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Análise clínica e epidemiológica do transplante de medula óssea no Serviço de Oncologia Pediátrica do Hospital de Clínicas de Porto AlegreCastro Junior, Cláudio Galvão de January 2002 (has links)
Objetivos: Descrever o perfil e as complicações agudas mais importantes das crianças que receberam transplante de medula óssea (TMO) em nosso Serviço. Casuística e métodos: Análise retrospectiva de 41 pacientes menores de 21 anos transplantados entre Agosto de 1997 até Junho de 2002. Deste total 20 receberam transplante alogênico e 21 receberam transplante autogênico. Resultados: No TMO alogênico a média de idade foi de 8,9 + 5,4 anos, sendo 12 pacientes do sexo masculino. As fontes de células foram: medula óssea (MO) 12, sangue periférico (SP) 5, sangue de cordão umbilical não aparentado (SCU) 3. As doenças tratadas foram leucemia linfóide aguda (LLA) 7 pacientes, leucemia linfóide crônica (LMC) 2; leucemia mielóide aguda (LMA) 4; Síndrome mielodisplásica 2; Linfoma de Burkitt 1, Anemia aplástica grave 1; Anemia de Fanconi 1; Síndrome Chediak Higashi 1; Imunodeficiência congênita combinada grave 1. Um paciente desenvolveu doença do enxerto contra hospedeiro (DECH) aguda grau 2 e três DECH grau 4. Três pacientes desenvolveram DECH crônica. Todos haviam recebido SP como fonte de células. A sobrevida global foi de 70,0 + 10,3%. A principal causa do óbito foi DECH em 3 pacientes e sépse em outros 3. Todos os óbitos ocorreram antes do dia 100. Um dos pacientes que recebeu SCU está vivo em bom estado e sem uso de medicações 3 anos e 6 meses pós TMO. No TMO autogênico, a média de idade foi de 8,7 + 4,3 anos, sendo 11 pacientes do sexo masculino. As fontes de células foram SP 16, MO 3, SP + MO 2. As doenças tratadas foram: tumor de Wilms 5; tumores da família do sarcoma de Ewing 4; neuroblastomas 3; linfomas de Hodgkin 3; rabdomiossarcomas 2, tumor neuroectodérmico primitivo do SNC 2; Linfoma não Hodgkin 1; LMA 1. A sobrevida global está em 59,4 + 11,7 %. Cinco óbitos tiveram como causa a progressão da doença de base, um óbito ocorreu devido à infecção 20 meses pós TMO e dois óbitos foram precoces por sépse. As toxicidades mais comuns em ambos os grupos foram vômitos, mucosite, diarréia e dor abdominal. Infecções foram documentadas em 58,5% dos pacientes e 46,9% tiveram no mínimo um agente isolado na hemocultura. Os tempos de enxertia de neutrófilos e plaquetas correlacionaram-se com o número de células progenitoras infundidas. Conclusão: A sobrevida de nossos pacientes é semelhante à encontrada na literatura de outros serviços nacionais e internacionais. Não encontramos diferença entre os dois tipos de transplante com relação às toxicidades agudas e ás infecções. / Objectives: To describe the demografics and the most important acute clinical complications of the patients who underwent bone marrow transplantation (BMT) at our Service. Material and methods: A Retrospective analysis was performed including 41 patients treated between August 1997 and June 2002. Twenty patients had a allogeneic BMT and 21 autologous BMT. Results: Regarding allogeneic BMT the mean age was 8.9 + 5.4 years. Twelve patients were male. The stem cells sources were: bone marrow (BM) 12, peripheral blood (PB) 5, unrelated cord blood (UCB) 3. The diseases were acute lymphoid leukemia (ALL) in 7 patients, acute myeloid leukemia (AML) 4, Chronic myeloid leukemia (CML) 2, myelodysplastic syndrome 2, Burkitt’s lymphoma 1, severe combined immunodeficiency 1, Chediaki Higashi 1, Fanconi anemia 1, aplastic anemia 1. One patient developed grade 2 acute graft versus host disease (GVHD) and 3 had grade 4. Three patients developed chronic GVHD. All of them received PB as cell source. The overall survival was 70.0 + 10.3%. The main cause of death was GVHD in 3 patients and sepsis in the 3 other ones. All deaths occurred before day 100. One of the patients who received UCB is alive 3.5 years after the transplantation. Regarding autologous BMT, the mean age was 8,7 + 4,3 years. Eleven patients were male. The stem cell sources were: PB 16, BM 3, PB + BM 2. The diseases were: Wilms tumor 5, Ewing’s sarcoma family tumors 4, neuroblastoma 3, Hodgkin’s disease 3, non-Hodgkin’s lymphoma 1, rhabdomiossarcoma 2, Neuroectodermic tumor of the central nervous system 2, AML 1. The overall survival was 59.4 + 11.7%. Five patients died due to tumor relapse, 2 patients due to sepsis and one patient died in remission 20 months after BMT due to infection. In the whole group the most common toxicities were vomiting, mucositis, diarrhea and abdominal pain. Infections were documented in 58.5% of the patients and 46.9% had at least one agent isolated in the blood culture. The time to neutrophil and platelet engraftment were correlated to the number of hematopoietic stem cell infused. Conclusion: The overall survival in our patients is similar to the reported on the literature. We did not find differences between autologous and allogeneic BMT, regarding acute toxicities and infections.
