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Distúrbios ventilatórios em pacientes encaminhados para tomografia de coronária: associação entre alterações espirométricas e aterosclerose / Respiratory disorders in patients referred for coronary tomography: association between atherosclerosis and spirometric changesFernandes, Frederico Leon Arrabal 20 October 2015 (has links)
Diversos estudos mostram a associação entre doenças respiratórias e doença arterial coronariana (DAC). Além de fatores de risco semelhantes, como tabagismo e sedentarismo, ambos estão associadas à idade avançada e inflamação sistêmica. O uso de tomografia computadorizada coronariana (TCC) com múltiplos detectores é método diagnóstico de doença coronariana, descrevendo a anatomia e a gravidade da obstrução. Uma das formas de se estimar o risco de eventos cardiovasculares é o escore de cálcio coronariano (ECC) obtido neste exame. Muitos pacientes são encaminhados para realizar a TCC para investigar DAC ou classificar o risco de eventos cardíacos futuros. Devido à associação entre os fatores de risco da doença respiratória e DAC, é provável que muitos desses pacientes tenham redução da função pulmonar associada. O objetivo deste estudo foi estabelecer a prevalência de alterações espirométricas na população em investigação cardiopatia por TCC e o impacto da alteração funcional no uso de recursos de saúde. Pacientes encaminhados para a realização de TCC realizaram espirometria. Esses foram, então, divididos de acordo com o padrão espirométrico em grupo função pulmonar normal e alterada (FPN e FPA). O FPA foi subdividido em padrão obstrutivo e restritivo (PO e PR). Os indivíduos foram seguidos por 1 ano quanto a internações hospitalares, procura a pronto-socorro e óbitos. Completaram o protocolo 205 pacientes. A prevalência de alteração espirométrica foi de 28,3% (11,2% no grupo PO e 17,2% no grupo PR). Apenas 8% da população do estudo tinha diagnóstico prévio de doença respiratória. Os preditores de alteração espirométrica foram tabagismo, idade e presença de lesão obstrutiva detectada na TCC. O grupo FPA apresentou aumento significativo no ECC (36 vs 1) e maior proporção de lesões obstrutivas coronarianas (57,2% VS 25,4%), principalmente à custa do grupo PR. Pacientes do grupo FPA tiveram maior procura à PS (20,7% vs 9,5%) e mortalidade (6,9% vs 0%) que o grupo FPN. Concluímos que existe alta prevalência de alterações espirométricas em pacientes encaminhados para a realização de TCC. Tanto a DPOC quanto doenças restritivas pulmonares são subdiagnosticadas nessa população. E a presença de alteração espirométrica está associada à maior morbidade cardiovascular e têm implicações prognósticas. Estes achados sugerem que durante a investigação de DAC a avaliação concomitante da função pulmonar é de grande relevância / Several studies have shown the association between respiratory disease and coronary artery disease (CAD). In addition to similar risk factors such as smoking and physical inactivity, both are associated with systemic inflammation and advanced age. Coronary computed tomography (CCT) with multiple detectors is diagnostic method for coronary heart disease, describing anatomy and vessel obstruction severity. One way to estimate risk of cardiovascular events is the coronary calcium score (CCS) from this examination. Many patients are referred to CCT in order to investigate CAD or classify the risk for future cardiac events. Because of the association between risk factors for respiratory disease and CAD, it is likely that many of these patients may have reduced lung function. The study objective was to establish the prevalence of spirometric changes in population investigating heart disease by CCT and the impact of functional changes in use of health care resources. Patients referred for CCT performed spirometry. They were then divided according to spirometry results in normal and abnormal lung function group (NLF and ALF). The ALF was subdivided into obstructive and restrictive pattern (OP and RP). Subjects were followed for 1 year regarding hospital admissions, emergency room visits and deaths. 205 patients completed the protocol. Spirometric change prevalence was 28.3% (11.2% in OP group and 17.2% in the RP group). Only 8% of the study population had a previous diagnosis of respiratory disease. Spirometric changes predictors were smoking, age and obstructive lesion detected in CCT. The ALF group showed significant increase in ECC (36 VS 1) and higher proportion of coronary obstructive lesions (57.2% vs 25.4%), mainly at the expense of the RP group. Patients in ALF group had greater demand for emergency visits (20.7% vs 9.5%) and mortality (6.9% vs 0%) that the NLF group. We conclude that there is a high prevalence of spirometric changes in patients referred for CCT. Both COPD and restrictive lung diseases are underdiagnosed in this population. And the presence of spirometric change is associated with increased cardiovascular morbidity and has prognostic implications. These findings suggest that during DAC assessment, concomitant evaluation of lung function is of great importance
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Avaliação da correlação entre a tomografia de impedância elétrica e o volume corrente aplicado durante o suporte ventilatório mecânico invasivo / Evaluation of the correlation between electrical impedance tomography and tidal volume applied during mechanical invasive ventilatory supportAdriana Sayuri Hirota 12 December 2018 (has links)
