Spelling suggestions: "subject:"iio amazonas."" "subject:"iio amazonase.""
1 |
Palinologia dos sedimentos cenozóicos da Foz do Rio Amazonas / Not available.Regali, Marilia da Silva Pares 11 September 1973 (has links)
As perfurações marítimas efetuadas pela PETROBRÁS na plataforma continental da Foz do Rio Amazonas, revelaram a ocorrência de espessa seção sedimentar cenozóica rica em palinomorfos e até então pouco representada na parte emersa das bacias sedimentares brasileiras. A Bacia Sedimentar da Foz do Rio Amazonas situa-se no litoral setentrional do Brasil, estendendo-se do litoral do Estado do Pará ao litoral do território Federal do Amapá. Localiza-se entre os paralelos de 4°N e 3°S e entre os meridianos 46° e 52°WGR. As análises lito e bioestratigráficas proporcionaram a divisão estratigráfica preliminar (Schaller & Vasconcelos, 71) em três unidades básicas a saber: uma unidade inferior, Formação Jacarezinho e Formação Limoeiro; uma seção intermediária, representada na área continental pela Formação Marajó e na plataforma continental pela Formação Amapá; uma seqüência superior (Grupo Pará), constituída pela Formação Pirarucu e Formação Tucunaré. Os sedimentos aqui estudados correspondem à Formação Amapá e ao Grupo Pará. Quanto aos estudos palinológicos dessa área, sabe-se que Boer, van der Hammen e Wymstra (1965) estudaram alguns poços da área emersa da bacia, comparando os intervalos estudados com intervalos de mesma idade da Guiana Inglesa. Posteriormente, alguns técnicos da PETROBRÁS estudaram poços da parte emersa e submersa, constando as suas observações em relatórios internos, não divulgados. Foram aqui estabelecidas e formalizadas quatro zonas e nove subzonas diferenciais superiores que sse seguem em ordem ascendente: Zona Proxapertites operculatus compreendendo 3 subzonas; Zona Cicatricosisporites dorogensis que compreende também 3 subzonas; Zona Echitriletes muelleri com três subdivisões; Zona Pachydermites dierixi, sem subdivisões. Estabelecida a coluna palinológica, foi a mesma correlacionada com outras áreas da América do Sul como Colômbia, Venezuela, Caribe e com a parte ocidental da África. Os métodos de análise palinológica usados foram o qualitativo, para o estabelecimento das zonas, e o quantitativo para estudos de paleoambientes. Foram selecionadas oitenta e seis formas de maior interesse bioestratigráfico e todas elas são aqui descritas e ilustradas. Vinte dessas formas são novas para a literatura. Pela análise quantitativa, usando a razão pólen/plâncton, constatou-se que: durante o Paleoceno-Eoceno Inferior o ambiente era restrito a nerítico raso. Durante o Eoceno Médio-Oligoceno, as condições de ambiente nerítico raso prevaleceram, passando a nerítico profundo na base do Mioceno Inferior daí passando a condições litorâneas até o Mioceno Superior (não há registro palinológico mais novo). Com base ainda na razão pólen/microplâncton, a transgressão marinha melhor caracterizada para a área, processou-se na base do Mioceno Inferior. Foi evidenciada grande quantidade de palinomorfos paleozóicos retrabalhados em sedimentos da Formação Pirarucu (Schaller & Vasconcelos, 1971), de idade Mioceno-Pleistoceno. Estes palinomorfos pertencem ao Devoniano e Permiano. A presença de palinomorfos retrabalhados do Cretáceo no Mioceno foi determinada na área do Amapá, indicando assim que rochas cretáceas expostas durante esse tempo também contribuíram para a sedimentação da Formação Pirarucu. O conjunto paleoflorístico da área compreende, pelo menos, três grupos distintos: a flora paleozóica (retrabalhada), a flora local (litorânea e de \"mangrove\") e a flora exótica (coníferas e pteridófitas de \"habitat\" montanhoso). A vegetação pobre quase exclusiva de palmas do Paleoceno-eoceno Inferior, foi abruptamente extinta no início do Eoceno Médio provavelmente por imposições ambientais de uma costa progressivamente baixa ou por mudanças climáticas. Do paleoceno até o fim do eoceno, o clima era quente e úmido (tropical), apresentando condições mais amenas a partir do Oligoceno. Durante o Mioceno, as condições climáticas favoráveis facilitaram aa diversificação da flora. / Not available.
|
2 |
Palinologia dos sedimentos cenozóicos da Foz do Rio Amazonas / Not available.Marilia da Silva Pares Regali 11 September 1973 (has links)
As perfurações marítimas efetuadas pela PETROBRÁS na plataforma continental da Foz do Rio Amazonas, revelaram a ocorrência de espessa seção sedimentar cenozóica rica em palinomorfos e até então pouco representada na parte emersa das bacias sedimentares brasileiras. A Bacia Sedimentar da Foz do Rio Amazonas situa-se no litoral setentrional do Brasil, estendendo-se do litoral do Estado do Pará ao litoral do território Federal do Amapá. Localiza-se entre os paralelos de 4°N e 3°S e entre os meridianos 46° e 52°WGR. As análises lito e bioestratigráficas proporcionaram a divisão estratigráfica preliminar (Schaller & Vasconcelos, 71) em três unidades básicas a saber: uma unidade inferior, Formação Jacarezinho e Formação Limoeiro; uma seção intermediária, representada na área continental pela Formação Marajó e na plataforma continental pela Formação Amapá; uma seqüência superior (Grupo Pará), constituída pela Formação Pirarucu e Formação Tucunaré. Os sedimentos aqui estudados correspondem à Formação Amapá e ao Grupo Pará. Quanto aos estudos palinológicos dessa área, sabe-se que Boer, van der Hammen e Wymstra (1965) estudaram alguns poços da área emersa da bacia, comparando os intervalos estudados com intervalos de mesma idade da Guiana Inglesa. Posteriormente, alguns técnicos da PETROBRÁS estudaram poços da parte emersa e submersa, constando as suas observações em relatórios internos, não divulgados. Foram aqui estabelecidas e formalizadas quatro zonas e nove subzonas diferenciais superiores que sse seguem em ordem ascendente: Zona Proxapertites operculatus compreendendo 3 subzonas; Zona Cicatricosisporites dorogensis que compreende também 3 subzonas; Zona Echitriletes muelleri com três subdivisões; Zona Pachydermites dierixi, sem subdivisões. Estabelecida a coluna palinológica, foi a mesma correlacionada com outras áreas da América do Sul como Colômbia, Venezuela, Caribe e com a parte ocidental da África. Os métodos de análise palinológica usados foram o qualitativo, para o estabelecimento das zonas, e o quantitativo para estudos de paleoambientes. Foram selecionadas oitenta e seis formas de maior interesse bioestratigráfico e todas elas são aqui descritas e ilustradas. Vinte dessas formas são novas para a literatura. Pela análise quantitativa, usando a razão pólen/plâncton, constatou-se que: durante o Paleoceno-Eoceno Inferior o ambiente era restrito a nerítico raso. Durante o Eoceno Médio-Oligoceno, as condições de ambiente nerítico raso prevaleceram, passando a nerítico profundo na base do Mioceno Inferior daí passando a condições litorâneas até o Mioceno Superior (não há registro palinológico mais novo). Com base ainda na razão pólen/microplâncton, a transgressão marinha melhor caracterizada para a área, processou-se na base do Mioceno Inferior. Foi evidenciada grande quantidade de palinomorfos paleozóicos retrabalhados em sedimentos da Formação Pirarucu (Schaller & Vasconcelos, 1971), de idade Mioceno-Pleistoceno. Estes palinomorfos pertencem ao Devoniano e Permiano. A presença de palinomorfos retrabalhados do Cretáceo no Mioceno foi determinada na área do Amapá, indicando assim que rochas cretáceas expostas durante esse tempo também contribuíram para a sedimentação da Formação Pirarucu. O conjunto paleoflorístico da área compreende, pelo menos, três grupos distintos: a flora paleozóica (retrabalhada), a flora local (litorânea e de \"mangrove\") e a flora exótica (coníferas e pteridófitas de \"habitat\" montanhoso). A vegetação pobre quase exclusiva de palmas do Paleoceno-eoceno Inferior, foi abruptamente extinta no início do Eoceno Médio provavelmente por imposições ambientais de uma costa progressivamente baixa ou por mudanças climáticas. Do paleoceno até o fim do eoceno, o clima era quente e úmido (tropical), apresentando condições mais amenas a partir do Oligoceno. Durante o Mioceno, as condições climáticas favoráveis facilitaram aa diversificação da flora. / Not available.