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"Três formas de intervenção para a adesão ao tratamento dietético da obesidade em cardiologia: estudo comparativo" / Interventional actions directed to compliance with dietetic management in obesity and cardiology: comparative studyMaria Lucia Mendes Bruno 15 August 2006 (has links)
Trata-se de pesquisa realizada em hospital da rede pública estadual de São Paulo, especializado em cardiologia com pacientes obesos em acompanhamento ambulatorial pelo Serviço de Nutrição e Dietética (SND) dessa instituição. As formas de intervenção nutricional investigadas foram: atendimento individual, em grupo (controle) e grupo multiprofissional (com nutricionista e psicóloga). Na fase preliminar do estudo, realizou-se pesquisa de opinião que possibilitou o embasamento das variáveis analisadas. Na fase principal, os participantes foram divididos em grupos, sendo realizadas duas entrevistas individuais no intervalo de seis meses. Foram investigados apenas os pacientes de alta. Compararam-se os resultados obtidos quanto ao peso corporal, índice de massa corpórea, circunferência do abdome; o acompanhamento dos fatores de risco cardiovascular (hipertensão arterial, diabetes melito, dislipidemias) foi feito através da variação das medidas de pressão arterial e níveis sanguíneos de glicose, triglicérides, colesterol total e frações. Analisaram-se as opiniões sobre as facilidades e dificuldades para seguir as orientações recebidas por meio de instrumento próprio, não validado. No atendimento em grupo, foram obtidos resultados satisfatórios, porém não ideais, e verificou-se que os participantes passaram a valorizar o apoio familiar. No atendimento individual, os participantes conseguiram maior redução da glicemia e triglicérides, porém isso não pode ser atribuído exclusivamente à dieta. No atendimento em grupo multiprofissional, houve mudança de comportamento com valorização desse tipo de atendimento. / The study was performed in a cardiology specialty hospital of Sao Paulo state public system with obese outpatients followed up by the Sector of Nutrition and Dietetics of the institution. Nutritional intervention actions that were assessed include: individual visit, group approach (control) and multiprofessional group (including dietitian and psychologist). In the preliminary phase of the study, an opinion survey was performed, which supported many of the studied variables. In the main phase of the study, the participants were divided into groups, and 2 individual interviews were conducted within a 6-month interval. Only patients who had been discharged were assessed. The results concerning body weight, body mass index, abdominal circumference, and follow up of cardiovascular risks (arterial hypertension, diabetes mellitus, dyslipidemia) were compared using variation of blood pressure measures and blood levels of glucose, triglycerides and total and fractioned cholesterol. We also checked whether patients found it easy or difficult to follow the received instructions, using our own non-validated instrument. In the group activities, results were satisfactory but not optimal and participants started to value family support. In the individual approach, participants reached higher reduction of glucose and triglyceride levels, but they could not be explained exclusively by the diet. In the multiprofessional group, there was change in behavior and recognition of multiprofessional approach.
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A influência da instabilidade de microssatélites e outros biomarcadores nos desfechos clínicos de pacientes com câncer colorretal metastático: um estudo caso-controle / The influence of microsatellite instability and other biomarkers on the clinical outcomes of patients with metastatic colorectal cancer: a case-control studyAlexandra Khichfy Alex 04 May 2016 (has links)
INTRODUÇÃO: O câncer colorretal metastático (CCRm) é uma doença clinicamente e molecularmente heterogênea. Os pacientes apresentam diferentes prognósticos e respostas variáveis às terapias direcionadas contra o tumor. Alterações na função do sistema de reparo do DNA (deficiency mismatch repair - dMMR) estão associadas com o fenótipo de instabilidade de microssatélites e bom prognóstico em tumores de estádio inicial. No entanto, dMMR é raro no CCRm e pouco se sabe sobre sua influência na taxa de resposta (TR) ao tratamento. Nosso objetivo primário foi comparar a TR, de acordo com o status dMMR, nos pacientes com CCRm. Os desfechos secundários foram TR, conforme RAS e BRAF mutados, e a sobrevida global (SG), de acordo com dMMR. MÉTODOS: Estudo retrospectivo com grupo controle que comparou a TR por RECIST 1.1 em pacientes com CCRm, tratados com quimioterapia (QT) sistêmica, de acordo com o status dMMR. Os dados clínicos foram coletados, retrospectivamente, dos prontuários médicos. Todas as imagens foram digitais e recuperadas para avaliação de resposta por um único radiologista, cego quanto ao status dMMR. dMMR foi definido como a perda de expressão imuno-histoquímica em pelo menos um dos genes MMR (MLH1, MSH2, MSH6 e PMS2). Mutações em RAS e BRAF foram investigadas por meio de sequenciamento gênico. Os casos foram os pacientes com dMMR, e os controles, com MMR proficiente (pMMR), selecionados de forma consecutiva, em proporção de 1:2. Com base em características clínicas e moleculares, os indivíduos dMMR foram classificados como provável Lynch ou dMMR esporádico. Estatística descritiva foi usada para resumir os resultados. A associação entre dMMR e os resultados específicos de cada grupo foram analisados pelo teste do qui-quadrado, e para a avaliação de SG mediana, curvas de Kaplan-Meier e teste log-rank foram utilizados. Valores bicaudados de p < 0.05 foram considerados significativos. RESULTADOS: Entre janeiro de 2009 e janeiro de 2013, de 1270 pacientes, 762 foram elegíveis e rastreados para dMMR: N = 27 (3,5%) tiveram dMMR e N = 735 (96,5%) tiveram pMMR. Dada a raridade, foram incluídos 14 indivíduos com dMMR fora do período de inclusão, totalizando 41 casos (pacientes dMMR) e 84 controles (pacientes pMMR). Em análise por intenção de tratamento, considerando os pacientes que receberam pelo menos uma dose de QT baseada em oxaliplatina (N dMMR = 34), aqueles com dMMR apresentaram TR numericamente menor, comparados aos pMMR (11.7% vs 28.6%, OR: 0.33, IC 95%: 0.08-1.40, p = 0.088). Em análise por protocolo, incluindo apenas os pacientes que preencheram os critérios de inclusão (N dMMR = 33), aqueles com dMMR mantiveram TR menor à QT baseada em oxaliplatina em primeira linha, em comparação aos doentes pMMR, embora estatisticamente não significante (12.1% vs 28.6 %, OR: 0.34, IC 95%: 0.09-1.18, p = 0.102). Ainda neste contexto, os pacientes com possível Lynch apresentaram maior TR do que os indivíduos com provável dMMR esporádico (16% vs 0). Mutações em RAS ou BRAF não influenciaram na TR ou sobrevida. O status \"provável dMMR esporádico\" foi fator de pior prognóstico, quando todos os pacientes da amostra (N dMMR = 41) foram considerados. CONCLUSÃO: Este estudo sugere que dMMR é preditivo de resistência à quimioterapia baseada em oxaliplatina, como mostrado por outros