Introdução: A tomografia de impedância elétrica (TIE) é uma técnica de imagem não invasiva que mensura o potencial elétrico na superfície torácica através de eletrodos colocados ao redor do tórax. Essas medidas são transformadas em uma imagem bidimensional da distribuição da impedância elétrica no tórax. Esse instrumento detecta modificações da densidade pulmonar e distribuição do volume corrente. Entretanto, é necessário melhor avaliação da sua eficiência em estimar o volume corrente (VT) a cada ciclo ventilatório. O objetivo do estudo é avaliar a correlação do volume estimado pela TIE com o VT aplicado durante o suporte ventilatório mecânico. Métodos: Inicialmente, foram estudados cinco suínos da raça Landrace. Os animais foram sedados, intubados e monitorados com a TIE. Foram aplicados volumes incrementais (100, 250, 500, 750 e 1000 mL) com a seringa de precisão em ZEEP e com PEEP de 5, 10 e 20 cmH2O, antes e depois da promoção de lesão pulmonar com lavagem com solução salina. Posteriormente, outros cinco animais foram monitorados com a tomografia computadorizada de tórax por raios X (TC) e a TIE. Foram aplicados volumes incrementais (250, 500 e 1000 mL) com a seringa de precisão em ZEEP e com PEEP de 10 e 20 cmH2O, também antes e depois da promoção de lesão pulmonar. A amplitude da variação de impedância mensurada pela TIE foi convertida em volume e foi calculado o volume de ar na TC. Análises de correlação e concordância foram realizadas com o programa \"R\" (© R Foundation for Statistical Computing). Resultados: Em ZEEP, o coeficiente de correlação entre os volumes estimado pela TIE e calculado pela TC foram, respectivamente, 0,90 e 0,96 na comparação com a seringa de precisão. O coeficiente de determinação entre a TIE e a seringa de precisão foi progressivamente reduzindo (0,90; 0,89 e 0,81 com PEEP de 5; 10 e 20, respectivamente) com o aumento do volume pulmonar promovido pela elevação da PEEP. A TC mostrou um deslocamento progressivo do conteúdo aéreo no sentido caudal com o aumento do volume pulmonar. Conclusões: Há uma boa correlação entre o volume estimado pela TIE e o VT aplicado durante o suporte ventilatório mecânico quando utilizados volumes e pressões usuais na prática clínica / Rationale: Electrical impedance tomography (EIT) is a noninvasive imaging tool that reconstructs a cross-sectional image of the lung\'s regional conductivity using electrodes placed circumferentially around the thorax. It is able to detect changes of lung air content and tidal volume (VT) distribution. However, better evaluation of its capacity to quantify VT variations is necessary. The aim of our study was to assess the correlation between volume estimated by EIT and tidal volume applied at different positive end-expiratory pressures (PEEP). Methods: Initially, in an experimental study five mechanically ventilated pigs monitored by EIT were studied. VT increments (100, 250, 500, 750 and 1000 mL) were applied with a calibrated syringe at zero end-expiratory pressure (ZEEP) and PEEP levels of 5, 10 and 20 cmH2O before and after lung-injury (induced by saline lavage). Another five pigs was monitored by EIT and x-ray computed tomography (CT). VT increments (250, 500 and 1000 mL) were applied with a calibrated syringe at zero end-expiratory pressure (ZEEP) and PEEP levels of 10 and 20 cmH2O before and after lung-injury. Lung air volume was calculated at CT scan and the amplitude of impedance change measured by EIT was converted to volume (mL). Correlation and agreement analysis was performed at \"R\" program (© R Foundation for Statistical Computing). Results: At ZEEP, volume estimated by EIT and volume calculated at CT obtained r2 = 0.90 and 0.96 respectively, when compared to calibrated syringe. The coefficient of correlation between EIT and calibrated syringe impaired (0.90; 0.89 and 0.81 with PEEP of 5; 10 and 20, respectively) with increase of the lung volume due to increased PEEP. CT showed a progressive displacement of the air content to the caudal thoracic levels with the increase of the lung volume. Conclusion: EIT is able to estimate tidal volume during mechanical ventilatory support when used volumes and pressures usually applied at bedside
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Espirometria em pacientes portadores de artrite reumatoide e sua associação com aspectos epidemiológicos, clínicos, radiológicos e tratamento / Spirometry among rheumatoid arthritis patients and its association with epidemiological, clinical, radiographic and treatment aspectsAlexandre de Melo Kawassaki 03 April 2014 (has links)
INTRODUÇÃO: Artrite reumatoide (AR) é uma doença inflamatória autoimune comum, de predomínio feminino e presente em 1% da população brasileira. O acometimento do sistema respiratório é frequente e ocorre em aproximadamente 50% desta população, principalmente as doenças de vias aéreas e as doenças pulmonares intersticiais. Pacientes tabagistas têm maior chance de desenvolver AR em relação aos não tabagistas, mas o papel do tabaco na doença pulmonar da AR ainda está indefinido. Este trabalho foi dividido em 2 partes. Na primeira avaliamos as características epidemiológicas, clínicas, radiográficas e espirométricas dos pacientes com AR, e comparamos o grupo de pacientes com alterações em qualquer dos exames realizados com grupo onde os exames foram normais. Na segunda parte, fizemos uma avaliação mais aprofundada do sistema respiratório dos pacientes com alteração à espirometria e os comparamos de acordo com a exposição ao tabagismo: elevada (carga tabágica > 10 anos.maço) contra baixa ou ausente. MÉTODOS: Pacientes acompanhados no ambulatório de Artrite Reumatoide do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo foram submetidos a um estudo de corte transversal com avaliação clínica, oximetria de pulso em repouso, radiografia de tórax e espirometria. Aqueles que apresentavam espirometria alterada foram submetidos a tomografia de alta resolução do tórax (TCAR) e função pulmonar com espirometria, pletismografia, difusão de monóxido de carbono (DLCO) e teste de washout de nitrogênio por respiração única. RESULTADOS: Um total de 246 pacientes foram analisados. História de tabagismo prévio ou atual foi visto em metade da amostra. Houve baixa prevalência de nódulos reumatoides e Síndrome de Sjögren. Alterações à espirometria foram vistas em 30% dos pacientes, radiografia de tórax em 45% e oximetria de pulso em 13%. Exames normais estavam simultaneamente presentes em apenas 41% dos casos. Houve fraca correlação negativa entre carga tabágica e diferentes parâmetros da espirometria. No grupo de pacientes com elevada exposição ao tabaco, observamos uma maior frequência de enfisema à TCAR de tórax e menor DLCO, enquanto que no grupo com exposição baixa ou ausente houve maior prevalência de bronquiolite. CONCLUSÕES: Alteração combinada em radiografia de tórax, espirometria e oximetria de pulso foi mais frequentemente observada em pacientes com mais idade, história de tabagismo e uso prévio de metotrexate e biológicos. Apesar de frequentes, a maioria das alterações à radiografia de tórax e espirometria foram