|
3 |
Estrutura e manejo de uma floresta de várzea do estuário amazônico / Structure and management of a floodplain forest in the Amazon estuaryMacedo, Domingos Sávio Moreira dos Santos 05 September 1996 (has links)
O estudo está dividido em quatro capítulos. O Capítulo I fornece algumas informações ecológicas básicas sobre a estrutura e funcionamento de florestas de várzea do estuário amazônico, principalmente em relação aos regimes periódicos de inundação das várzeas de maré e suas influências sobre o meio biofísico. Nos capítulos seguintes são apresentados resultados que poderão servir como base ecológica para o manejo deste ecossistema. Sob várias intensidades de manejo florestal, o estudo enfoca o impacto sobre a vegetação arbórea (Capítulo IV) e regeneração natural de plântulas e o crescimento de mudas de Virola surinamensis que foram plantadas na floresta (Capítulo II). A área de estudo está localizada na foz do rio Amazonas, no município de Gurupá, Estado do Pará (latitude 1º29S e longitude 51º38W). Existem dois níveis de oscilação da maré na região do estuário: i) nível baixo de água abaixo do solo compreendendo os meses de julho a janeiro, o que praticamente coincide com o período menos intenso de chuva; e ii) nível alto de água nos meses de fevereiro a junho, coincidindo com os períodos de maior intensidade de chuva. O regime de inundações periódicas é o grande catalizador dos processos bióticos e abióticos das várzeas, acelerando os processos de renovação dos seus recursos. Na metodologia adotada foram instaladas 16 parcelas de 70 x 70 metros (0,49 ha) de forma quadrada, onde foi realizado um inventário de todos os indivíduos acima de 10 cm de DAP. Foram realizados 4 tratamentos com 4 repetições cada: i) testemunha (sem exploração: tratamento 1 TI); ii): retirada de 25% da área basal a partir dos maiores diâmetros (tratamento 2 T2); iii) retirada de 50% da área basal (tratamento 3 T3); iv) retirada de 75% da área basal (tratamento 4 T4). Após a exploração foram instaladas sub-parcelas de 40 x 40 metros (0,16 ha)dentro das parcelas de 0.49 ha, ou seja, foi deixada uma bordadura de 15 metros para cada lado. Em seguida foi realizado um plantio de enriquecimento de Virola surinamensis (Rol.) Warb., perfazendo um total de 144 mudas por sub-parcela. Na mesma área das sub-parcelas foram instaladas microparcelas de 2 x 2 metros (4 m2), cruzando o centro das sub-parcelas. As porcentagens médias de luz obtidas para os tratamentos foram: 5.6% para o T1; 13.5% para o T2; 24.8% para o T3; e, 40,1% para o T4. Da mesma forma a interação entre luz e topografia não exerceu efeitos significativos sobre o crescimento das mudas de Virola surinamensis. A variação topografia e a interação entre luz e topografia não teve efeito sobre a sobrevivência das mudas. Houve um aumento do número de espécies e do número de indivíduos à medida que aumentou o regime de luz. Tanto o índice de heterogeneidade de Shannon, como de riqueza de espécies Margalef, evidenciaram estas mudanças, principalmente com relação aos extremos (tratamento 1 e 4). O volume comercial por ha foi: 58,88 m3 (T2); 93,13 m3 (T3); e 136.86 m3 (T4). Os custos médios por metro cúbico/há foram: US$6.37 (T2); US$ 5.80 (T3) e US$ 5.46 (T2). Com relação às arvores danificadas foram observadas diferenças significativas entre T2 e T3 e T4. / This study is divided into four chapters. Chapter I provides ecological information about the structure and function of floodplain forests in the Amazon estuary, mainly in relation to periodic regimes of flooding and their influence on the biophysical environment. The next chapters provide on ecological basis for management of this ecosystem. Under various forest management intensities, the study focuses on the impact on the structure of adult trees (Chapter IV) on the natural regeneration of seedlings (Chapter III); and on the growth of seedlings of Virola surinamensis that were planted within the forest (Chapter II). The study site is located at the mouth of the Amazon river, in the municipality of Gurupá, Pará State, Brazil (latitude 0º47'S and longitude 51°37'W). Two leveIs of oscilation were found: i) low water leveI during July through January, at the same time as low leveIs of rainfall; and ii) high water leveI during February through June, at the same time as high leveIs of rainfall. The tidal regime is the great catalyst of biotic and abiotic activities in the floodplain forests, accelerating the renovation processes of its resources. As part of the methodology utilized, 16 square plots measuring 70 x 70 meters (0.49 ha) were defined, where a forest inventory was conducted in which alI trees DBH ≥ 10 cm were measured. Four treatments were applied with four replications each: i) without logging (control: treatment 1 T1); 25% removal of the basal area, beginning with the highest diameters (treatment 2 - T2), iii) removal of 50% of the basal area (treatment 3 - T3), and iv) removal of 75% of the basal area (treatment 4 - T4). After the forest logging, subplots of 40 x 40 meters (0.16 ha) were placed inside the main plots of 0.49 ha, with a border of 15 m on each side. Then an enrichment planting was done using seedlings of Virola surinamensis (Rol.) Warb., with a of 144 seedlings per subplot, within the subplots, microplots of 2 x 2 meters (4 m2) were placed crossing the center of the subplots. The ean percentages of light (luminosity) obtained under the treatments were: 5.6% (TI); 13.5% (T2); 24.8% (T3); and 40.1% (T4) . Likewise, the interaction between light and topography exerted no significant effect on seedling growth. Topographic variation, as well as the interaction between light and topography, exerted no effect on seedling mortality. The number of species and individuals increased signicantly as light luminosity) increased. In addition, the heterogeneity index of Shannon and the species richness index of Margalef reflected these changes, especially at the extremes (TI and T4). The comercial volume per ha: 58.88 m3 (T2); 93.13 m3 (T3); and 136.86 m3 (T4). The mean costs per cubic meter per ha were: US$6.37 (T2); US$5.80 (T3) and US$5.46 (T4). In relation to trees damaged, statistical differences were found between T2 and T3 and T4.
