polimorfismos em 18 genes envolvidos com a resposta imune identificados com resistência/suscetibilidade às doenças infecciosas (VDR, SP110, P2X7, PTPN22, IL1β, IL12α, IL12β, IL12Rβ1, IFNγ, IFNγR1, TNFα, TNFR1, IL2, IL4R, IL4, IL8, IL10 e IL6). A amostra foi composta por 98 indivíduos da etnia Aché, 72 indivíduos Guarani-Ñandeva, 72 indivíduos Guarani-Kaiowá e 72 indivíduos Kaingang. A população Kaingang foi polimórfica para todas as variantes analisadas, enquanto que as demais populações apresentaram uma freqüência do alelo menos freqüente (MAF) abaixo de 0,1 em diversos SNPs. As variantes com essa baixa variabilidade foram nos genes SP110, PTPN22, TNF-α, IL-6, IL12Rβ1, IL-10, IFN-γ, TNF-αR1 e IL-12α, associados com um padrão Th1 de resposta imune. O grau de variabilidade dessas populações parece se correlacionar com miscigenação, a população Kaingang é a mais miscigenada e a mais variável, enquanto que a população Aché é não miscigenada e a menos variável. A relação entre baixa diversidade genética em Th1 e predominância de um padrão Th2 poderia explicar, ao menos parcialmente, a alta suscetibilidade das populações ameríndias às doenças infecciosas. A baixa variabilidade observada nesses grupos pode ser o resultado de um efeito fundador, de uma alta taxa de endocruzamento associado com o isolamento durante o processo de formação das tribos ou de seleção natural. Estudos com outras populações ameríndias são necessários para um completo entendimento dos processos evolutivos que moldaram o sistema imune nessa etnia. / The Native Americans have a higher prevalence of infectious diseases than non-native populations living in the same environment. This highest prevalence is the result of a higher susceptibility to infectious diseases. There are several factors that are responsible for this higher susceptibility and the ability to develop adequate immunity to intracellular bacterial pathogens is the main factor. This ability is partly influenced by genetics. There are many genes associated with the Th0 differentiation in Th1 or Th2. These cells subsets trigger differentiated immune response patterns, which are responsible to combat different antigens. Studies that investigated native populations’ susceptibility to infectious diseases showed that they have a predominance of Th2 immune response pattern. The aim of this study was to investigate the variability in response immune genes in Amerindians, considering 32 polymorphisms in 18 genes involves in the immune response, previously identified with resistance/ susceptibility to infectious diseases (VDR, SP110, P2X7, PTPN22, IL1β, IL12α, IL12β, IL12Rβ1, IFNγ, IFNγR1, TNFα, TNFR1, IL2, IL4R, IL4, IL8, IL10 and IL6). The sample was composed by 98 individuals from the Aché population, 72 individuals from Guarani-Ñandeva, 72 individuals from Guarani-Kaiowá and 72 individuals from Kaingang populations. The Kaingang population was polymorphic for all variants investigated. The variants in SP110, PTPN22, TNF-α, IL-6, IL12Rβ1, IL-10, IFN-γ, TNF-αR1 and IL-12α genes showed minor allele frequencies lower than 0.1, which demonstrates that they are not polymorphic in these populations. Overall reduced variability was observed in these genes mainly in those associated with a Th1 immune pattern. degree of variation was associated with admixture; the Kaingang the most admixed population showed more variability than the Aché where no admixture was detected. The relationship between low genetic diversity and Th2 predominance could explain at least partially the high susceptibility of these populations to infectious diseases. The low genetic variability in these genes could be explained through a founder effect or by high inbreeding associated with isolation during the tribalization process. The possibility also exists that these differences might be due to a restricted immune system shaped by natural selection. More Amerindian populations should be investigated to disclose the full spectrum of variation of these immune response genes in Amerindians before a conclusion could be reached.