leves. A exposição ao tabagismo consegue explicar apenas uma pequena parte das alterações espirométricas da doença pulmonar da AR. A maioria dos pacientes com alteração à espirometria apresentou TCAR de tórax e função pulmonar sugestivas de doença pulmonar obstrutiva, principalmente bronquiolite. A presença de enfisema à TCAR é um marcador altamente específico de exposição ao tabaco / INTRODUCTION: Rheumatoid Arthritis (RA) is a frequent connective tissue disorder, occurring mainly in women, with a 1% prevalence in Brazil. Pulmonary disease, which is present in up to 50% of patients, manifests most commonly as interstitial lung disease (ILD) and airways disease. A high frequency of smoking is observed among RA patients, but its role on pulmonary involvement is unknown. This work was divided in 2 parts. At the first part, we analyzed epidemiological, clinical, radiographic and spirometric RA patients´ characteristics, and compared the group of patients with any abnormality on complementary medical tests against the group with normal tests. At the second part, patients with abnormal spirometry were submitted to a more complex respiratory evaluation, and we compared RA patients with high tobacco exposure ( > 10 pack-years) versus absent or low tobacco exposure. METHODS: RA patients undergoing regular follow-ups at the rheumatoid arthritis clinic of the Rheumatology Division, University of Sao Paulo Medical School, Brazil, were submitted to a cross-sectional clinical pulmonary evaluation, rest pulse oximetry, chest radiograph and spirometry. Those with abnormal spirometry were submitted to chest high-resolution computed tomography (HRCT) and pulmonary function tests with spirometry, plethysmography, carbon monoxide diffusion capacity (DLCO) and single breath nitrogen washout. RESULTS: A total of 246 RA patients underwent complete assessments. Half of the population reported tobacco exposure. Rheumatoid nodules and Sjögren Syndrome were uncommon. Spirometry was abnormal in 30% of the patients; CXR was abnormal in 45%, and pulse oximetry was abnormal in 13%. Normal CXR, spirometry and oximetry were observed simultaneously in only 41% of the RA patients. A weak negative correlation was found between tobacco exposure and spirometric parameters. Thorax HRCT emphysema and lower DLCO were more frequent in patients with high tobacco exposure, while patients with absent or low tobacco exposure had a higher frequency of bronchiolitis. CONCLUSIONS: A significant difference was observed in age, smoking status, and ever methotrexate or biologic treatments when comparing patients with normal and abnormal complementary medical tests. Even though radiographic and spirometric abnormalities were frequent, most of them were mild. Tobacco exposure was slightly responsible for RA patients´ spirometric abnormalities. HRCT and pulmonary function tests compatible with obstructive lung disease, mainly bronchiolitis, were the most frequent patterns among RA patients with abnormal spirometry. HRCT emphysema was a highly specific marker of tobacco exposure
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Desfechos tardios de sobreviventes de ensaio clínico randomizado controlado (protocolo ARDSnet vs. Open Lung Approach para o manejo ventilatório da síndrome do desconforto respiratório agudo moderado-grave) / Long-term outcomes in moderate/severe acute respiratory distress syndrome survivors included in a randomized clinical trial (ARDSnet protocol vs. Open Lung Approach)Toufen Junior, Carlos 27 April 2016 (has links)
Apesar da utilização da ventilação mecânica protetora como estratégia para o tratamento da síndrome do desconforto respiratório agudo, ao menos um quarto dos pacientes com essa síndrome ainda apresentam redução na função pulmonar após 6 meses de seguimento. Não se sabe se esta redução está relacionada com a gravidade da síndrome ou associada com a forma de ventilar o paciente. Nosso objetivo neste trabalho foi avaliar a associação entre alterações funcionais e estruturais do pulmão com parâmetros de gravidade clínica e de ventilação mecânica. Foi realizada uma análise secundária dos dados obtidos em estudo randomizado e controlado que incluiu pacientes com síndrome do desconforto respiratório agudo moderada/grave, internados em seis unidades de terapia intensiva em um hospital terciário da cidade de São Paulo. Foram analisados dados de pacientes que tinham ao menos um teste de função pulmonar no seguimento. O teste funcional incluiu a medida da capacidade vital forçada, volumes pulmonares e a capacidade de difusão do monóxido de carbono após 1, 2 e 6 meses de seguimento. Foram considerados variáveis independentes o volume corrente, a pressão de distensão e a pressão positiva ao final da expiração (todos medidos após 24 horas da randomização) e um sistema de classificação de prognóstico (APACHE II), a relação PaO2/FIO2 e a complacência respiratória estática (todos medidos antes da randomização). Também foi realizada tomografia de alta resolução do tórax juntamente com os testes de função pulmonar, e posterior análise quantitativa das imagens. Na avaliação de 6 meses também foi realizado teste de caminhada de 6 minutos e um questionário de qualidade de vida (SF-36). Um total de 21 pacientes realizaram o teste de função pulmonar após 1 mês e 15 pacientes realizaram após 2 e 6 meses de seguimento. A capacidade vital forçada foi relacionada inversamente com a pressão de distensão na avaliação de 1, 2 e 6 meses (p < 0,01). A capacidade de difusão do monóxido de carbono relacionou-se inversamente com a pressão de distensão e com o APACHE II (ambos p < 0,01) na avaliação de 1 e 2 meses. Após 6 meses de seguimento, houve correlação inversa entre a pressão de distensão e a capacidade vital forçada independente do volume corrente, da pressão de platô e da complacência estática respiratória após ajustes (R2 = 0,51, p = 0,02). A pressão de distensão também se relacionou com o volume pulmonar total, a densidade pulmonar media e a porcentagem de volume pulmonar não aerado ou pobremente aerado medidos através da análise quantitativa da tomografia computadorizada de tórax realizada na avaliação de 6 meses. Também foi observada relação entre a qualidade de vida após 6 meses de seguimento e a pressão de distensão considerando o domínio estado geral de