|
4 |
Cruzeiros de luxo no Rio Amazonas: da regulação ao uso corporativo do território / Luxury cruises on the Amazon river: from regulation to corporate use of the territory.Menezes, Thais Zucheto de 26 March 2018 (has links)
O objetivo do presente trabalho é analisar os cruzeiros fluviais de luxo que navegam no rio Amazonas, considerando as bases normativas relacionadas à sua atuação em território brasileiro, assim como o uso corporativo que fazem do território. Para tanto, as localidades de Macapá, Belém, Santarém, Alter do Chão, Boca da Valéria, Parintins e Manaus constituíram bases empíricas da análise, pois se tratam dos locais onde os referidos cruzeiros realizam paradas ao longo do rio. Como procedimento metodológico foi realizado levantamento bibliográfico de fontes secundárias e a realização de um trabalho de campo por todas as localidades acima citadas. Devido ao objeto de estudo ser os cruzeiros de luxo, foi realizado um levantamento de informações sobre o mercado de luxo, pois o setor de cruzeiros é segmentado, a exemplo da atuação do mercado de luxo. Após este levantamento de informações foi realizada a análise da navegação dos cruzeiros fluviais de luxo no rio Amazonas, envolvendo as empresas de cruzeiro, as entidades portuárias e as secretarias estaduais de turismo. Buscamos demonstrar como ocorre a divisão do trabalho no espaço e a atuação das empresas de cruzeiros fluviais de luxo que operam no local. Ao atuarem de forma cooperativa entre si, são produzidas redes de conexão no território que as unem numa lógica particular. A divisão territorial de uma empresa é manifestada no território à medida que ela constitui sua base territorial de existência e o território passa a ser ocupado de acordo com lógicas escalares diversas (global, nacional e intra-urbano). A privatização do território a partir do relacionamento entre as empresas ocorre com a utilização de recursos públicos, possibilitada pelos sistemas de engenharia presentes. Constatamos que ocorre a oligopolização e o uso corporativo do rio Amazonas, principalmente nos locais de paradas dos navios. As empresas atuam de forma sazonal, identificada na forma de temporadas. Esta sazonalidade está ligada às estratégias corporativas que analisam a oferta de cruzeiros, a demanda de turistas, os custos logísticos e o tamanho dos navios, que devem atender às especificações técnicas dos portos e locais por onde trafegam. Além disso, as empresas promovem uma circulação seletiva, demandam melhorias nas infraestruturas portuárias e a seletividade das localidades por onde atuam. / The purpose of the present work is to analyze the luxury river cruises that navigate the Amazon River, considering the normative bases related to its performances in the Brazilian territory, as well as the corporate use they make of the territory. For this purpose, the locations of Macapá, Belém, Santarém, Alter do Chão, Boca de Valéria, Parintins and Manaus were empirical bases of the analysis, since they are the places where the mentioned cruises stop along the Amazon River. As a methodological procedure a bibliographic survey of secondary sources and a fieldwork was carried out by all the aforementioned localities. In this fieldwork, researches were carried out in universities and in public and private organizations with direct or indirect relation with the luxury river cruises in the region. Due to the object of study being the luxury cruises, a survey of information about the luxury market was also carried out, as the cruise sector is segmented, like the luxury market. After this survey, the analysis of the navigation of the luxury river cruises in the Amazon River was carried out, involving cruise companies, port entities and state tourist offices. We sought to demonstrate how the division of labor and the performance of luxury river cruise companies in the Amazon River occur. By working cooperatively with one another, connection networks are produced in the territory that unites them in a particular logic. The companie\'s territorial division is stated as it constitutes its territorial base of existence and the territory starts to be occupied according to diverse scalar logics (global, national and intra-urban).The privatization of the territory from the relationship between the companies occurs with the use of public resources, made possible by the present engineering systems. We have observed that the formation of an oligopoly and the corporate use of the Amazon River occur, especially in the places where the ships stop. The companies act in a seasonal way, identified in the form of seasons. This seasonality is linked to corporate strategies that analyze cruises, tourist demand, logistics costs and the size of ships, which must meet the technical specifications of the ports and places they travel. In addition, the companies promote a selective circulation, demand improvements in the port infrastructures and the selectivity of the localities where they operate.