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Estudo da função de macrófagos peritoniais de camundongos submetidos à dieta hipoprotéica e dieta hiperlipídica / Evaluation of peritoneal macrophages function in mice submitted to low protein diet or high fat dietEd Wilson Cavalcante Oliveira Santos 16 December 2013 (has links)
A desnutrição protéica e a obesidade são os maiores problemas alimentares na atualidade, afetando bilhões de pessoas em todo o mundo. A transição nutricional, que vem ocorrendo nas últimas décadas está mudando o perfil nutricional, diminuindo a desnutrição e aumentando a porcentagem de indivíduos obesos. A resposta imune inata é extremamente influenciada pela dieta, apresentando alterações significativas tanto em desnutrição quanto na obesidade. Portanto, nos propusemos a avaliar os efeitos da desnutrição protéica e da obesidade nos parâmetros nutricionais, bioquímicos e imunológicos em camundongos. Os animais desnutridos tiveram perda de peso, além de diminuição nas proteínas totais, albumina sérica, glicose, insulina, colesterol, triacilgliceróis e sensibilidade à insulina. Os animais desnutridos também apresentaram valores hematológicos (hemoglobina, hematócrito e hemácias) reduzidos, além de apresentarem pancitopenia e hipocelularidade medular. As funções de adesão, espraiamento, fagocitose, atividade fungicida, produção de espécies reativas de oxigênio, nitrogênio e citocinas inflamatórias, apresentaram-se diminuídas, evidenciando alterações na resposta imune inata. Os animais submetidos a dieta hiperlipídica apresentaram consumo reduzido de ração, no entanto não houve diferença nas taxas de glicose, insulina, proteínas totais, albumina, hemoglobina, hematócrito e número de hemácias. Os animais hiperlipídicos tiveram aumento de colesterol, diminuição do triacilglicerol e aumento da sensibilidade à insulina. A função macrofágica de adesão, espraiamento, fagocitose, atividade fungicida, produção de espécies reativas de oxigênio, nitrogênio e citocinas inflamatórias foi levemente aumentada. / Protein malnutrition and obesity are major food problems nowadays, affecting billions of people around the world. The nutritional transition that has occurred in recent decades is changing the nutritional profile, reducing malnutrition and increasing the percentage of obese individuals. The innate immune response is highly influenced by diet, with significant changes in both malnutrition and in obesity. Therefore, we set out to evaluate the effects of malnutrition and obesity on nutritional parameters, biochemical and immunological in mice. The malnourished animals presented weight loss, and a decrease in total protein, albumin, glucose, insulin, cholesterol, triglycerides and insulin sensitivity. The malnourished animals also showed hematological (hemoglobin, hematocrit and red blood cells) reduced, besides having pancytopenia and hypocellular bone marrow. The functions of adhesion, spreading, phagocytosis, fungicidal activity, production of reactive oxygen species, nitrogen and inflammatory cytokines, showed up diminished , showing changes in the innate immune response. The animals subjected to high-fat diet showed reduced feed intake, however there was no difference in the rates of glucose, insulin, total protein, albumin, hemoglobin, hematocrit and erythrocyte counts. Hyperlipidaemic animals had increased cholesterol and triglyceride decreased and increased insulin sensitivity. The role of macrophage adhesion, spreading, phagocytosis, fungicidal activity, production of reactive oxygen species, nitrogen and inflammatory cytokines was slightly increased.
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Avaliação de polimorfismos em genes envolvidos na resposta imune inata de pacientes infectados com HIV-1 e sua influência na progressão à AIDSMedeiros, Rubia Marília de January 2012 (has links)