estudos. Aparentemente, essa resistência é mais acentuada nos pacientes dMMR esporádicos, sugerindo heterogeneidade biológica nos doentes com CCRm e dMMR / BACKGROUND: Metastatic colorectal cancer (mCRC) is a clinically and molecularly heterogeneous disease, where patients present different prognosis and variable responses to cancer-directed therapies. Alterations in the function of DNA deficiency mismatch repair (dMMR) genes are associated with microsatellite instability and good prognosis in early stage tumors. However dMMR dysfunction is rare in mCRC and little is known about its influence on treatment response rate (RR). Our primary endpoint was to compare the RR of mCRC patients according to dMMR status and to explore differences between patients with likely sporadic versus likely Lynch-related tumors. Secondary endpoints were RR according to RAS and BRAF mutation status, and survival times as per dMMR status. METHODS: Retrospective study with control group that compared the RR by RECIST 1.1 in patients with mCRC treated with systemic chemotherapy according to dMMR status. Clinical data were collected retrospectively from medical charts. All images were digital and were retrieved for response evaluation by a single radiologist blinded to dMMR results. dMMR status was defined as loss of immunohistochemistry expression in at least one of the MMR genes (MLH1, MSH2, MSH6 e PMS2). RAS and BRAF mutations were investigated through next generation sequencing. Cases were defined as dMMR and controls, as proficient MMR (pMMR) patients, in a 1:2 fashion. Based on clinical and molecular features, dMMR patients were classified as likely Lynch or sporadic. Descriptive statistics was used to summarize the results. The association between dMMR and outcomes of each group were analyzed by chi-square test; estimates of median overall survival were done by the Kaplan-Meier method and comparisons, by the log-rank test. Two-tailed p values < 0.05 were considered significant. RESULTS: From January 2009 to January 2013, out of 1270 patients, 762 were eligible and screened for dMMR: N = 27 (3.5%) had dMMR and N = 735 (96.5%) had pMMR. Given the rarity, 14 dMMR cases outside the inclusion period were included, with a total of 41 cases (dMMR patients) and 84 controls (pMMR patients). By intention-to-treat analysis, considering all patients who received at least one dose of oxaliplatin-based chemotherapy (N dMMR = 34), those with dMMR had numerically lower RR, compared with pMMR (RR = 11.7% vs 28.6%, OR: 0.33, 95% CI: 0.08-1.40, p = 0.088). As per protocol analysis, considering only the patients who met inclusion criteria (N dMMR = 33), those with dMMR status persisted with numerically, but non-significant, lower RR to first-line oxaliplatin-based chemotherapy compared with pMMR (12.1% vs 28.6%, OR: 0.34, 95% CI: 0.09-1.18, p = 0.102); also, patients with likely Lynch-related mCRC presented higher RR than subjects with probable sporadic dMMR (16% vs 0). Either survival or RR was influenced by RAS or BRAF mutations. Probable sporadic dMMR status was a poor prognostic factor when all patients in the sample (N dMMR = 41) were analyzed. CONCLUSION: This study suggests that the dMMR phenotype is predictive of resistance to oxaliplatin-based chemotherapy, as shown by other studies. Apparently, such resistance is more pronounced in the sporadic dMMR patients, suggesting biological heterogeinity within the dMMR mCRC patients
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Estudo clínico comparativo, prospectivo e randomizado das osteossínteses da clavícula com placa ou haste intramedular flexível / Prospective, randomized controlled clinical trial on the clavicle osteosynthesis with plate or flexible intramedullary nailingFernando Brandão de Andrade e Silva 06 August 2014 (has links)
INTRODUÇÃO: As fraturas do terço médio da clavícula representam 80% das fraturas claviculares e seu tratamento é motivo de discussão na literatura ortopédica. Estudos prévios relativos ao tratamento cirúrgico têm demonstrado bons resultados clínicos com o uso das placas de reconstrução ou a fixação intramedular elástica estável com hastes flexíveis de titânio. O objetivo deste estudo foi a comparação desses métodos no tratamento das fraturas do terço médio da clavícula, quanto aos resultados funcionais, parâmetros radiográficos, dor pós-operatória, taxa de satisfação e taxa de complicações. MÉTODOS: Neste ensaio clínico comparativo, prospectivo e randomizado, 59 pacientes com fratura desviada do terço médio da clavícula foram alocados aleatoriamente para receberem osteossíntese com placa de reconstrução (33 pacientes - grupo Placa) ou haste flexível de titânio (26 pacientes - grupo Haste). O desfecho primário do estudo foi a avaliação funcional pelo escore DASH aos 6 meses de pós-operatório. Os desfechos secundários foram: o escore DASH aos 12 meses; o escore de Constant- Murley aos 6 e 12 meses; o tempo de consolidação da fratura; o encurtamento residual; o nível de dor pela escala visual analógica no 1º pósoperatório; a taxa de pacientes satisfeitos e a taxa de complicações. RESULTADOS: Cinquenta e quatro pacientes completaram o seguimento, sendo 29 do grupo Placa e 25 do grupo Haste. O escore DASH médio aos 6 meses foi de 9,9 pontos no grupo Placa e 8,5 no grupo Haste, sem diferença estatisticamente significante (p = 0,329). Da mesma forma, não houve diferenças significantes no escore DASH aos 12 meses ou no escore de Constant aos 6 e 12 meses. O tempo de consolidação foi equivalente entre os grupos (p = 0,352), enquanto o encurtamento residual foi maior no grupo Placa, com significância estatística (p = 0,032), mas sem relevância clínica (0,4 cm). Os resultados da escala visual analógica para dor no 1º pósoperatório e a taxa de pacientes satisfeitos foram similares entre os grupos. O grupo Placa apresentou mais casos com angulação do implante (11 casos) do que o grupo Haste (um caso) (p = 0,003), enquanto o grupo Haste foi mais associado à dor relacionada ao implante (10 casos), em comparação ao grupo Placa (4 casos) (p = 0,035). Não houve diferenças significantes entre os grupos quanto às complicações maiores, incluindo falha do implante, infecção pós-operatória, pseudoartrose e reoperação. CONCLUSÕES: A osteossíntese das fraturas desviadas do terço médio da clavícula com placa de reconstrução ou haste flexível de titânio produzem resultados semelhantes quanto aos escores funcionais, tempo de consolidação, dor pós-operatória, satisfação dos pacientes e complicações maiores. As placas de reconstrução são mais suscetíveis à angulação do implante, enquanto as hastes flexíveis de titânio causam mais dor relacionada ao implante / INTRODUCTION: Midshaft clavicle fractures represent 80% of all clavicular fractures, and their treatment is controversial in the literature. Previous studies have shown good clinical results in patients with midshaft clavicular fractures treated with reconstruction plate fixation or elastic stable intramedullary nailing (ESIN). The objective of this study was to compare these methods in terms of functional results, radiographic parameters, postoperative pain, satisfaction rates and complication rates. METHODS: In this