|
5 |
Estudo da formação da bacia hidrográfica do rio Amazonas através da modelagem numérica de processos tectônicos e sedimentares / Study of the formation of the Amazon river basin through numerical modeling of tectonic and sedimentary processes.Bicudo, Tacio Cordeiro 08 May 2017 (has links)
A bacia hidrográfica do rio Amazonas abrange uma área de 6 × 106 km2 da região norte da América do Sul. O seu canal mais longo, com quase 7.000 km tem origem nos Andes peruanos e cruza todo o continente até chegar na foz, no Atlântico Equatorial. Apesar dos diversos esforços científicos, os processos que guiaram a evolução da paisagem na Amazônia ainda são discutidos, assim como a data do estabelecimento dessa grande bacia hidrográfica que culminou com a forma¸cao do rio Amazonas como um rio transcontinental. O presente trabalho teve como objetivo estudar como se deu a evolução da paisagem na regiao norte da América do Sul, com foco na forma¸cao do Rio Amazonas, através de simulações usando um modelo numérico que incorpora orogenia, flexura, isostasia da litosfera, clima e processos superficiais de erosao e sedimentação. Diversos experimentos numéricos foram realizados alterando-se a topografia original, taxa de espessamento crustal nos Andes, erodibilidade das rochas, entre outros parâmetros. Constatou-se que o instante da formação do rio transcontinental é muito sensível a modificações na paleotopografia inicial do modelo e erodibilidade das rochas. Porém, em todos os modelos, o instante da formação do rio Amazonas ´e marcado por um aumento expressivo na taxa de sedimentação na foz do rio Amazonas e uma correspondente queda no aporte sedimentar na foz do rio Orinoco. Adicionalmente, um aumento na taxa de espessamento crustal na região andina não modifica expressivamente as taxas de sedimentação na foz do Amazonas. Isso ocorre pois o aumento no aporte sedimentar proveniente do Andes é essencialmente depositado nas bacias de ante-país devido ao aumento no espaço de acomodação gerado pela carga adicional sobre a placa litosférica. O aumento da taxa de precipitação sobre a cordilheira dos Andes se reflete em um aumento nas taxas de deposição nas bacias de ante-país, na Bacia do Solimões e na foz do Orinoco, porém na foz do Amazonas as taxas de sedimentação sofrem um crescimento pouco expressivo. Já um aumento na precipitação sobre todo o modelo faz com que, em todas as bacias sedimentares, as taxas de sedimentação sofram um aumento gradativo. / The Amazon hydrographic basin is the largest in the world, covering 6 × 106 km2 of northern South America. Its longest channel, with almost 7000 km, brings sediment from the Andes to the Atlantic Ocean, in brazilian equatorial coast. Despite the scientific efforts, the timing of origin of this hydrographic basin is still debated, as well as the processes that guided its evolution and shaped the landscape in this region. In my research, I used an adaptation of the numerical model developed by Sacek (2014) to study the landscape evolution of the north of South America, focusing on the establishment of the Amazon River as a transcontinental river. The numerical model accounts for the contributions of orogeny, climate, isostasy and flexure of the lithosphere, and surface processes (erosion and deposition of sediments). I performed dozens of experiments, testing a range of values for the different parameters of the model, and I was able to reproduce, in many aspects, the evolution of landscape in the region, as hypothesized by others researchers. I also observed in my results a changing in drainage pattern, that corresponds to the onset of the Amazon River. Furthermore, it was predicted by the simulations, at the moment of the onset of the Amazon River, a great increase in sedimentary deposition at the Amazon Fan, simultaneously with a fall in sedimentary deposition at the Orinoco mouth. However, in the simulations, the moment of the onset of the Amazon River is very sensitive to changes in the initial topography of the model. I also tested the influence of crustal thickening rate in the Andes, precipitation rate, and resistance to erosion of sediments of the model, in the sedimentation pattern of the region. I concluded that an increase in precipitation rate in the model can significantly alter the rate of deposition at the region of Amazons mouth and in others sedimentary basins in the model. However, an increase in crustal thickening or precipitation rate in the Andes does not expressively change the rate of deposition at the region of Amazons mouth, but changes occur at foreland basins and at Solimoes Basin.
|
6 |
Morfodinâmica fluvial do Rio Amazonas entre a Ilha do Careiro e a Costa do Varre Vento-AmAraújo, Aline Gabriela Silveira, 92982683937 10 July 2018 (has links)
Submitted by Aline Araujo (alinegabisa@gmail.com) on 2018-11-12T19:46:02Z
No. of bitstreams: 4
license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5)
Ata de defesa Aline.jpg: 1019517 bytes, checksum: 7987e1d62eea6985b693dbfecf4a0f6b (MD5)
CARTA DE ENCAMINHAMENTO DE AUTODEPOSITO.pdf: 103690 bytes, checksum: 743876c748ec97cdfe11e30e1a678cbc (MD5)
DISSERTAÇÃO_ALINE_GABRIELA_SILVEIRA_ARAUJO.pdf: 7161118 bytes, checksum: 5456539163a0eda279ec993618b74475 (MD5) / Approved for entry into archive by Geografia PPG (ppgeog@ufam.edu.br) on 2018-11-12T19:47:08Z (GMT) No. of bitstreams: 4
license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5)
Ata de defesa Aline.jpg: 1019517 bytes, checksum: 7987e1d62eea6985b693dbfecf4a0f6b (MD5)
CARTA DE ENCAMINHAMENTO DE AUTODEPOSITO.pdf: 103690 bytes, checksum: 743876c748ec97cdfe11e30e1a678cbc (MD5)
DISSERTAÇÃO_ALINE_GABRIELA_SILVEIRA_ARAUJO.pdf: 7161118 bytes, checksum: 5456539163a0eda279ec993618b74475 (MD5) / Approved for entry into archive by Divisão de Documentação/BC Biblioteca Central (ddbc@ufam.edu.br) on 2018-11-12T21:05:51Z (GMT) No. of bitstreams: 4
license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5)
Ata de defesa Aline.jpg: 1019517 bytes, checksum: 7987e1d62eea6985b693dbfecf4a0f6b (MD5)
CARTA DE ENCAMINHAMENTO DE AUTODEPOSITO.pdf: 103690 bytes, checksum: 743876c748ec97cdfe11e30e1a678cbc (MD5)
DISSERTAÇÃO_ALINE_GABRIELA_SILVEIRA_ARAUJO.pdf: 7161118 bytes, checksum: 5456539163a0eda279ec993618b74475 (MD5) / Made available in DSpace on 2018-11-12T21:05:51Z (GMT). No. of bitstreams: 4
license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5)
Ata de defesa Aline.jpg: 1019517 bytes, checksum: 7987e1d62eea6985b693dbfecf4a0f6b (MD5)
CARTA DE ENCAMINHAMENTO DE AUTODEPOSITO.pdf: 103690 bytes, checksum: 743876c748ec97cdfe11e30e1a678cbc (MD5)
DISSERTAÇÃO_ALINE_GABRIELA_SILVEIRA_ARAUJO.pdf: 7161118 bytes, checksum: 5456539163a0eda279ec993618b74475 (MD5)
Previous issue date: 2018-07-10 / El tramo del río Amazonas, entre la Ilha do Careiro y la Costa del Varre Vento se desarrolla sobre depósitos de la Formación Alter do Chão, evidenciados en la margen izquierda, contrastando con la margen derecha, formada a partir de depósitos holocénicos, más propicia a cambios debido a la dinámica del propio río Amazonas. Este, por transportar elevada carga de sedimentos en suspensión, oriundos, casi en su totalidad de erosión andina, se caracteriza por constantes procesos dinámicos, alterando así el paisaje por donde pasa. Debido a este dinamismo intenso característico del río Amazonas, éste siempre es un objetivo fascinante y motivador para estudios. Por ello, a través del análisis temporal resultante de la percepción remota y perfiles batimétricos transversales del río Amazonas, fue posible vislumbrar la intensidad de los procesos fluviales, ya partir de la concepción sistémica, comprender sus causas e implicaciones en el tramo en cuestión. En el inicio del tramo investigado, en las proximidades de la Costa del Jatuarana, se evidencia un intenso afloramiento arenítico, presente en la margen izquierda y en el interior del canal, lo que justifica los Faroletes Jacaré y Moronas, y es precisamente en ese trecho que está en formación un un extenso depósito dentro del canal, influenciando la geometría del río Amazonas y