saúde. Nós concluímos que mesmo em pacientes ventilados com reduzido volume corrente e pressão de platô limitada, maiores valores de pressão de distensão relacionaram-se com menores valores de função pulmonar no seguimento de longo prazo / Even after lung-protective ventilation had become the standard of care for acute respiratory distress syndrome, about 25% of moderate/severe acute respiratory distress syndrome patients present reduction in lung function at 6 months of follow-up. It is not known whether this reduction is related to the severity of acute respiratory distress syndrome or associated with mechanical ventilation strategy. Our aim was to evaluate the association between the functional impairment and mechanical ventilation. We performed a secondary analysis of data from a randomized controlled trial in acute respiratory distress syndrome that included patients with moderate/severe acute respiratory distress syndrome in six intensive care units at an academic tertiary hospital. Were analyzed data from patients who had at least one pulmonary function test at the follow-up. A pulmonary function test that included forced vital capacity, lung volumes and carbon monoxide diffusion capacity was performed at one, two and six months of follow-up. We considered as independent risk factors tidal volume, driving pressure and positive end expiratory pressure (all measured 24 hours after randomization), and a severity of disease classification system (APACHE II), the PaO2/FIO2 ratio and static respiratory compliance (all measured before randomization). We performed also a high-resolution computed tomography of the lungs in the same time of the pulmonary function test if it was possible with a quantitative analysis. At 6 months after acute respiratory distress syndrome, a six minute walk test and a quality of life questionnaire (short form-36 questionnaire) were performed. A total of 21 patients performed the test after one month and 15 patients performed after 2 and 6 months follow-up. At one, two and six months, forced vital capacity was related to driving pressure (p < 0.01). Carbon monoxide diffusion capacity was related to driving pressure (p < 0.01) and to APACHE II (p < 0.01) at one and two months. At six months of follow-up driving pressure was associated with lower FVC independently of tidal volume, plateau pressure and baseline static respiratory compliance after adjustments (r2 = 0.51, p = 0.02). Driving pressure was related with total lung volume, mean lung density and percentage of non or poorly aerated compartments in total lung volume measured by quantitative analysis of computed tomography at 6 months. Driving pressure was also related to quality of life at 6 months of follow-up. Despite using a lung-protective ventilation strategy, after 6 months we still observed lung function impairment and driving pressure was the only ventilation parameter correlated with pulmonary function changes. We concluded that even in patients ventilated with low tidal volume, greater driving pressure was associated with worse long-term pulmonary function
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Avaliação tomográfica dinâmica pré e pós-reconstrução do ligamento patelofemoral medial de pacientes com instabilidade patelar recidivante / Dynamic computerized tomography for analyzing patients with patellar instability before and after medial patellofemoral ligament reconstructionGobbi, Riccardo Gomes 26 May 2015 (has links)
A instabilidade patelar é uma patologia comum dentro da especialidade da cirurgia do joelho. O principal fator estabilizador dessa articulação é o ligamento patelofemoral medial, sendo esta a principal estrutura a ser reconstruída no tratamento cirúrgico da instabilidade patelar. Apesar de sua reconstrução apresentar excelentes resultados clínicos, não se sabe ao certo o real efeito in vivo desse procedimento no movimento da patela ao redor do fêmur. A avaliação da articulação patelofemoral tradicionalmente é feita através de exames de imagem estáticos. Com a evolução dos aparelhos de tomografia computadorizada, se tornou possível realizar esse exame durante movimento ativo, técnica ainda pouco utilizada para estudo de articulações como o joelho. O objetivo deste estudo foi padronizar o uso da tomografia de 320 fileiras de detectores para estudo dinâmico da articulação patelofemoral em pacientes com instabilidade patelar recidivante pré e pós-reconstrução do ligamento patelofemoral medial, analisando o efeito da cirurgia no trajeto da patela ao longo do arco de movimento. Foram selecionados 10 pacientes com instabilidade patelar e indicação de reconstrução do ligamento patelofemoral medial isolada, que foram submetidos à tomografia antes e após um mínimo de 6 meses da cirurgia. Os parâmetros anatômicos avaliados foram os ângulos de inclinação da patela e distância da patela ao eixo da tróclea através de um programa de computador desenvolvido especificamente para esse fim. Foram aplicados os escores clínicos de Kujala e Tegner e calculada a radiação dos exames. O protocolo escolhido para aquisição de imagens na tomografia foi: potencial do tubo de 80 kV, carga transportável de 50 mA, espessura de corte de 0,5 mm e tempo de aquisição de 10 segundos, o que gerou um DLP (dose length product) de 254 mGycm e uma dose efetiva estimada de radiação de 0,2032 mSv. O paciente realizava uma extensão ativa do joelho contra a gravidade. Os resultados não mostraram mudança do trajeto da patela após a reconstrução do ligamento patelofemoral medial, apesar de não ter havido nenhuma recidiva da instabilidade e os escores clínicos apresentarem melhora média de 22,33 pontos no Kujala (p=0,011) e de 2 níveis no Tegner (p=0,017) / Patellar instability is a common pathology in the practice of knee surgeons. The most important stabilizing structure in the patellofemoral joint is the medial patellofemoral ligament. This ligament is the main structure to be reconstructed during surgery for patellofemoral instability. Although clinical results for this procedure are excellent, the real in vivo effect of medial patellofemoral ligament reconstruction on patellar tracking is unknown. The study of this joint is usually made with static imaging. With the recent evolution of tomographers, it is now possible to analyze anatomical structures moving