prospective, randomized, controlled trial, 59 patients with displaced midshaft clavicular fractures were randomly assigned to receive either reconstruction plate (33 patients - Plate group) or ESIN fixation (26 patients - ESIN group). The primary outcome was the DASH score at 6 months. The secondary outcomes were the following: DASH score at 12 months; Constant-Murley scores at 6 and 12 months; time to fracture union; residual shortening; visual analog scale for pain on the first post-operative day; percentage of satisfied patients; and complications rates. RESULTS: Fifty-four patients completed the follow-up, 29 in the Plante group and 25 in the ESIN group. The mean DASH score at 6 months was 9.9 in the plate group and 8.5 in the ESIN group, with no significant difference (p = 0.329). Similarly, there were no differences in the DASH score at 12 months or the Constant-Murley scores at 6 and 12 months. The time to union was equivalent between the groups (p = 0.352), whereas the residual shortening was significantly greater in the plate group (p = 0.032) but was not clinically relevant (0.4 cm). The visual analog scale scores for pain and the percentage of satisfied patients were similar between the groups. Implant bending was significantly more common in the plate group (eleven patients) than in the ESIN group (one patient) (p = 0.003), whereas hardware-related pain was more frequent in the ESIN group (10 patients vs. 4 patients) (p = 0.035). There were no differences in terms of major complications, including implant failure, postoperative infection, nonunion and reoperation. CONCLUSIONS: Reconstruction plates and ESIN yielded similar results in terms of functional results, time to union, post-operative pain, patient satisfaction and major complications in patients with displaced midshaft clavicular fractures. Reconstruction plates are more susceptible to implant bending, whereas ESIN causes more hardwarerelated pain
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Perfil de segurança do uso de polivinilpirrolidona-iodo tópico como agente de pleurodese no tratamento do derrame pleural neoplásico / Safety profile of the use of iodopovidone for pleurodesis as treatment of malignant pleural effusionJosé Dias Andrade Neto 30 January 2015 (has links)
INTRODUÇÃO: O polivinilpirrolidona-iodo (PVP-I) tópico vem sendo descrito como um agente esclerosante para pleurodese de fácil obtenção, baixo custo e com boa eficácia. Apesar disso, sua segurança ainda não foi estudada de maneira sistemática e alguns autores apresentam restrições ao seu uso por relatos de determinados eventos adversos. OBJETIVOS: descrever a ocorrência de eventos adversos sérios e comuns à pleurodese com PVP-I tópico. Avaliar se existe relação de dose-dependência na ocorrência dos eventos adversos; a efetividade clínica e a qualidade de vida dos pacientes. MÉTODOS: ensaio clínico envolvendo pacientes submetidos a pleurodese com PVP-I tópico, randomizados em dois grupos: grupo 1 com PVP-I tópico a 1% e grupo 2 com PVP-I tópico a 2%. A análise de segurança foi baseada na ocorrência de eventos adversos, graduados de acordo com o Common Terminology Criteria for Adverse Events. Foram realizadas avaliações clínicas e exames complementares no pré-operatório e em vários momentos do seguimento pós-operatório. Os dados clínicos avaliados foram dor, dispnéia, temperatura, pressão arterial, freqüência cardíaca, saturação de oxigênio e acuidade visual. Exames complementares envolveram hemograma, função renal, hepática e tireoidiana, eletrocardiograma e radiografia de tórax. A efetividade clínica foi determinada pela necessidade de procedimentos adicionais após a pleurodese e a qualidade de vida através de questionário específico. RESULTADOS: foram avaliados 60 pacientes, 30 em cada grupo. Predominou o sexo feminino, em 55 pacientes. A média de idade foi de 55,9 ± 11,7 anos. A etiologia mais comum do derrame pleural foi neoplasia de mama em 43 pacientes, seguida por neoplasia pulmonar e de ovário. Foram encontrados 47 eventos adversos sérios relacionados ao procedimento distribuídos em 34 pacientes nos primeiros 30 dias de avaliação. Foram eles: dor, em onze pacientes, hipertensão em dez, empiema em um, hiponatremia em oito pacientes, elevação da fosfatase alcalina, transaminase oxalacética e transaminase pirúvica em dez, três e um pacientes respectivamente e hipocalemia em um paciente. A taxa de sucesso foi de 96% e não houve mudança na qualidade de vida após o procedimento. Na comparação dos grupos não se observou diferença estatística em relação aos dados avaliados. CONCLUSÕES: Os eventos adversos sérios mais esperados após a realização de pleurodese com PVP-I tópico são dor, hipertensão e alguns distúrbios metabólicos. A pleurodese com PVP-I tópico mostrou ser um procedimento eficaz, mas não ofereceu melhora na qualidade de vida dos pacientes. Não se observou relação de dose-dependência na ocorrência dos eventos adversos e na eficácia do procedimento / BACKGROUND: Iodopovidone has been described as a sclerosing agent easily obtained, inexpensive and with good results. Despite this, its safety has not been systematically evaluated and some authors have restrictions to its use because of reports of some adverse events related. OBJECTIVE: To describe the occurrence of common and serious adverse events after iodopovidone pleurodesis. Second endpoints were to describe dose-dependent relation to adverse events, procedure efficacy and patient\'s quality of life. METHODS: clinical trial including patients with recurrent malignant pleural effusion, undergone to pleurodesis, randomized into two groups: group 1 received 1% iodopovidone and group 2 received 2% Iodopovidone. We sought adverse events systematically with clinical and complementary evaluations since before pleurodesis and on several times postoperative. Clinical evaluation involved pain analog scale, dyspnea scale, oxygen saturation, heart frequency, arterial blood pressure, body temperature and visual acuity. Complementary evaluation was done by electrocardiogram, chest x-ray and laboratory tests (hemogram, renal function, liver function and thyroid function). All adverse events were graduated according to the Common Terminology Criteria for Adverse Events (CTCAEV). Efficacy was considered when the patients did not need further pleural procedure after pleurodesis and quality of life analysis was determined by questionnaire. RESULTS: Sixty patients were enrolled, thirty in each group, 55 females and 5 males. Mean age was 55,9 ± 11,7. The mainly etiology of malignant pleural effusion was breast cancer, in 43 patients, followed by lung cancer and ovarian tumor. We found 47 serious adverse events, possibly related to iodopovidone pleurodesis that occurred in 34 patients on 30 days follow-up. Most frequent clinical adverse events of these were pain, eleven patients, hypertension, ten and empyema in one patients. Serious metabolic events founded were hyponatremia in eight patients, alkaline phosphatase, alanine aminotransferase and aspartate aminotransferase increased in ten, three and one patients respectively and hypokalemia in one patient. Success rate occurred in 96%. We didn\'t find change on quality of life after pleurodesis. We found no difference in patient\'s demographical data, occurrence of adverse events, efficacy and quality of life between groups. CONCLUSIONS: Observed common and serious adverse events related to iodopovidone pleurodesis were pain, hypertension, and some metabolic alterations. We found good efficacy for iodopovidone pleurodesis, but no significant change in patient\'s quality of life after procedure. This report does not suggest dose-dependent relation for the occurrence of adverse events