causando erosión en la margen derecha, donde está ubicada la Isla Tierra Nova. En el inicio de la Isla de Eva, otro depósito de mayor extensión está en proceso de formación, y debido a su evolución, forzó al talvegue a desplazarse hacia la margen derecha, inicio de la Costa del Varre Viento, causando una intensa presión hidráulica en el margen y consecuentemente la erosión lateral, ampliando el canal en el tramo. Debido a esta intensa dinámica en la que este tramo del río Amazonas está sujeto, la navegabilidad, principalmente de buques de gran calado, tiende a ser comprometido en períodos extremos de fugas, lo que, de acuerdo con el análisis del comportamiento de las inundaciones y fugas del el río Amazonas en los últimos años, apunta la tendencia de eventos extremos en espacios de tiempo cada vez menores. Por último, se cree que esta investigación, contribuya con la ampliación del conocimiento sobre la comprensión de la dinámica del río Amazonas, además de entender que, debido a los procesos que ocurren en este río se dan de forma intensa, cada vez más se hace necesario investigaciones sobre la temática. / O trecho do rio Amazonas, entre a Ilha do Careiro e a Costa do Varre Vento desenvolve-se sobre depósitos da Formação Alter do Chão, evidenciados na margem esquerda, contrastando com a margem direita, formada a partir de depósitos holocênicos, mais propícia a alterações decorrentes da dinâmica do próprio rio Amazonas. Este, por transportar elevada carga de sedimentos em suspensão, oriundos, quase em sua totalidade de erosão andina, caracteriza-se por constantes processos dinâmicos, alterando assim, a paisagem por onde passa. Devido a esse dinamismo intenso característico do rio Amazonas, este sempre é um alvo fascinante e motivador para estudos. Diante disso, através de análise temporal decorrente de sensoriamento remoto e perfis batimétricos transversais do rio Amazonas, foi possível vislumbrar a intensidade dos processos fluviais, e a partir da concepção sistêmica, compreender suas causas e implicações no trecho em questão. No início do trecho pesquisado, nas proximidades da Costa do Jatuarana, evidencia-se um intenso afloramento arenítico, presente na margem esquerda e no interior do canal, o que justifica os Faroletes Jacaré e Moronas, e é exatamente nesse trecho que está em formação um extenso depósito dentro do canal, influenciando a geometria do rio Amazonas e causando erosão na margem direita, onde está localizada a Ilha Terra Nova. A jusante, no início da Ilha da Eva, outro depósito de maior extensão está em processo de formação, e devido a sua evolução, forçou o talvegue a se deslocar para a margem direita, início da Costa do Varre Vento, causando intensa pressão hidráulica nessa margem e consequentemente erosão lateral, alargando o canal no trecho. Devido a esta intensa dinâmica na qual este trecho do rio Amazonas está sujeito, a navegabilidade, principalmente de navios de grande calado, tende a ser comprometido em períodos extremos de vazante, o que, de acordo com a análise do comportamento das enchentes e vazantes do rio Amazonas nos últimos anos, aponta a tendência de eventos extremos em espaços de tempo cada vez menores. Por fim, acredita-se que esta pesquisa, contribua com a ampliação do conhecimento sobre a compreensão da dinâmica do rio Amazonas, além de entender que, devido aos processos que ocorrem neste rio se darem de forma intensa, cada vez mais torna-se necessário pesquisas sobre a temática.
|
7 |
Estudo da formação da bacia hidrográfica do rio Amazonas através da modelagem numérica de processos tectônicos e sedimentares / Study of the formation of the Amazon river basin through numerical modeling of tectonic and sedimentary processes.Tacio Cordeiro Bicudo 08 May 2017 (has links)
A bacia hidrográfica do rio Amazonas abrange uma área de 6 × 106 km2 da região norte da América do Sul. O seu canal mais longo, com quase 7.000 km tem origem nos Andes peruanos e cruza todo o continente até chegar na foz, no Atlântico Equatorial. Apesar dos diversos esforços científicos, os processos que guiaram a evolução da paisagem na Amazônia ainda são discutidos, assim como a data do estabelecimento dessa grande bacia hidrográfica que culminou com a forma¸cao do rio Amazonas como um rio transcontinental. O presente trabalho teve como objetivo estudar como se deu a evolução da paisagem na regiao norte da América do Sul, com foco na forma¸cao do Rio Amazonas, através de simulações usando um modelo numérico que incorpora orogenia, flexura, isostasia da litosfera, clima e processos superficiais de erosao e sedimentação. Diversos experimentos numéricos foram realizados alterando-se a topografia original, taxa de espessamento crustal nos Andes, erodibilidade das rochas, entre outros parâmetros. Constatou-se que o instante da formação do rio transcontinental é muito sensível a modificações na paleotopografia inicial do modelo e erodibilidade das rochas. Porém, em todos os modelos, o instante da formação do rio Amazonas ´e marcado por um aumento expressivo na taxa de sedimentação na foz do rio Amazonas e uma correspondente queda no aporte sedimentar na foz do rio Orinoco. Adicionalmente, um aumento na taxa de espessamento crustal na região andina não modifica expressivamente as taxas de sedimentação na foz do Amazonas. Isso ocorre pois o aumento no aporte sedimentar proveniente do Andes é essencialmente depositado nas bacias de ante-país devido ao aumento no espaço de acomodação gerado pela carga adicional sobre a placa litosférica. O aumento da taxa de precipitação sobre a cordilheira dos Andes se reflete em um aumento nas taxas de deposição nas bacias de ante-país, na Bacia do Solimões e na foz do Orinoco, porém na foz do Amazonas as taxas de sedimentação sofrem um crescimento pouco expressivo. Já um aumento na precipitação sobre todo o modelo faz com que, em todas as bacias sedimentares, as taxas de sedimentação sofram um aumento gradativo. / The Amazon hydrographic basin is the largest in the world, covering 6 × 106 km2 of northern South America. Its longest channel, with almost 7000 km, brings sediment from the Andes to the Atlantic Ocean, in brazilian equatorial coast. Despite the scientific efforts, the timing of origin of this hydrographic basin is still debated, as well as the processes that guided its evolution and shaped the landscape in this region. In my research, I used an adaptation of the numerical model developed by Sacek (2014) to study the landscape evolution of the north of South America, focusing on the establishment of the Amazon River as a transcontinental river. The numerical model accounts for the contributions of orogeny, climate, isostasy and flexure of the lithosphere, and surface processes (erosion and deposition of sediments). I performed dozens of experiments, testing a range of values for the different parameters of the model, and I was able to reproduce, in many aspects, the evolution of landscape in the region, as hypothesized by others researchers. I also observed in my results a changing in drainage pattern, that corresponds to the onset of the Amazon River. Furthermore, it was predicted by the simulations, at the moment of the onset of the Amazon River, a great increase in sedimentary deposition at the Amazon Fan, simultaneously with a fall in sedimentary deposition at the Orinoco mouth. However, in the simulations, the moment of the onset of the Amazon River is very sensitive to changes in the initial topography of the model. I also tested the influence of crustal thickening rate in the Andes, precipitation rate, and resistance to erosion of sediments of the model, in the sedimentation pattern of the region. I concluded that an increase in precipitation rate in the model can significantly alter the rate of deposition at the region of Amazons mouth and in others sedimentary basins in the model. However, an increase in crustal thickening or precipitation rate in the Andes does not expressively change the rate of deposition at the region of Amazons mouth, but changes occur at foreland basins and at Solimoes Basin.