during active range of motion. This technique (dynamic computerized tomography) has not been routinely used to study joints as the knee. This study had the purpose of standardizing the use of 320-detector row computerized tomography for the patellofemoral joint, analyzing patients before and after surgical reconstruction of medial patellofemoral ligament. We selected 10 patients with patellofemoral instability referred to isolated medial patellofemoral ligament reconstruction surgery, and submitted them to a dynamic computerized tomography before and at a minimum of 6 months after surgery. Patellar tilt angles and shift distance were analyzed using a computer software specifically designed for this purpose. Kujala and Tegner scores were applied and the radiation of the exams was recorded. The protocol for imaging acquisition was: tube potential of 80 kV, 50 mA, slice thickness of 0.5 mm and 10 seconds of acquisition duration. This produced a DLP (dose length product) of 254 mGycm and a radiation effective estimated dose of 0.2032 mSv. There were no changes in patellar tracking after medial patellofemoral ligament reconstruction. There was no instability relapse. Clinical scores showed an average improvement of 22.33 points for Kujala (p=0.011) and of 2 levels for Tegner (p=0.017)
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Características da artéria de Adamkiewicz: comparação entre indivíduos com e sem aortopatia / Adamkiewicz artery characteristics: comparison between patients with and without aortopathyAmato, Alexandre Campos Moraes 26 January 2015 (has links)
Introdução: O presente estudo visa elucidar a apresentação anatômica da vasculatura medular em exame angiotomográfico e suas diferenças entre pacientes aortopatas e não aortopatas na população brasileira. Objetivos: Determinar as características da artéria de Adamkiewicz (AKA) e artéria espinhal anterior (ASA) por método não invasivo. Secundariamente, determinaremos a distribuição anatômica da AKA na população brasileira e a influência de determinadas aortopatias e comorbidades na identificação da AKA. Casuística: Cento e quinze angiotomografias elegíveis realizadas no Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo foram avaliadas e separadas entre pacientes aortopatas e não aortopatas. Trinta e dois (52,5%) homens e 29 mulheres constituíram o grupo não aortopata e 30 (56,6%) homens e 23 mulheres constituíram o grupo de aortopatas. Método: Análise prospectiva de angiotomografias realizadas em aparelho de 320 detectores através de software open-source OsiriX e identificação da AKA e ASA por reconstrução multiplanar tridimensional. Dados clínicos e sociodemográficos foram estratificados. Resultados: A AKA foi identificada em 78,7% dos integrantes do grupo não aortopata e em 40,7% dos pacientes aortopatas (p =< 0,0001). A ASA foi identificada em 80,3% dos integrantes do grupo não aortopata e em 46,3% dos pacientes aortopatas (p=0,0001). Em 53 (73,6%) casos a AKA originou-se do lado esquerdo. Discussão: A angiotomografia é exame de rotina no pré-operatório de doenças aórticas. O presente trabalho apresentou detecção da AKA em grupo não aortopata equiparável com a literatura, apesar do aumento de detectores no aparelho de tomografia e a identificação da AKA em grupo aortopata pouco abaixo da literatura, mas significativamente diferente do grupo não aortopata: maior proporção de identificação da AKA e ASA em pacientes não aortopatas. Houve diferença na distribuição da AKA em comparação com a literatura. Conclusão: A detecção da AKA e ASA pelo método proposto é factível, porém não ocorre na totalidade dos pacientes. A AKA e ASA são mais identificáveis em pacientes não aortopatas e sua distribuição na população estudada não se assemelha à literatura. A origem da AKA é mais frequente entre T10 e T12 à esquerda / Introduction: This study investigated differences in spinal vasculature between healthy and diseased aortas among Brazilian population. Objective: The study aimed to identify and describe the spinal vascular anatomy, evaluate Anterior Spinal Artery (ASA) and Adamkiewicz artery (AKA) characteristics using non-invasive multidetector computed tomography (CT), as well as examine differences between groups with and without aortic disease. The secondary aim was to evaluate anatomic distribution of AKA level and side and the influence of clinical factors in its detection. Methods: CT scans of 115 patients from Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo were evaluated in terms of detection rate and AKA level and side. The results were also compared with data compiled from a review of the English language literature on this topic. We analysed 320-detector CT scans using OsiriX open source software. Furthermore, we identified the AKA and ASA using tridimensional multiplannar reconstruction. Clinical and demographics data were retrieved. Results: AKA identification showed higher detection rate in patients with healthy aortas (78.7%) compared to diseased aortas (40.7%) p < 0.0001. ASA was identified in 80.3% of the healthy aortas patients and 46.3% of the diseased aortas patients (p=0.0001). In 53 (76.6%) cases, the AKA originated from a left intercostal artery. Discussion: CT scan is a routine preoperative exam for aorta diseases. We observed a detection rate similar to that reported in previous literature on healthy aortas, in spite of the CT having more detectors. Furthermore, AKA identification in aorta diseased group was below literature, but statistically different from the healthy aorta group, higher AKA and ASA identification was found in healthy aorta group. The results indicated significant difference between previous literatures and our study in AKA detection. Conclusions: AKA detection using proposed method is feasible but is not detected in all patients. AKA and ASA have a higher detection rate in patients with a healthy aorta. The proposed method and data compiled from the literature did not show similar AKA level distribution. AKA originated more frequently from the left side between T10 and T12
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Fibrose centrilobular (FCL): um padrão histológico pulmonar distinto em pacientes com esclerose sistêmica e doença intersticial pulmonar / Centrilobular fibrosis (CLF): a distinct histological pattern in systemic sclerosis with interstitial lung disease (ILD)Romy Beatriz Christmann de Souza 15 January 2007 (has links)