Variações em genes de resposta imune têm sido associadas com a progressão à AIDS. Após a infecção pelo HIV a proteína sérica MBL é capaz de reconhecer N-glicanos presentes na glicoproteína viral gp120. Além disso, TLRs reconhecem diferentes moléculas antigênicas do vírus presentes no interior da célula, como o ssRNA viral reconhecido pelo TLR7 e o DNA proviral reconhecido pelo TLR9. O presente estudo investigou a influência de polimorfismos nos genes MBL2, TLR7 e TLR9 na progressão à AIDS em uma população com ancestralidade Europeia e Africana. A partir da investigação retrospectiva de 3.300 prontuários médicos de pacientes HIV+ em atendimento regular, 107 indivíduos foram classificados quanto à progressão para a AIDS (20 progressores rápidos, 29 progressores lentos e 58 outros). Através de técnicas de biologia molecular, polimorfismos na região promotora (H/L, rs11003125 e X/Y, rs7096206) e no exon-1 (R52C, rs5030737; G54D, rs1800450; G57E, rs1800451) do gene MBL2 foram determinados, assim como do gene TLR7 (Gln11Leu, rs179008) e do gene TLR9 (T-1237C, rs5743836 e G1635A, rs352140). Para avaliar a influência dos genótipos na progressão para AIDS, testes estatísticos como Análise de Sobrevivência (Kaplan-meier), regressão de Cox e regressões logísticas binárias foram realizados; além disso, a presença dos alelos CCR5del32 e HLA27/HLA57 foram utilizados como fator de correção. Foram observadas diferenças significativas na composição étnica dentro das categorias de progressão, 58,6% dos pacientes com progressão lenta eram Afrodescendentes (p<0.05). A Análise de Sobrevivência para o polimorfismo -1237T/C no TLR9 revelou uma associação significativa entre os portadores do alelo C e um tempo mediano maior (10 anos) de progressão à AIDS, quando comparado com os portadores do alelo A (6 anos). Além disso, esta associação também foi reproduzida na regressão multivariada de Cox (0,616 Hz, 95% CI 0,379-1,003, p <0,05), incluindo idade e etnia como variáveis. No entanto, ajustando o modelo para a presença dos alelos CCR5del32 e HLA-B27/57 a associação foi perdida. Já para o polimorfismo +1635G/A no TLR9, ao analisar a variação dentro dos grupos étnicos, encontramos uma associação significativa do alelo A com a progressão rápida para AIDS em Eurodescendentes. Nenhum resultado significativo foi encontrado para as variantes investigadas nos genes TLR7 e MBL2. Nossos resultados sugerem que o background genético é importante na progressão à AIDS, embora todos os genes e variantes responsáveis por este comportamento ainda não estejam identificados. Além disso, os dados indicam uma relação entre os polimorfismos -1237T/C e +1635G/A no gene TLR9 e progressão para a AIDS. / Variations in innate immune response genes have been associated with different AIDS progression. In HIV infection MBL (mannose-binding lectin) recognizes N-glycans present in the viral glicoprotein gp120, and TLRs (toll-like receptors) recognizes different HIV molecules present inside the infected cell; ie TLR7 recognizes to viral RNA and TLR9 to proviral DNA. The present study investigated the influence of MBL2, TLR7 and TLR9 polymorphisms in AIDS progression in a population with European and African ancestry in patients from Southernmost Brazil. From 3,300 medical records of HIV+ patients, 107 were classified according to AIDS progression (20 rapids, 58 chronics and 29 slows AIDS progressors). Promoter region (H/L, rs11003125 e X/Y, rs7096206) and exon-1 region (R52C, rs5030737; G54D, rs1800450; G57E, rs1800451) polymorphisms in the MBL2 gene were determined, as well as in TLR7(Gln11Leu, rs179008) and TLR9 (T-1237C, rs5743836 e G1635A, rs352140). To evaluate the influence of genotypes in the progression to AIDS, statistical tests as Survival Analysis, Cox regression and binary logistic regressions were performed. Significant differences were observed in the ethnic composition within progression categories, 58.6% of slow-AIDS progressors patients were African-derived (p<0.05). Kaplan-Meier curves applied to polymorphism -1237T/C in TLR9 revealed a significant association between C allele carriers and longer time (10 years) for AIDS progression when compared with A allele carriers (6 years). Moreover, this association was also reproduced in the multivariate Cox regression (0.616 Hz, 95% CI 0.379 to 1.003, p <0.05), including age and ethnicity as variables. However, adjusting the model to the presence of the alleles CCR5del32 and HLA-B27/57 the association was lost. For the polymorphism +1635G/A in TLR9 gene, when analyzing the variation within ethnic groups, an statistically significant association of allele A (1.966 HZ, 95% CI 1.052 3.674, p<0.05) with rapid AIDS progression was observed in European-derived patients. No significant results for MBL2 and TLR7 polymorphism and AIDS progression were shown. Our data highlights a relationship between the investigated polymorphisms in TLR9 gene and progression to AIDS. In addition, the results suggests the genetic background is important in HIV-1 infection, although several genes and variants responsible by this behavior remain to be identified.