|
8 |
Morfotectônica e evolução paleogeográfica da região da Calha do rio AmazonasBEMERGUY, Ruth Léa 15 September 1997 (has links)
Submitted by Edisangela Bastos (edisangela@ufpa.br) on 2017-03-16T15:34:23Z
No. of bitstreams: 2
license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5)
Tese_MorfotectonicaEvolucaoPaleogeografica.pdf: 21861883 bytes, checksum: 925b778d17f21fd61577b144cd76e050 (MD5) / Approved for entry into archive by Edisangela Bastos (edisangela@ufpa.br) on 2017-03-17T12:32:34Z (GMT) No. of bitstreams: 2
license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5)
Tese_MorfotectonicaEvolucaoPaleogeografica.pdf: 21861883 bytes, checksum: 925b778d17f21fd61577b144cd76e050 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-03-17T12:32:34Z (GMT). No. of bitstreams: 2
license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5)
Tese_MorfotectonicaEvolucaoPaleogeografica.pdf: 21861883 bytes, checksum: 925b778d17f21fd61577b144cd76e050 (MD5)
Previous issue date: 1997-09-15 / Esta tese constitui um exemplo intraplaca de aplicação do conceito atual da Geomorfologia Estrutural, que se traduz na caracterização das formas de relevo e dos padrões de drenagem em consonância com os elementos estruturais do quadro neotectônico da Amazônia. A concepção de neotectônica adotada é aquela que reúne dos vários conjuntos de estruturas, de seqüências sedimentares, de sistemas de relevo e de padrões e anomalias de drenagem desenvolvidos no Terciário Superior e no Quaternário. As discussões concentram-se na região da calha do Rio Amazonas, entre as cidades de Manaus e Belém, onde há amplas áreas de planície serpenteando entre áreas elevadas, além de enorme diversidade de padrões e anomalias de drenagem. O objetivo maior desta investigação é mostrar a relação entre as feições do complexo cenário geomorfológico com as estruturas decorrentes dos movimentos transcorrentes do Mioceno-Plioceno e do Pleistoceno Superior-Holoceno, que implica revisão dos modelos baseados em concepções estritamente morfoclimáticas ou em domínio de movimentos verticais. As dimensões das questões geomorfológicas selecionaram naturalmente os procedimentos da escala regional, os quais permitiram a individualização de seis compartimentos morfotectônicos com características próprias, a saber: Manaus-Nhamundá, Tupinambarana, Baixo-Tapajós; Comandaí, Gurupá e Marajoara. O Compartimento Manaus-Nhamundá é caracterizado por sistemas de serras e colinas com remanescentes de topo da superfície tabular erosiva que atingem cotas de até 200 m. Este relevo acha-se modelado nos sedimentos da formação Alter do Chão e é controlado por estruturas compressivas do Terciário Superior. O padrão de drenagem em treliça tem sentido de escoamento geral para sudeste e os rios principais são controlados por falhas normais NW-SE geradas no Quaternário. O Compartimento Tupinambarana tem a forma de um retângulo que se estende na direção NE-SW. Compreende baixos gradientes de relevo associados ao forte controle estrutural da drenagem registrado nos segmentos retos de rios, margens lineares de lagos e anomalias em arco e cotovelo decorrentes de lineamentos orientados na direção NE-SW que se ligam a outros menores de direção E-W. Os lineamentos de direções NE-SW e E-W foram interpretados como falhas transcorrentes dextrais e falhas normais, respectivamente; a movimentação principal desse evento foi atribuída ao Quaternário. O Compartimento Baixo Tapajós é caracterizado por relevos de cuestas, dômicos, vulcânicos e blocos soerguidos que representam relevos morto-estruturais em avançado estágio de erosão. O relevo e a drenagem são controlados por dois conjuntos de estruturas netoectônicas: as do Terciário Superior são representadas por dobras orientadas na direção NE-SW e ENE-WSW que impuseram o forte gradiente do relevo expresso por sistemas de serras com ampla distribuição areal, inclusive as cuestas e o domo de Monte Alegre e as estruturas do Quaternário são definidas por uma junção tríplice decorrente da propagação de falhas normais e transcorrentes. O Compartimento Comandai é composto por sistemas de serras na margem esquerda do rio Amazonas com expressivas variações morfológicas entalhadas pelo Rio Jarau e seus tributários, que a cortam transversalmente e refletem o padrão em treliça. A outra feição é dada por um conjunto de serras isoladas com topos tabulares nivelados a 300 m e entalhadas por vales encaixados, onde os cursos dos rios têm forte controle estrutural expresso por anomalias em arco e cotovelo. Na margem direita, o sistema colinoso constitui uma superfície tabular erosiva ao nível de 100 m, dissecada em escarpas curtas e retas, compondo o padrão de drenagem dendrítico-retangular. O controle do relevo e da drenagem e as anomalias do curso do Rio Amazonas são atribuídos ao ramo transcorrente da junção tríplice do Baixo Tapajós. Uma outra interpretação considera que as serras representariam testemunhos do Arco de Gurupá, portanto, associadas às falhas normais do Mesozóico. O Compartimento Gurupá tem como principal feição morfológica na Planície Amazônica, o arquipélago formado na foz do Rio Amazonas que imprime o padrão anastomótico ao seu curso. As ilhas são orientadas na direção NE-SW e têm formas retangulares. No continente o relevo é formado por interflúvios extensos e tabulares modelados nos arenitos da formação Alter do Chão, e do Grupo Barreiras. A drenagem é organizada no padrão subdendrítico. A atividade tectônica nesse compartimento é registrada desde o Mesozóico através de falhas transcorrentes dextrais de direção NE-SW, ao longo das quais se instalaram bacias "pull apart"; essa movimentação prosseguiu até o Terciário Superior. A paisagem atual também resultou da propagação de sistemas transcorrentes dextrais com as falhas mestras orientadas na direção NE-SW e as falhas normais de direção ENE-WSW. O Compartimento Marajoara inclui a Ilha de Marajó e parte da região nordeste do Estado do Pará, engloba feições típicas de estuário e esteve sujeita a movimentos tectônicos subsidentes desde o Mesozóico. No Terciário Superior formaram-se falhas normais de direção NW-SE, que controlaram a instalação da seqüência Pirabas-Barreiras, relacionadas a falhas transcorrrentes dextrais E-W. Essa movimentação transtensiva prosseguiu no Quaternário e responde pela morfologia do litoral. O desenvolvimento desses compartimentos não tem relação direta com a evolução das bordas norte e oeste da placa Sul-Americana, e sua abordagem pauta-se na deformação progressiva intraplaca através da Segunda metade do Cenozóico. / This work constitutes an example of intraplate application of the modern concept of Structural Geomorphology, which characterizes landforms and drainage patterns within the framework of the neotectonics of the Amazon region. The neotectonics conception adopted here comprises the various structural systems, the sedimentary 'sequences, the land systems and the pattern and anomalies of drainage which were developed during the Upper Terciary and Quatemary. Controversy is particularly intensive over the channel of the Amazon river, between the cities of Manaus and Belém, where plains are found in uplifted areas and also a large diversity of drainage patterns and anomalies. The main goal of the work is to establish a correlation between the complex geomorphological patterns and the structures derived from the transcurrent movements of the Miocene-Pliocene and Upper Pleistocene-Holocene. This implies in a revision of the concepts based on morphoclimatic conditions or domain of vertical movements. The scale of the geomorphological problems dictated the methodology, on a regional basis, which led to the characterization of six morphotectonic compartments as follows: Manaus-Nhamundá, Tupinambarana, Baixo Tapajós, Comandai, Gurupá e Marajoara. 