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Aspectos epidemiológicos e laboratoriais (Eosinófilos e IgE total) em portadores de Schistosoma mansoni e Geohelmintos. / Epidemiological aspects and laboratory (Eosinophils and total IgE) in patients with Schistosoma mansoni and Geohelminths.Gama, Danielle Correia 01 July 2010 (has links)
This study aimed to evaluate laboratory aspects (total IgE and eosinophils) in
patients with Schistosoma mansoni and geohelminths in three localities in Rio Largo,
Alagoas. Coprological survey was conducted in 3030 subjects and examined two
slides for each stool sample by the Kato-Katz technique, blood count to determine
the absolute and relative number of eosinophilic and quantification of serum total IgE
using the automated chemiluminescence system (Automated Chemiluminescence
Systems) ACS: 180 SIEMENS, adapted to the System II and MAGIC LITE using
commercial kits in 547 individuals from three localities infested by the snail
Biomphalaria glabrata, close to the river Mundaú and environmental similarities. The
subjects were divided into four groups, G1 (co-infected with S. mansoni and
geohelminths): n = 115 (21.02%) with mean age 21.18 ± 13.08 years, G2 (infected
only by S. mansoni): n = 127 (23.22%) with mean age 29.59 ± 16.54 years; G3
(infected only by geohelminths): n = 149 (27.24%) with mean age 23.99 ± 15.52
years and G4 (negative for S. mansoni and geohelminths, the control group): n = 156
(28.52%) with mean age 25.44 ± 14.60 years. The parasitic load of S. mansoni was
quantified and classified according to intensity of infection by the number of eggs per
gram of feces detected. The study was approved by the Ethics Committee of the
Federal University of Alagoas and implemented in accordance with the resolution
MS-CNS 196/96. For processing and data analysis used the software SPSS 11.5.
In all analysis was considered the 5% level of significance. The descriptive statistical
analysis of qualitative and quantitative variables were performed by the distribution of
relative frequencies and absolute position measurements (mean) and dispersion
(standard deviation). He applied the normality test, t test, analysis of variance oneway
(ANOVA), chi-square test, Fisher exact test, Pearson and Spearman correlation
and linear regression. Of the 3030 samples, 1,209 (39.90%) were positive for any
helminth, and 679 (22.41%) positive for A. lumbricoides, 546 (18.02%) for T.
Trichiura, 220 (7.26%) to Ancyostomatidae and 242 (8.0%) for S. mansoni. There
was no statistically significant difference (p>0.05) of individuals positive for S.
mansoni separated by gender, age and locality, the mean parasite burden was
moderate and 111 epg (minimum 24 and maximum of 4,080 epg). Eosinophils
increased significantly with increasing parasite load (p<0.05). The absolute and
relative eosinophilia appear to have greater significance in relation to group coinfected,
because presented more frequently than the other groups. There were no
significant differences (p>0.05) between worm burden of S. mansoni and total IgE
levels, nor between serum total IgE and age. Thus the total IgE test was not
considered relevant to the diagnosis of Schistosomiasis mansoni. There was no
correlation between markers of total IgE and geohelminth infections, whether they
are co-infected with S. mansoni. The results suggest the importance of including
eosinophil counts in epidemiological surveys, the complementation of the findings
and parasitological diagnosis of schistosomiasis, contributing to more precise
investigations focused on the control of schistosomiasis in endemic areas. / Este estudo objetivou avaliar aspectos laboratoriais (IgE total e eosinófilos) em
portadores de Schistosoma mansoni e geohelmintos em três localidades no
município de Rio Largo, Alagoas. Foi realizado inquérito coprológico em 3.030
indivíduos e analisadas duas lâminas para cada amostra de fezes pela técnica de
Kato-katz, hemograma para determinar o número absoluto e relativo de eosinífilos e
quantificação sérica de IgE total utilizando o sistema de quimioluminescência
automatizado (Automated Chemiluminescence Systems) ACS: 180 da SIEMENS,
adaptado ao Sistema MAGIC LITE II e usando kits comerciais em 547 indivíduos de
três localidades infestadas pelo molusco Biomphalaria glabrata, próximas ao rio
Mundaú e com semelhanças ambientais. Os indivíduos foram divididos em 4 grupos,
G1 (co-infectados por S. mansoni e geohelmintos): n=115 (21,02%) com média de
idade 21,18 ± 13,08 anos; G2 (infectados apenas por S. mansoni): n=127 (23,22%)
com média de idade 29,59 ± 16,54 anos; G3 (infectados exclusivamente por
geohelmintos): n=149 (27,24%) com média de idade 23,99 ± 15,52 anos e G4
(negativos para S. mansoni e geohelmintos, considerado grupo controle): n=156
(28,52%) com média de idade 25,44 ± 14,60 anos. A carga parasitária do S. mansoni
foi quantificada e classificada de acordo com a intensidade da infecção pelo número
de ovos por grama de fezes detectados. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética
em Pesquisa da Universidade Federal de Alagoas e executado de acordo com a
resolução CNS-MS 196/96. Para o processamento e análise dos dados utilizou-se o
software SPSS 11.5. Em todas as análises foi considerado o nível de 5% de
significância. A análise estatística descritiva das variáveis qualitativas e quantitativas
foram realizadas através da distribuição de freqüências relativas e absolutas,
medidas de posição (média aritmética) e dispersão (desvio padrão). Aplicou-se teste
de normalidade, teste t, análise de variância one-way (ANOVA), teste do quiquadrado
de Pearson, teste exato de Fisher, correlação de Pearson e Spearman e
regressão linear simples. Das 3.030 amostras, 1.209 (39,90%) estavam positivas
para algum helminto, sendo 679 (22,41%) positivas para A. lumbricoides , 546
(18,02%) para T. Trichiura, 220 (7,26%) para Ancyostomatidae e 242 (8,0%) para S.
mansoni. Não houve diferença estatisticamente significante (p>0,05) dos indivíduos
positivos para S. mansoni separados por gênero, faixa etária e localidades, a média
da carga parasitária foi moderada e de 111 opg (mínimo de 24 e máximo de 4.080
opg). Os eosinófilos aumentavam significantemente conforme o aumento da carga
parasitária (p<0,05). As eosinofilias absoluta e relativa parecem ter maior significado
em relação ao grupo de co-infectados, pois apresentram maior frequência em
relação aos demais grupos. Não foram observadas diferenças significantes (p>0,05)
entre carga parasitária de S. mansoni e níveis de IgE total, nem entre níveis séricos
de IgE total e faixa etária. Desta forma o teste de IgE total não foi considerado
relevante para o diagnóstico de esquistossomose mansoni. Não houve correlação
entre os marcadores de IgE total e as infecções geohelmínticas, independente de
estarem co-infectados por S. mansoni. Os resultados sugerem a importância da
inclusão de contagem de eosinófilos em inquéritos epidemiológicos, na
complementação dos achados parasitológicos e no diagnóstico da esquistossomose,
contribuindo para investigações mais precisas voltadas para o controle da
esquistossomose mansônica nas áreas endêmicas.
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