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Fatores genéticos associados ao clareamento espontâneo e resposta ao tratamento da infecção pelo vírus da hepatite C / Genetic factors associated with spontaneous clearance and response to treatment of hepatitis C infectionAna Catharina de Seixas Santos Nastri 17 October 2016 (has links)
O vírus da hepatite C (HCV) é uma importante causa de doença hepática crônica e de complicações associadas, tais como cirrose e hepatocarcinoma (HCC). Fatores virais e do hospedeiro são conhecidos preditores da terapia antiviral. Fatores do hospedeiro preditores da resposta viral sustentada (RVS) foram descobertos por estudos de associação genômica ampla (GWAS), correspondendo a polimorfismos de nucleotídeo único (SNPs) nos genes IFNL3 e IFNL4 (rs8099917, rs12979860 e rs368234815). O objetivo do presente trabalho foi verificar as frequências genotípicas dos SNPs rs8099917, rs12979860 e rs368234815 e avaliar a associação entre estes SNPs e a evolução clínica e a resposta ao tratamento da infecção pelo HCV tendo em conta a ancestralidade genética da população estudada. Neste estudo, foi observada a associação dos três polimorfismos tanto com o desfecho clínico quanto com a resposta ao tratamento com interferon peguilado (PEG-IFN) e ribavirina (RBV). Os polimorfismos rs12979860 e rs368234815 foram associados com aumento da sensibilidade (respectivamente 97,7%, IC 95% 87,2-100, e 93,3%, IC 95% 81,3-98,3) e com um maior valor preditivo de uma resposta positiva ao tratamento. Na análise multivariada ajustada por sexo, idade e ancestralidade genética, o haplótipo G/T/?G foi relacionado com a não-resposta ao tratamento (OR = 21,09, IC 95% 5,33-83,51; p < 0,001) e com uma chance maior de desenvolver infecção crônica (OR = 5,46, IC 95% 2,06-14,46; p=0,001), quando comparado com haplótipo T/C/TT. Estes resultados podem ajudar a ajustar políticas de tratamento para a infecção por HCV em populações com tais características genéticas, assim como nos permitem conhecer o perfil genético da nossa população em relação a esses polimorfismos / Hepatitis C virus (HCV) infection is a major cause of chronic liver disease and associated complications such as liver cirrhosis and hepatocellular carcinoma (HCC). Viral and host factors are known to be predictors for anti-viral therapy. Host factors predictors of sustained viral response (SVR) were discovered by Genome-Wide Association Studies (GWAS), including single nucleotide polymorphisms (SNPs) near or on genes IFNL3 and IFNL4 (rs8099917, rs12979860 and rs368234815). The aim of the present work was verify the genotype frequencies of SNPs rs8099917, rs12979860 and rs368234815, and evaluate the association between these SNPs and HCV infection outcome taking into account the genetic ancestry of the population. In this study, there was an association of the three polymorphisms with both clinical outcome and response to treatment with pegylated interferon (PEG-IFN) and ribavirin (RBV). The polymorphisms rs12979860 and rs368234815 showed increased sensitivity (97.7%, 95% CI 87.2-100, and 93.3%, 95% CI 81.3-98.3 respectively) and greater predictive value of a positive response to treatment. In multivariable analysis adjusted by gender, age and genetic ancestry, the haplotype G/T/?G was related to non-response to treatment (OR = 21.09, 95% CI 5.33-83.51; p < 0.001) and to a higher chance to develop chronic infection (OR = 5.46, 95% CI 2.06-14.46; p=0.001) when compared to haplotype T/C/TT. These findings may help to adjust our treatment policies for HCV infection in populations with such genetic characteristics, as well as allowing us to get to know the genetic profile of our population for these polymorphisms
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Efeito do treinamento físico não-supervisionado na qualidade de vida, capacidade física e controle neurovascular em pacientes com insuficiência cardíaca / Effects of a home-based exercise training on the benefits of quality of life, physical capacity and neurovascular control in patients with heart failureFabio Gazelato de Mello Franco 30 May 2005 (has links)
INTRODUÇÃO: O benefício de um programa de treinamento físico em pacientes com insuficiência cardíaca tem sido bastante documentado. Contudo, pouco se conhece a respeito dos benefícios de um programa de treinamento fisco nãosupervisionado na qualidade de vida, capacidade física e no controle neurovascular, após uma fase inicial de treinamento físico supervisionado. Foi ainda objetivo deste estudo, analisar a efetividade de um programa de atividade física na redução dos níveis de catecolaminas plasmáticas, NT-ProBNP e Interleucina 6 em pacientes com disfunção ventricular na vigência de betabloqueadores. MÉTODOS: Trinta pacientes (idade 54±1,7 anos) com disfunção ventricular esquerda acentuada foram inicialmente selecionados para o estudo. Os pacientes foram divididos em 2 grupos: o grupo controle (n=12); e o grupo treinamento físico (n=18). No início do estudo todos tiveram a qualidade de vida avaliada pelo questionário de Minnesota, e foram dosados os níveis de Interleucina 6, NT-ProBNP, e catecolamina plasmática. A atividade nervosa simpática muscular foi registrada diretamente no nervo fibular através da técnica da microneurografia. O fluxo sangüíneo muscular em antebraço foi avaliado pela técnica da pletismografia de oclusão venosa. Ambos os procedimentos foram registrados em repouso e durante o exercício isométrico a 30% da contração voluntária máxima. A capacidade física foi avaliada por meio da ergoespirometria. O grupo treinamento foi submetido inicialmente a quatro meses de treinamento físico supervisionado composto por 3 sessões de 60 minutos por semana, mantendo uma freqüência cardíaca correspondente a 10% abaixo do ponto de descompensação respiratória determinado pela ergoespirometria. Após a fase de treinamento físico supervisionado, os pacientes foram orientados a realizar quatro meses adicionais de treinamento físico de forma não-supervisionada, na mesma freqüência e intensidade determinadas durante a fase de treinamento supervisionado. A medida da qualidade de vida, atividade nervosa simpática muscular, fluxo sangüíneo muscular e análise laboratorial foram repetidas em 4 meses em ambos os grupos e no oitavo mês apenas no grupo submetido ao treinamento físico. RESULTADOS: Após os quatro primeiros meses, o grupo treinado apresentou melhora na qualidade de vida comparado ao grupo controle (39±6 vs 42±5 pontos; p=0,014). A atividade nervosa simpática muscular em repouso e durante o exercício isométrico a 30% da contração voluntária máxima também apresentaram melhora (47±5 vs 73±6 impulsos/ 100 