1. The Manaus-Nhamundá compartment shows system landforms with hills where remnants of an erosion surface are present; it is found in the sediments of the Alter do Chão Formation and is controlled by compressive structures of the Upper Terciary. The trellis-type drainage pattern dips southeastward and the more important rivers follow NW-SE normal faults of Quatemary age. 2. The Tupinambarana compartment has a NE-SW rectangular shape. It comprises low relief gradients associated to a strong structural control of the drainage seen on the linear channels of rivers, linear borders of lakes and anomalies of the arch- and elbow of capture types which are derived from the NE-SW lineaments connected to less developed E-W lineaments. The NE-SW lineaments are interpreted as dextral strike-slip faults while the E-W lineaments represent normal faults, both as Quatemary age. 3. The Baixo-Tapajós compartment is characterized by relief of various types - cuesta, dome, volcanic and uplifted blocks which are morphostructures in advanced stages of erosion. Relief and drainage show control by two neotectonic systems: NE-SW and ENE-WSW folds of Upper Terciary age which gave rise to a strong relief gradient shown in landform systems with a widespread regional distribution including cuestas and the Monte Alegre dome. The Quaternary structures are defined by triple junctions of normal and strike-slip faults. 4. The Comandai compartment is observed on the northern margin of the Amazon river with cuestas systems, a morphology defined by the channels of the Jaraú river and its tributaries which cut those structures giving a trellis-type pattern.. The other important feature of this compartment is the residual hills system with flat tops at about 300 m and intrenched streams which channels are modelled by structures giving anomalies of the arch- and elbow of capture types. The landform hills forro a planation surface at 100 m with rectilinear slopes giving a dendritic-rectangular pattern of drainage. Structural control of the relief and drainage as well as the anomalies in the channel of the Amazon river are found to be related to the transcurrent branch of the Baixo-Tapajós triple junction. The other interpretation of those structures relates to the origin of the hills to remnants of the Gurupá Arch therefore associated to normal faults of Mesozoic age. 5. The Gurupá compartment shows, as an important feature in the Amazon plain, the archipelago in the mouth of the Amazon river with an anastomotic pattern. Islands here show NE-SW orientation and are rectangular in shape. In the continent, relief is the flat interfluvial surface type in the sandstones of the Alter do Chão Formation and in the sediments of the Barreiras Group. Drainage shows a subdendritic pattern. Tectonic activity is registered since the Mesozoic with NE-SW dextral strike-slip faults along which pull-apart basins were formed. These tectonics were active until the Upper Terciary. The landscape is modelled by dextral strike-slip systems with orientation NE-SW and ENE-WSW normal faults. 6. The Marajoara compartment comprises the Marajó Island and the northeastern region of the State of Pará with estuarine morphology and was subjected to subsidence tectonics since the Mesozoic. NW-SE normal faults were developed during the Upper Terciary and these and dextral strike-slip faults controlled the deposition of the Pirabas-Barreiras sequences. These movements were active still in the Quatemary and explain the coastal landforms. The development of these compartments is not directly related to the evolution of the northern and westem borders of the South-American plate.
|
9 |
A representação do rio ‘das’ amazonas na cartografia quinhentista: entre a tradição e a experiência.Rabelo, Lucas Montalvão 28 April 2015 (has links)
Submitted by Kamila Costa (kamilavasconceloscosta@gmail.com) on 2015-07-21T19:31:22Z
No. of bitstreams: 1
DISSERTAÇÃO - LUCAS MONTALVAO RABELO.pdf: 13962125 bytes, checksum: eadff6caac4f20603674886331f5adc2 (MD5) / Approved for entry into archive by Divisão de Documentação/BC Biblioteca Central (ddbc@ufam.edu.br) on 2015-07-23T18:05:03Z (GMT) No. of bitstreams: 1
DISSERTAÇÃO - LUCAS MONTALVAO RABELO.pdf: 13962125 bytes, checksum: eadff6caac4f20603674886331f5adc2 (MD5) / Approved for entry into archive by Divisão de Documentação/BC Biblioteca Central (ddbc@ufam.edu.br) on 2015-07-23T18:10:34Z (GMT) No. of bitstreams: 1
DISSERTAÇÃO - LUCAS MONTALVAO RABELO.pdf: 13962125 bytes, checksum: eadff6caac4f20603674886331f5adc2 (MD5) / Made available in DSpace on 2015-07-23T18:10:34Z (GMT). No. of bitstreams: 1
DISSERTAÇÃO - LUCAS MONTALVAO RABELO.pdf: 13962125 bytes, checksum: eadff6caac4f20603674886331f5adc2 (MD5)
Previous issue date: 2015-04-28 / FAPEAM - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas / This work focuses on the representation of the Amazon River during the sixteenth century. We tried to make an overview of the regional and world maps in the river tide appeared figured. Thus, manuscripts and copies printed by cartographers as Juan de La Cosa, Martin Waldseemuller, Lopo Homem, Diogo Ribeiro, Sebastian Cabot, Gerardus Mercator, Abraham Ortelius, Luis Teixeira and others were studied. The line of research was based on the New Cultural History and its inherent problems. The maps were included in a representation reflecting the imagery of that time. That is, the imagery together composing the cognitive repertoire of those individuals and their society from which the maps are witnesses. This concept combines the methodology undertaken by Brian Harley. Scholar of the maps, the author proposed a way to address the maps do not like nature of mirrors, but as human speeches laden with intrinsic senses.
Thus, to study the cartographic representation of the Amazon River, the goal was to see how a cartographic tradition stemmed from the Middle Ages, on the one hand, and of antiquity, on the other influence. In parallel, also sought to determine the influence of boating experience and knowledge of the New World areas, and in particular the Amazon region. These two major aspects were seen in the first two chapters of this thesis. In the third there was a balance of these influences allying the particular issue of sixteenth-century cartographers. As its context generated particular issues and how could be a factor in the final work.