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A variabilidade em genes de resposta imune em populações nativas americanasLindenau, Juliana Dal-Ri January 2012 (has links)
As populações nativas americanas apresentam uma maior prevalência de doenças infecciosas do que as populações não nativas que habitam o mesmo ambiente. Evidências sugerem que essa maior prevalência seja o resultado de uma maior suscetibilidade às doenças infecciosas. Há uma gama de fatores que são responsáveis por essa maior suscetibilidade, sendo a habilidade de desenvolver uma resposta imune adequada aos patógenos intracelulares o principal deles. Essa habilidade é influenciada, em parte, por fatores genéticos. Vários são os genes relacionados com a diferenciação das células Th0 em Th1 ou Th2. Esses subconjuntos celulares desencadeiam padrões de resposta imune bastante diferenciados que são responsáveis pelo combate aos diferentes antígenos. Estudos que analisaram a suscetibilidade das populações nativas às doenças infecciosas demonstraram uma predominância de um padrão Th2 de resposta imune nesses grupos. Com o objetivo de investigar a variabilidade em genes de resposta imune em ameríndios, neste estudo foram analisados 32 polimorfismos em 18 genes envolvidos com a resposta imune identificados com resistência/suscetibilidade às doenças infecciosas (VDR, SP110, P2X7, PTPN22, IL1β, IL12α, IL12β, IL12Rβ1, IFNγ, IFNγR1, TNFα, TNFR1, IL2, IL4R, IL4, IL8, IL10 e IL6). A amostra foi composta por 98 indivíduos da etnia Aché, 72 indivíduos Guarani-Ñandeva, 72 indivíduos Guarani-Kaiowá e 72 indivíduos Kaingang. A população Kaingang foi polimórfica para todas as variantes analisadas, enquanto que as demais populações apresentaram uma freqüência do alelo menos freqüente (MAF) abaixo de 0,1 em diversos SNPs. As variantes com essa baixa variabilidade foram nos genes SP110, PTPN22, TNF-α, IL-6, IL12Rβ1, IL-10, IFN-γ, TNF-αR1 e IL-12α, associados com um padrão Th1 de resposta imune. O grau de variabilidade dessas populações parece se correlacionar com miscigenação, a população Kaingang é a mais miscigenada e a mais variável, enquanto que a população Aché é não miscigenada e a menos variável. A relação entre baixa diversidade genética em Th1 e predominância de um padrão Th2 poderia explicar, ao menos parcialmente, a alta suscetibilidade das populações ameríndias às doenças infecciosas. A baixa variabilidade observada nesses grupos pode ser o resultado de um efeito fundador, de uma alta taxa de endocruzamento associado com o isolamento durante o processo de formação das tribos ou de seleção natural. Estudos com outras populações ameríndias são necessários para um completo entendimento dos processos evolutivos que moldaram o sistema imune nessa etnia. / The Native Americans have a higher prevalence of infectious diseases than non-native populations living in the same environment. This highest prevalence is the result of a higher susceptibility to infectious diseases. There are several factors that are responsible for this higher susceptibility and the ability to develop adequate immunity to intracellular bacterial pathogens is the main factor. This ability is partly influenced by genetics. There are many genes associated with the Th0 differentiation in Th1 or Th2. These cells subsets trigger differentiated immune response patterns, which are responsible to combat different antigens. Studies that investigated native populations’ susceptibility to infectious diseases showed that they have a predominance of Th2 immune response pattern. The aim of this study was to investigate the variability in response immune genes in Amerindians, considering 32 polymorphisms in 18 genes involves in the immune response, previously identified with resistance/ susceptibility to infectious diseases (VDR, SP110, P2X7, PTPN22, IL1β, IL12α, IL12β, IL12Rβ1, IFNγ, IFNγR1, TNFα, TNFR1, IL2, IL4R, IL4, IL8, IL10 and IL6). The sample was composed by 98 individuals from the Aché population, 72 individuals from Guarani-Ñandeva, 72 individuals from Guarani-Kaiowá and 72 individuals from Kaingang populations. The Kaingang population was polymorphic for all variants investigated. The variants in SP110, PTPN22, TNF-α, IL-6, IL12Rβ1, IL-10, IFN-γ, TNF-αR1 and IL-12α genes showed minor allele frequencies lower than 0.1, which demonstrates that they are not polymorphic in these populations. Overall reduced variability was observed in these genes mainly in those associated with a Th1 immune pattern. degree of variation was associated with admixture; the Kaingang the most admixed population showed more variability than the Aché where no admixture was detected. The relationship between low genetic diversity and Th2 predominance could explain at least partially the high susceptibility of these populations to infectious diseases. The low genetic variability in these genes could be explained through a founder effect or by high inbreeding associated with isolation during the tribalization process. The possibility also exists that these differences might be due to a restricted immune system shaped by natural selection. More Amerindian populations should be investigated to disclose the full spectrum of variation of these immune response genes in Amerindians before a conclusion could be reached.