Objetivos: A FCL é um novo padrão de doença intersticial pulmonar idiopática associado ao refluxo gastro-esofágico. Nós investigamos sua presença na ES com envolvimento pulmonar. Métodos: 28 pacientes com ES foram submetidos à biópsia pulmonar a céu aberto. As amostras foram classificadas conforme o novo consenso de classificação das pneumonias intersticiais idiopáticas e de acordo com os critérios do padrão FCL. Tomografia computadorizada de alta resolução (TCAR) de tórax, prova de função pulmonar (PFP), esofagograma de contraste e/ou endoscopia digestiva alta também foram realizadas. Resultados: Na ES, o padrão NSIP (67,8%) e a FCL (75%) foram os padrões mais freqüentemente encontrados e na maioria dos casos, eles co-existiam. Todos, exceto um paciente com FCL tinha a característica distribuição broncocêntrica das lesões, sendo mais extensa nos casos com FCL isolada (p=0,001). Da mesma forma, o conteúdo basofílico foi mais freqüente nos pacientes com FCL e completamente ausente no grupo NSIP (p<0,001). Na TCAR, a distribuição central do envolvimento pulmonar foi o achado mais prevalente nos pacientes com FCL isolada (57,14%) contrastando com a 10 predominância do padrão periférico nos outros grupos (p=0,02). Além disso, uma tendência quanto à distribuição segmentar na TCAR foi observada no grupo com FCL isolada (85,71%) e FCL+NSIP (71,43%), enquanto que 80% dos pacientes com NSIP tinham uma distribuição difusa das lesões pulmonares (p=0,08). Anormalidades esofágicas foram um achado quase universal. Conclusão: Está é a primeira descrição de fibrose centrilobular em pacientes com ES e envolvimento pulmonar. Este padrão tem características histológicas e tomográficas distintas e a identificação deste subgrupo de pacientes irá certamente contribuir para uma melhor abordagem terapêutica. / Objectives: CLF is a new histological pattern of idiopathic ILD associated to esophageal reflux. We have investigated its presence in SSc with lung involvement. Methods: 28 SSc patients were submitted to open lung biopsy. The specimens were classified according to the new consensus classification of idiopathic interstitial pneumonia and to the diagnostic criteria for CLF. High Resolution Computer Tomography (HRCT), Pulmonary Function Tests (PFT), contrast esophagogram and/or upper digestive endoscopy were also performed. Main Results: In SSc, the NSIP (67.8%) and the centrilobular (75%) patterns were the most frequent and in the majority of the cases, they co-existed. All, except one patient with CLF had the characteristic bronchocentric distribution and this lesion was more extensive in those with isolated CLF (p=0.01). Likewise, the basophilic content was more frequent in patients with CLF and completely absent in NSIP group (p<0.001). The central distribution of lung involvement on HRCT was the most prevalent finding in patients with isolated CLF (57.14%) contrasting with the predominant peripheral pattern in the other groups (p=0.02). Moreover, a trend towards a patchy distribution on HRCT was observed for CLF group (85.71%) and CLF+NSIP group (71.43%) whereas 80% of the NSIP group had diffuse distribution (p=0.08). Esophageal abnormalities were almost a universal finding. Conclusions: This is the first report of centrilobular fibrosis in SSc patients with lung involvement. This new pattern has distinct histological and tomographic features. The identification of this subgroup of patients will certainly contribute for a more appropriate therapeutic approach.
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Avaliação pulmonar funcional, tomográfica e de escores de gravidade de crianças e adolescentes com lúpus eritematoso sistêmico juvenil (LESJ) / Assessment of pulmonary function, tomographic findings, and severity scores in children and adolescents with childhood-onset systemic lupus erythematosus (cSLE)Claudine Sarmento da Veiga 19 May 2015 (has links)
Introdução: Alterações pulmonares podem ocorrer no lúpus eritematoso sistêmico juvenil (LESJ) e estar relacionadas com a morbidade e mortalidade. Os objetivos deste estudo foram analisar a função pulmonar de pacientes com LESJ e identificar possíveis correlações com escore da tomografia de alta resolução (TCAR) do tórax, escore de atividade da doença, dano cumulativo da doença e qualidade de vida dos pacientes. Métodos: Quarenta pacientes com LESJ, de 7,4 a 17,9 anos (mediana: 14,1 anos), foram submetidos a espirometria e pletismografia. Difusão de monóxido de carbono (DLCO), TCAR do tórax, teste da caminhada de 6 minutos (TC6M), atividade da doença, dano cumulativo da doença e qualidade de vida também foram avaliados. Resultados: Alterações subclínicas foram observadas em 19/40 (47,5%) pacientes com LESJ na espirometria/DLCO. O volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1%) foi o parâmetro mais afetado (30%). A TCAR de tórax estava alterada em 22/30 (73,3%) pacientes, sendo alterações mínimas em 43%. Sinais de envolvimento de vias aéreas foram observados em 50% dos casos. Doze pacientes (30%) foram hospitalizados por complicações pulmonares decorrentes do LESJ, com alta hospitalar há pelo menos 11 meses antes do início do estudo (mediana da alta: 2,1 anos). Capacidade pulmonar total (CPT%), capacidade vital (CV%), capacidade vital forçada (CVF%) e VEF1% foram menores no grupo que foi hospitalizado quando comparado com o grupo sem hospitalização por complicações pulmonares (p < 0,05). Houve correlação entre o escore da TCAR com VEF1/VC (r=-0.63; p=0.0002), VEF1 (r=-0.54; p=0.018), FEF25-75% (r=-0.67; p < 0.0001) e resistência das vias aéreas (r=+0.49; p=0.0056). A DLCO apresentou correlação com o tempo de doença (r=+0.4; p=0.01). Conclusão: Aproximadamente metade dos pacientes com LESJ apresentaram alterações funcionais significativas independentemente da atividade da doença e do dano cumulativo. Alterações de vias aéreas foram predominantes, especialmente na TCAR. A correlação positiva entre a DLCO e duração da doença provavelmente está relacionada com a melhora decorrente do tratamento. Complicações pulmonares decorrentes do LESJ podem determinar dano funcional / Introduction: Pulmonary abnormalities can occur in childhood-onset systemic lupus