In this way, represent the Rio 'the' Amazon, as it became known, would be faced with new data from a part of the newly known world and completing the blanks with data coming from a cartographic rhetoric. In addition, there were the issues inherent in the author's interest, the intentions of the individual calls. Thus, this study aims to be a small contribution to new directions of research involving maps. / Este trabalho versa sobre a representação do Rio Amazonas ao longo do século XVI. Buscou-se realizar um panorama dos mapas-múndi e regionais em que o rio-mar aparecia figurado. Assim, os exemplares manuscritos e impressos por cartógrafos como Juan de La Cosa, Martin Waldseemuller, Lopo Homem, Diogo Ribeiro, Sebastião Caboto, Gerardus Mercator, Abraão Ortelius, Luís Teixeira, entre outros foram estudados. A linha de pesquisa baseou-se na Nova História Cultural e as suas problemáticas inerentes. Os mapas foram compreendidos dentro de uma representação que refletia o imaginário daquela época. Ou seja, o conjunto imagético que compunha o repertório cognitivo daqueles indivíduos e de sua sociedade da qual os mapas são testemunhas. Este conceito alia-se à metodologia empreendida por Brian Harley. Estudioso dos mapas, este propôs uma forma de abordar os mapas não como espelhos da natureza, mas como discursos humanos carregados de sentidos intrínsecos.
Assim, o objetivo, ao se estudar a representação cartográfica do Rio Amazonas, foi perceber de que maneira uma tradição cartográfica provinda do Medievo e da Antiguidade Clássica influenciaram os mapas do século XVI. Em paralelo, procurou-se verificar também a influência da experiência náutica e o conhecimento dos espaços do Novo Mundo, e, em especial, da região amazônica. Estes dois grandes aspectos são abordados nos dois primeiros capítulos desta dissertação. No terceiro realiza-se um balanço destas influências aliando-se a questão particular dos cartógrafos quinhentistas. Como o seu contexto gerava questões particulares e como teriam influído no produto final.
Desta forma, representar o Rio das Amazonas, como ficou conhecido no século XVI, seria estar diante de dados novos de uma parte do mundo recém conhecida e, como as novidades não davam conta de tudo, os espaços contavam com dados provindos de uma retórica cartográfica baseada em um simbolismo próprio. Além disso, havia as questões inerentes ao próprio interesse do autor, as chamadas intencionalidades do indivíduo. Desta forma, este estudo visa ser uma pequena contribuição aos novos rumos das pesquisas históricas envolvendo os mapas.
|
10 |
Área de interface ceramista pretérita: a coleção arqueológica José Alberto NevesSilva, Carlos Augusto da 04 March 2016 (has links)
Submitted by Divisão de Documentação/BC Biblioteca Central (ddbc@ufam.edu.br) on 2016-09-30T12:20:42Z
No. of bitstreams: 1
Tese - Carlos Augusto da Silva.pdf: 25297482 bytes, checksum: 7f3065a06bfeceec720833ba1c6af71b (MD5) / Approved for entry into archive by Divisão de Documentação/BC Biblioteca Central (ddbc@ufam.edu.br) on 2016-09-30T12:20:58Z (GMT) No. of bitstreams: 1
Tese - Carlos Augusto da Silva.pdf: 25297482 bytes, checksum: 7f3065a06bfeceec720833ba1c6af71b (MD5) / Approved for entry into archive by Divisão de Documentação/BC Biblioteca Central (ddbc@ufam.edu.br) on 2016-09-30T12:21:15Z (GMT) No. of bitstreams: 1
Tese - Carlos Augusto da Silva.pdf: 25297482 bytes, checksum: 7f3065a06bfeceec720833ba1c6af71b (MD5) / Made available in DSpace on 2016-09-30T12:21:15Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Tese - Carlos Augusto da Silva.pdf: 25297482 bytes, checksum: 7f3065a06bfeceec720833ba1c6af71b (MD5)
Previous issue date: 2016-03-04 / CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / This work deals with the analysis of the Archaeological Collection José Alberto Neves, which
is unprecedented and composed of about twenty-five to thirty-five thousand pieces. The
collection is headquartered in Urucurituba-AM; it is private, and the collector keeps the pieces
in an area of his residence. The objective was to inventory it and make it available in a digital
database and publication reference book to be approved by the governing body of the
Brazilian archaeological heritage. The Amazon, for its territorial area and by being in the
largest rainforest in the world and also for having the largest river basin and the major
navigable rivers, enabled that the preterit human societies could be able to create alternatives
to cultivate large numbers of products to the their feed. In addition, environmental conditions
allowed that in the last two millennia there could be huge human settlements in the Amazon.
Among the various alternatives to adapt to the environment, hot and humid, the ceramic
industry was perhaps a useful tool for the sustainability of settlements. For the analysis of the
collection, we used the systemic method of spiral, because the ceramic had certain functions
within societies that interacted on the banks of rivers. From the analysis, we deduced that the
colors of the ceramics could be associated with the tattoos or paintings on the bodies of the
natives. They are descriptions that were made by naturalists who have been in the area during
the nineteenth century. Moreover, those paintings are present in the fauna of the region.
Finally, the ceramics was used in daily life and for the funeral events during a long period, in
the area of the Middle Amazonas River and its tributaries. Therefore the archaeological
researches and the ethnographic literatures have been discovering gradually the way of life of
the indigenous pre-Columbian societies. / Este trabalho versa sobre a análise da Coleção Arqueológica José Alberto Neves, a qual é
inédita, composta de cerca de vinte e cinco a trinta e cinco mil peças. A coleção está sediada
na cidade de Urucurituba-AM; é particular, e o colecionador acondiciona as peças numa área
de sua residência. O objetivo foi inventariá-la e disponibilizá-la em banco de dados digital e
em publicação de catálogo de referência para que seja chancelada pelo órgão gestor do
patrimônio arqueológico brasileiro. A Amazônia, pela sua área territorial e pelo fato de estar
na maior floresta tropical do planeta, além de possuir a maior a bacia hidrográfica e os
maiores rios navegáveis, possibilitou que as sociedades humanas pretéritas criassem
alternativas para cultivar elevados números de produtos para a dieta alimentar. Ademais, as
condições ambientais proporcionaram que nos dois últimos milênios houvesse enormes
assentamentos humanos por toda parte da Amazônia. Dentre as várias alternativas para se
adaptarem ao ambiente, quente e úmido, a indústria cerâmica foi talvez uma ferramenta útil
para a sustentabilidade dos assentamentos. Para a análise da coleção, utilizou-se o método
espiralado sistêmico, pelo fato de que as cerâmicas tinham determinadas funções dentro das
sociedades que interagiam às margens dos rios da região. Da análise, chegou-se a inferir que
as cores encravadas nas cerâmicas poderiam estar associadas às estampas nas tatuagens ou nas
pinturas dos corpos dos indígenas. Trata-se de descrições que foram realizadas pelos
naturalistas que estiveram na região, durante o século XIX. Outrossim, essas pinturas estão
presentes na fauna da região. Por fim, a cerâmica era utilizada no cotidiano e para os eventos
fúnebres, por longo período, na área do médio rio Amazonas e seus tributários. Com isso, as
pesquisas arqueológicas e a literatura etnográfica vêm desvendando paulatinamente o modo
de vida das sociedades indígenas pré-colombianas.
|
Page generated in 0.0697 seconds