bat; p=0,0052) e (61±5 vs 77±6 impulsos/ 100 bat; p=0,034), respectivamente. O fluxo sangüíneo muscular em antebraço em repouso aumentou no grupo treinado (1,96±0,11 vs 1,51±0,12 ml/min/100 ml tecido; p=0,015). Quatro meses de treinamento físico não-supervisionado foram efetivos na manutenção dos benefícios na qualidade de vida (52±6 vs 36±6 vs 33±5 pontos; p=0,0001), no fluxo sangüíneo muscular em antebraço, tanto em repouso (1,62±0,47 vs 1,93±0,56 vs 2,18±0,63 ml/min/100 ml tecido; p=0,03) como durante o exercício isométrico (2,04±0,11 vs 2,69±0,18 vs 2,74 ±0,2 ml/min/100 ml tecido; p=0,0016) e na capacidade física (71±9 vs 84±9 vs 88±9 Watts; p=0,0073). Não houve diferença nas medidas seriadas de NTProBNP, Interleucina 6 e de catecolaminas plasmáticas. CONCLUSÕES: O treinamento físico não-supervisionado por quatro meses, após uma fase de treinamento físico supervisionado, foi efetivo na manutenção dos benefícios na qualidade de vida, capacidade física e no fluxo sangüíneo muscular em antebraço. Não houve diferença nas medidas laboratoriais dos pacientes com disfunção ventricular esquerda treinados por oito meses / INTRODUCTION: The benefits of a physical training program in patients with heart dysfunction have been well described. However little is know about the response of a home-based exercise training in quality of life, physical capacity and neurovascular control in patients with heart failure, after a initial four months supervised training. The second objective of this study was to analyze the effectiveness of a exercise program on catecholamine, NT-ProBNP and Interleukin 6 in patients with heart dysfunction receiving beta-blockers. METHODS: Thirty patients (age 54±1,7 years) with severe heart dysfunction were initially enrolled in the protocol. They were divided in two groups; a control group (n=12) and a exercise group (n=18). Initially, both group had the measuring of quality of life by Minnesota questionnaire, Interleukin 6, NT-ProBNP and catecholamine. Muscle sympathetic nerve activity was recorded directly from fibular nerve using the technique of microneurography. Forearm blood flow was measured by venous plethysmography. Both procedures were recorded at rest and during 30% of maximal isometric contraction. The exercise group was submitted initially to fourmonths supervised exercise training program consisted of three 60 min exercise XXIX sessions per week, at heart rate levels that corresponded up to 10% below the respiratory compensation point. After the supervised period, the exercise group was instructed to perform an additional four-months home-based exercise training in the same frequency and intensity they had usually done. The quality of life, muscle sympathetic nerve activity, forearm blood flow and laboratory analysis were repeated at four months in both groups and only in the exercise group at eight months. RESULTS: After the initial 4 months the exercise group improved the quality of life compared to the control group (39±6 vs 42±5 units; p=0,014). The muscle sympathetic nerve activity at rest and during 30% of the maximum isometric contraction was also improved (47±5 vs 73±6 bursts/100 heart beat; p=0,0052) and (61±5 vs 77±6 bursts/100 heart beat; p=0,0276), respectively. The forearm blood flow at rest reduced in the exercise group (1,96±0,11 vs 1,51±0,11ml/min/100 ml tissue; p=0,015). An additional 4 month home-based exercise training was effective on the maintenance of the benefits on quality of life ( 52±6 vs 36±6 vs 33±5 points; p=0,0001), forearm blood flow at rest (1,62±0,47 vs 1,93±0,56 vs 2,18±0,63 ml/min/100 ml tissue; p=0,03), and during 30% of the maximum isometric contraction (2,04±0,11 vs 2,69±0,18 vs 2,74 ±0,2 ml/min/100 ml tissue; p=0,0016) and on physical capacity (71±9 vs 84±9 vs 88±9 Watts; p=0,0073). There was no difference on the measurements of NT-ProBNP, Interleukin 6 and catecholamine. CONCLUSIONS: A home-based exercise training for four months, after a supervised phase, was effective on the maintenance of the benefits of quality of life, physical capacity and forearm blood flow. There was no difference on the laboratorial measurements after an eight months physical training on patients with heart dysfunction
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Desenvolvimento de modelos preditores de óbito cardíaco na terapia de ressincronização / Development of predictive models of cardiac mortality in resynchronization therapyEduardo Arrais Rocha 28 February 2014 (has links)
Introdução: A terapia de ressincronização cardíaca (TRC) é um tratamento recomendado pelas principais diretrizes mundiais para pacientes com insuficiência cardíaca congestiva (ICC), disfunção ventricular esquerda (FE <= 35%), com tratamento otimizado e distúrbio da condução intraventricular, principalmente pelo ramo esquerdo. Entretanto, 30%-40% dos pacientes selecionados não respondem ao tratamento. As razões desse insucesso não são completamente conhecidas. Existe, portanto, necessidade de desenvolvimento de índices multifatoriais para melhor selecionar e acompanhar a evolução e o prognóstico destes pacientes. Objetivo: Elaborar modelos preditores de risco de óbito cardíaco ou transplante (Tx), em diferentes fases da TRC. Métodos e Casuística: Estudo observacional, prospectivo e analítico, com inclusão de 116 pacientes, entre 01/2008 a 03/2013, sendo 69,8% do sexo masculino, com CF III (68,1%) e IV ambulatorial (31,9%), com BRE em 71,55% e com idade de 64,89 ± 11,18 anos e fração de ejeção (FE) de 29%. Avaliações foram feitas no período pré-implante (tempo 1), 6-12 meses (tempo 2) e 18-24 meses (tempo 3) e correlacionadas com a mortalidade cardíaca/Tx no final do seguimento. Foram estudadas variáveis clínicas, eletrocardiográficas e ecocardiográficas e realizadas análises de regressão de Cox e regressão logística, com a construção da curva ROC. As curvas de sobrevidas foram realizadas pelo método de Kaplan-Meier e comparadas pelo log-rank. Modelos e escores foram elaborados pelas pontuações do \"hazard ratio\", utilizado como variável independente no modelo de regressão logística. Resultados: Ocorreram 29 (25%) óbitos/Tx durante o seguimento de 34,09 ± 17,9 meses. A mortalidade cardíaca/Tx foi de 16,3 % (19 pacientes). Seis pacientes foram transplantados durante o tempo do estudo. No período préimplante (tempo 1), a presença de disfunção de ventrículo direito (VD), FE < 25% e o uso de altas doses de diuréticos (dois ou mais comprimidos de furosemida) mostraram-se com valor independente, com aumento de risco de óbito cardíaco/Tx de 3,9; 4,8 e 5,9 vezes, respectivamente. No tempo 2 (1° ano), as variáveis disfunção de VD, altas doses de diuréticos e internações por ICC foram as variáveis significativas, com aumento de risco 3,5; 5,3 e 12,5 respectivamente. No tempo 3 (2° ano), as variáveis disfunção de VD e classe funcional III/IV foram significativas no modelo multivariado de Cox, com aumento de risco de 12,1 e 7,7. As acurácias dos modelos foram 84,6%; 93% e 90,5%, respectivamente. Conclusão: Os modelos preditores de óbito cardíaco desenvolvidos a partir de variáveis clínicas e ecocardiográficas, obtidas em diferentes fases da TRC, mostraram boa acurácia e podem