erythematosus (cSLE) and can affect both morbidity and mortality. The aims of this study were to analyze the pulmonary function of cSLE patients and to identify possible correlations with the high-resolution computed chest tomography (HRCT) score, disease activity, disease cumulative damage and the participants\' quality of life. Methods: Forty cSLE patients, median age: 14.1 years (range: 7.4-17.9), underwent spirometry and plethysmography. Carbon monoxide diffusing capacity (DLCO), HRCT, 6-minute walk test (6MWT), disease activity, disease cumulative damage and quality of life were assessed. Results: Subclinical abnormalities were evident in 19/40 (47,5%) cSLE patients according to spirometry/DLCO. Forced expired volume in one second (FEV1%) was the parameter most affected (30%). The HRCT showed some abnormality in 22/30 patients (73,3%), which were minimal in 43%. Signs of airway affection were found in 50%. Twelve patients (30%) were hospitalized due to cSLE-related pulmonary complications, at least 11 month before the study began (median discharge: 2.1years earlier). Total lung capacity (TLC%), vital capacity (VC%), forced vital capacity (FVC%), and FEV1% were lower in the group with hospitalization (p < 0.05). The HRCT-score was correlated with FEV1/VC (r=-0.63; p=0.0002), FEV1 (r=-0.54; p=0.018), FEF25-75% (r=-0.67; p < 0.0001), and resistance (r =+ 0.49; p=0.0056). DLCO was correlated with disease duration (r =+ 0.4; p=0.015). Conclusions: Almost half of patients with cSLE exhibited significant functional abnormalities, regardless of the disease activity and disease cumulative damage. Airway abnormalities were predominant, especially in the HRCT. The positive correlation between DLCO and duration of disease is most likely related to improvement resulting from treatment. The cSLE-related pulmonary complications can determine functional damage
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Desfechos tardios de sobreviventes de ensaio clínico randomizado controlado (protocolo ARDSnet vs. Open Lung Approach para o manejo ventilatório da síndrome do desconforto respiratório agudo moderado-grave) / Long-term outcomes in moderate/severe acute respiratory distress syndrome survivors included in a randomized clinical trial (ARDSnet protocol vs. Open Lung Approach)Carlos Toufen Junior 27 April 2016 (has links)
Apesar da utilização da ventilação mecânica protetora como estratégia para o tratamento da síndrome do desconforto respiratório agudo, ao menos um quarto dos pacientes com essa síndrome ainda apresentam redução na função pulmonar após 6 meses de seguimento. Não se sabe se esta redução está relacionada com a gravidade da síndrome ou associada com a forma de ventilar o paciente. Nosso objetivo neste trabalho foi avaliar a associação entre alterações funcionais e estruturais do pulmão com parâmetros de gravidade clínica e de ventilação mecânica. Foi realizada uma análise secundária dos dados obtidos em estudo randomizado e controlado que incluiu pacientes com síndrome do desconforto respiratório agudo moderada/grave, internados em seis unidades de terapia intensiva em um hospital terciário da cidade de São Paulo. Foram analisados dados de pacientes que tinham ao menos um teste de função pulmonar no seguimento. O teste funcional incluiu a medida da capacidade vital forçada, volumes pulmonares e a capacidade de difusão do monóxido de carbono após 1, 2 e 6 meses de seguimento. Foram considerados variáveis independentes o volume corrente, a pressão de distensão e a pressão positiva ao final da expiração (todos medidos após 24 horas da randomização) e um sistema de classificação de prognóstico (APACHE II), a relação PaO2/FIO2 e a complacência respiratória estática (todos medidos antes da randomização). Também foi realizada tomografia de alta resolução do tórax juntamente com os testes de função pulmonar, e posterior análise quantitativa das imagens. Na avaliação de 6 meses também foi realizado teste de caminhada de 6 minutos e um questionário de qualidade de vida (SF-36). Um total de 21 pacientes realizaram o teste de função pulmonar após 1 mês e 15 pacientes realizaram após 2 e 6 meses de seguimento. A capacidade vital forçada foi relacionada inversamente com a pressão de distensão na avaliação de 1, 2 e 6 meses (p < 0,01). A capacidade de difusão do monóxido de carbono relacionou-se inversamente com a pressão de distensão e com o APACHE II (ambos p < 0,01) na avaliação de 1 e 2 meses. Após 6 meses de seguimento, houve correlação inversa entre a pressão de distensão e a capacidade vital forçada independente do volume corrente, da pressão de platô e da complacência estática respiratória após ajustes (R2 = 0,51, p = 0,02). A pressão de distensão também se relacionou com o volume pulmonar total, a densidade pulmonar media e a porcentagem de volume pulmonar não aerado ou pobremente aerado medidos através da análise quantitativa da tomografia computadorizada de tórax realizada na avaliação de 6 meses. Também foi observada relação entre a qualidade de vida após 6 meses de seguimento e a pressão de distensão considerando o domínio estado geral de saúde. Nós concluímos que mesmo em pacientes ventilados com reduzido volume corrente e pressão de platô limitada, maiores valores de pressão de distensão relacionaram-se com menores valores de função pulmonar no seguimento de longo prazo / Even after lung-protective ventilation had become the standard of care for acute respiratory distress syndrome, about 25% of moderate/severe acute respiratory distress syndrome patients present reduction in lung function at 6 months of follow-up. It is not known whether this reduction is related to the severity of acute respiratory distress syndrome or associated with mechanical ventilation strategy. Our aim was to evaluate the association between the functional impairment and mechanical ventilation. We performed a secondary analysis of data from a randomized controlled trial in acute respiratory distress syndrome that included patients with moderate/severe acute respiratory distress syndrome in six intensive care units at an academic tertiary hospital. Were analyzed data from patients who had at least one pulmonary function test at the follow-up. A pulmonary function test that included forced vital capacity, lung volumes and carbon monoxide diffusion capacity