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Quantificação de mediadores dos perfis Th1, Th2, Th17 e Treg na resposta imune contra Leishmaniose Tegumentar Americana ativa e após cura clínicaSouza, Marina de Assis 21 February 2014 (has links)
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Previous issue date: 2014-02-21 / FACEPE e CNPq / O modelo clássico de susceptibilidade e resistência à leishmaniose sugere que a expansão de células Th1 ou Th2 direcione o resultado da infecção. Recentemente, o perfil Th17 foi relacionado à doença e parece ser antagônico às células T regulatórias (Treg). Assim, este estudo teve como objetivo quantificar, por ELISA de captura ou qPCR, alguns mediadores dos perfis Th1, Th2, Th17 e Treg (IFN-γ, TNF-α, IL-10, IL-4, TGF-β, IL-6, IL-17, IL-22, RORC, Foxp3 e iNOS) em pacientes com leishmaniose tegumentar americana (LTA) ativa (AD) e após a cura clínica, tratados (AT) ou não (cura espontânea; SH). Os pacientes foram capazes de apresentar resposta imunológica específica frente aos antígenos solúvel (AgSol) e insolúvel (AgIns) de L. (V.) braziliensis em relação ao grupo controle. O primeiro artigo demonstrou que, em resposta ao AgSol, houve a predominância de IFN-γ (P = 0,0061) e TNF-α (P = 0,008) durante a doença ativa, indicando a presença de uma resposta inflamatória; IL-17 também é evidenciada nesse estado clínico (P = 0,04). Um aumento na secreção de NO foi observado em SH (P = 0,023), enquanto que IL-17 foi observada em baixos níveis nesses pacientes, sugerindo que esta parece ser regulada pelo NO. A presença de IL-10 e IL-22 foi observada em todos os grupos (P > 0,05). No segundo artigo, o AgIns estimulou produção significativa de IFN- γ em todos os grupos (P < 0,05). AD (P = 0,007) e AT (P = 0,003) produziram TNF-α. Em contrapartida, o grupo SH apresentou baixos níveis da citocina. De forma interessante, a secreção de NO foi significativa nesses indivíduos (P = 0,04), enquanto que IL-17 foi observada em baixos níveis. Produção significativa de IL-17 foi observada no grupo AT (P = 0,04). Embora IL-22 tenha sido detectada em AD (P = 0,02), seu papel é questionável. A presença de IL-10 em todos os grupos de pacientes sugere que a citocina desempenhe diferentes papéis na doença (P > 0,05). No terceiro artigo, PBMC de pacientes com lesões ativas expressaram mRNA para IFN-γ (AgSol: P = 0,017; AgIns: P = 0,0004) e TNF-α (AgSol: 0,0306; AgIns: P = 0,027), reforçando a possível presença de uma resposta inflamatória. A ausência de mRNA para a iNOS nesses pacientes pode ser devido à presença de NO secretado, representando um mecanismo de compensação. Este evento pode ajudar a evitar a exacerbação da resposta imune. Além disso, a presença significativa de mRNA para IL-10 (AgSol: P = 0,0119; AgIns: P = 0,0114) sugere que mecanismos imunomodulatórios favoreçam uma resposta imune efetiva contra a Leishmania. A expressão de Foxp3 frente ao AgIns (P = 0,0208) indica que células T regulatórias estejam presentes na resposta de pacientes com lesões ativas. Embora IL-17 e IL-22 pareçam ser importantes na resposta imune efetiva na LTA, Os níveis de mRNA para estas citocinas não foram significativos (P > 0,05).Entretanto, os níveis de IL-6 expressos pelos pacientes (AgSol: P = 0,0189) com doença ativa parecem ter sido insuficientes para induzir um perfil Th17 juntamente com TGF-β (P > 0,05), dada a expressão não significativa de RORC (P > 0,05). A expressão de TGF- β pode ter contribuído para a regulação da resposta imune pelas células Treg, o que reforça o suposto antagonismo entre este e o perfil Th17. Assim, a secreção/expressão desses mediadores reforça a complexidade da resposta imune celular no combate à Leishmania, e traz informações para o desenvolvimento de vacinas e esquemas imunoterapêuticos.
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