ajudar na seleção, seguimento, definição de resposta e aconselhamento destes pacientes / Introduction: Cardiac resynchronization therapy (CRT) is indicated for patients with congestive heart failure (CHF), ejection fraction (EF) <= 35%, and bundle branch block. However, 30%-40% do not respond to CRT. Therefore, there is a need to develop multifactorial indexes to better select and follow these patients. Objective: This work aims to develop predictive models for the risk of cardiac death or transplantation (Tx) at different stages of CRT. Methods: We performed a prospective observational study of 116 patients, 69.8% males, functional class (FC) III (68.1%) and IV (31.9%), LBBB in 71.55%, age 64.89 ± 11.18 years. We studied clinical, electrocardiographic, and echocardiographic variables and performed Cox and logistic regression with ROC and Kaplan- Meier curves. Results: The cardiac mortality was 16.3% (19 patients) in the 34.09 ± 17.9 follow-up months. Pre-implantation, the right ventricular dysfunction (RVD), EF <25%, and the use of high doses of diuretics (HDD) increased risk of cardiac death or Tx of 3.9, 4.8, and 5.9 fold, respectively, and in the first year, the variables RVD, HDD, and hospitalizations for CHF increased risk of death of 3.5, 5.3, and 12.5, respectively. In the 2nd year, the variables RVD and FC III / IV (NYHA) were significant in the multivariate Cox model. The accuracies of the models were 84.6%, 93%, and 90.5%, respectively. Conclusions: Cardiac death predictive models were developed in different stages of CRT, and were based on the analysis of simple clinical and echocardiographic variables. The models showed good accuracy and can help in the selection and follow-up of these patients
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Efeito da associação da triancinolona à viscossuplementação do joelho / Effect of the addition of corticosteroid to viscosupplementation of the kneeCampos, Gustavo Constantino de 19 March 2014 (has links)
O presente estudo destinou-se a avaliar se os resultados clínicos iniciais da viscossuplementação poderiam ser melhorados com a adição de corticosteróide. As injeções intra-articulares são usadas há muitos anos no tratamento da osteoartrite dos joelhos, principalmente com suspensões cristalinas de corticosteróides. A viscossuplementação é uma intervenção relativamente nova, atualmente recomendada no tratamento da osteoartrite. Trata-se da injeção de ácido hialurônico exógeno em articulações diartrodiais, visando, além de restaurar as propriedades reológicas do líquido sinovial, efeitos modificadores da doença osteoartrite. Revisões sistemáticas mostram que a melhora clínica ocorre em duas a cinco semanas após a viscossuplementação. Comparando-se a viscossuplementação com a injeção intraarticular com corticosteróides, dados recentes sugerem maior eficiência no alívio da dor nas quatro primeiras semanas após a infiltração com corticosteróides, similaridade dos procedimentos ao redor da quarta semana e melhores resultados com a viscossuplementação após a oitava semana. Este inicio de ação mais tardio, associado a relatos de sinovite reacional após a viscossuplementação podem desencorajar médicos e pacientes ao uso desta modalidade de tratamento. No presente estudo foram avaliados 104 pacientes em tratamento para osteoartrite do joelho no grupo de doenças osteometabólicas do Instituto de Ortopedia do Hospital das Clínicas da FMUSP. Os pacientes foram randomizados em dois grupos. Um dos grupos foi denominado VS e recebeu uma única injeção intra-articular de 6ml de Hylan GF-20 (Synvisc One®-Genzyme) no joelho estudado. O segundo grupo foi denominado VS+T e recebeu uma injeção intra-articular de 6ml de Hylan GF-20 (Synvisc One®-Genzyme) mais 1ml (20mg) de Hexacetonido de Triancinolona (Triancil®-Apsen). Foram aplicados a escala visual analógica de dor (EVA) e os questionários de WOMAC e Lequesne uma semana antes da injeção e após uma, quatro, 12 e 24 semanas. Os dois grupos com 52 pacientes cada eram homogêneos. Na primeira semana, o WOMAC e a EVA apresentaram melhores resultados no Grupo VS+T (p < 0,01) em relação ao Grupo VS. Na quarta semana não houve diferença entre os grupos. Ambos apresentaram resultados similares nas semanas 12 e 24. Concluiu-se que a adição de hexacetonido de triancinolona melhorou os resultados clínicos da viscossuplementação no curto prazo, sem interferir nos resultados a longo prazo ou na incidência de efeitos adversos / The present study aims to assess if the initial results of viscosupplementation can be improved by the addition of corticosteroid. Intraarticular injections have been used for many years to treat arthritis and other painful articular disorders, mainly using long-lasting crystalline corticosteroid suspensions. Viscosupplementation is a relatively new intervention that is now widely used and recommended for the treatment of knee osteoarthritis. It is comprised of the injection of exogenous hyaluronic acid in diarthrodial joints, in order to restore the rheological properties of synovial fluid and also to promote osteoarthritis disease-modifying effects. Several placebo-controlled studies reported that clinical improvement began only within two to five weeks after viscosupplementation. When comparing viscosupplementation versus intraarticular injection of corticosteroid, recent data suggest that from baseline to week four, intraarticular steroid were more effective for pain relief. By the fourth week, however, both provided similar relief, but beyond the eighth week, hyaluronic acid provided greater pain reduction. The mechanism of action of hyaluronic acid, with delayed onset of pain/functional improvement, combined with reports of reactional sinovitis may discourage physicians and patients regarding this treatment modality. The present study evaluated 104 patients receiving usual care for knee osteoarthritis at the University of São Paulo Medical Center. Patients were randomized to receive either a single intra-articular injection of 6ml of Hylan GF-20 (Synvisc One®-Genzyme) (Group VS) or a single intra-articular injection of 6ml of Hylan GF-20 (Synvisc One®-Genzyme) plus 1ml (20mg) of Triamcinolone Hexacetonide (Triancil®-Apsen) (Group VS+T). VAS, WOMAC and Lequesne questionnaires were applied one week prior the injection, and after one, four, 12 and 24 weeks. The two groups with 52 patients each were homogeneous. At week one, WOMAC and VAS showed better results for Group VS+T compared to Group VS (p < 0,05). At week four the scores did not show statistically significant differences. The groups showed similar results at weeks 12 and 24. In conclusion, the addition of triamcinolone improved first-week symptom and functional scores of viscosupplementation, but not beyond. It did not seem to alter the likelihood of adverse effects
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Padrão de expressão e significado prognóstico dos genes BCL2, BCL6, CCND2, FN1, LMO2 e SCYA3 pela técnica de PCR em tempo real com linfoma difuso de grandes células B tratado com rituximabe / Gene expression profile and prognostic significance of the genes BCL2, BCL6, CCND2, FN1, LMO2 and SCYA3 by means of real-time PCR technique in diffuse large B-cell lymphoma treated with rituximabXavier, Flavia Dias 13 May 2013 (has links)