was performed at one, two and six months of follow-up. We considered as independent risk factors tidal volume, driving pressure and positive end expiratory pressure (all measured 24 hours after randomization), and a severity of disease classification system (APACHE II), the PaO2/FIO2 ratio and static respiratory compliance (all measured before randomization). We performed also a high-resolution computed tomography of the lungs in the same time of the pulmonary function test if it was possible with a quantitative analysis. At 6 months after acute respiratory distress syndrome, a six minute walk test and a quality of life questionnaire (short form-36 questionnaire) were performed. A total of 21 patients performed the test after one month and 15 patients performed after 2 and 6 months follow-up. At one, two and six months, forced vital capacity was related to driving pressure (p < 0.01). Carbon monoxide diffusion capacity was related to driving pressure (p < 0.01) and to APACHE II (p < 0.01) at one and two months. At six months of follow-up driving pressure was associated with lower FVC independently of tidal volume, plateau pressure and baseline static respiratory compliance after adjustments (r2 = 0.51, p = 0.02). Driving pressure was related with total lung volume, mean lung density and percentage of non or poorly aerated compartments in total lung volume measured by quantitative analysis of computed tomography at 6 months. Driving pressure was also related to quality of life at 6 months of follow-up. Despite using a lung-protective ventilation strategy, after 6 months we still observed lung function impairment and driving pressure was the only ventilation parameter correlated with pulmonary function changes. We concluded that even in patients ventilated with low tidal volume, greater driving pressure was associated with worse long-term pulmonary function
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Colapsabilidade da faringe durante o sono induzido: comparação entre descendentes de Japoneses e indivíduos Brancos / Pharyngeal collapsibility during drug-induced sleep: comparison between Japanese-descendants and CaucasiansFabíola Schorr 08 May 2015 (has links)
Introdução: A patogênese da apneia obstrutiva do sono (AOS) é complexa e pode variar de acordo com a etnia. O componente anatômico que predispõe à AOS é resultado da interação entre a estrutura óssea e partes moles da via aérea superior (VAS), e pode ser acessado através da pressão crítica de fechamento da faringe (Pcrit). Hipotetizamos que os descendentes de Japoneses e Caucasianos apresentam diferentes preditores para a colapsabilidade da VAS, sugerindo diferentes vias que levam ao desenvolvimento da AOS nestes dois grupos étnicos. Métodos: Homens descendentes de Japoneses (n=39) e Caucasianos (n=39), pareados para idade e gravidade da AOS, foram avaliados através de polissonografia (PSG), Pcrit e tomografia computadorizada (TC) da VAS e abdome para estudo da anatomia da via aérea e gordura abdominal, respectivamente. Resultados: Pcrit foi similar entre descendentes de Japoneses e Caucasianos (-1.0 ± 3.3 vs -0.4 ± 3.1 cmH20). Descendentes de Japoneses apresentaram menores dimensões ósseas craniofaciais (comprimento da base do crânio, maxila e mandíbula), enquanto que os Caucasianos apresentaram maior tamanho das partes moles da VAS (comprimento e volume da língua) e maior desbalanço entre o volume da língua e da mandíbula (razão entre o volume da língua e o volume da mandíbula). O ângulo da base do crânio apresentou associação com a Pcrit somente entre os descendentes de Japoneses (r=-0.535, p < 0.01). A razão volume da língua/volume mandibular se associou com a Pcrit somente nos Caucasianos (r=0.460, p < 0.01). Variáveis relacionadas à obesidade (IMC, circunferências cervical e abdominal, gordura visceral) mostraram correlação semelhante com a Pcrit em ambos os grupos. Conclusões: Descendentes de Japoneses e Caucasianos apresentam diferentes preditores da colapsabilidade da VAS. Enquanto a restrição óssea craniofacial foi determinante para a Pcrit somente entre os descendentes de Japoneses, o desbalanço anatômico entre o volume da língua e da mandíbula foi importante para a Pcrit nos Caucasianos. Estes achados podem ter implicações terapêuticas no tocante à melhora da predisposição anatômica para a AOS entre as etnias / Introduction: Obstructive sleep apnea (OSA) pathogenesis is complex and may vary according to ethnicity. The anatomical component predisposing to OSA is the result of the interaction between bony structure and upper airway soft tissues and can be assessed using passive critical closing pressure (Pcrit). We hypothesized that Japanese-Brazilians and Caucasians present different predictors to upper airway collapsibility, suggesting different causal pathways to develop OSA in these two groups. Methods: Male Japanese-Brazilians (n=39) and Caucasians (n=39) well matched for age and OSA severity were evaluated by full polysomnography, Pcrit and upper airway plus abdomen CT scans for determination of upper airway anatomy and abdominal fat, respectively. Results: Pcrit was similar between Japanese-Brazilians and Caucasians (-1.0 ± 3.3 vs -0.4 ± 3.1 cmH20). Japanese-Brazilians presented smaller upper airway bony dimensions (cranial base, maxillary and mandibular length) while Caucasians presented larger upper airway soft tissue (tongue length and volume) and greater imbalance between tongue and mandible (tongue/mandibular volume ratio). Cranial base angle was associated with Pcrit only among Japanese-Brazilians (r=-0.535, p < 0.01). Tongue/mandibular volume ratio was associated with Pcrit only among Caucasians (r=0.460, p < 0.01). Obesity-related variables (visceral fat, BMI, neck and waist circumferences) showed similar correlation with Pcrit in Japanese-Brazilians and Caucasians. Conclusions: Japanese-Brazilians and Caucasians present different predictors of upper airway collapsibility. While craniofacial bony restriction was determinant to Pcrit only in the Japanese-Brazilians, anatomical imbalance between tongue and mandible volume was important to Pcrit among Caucasians. These findings may have therapeutic implications regarding how to improve anatomical predisposition to OSA across ethnicities
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