Introdução: O linfoma difuso de grandes células B é o mais freqüente grupo de linfoma não- Hodgkin, perfazendo quase 50% dos casos no serviço de hematologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e Instituto do Câncer do Estado de São Paulo. Possui heterogeneidade clínica e biológica traduzida em mais de vinte subtipos na Organização Mundial da Saúde. Sua terapêutica se baseia na associação do anticorpo monoclonal anti-CD20 e quimioterapia com antracíclico, esquema que resulta em 43,5% de sobrevida global em 10 anos. Determinantes de prognóstico clínico como o Índice Internacional de Prognóstico e o Índice Internacional de Prognóstico Revisado carecem de acurácia, pois até 20% dos pacientes de baixo risco falecerão da doença e 60% dos pacientes de alto risco estarão vivos em quatro anos. Essas discrepâncias podem, em parte, ser atribuídas a fatores genéticos. A assinatura gênica do linfoma difuso de grandes células B tipo centro germinativo apresenta sobrevida global superior ao tipo células B ativadas (76% versus 16%, p=0,01), contudo o perfil de expressão gênica por microarray ainda não está disponível na prática clínica. Entretanto, o escore preditivo de mortalidade para linfoma difuso de grandes células B baseado no valor prognóstico da expressão dos genes BCL2, BCL6, CCND2, FN1, LMO2 e SCYA3 por PCR em tempo real quantitativa mostrou-se independente do Índice Internacional de Prognóstico na era pré-rituximabe. Mas não foi significante em pacientes de alto risco clínico tratados com R-CHOP. Os genes BCL2, CCND2 e SCYA3 integram a assinatura de células B ativadas, BCL6 e LMO2 a do centro germinativo e FN1 a linfonodal. Objetivo: Avaliar o impacto da expressão absoluta dos genes BCL2, BCL6, CCND2, FN1, LMO2 e SCYA3 em população brasileira com linfoma difuso de grandes células B tratada com R-CHOP em relação à resposta global, sobrevida livre de doença, sobrevida livre de progressão e sobrevida global. Métodos: A expressão gênica foi analisada por PCR em tempo real quantitativa de RNA extraído de amostras parafinadas de 63 pacientes, porém foi avaliável em 42. Seus valores foram normatizados pelo gene endógeno ABL e transformados em escala logarítmica na base 2 para posterior correlação com variáveis clínicas e de desfecho. Resultados: Com mediana de seguimento de 29 meses, as sobrevidas global, livre de doença e livre de progressão foram, respectivamente, 82,8%, 97,14% e 87,53%, enquanto a resposta completa foi 82,5%. A expressão de LMO2>3logs e BCL6>3,5logs definiu um grupo de maior sobrevida global (91% versus 64,3%, p=0,040) e sobrevida livre de doença (95,5% versus 70,7%, p=0,03), independentemente do Índice Internacional de Prognóstico (p=0,010 e p=0,042) e com significativa hiperexpressão do SCYA3 (p=0,046). Não se observou associação entre escore preditivo de mortalidade baseado nos seis genes e prognóstico. Assim, foi criado novo escore genético prognóstico baseado no poder da expressão concomitante de LMO2 e CCND2, definindo-se grupos de baixo risco (<2,5) e alto risco (>=2,5) com distintas sobrevidas global (92,4% versus 57,1%, p=0,011) e livre de progressão (96,2% versus 66,7%, p=0,013), independentes do IPI. Conclusão: Em pacientes com linfoma difuso de grandes células B tratados com R-CHOP, a hiperexpressão de BCL6, LMO2 e SCYA3 correlacionou-se com melhor prognóstico. O novo escore genético prognóstico definido por LMO2 e CCND2 estratificou grupos de risco de prognósticos distintos independentes do Índice Internacional de Prognóstico / Introduction: Diffuse large B-cell lymphoma is the most common type of non-Hodgkin lymphoma; which accounts for almost 50% of the cases at the Hematology Department of Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo and Instituto do Câncer do Estado de São Paulo. Its clinical and biological heterogeneity results in more than twenty subtypes according to the World Health Organization classification. Its treatment is based on a combination of anti-CD20 monoclonal antibody and antracycline-based chemotherapy, with a 10-year overall survival of 43.5%. Clinical prognostic determinants such as the International Prognostic Index and the Revised International Prognostic Index lack accuracy, since up to 20% of low-risk patients will die from the disease and up to 60% of high-risk patients will be alive within four years. Such discrepancies can partially be attributed to genetic factors. Diffuse large B-cell lymphoma germinal center gene signature shows superior overall survival compared to activated B-cell signature (76% versus 16%, p=0.01), however microarray gene expression profile is not yet available in clinical practice. Nonetheless, the Mortality Predictor Score for diffuse large B-cell lymphoma based on the prognostic value of BCL2, BCL6, CCND2, FN1, LMO2 and SCYA3 gene expression by quantitative real-time PCR has proved to be independent from the International Prognostic Index in the pre-rituximab era. But it was not significant in high clinical risk patients treated with R-CHOP. The genes BCL2, CCND2 and SCYA3 compose activated B-cell signature, whereas BCL6 and LMO2 compose the germinal center signature and FN1 the lymph-node signature. Objective: Evaluate the impact of BCL2, BCL6, CCND2, FN1, LMO2 and SCYA3 absolute gene expression in Brazilian population diagnosed with diffuse large B-cell lymphoma and treated with R-CHOP, with respect to overall response, disease free survival, progression free survival and overall survival. Methods: Gene expression was analyzed by quantitative real-time PCR of RNA extracted from paraffin-embedded samples of 63 patients, although evaluable in 42. Their values were normalized by endogenous gene ABL and log- transformed on a base 2 scale for subsequent correlation with clinical and outcome variables. Results: With a median follow-up of 29 months, overall survival, disease free survival and progression free survival accounted for 82.8%, 97.14% and 87.53% respectively, while complete response was 82.5%. The expression of LMO2>3logs and BCL6>3.5logs defined a group with higher overall survival (91% versus 64.3%, p=0.040) and progression free survival (95.5% versus 70.7%, p=0.03), independent of International Prognostic Index (p=0.010 and p=0.042) and with significant overexpression of SCYA3 (p=0.046). It was not identified any association between six gene Mortality Predictor Score and prognosis. As a result, we developed the New Genetic Prognostic Score based on the power of concomitant expression of LMO2 and CCND2, defining low-risk (<2.5) and high-risk (>=2.5) groups with distinct overall survival (92.4% versus 57.1%, p=0.011) and progression free survival (96.2% versus 66.7%, p=0.013), independent of International Prognostic Index. Conclusion: In patients with diffuse large B-cell lymphoma treated with R-CHOP, hyperexpression of BCL6, LMO2 and SCYA3 was correlated with a better prognosis. The New Genetic Prognostic Score, defined by LMO2 and CCND2, stratified risk groups with different prognosis, independent of International Prognostic Index
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