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Manifestações clínicas e complicações associadas à toxoplasmose ocular / Clinical manifestations and complications associated with ocular toxoplasmosisArruda, Sigrid Lorena Batista 08 May 2018 (has links)
Neste estudo, foram descritos os aspectos clínicos e resultados visuais em indivíduos com evidência sorológica e sinais clínicos de toxoplasmose ocular. Os sujeitos foram examinados com lâmpada de fenda, exame de oftalmoscopia indireta, tendo registros fotográficos com retinografia e tomografia de coerência óptica. Duzentos e sessenta e sete participantes foram incluídos no estudo (n = 350 olhos). A forma de toxoplasmose ocular foi considerada primária em 52 indivíduos (19,5%), recorrente ativa em 89 (33,3%) e inativa em 126 (47,2%). A maioria dos olhos apresentou uma lesão (n=169; 48,3%), enquanto que 149 olhos (42,6%) apresentaram duas a quatro lesões e 32, cinco ou mais lesões (9,1%). As lesões centrais estiveram presentes em 127 olhos (36,3%), periféricas em 178 (50,9%), enquanto que lesões centrais e periféricas em 45 (12,6%). A maioria dos indivíduos apresentou sorologia para toxoplasma gondii (T. gondii) IgG + IgM- (n=245; 91,8%), enquanto que apenas 22 (8,2%) foram T. gondii IgG + IgM +. Do total de olhos afetados em que a acuidade visual foi medida (n=314), a maioria (n=160; 50,9%) apresentou melhor acuidade visual corrigida final >20/40, e 25,8% (n=81) foram considerados cegos (<20/400). Lesões múltiplas, de localização central e com tamanho maior que um diâmetro de disco óptico foram consideradas fator de risco para pior prognóstico visual. A membrana epirretiniana (n=21; 7,1%) e opacidade vítrea (n=20; 6,8%) foram as principais causas de complicações observadas. A taxa de incidência de complicações foi de 0,41 complicações/ano, e foram verificadas 0,13 reativações/ano. O estudo demonstrou altas taxas de déficit visual, devendo ser realizados novos estudos para o desenvolvimento de novas modalidades terapêuticas para diminuir o impacto da doença como causa de cegueira e deficiência visual. / In this study, we describe the clinical aspects clinical aspects and visual outcomes in individuals with serological evidence and clinical signs of ocular toxoplasmosis. The subjects were examined with a slit lamp, indirect ophthalmoscopy examination, having photographic records with retinography and optical coherence tomography. Two hundred and sixty -seven subjects were included in the study (n=350 eyes). The form of ocular toxoplasmosis was considered primary active in 52 subjects (19.5%), recurrent active in 89 subjects (33.3%) and inactive in 126 (47.2%). Most eyes presented only one lesion (n=169; 48.3%), whereas 149 individuals (42,6%) had 2-4 lesions, and 32 had five or more lesions (9.1%). Central lesions only were present in 127 eyes (36,3%), peripheral in 178 (50,9%%), while concomitant central and peripheral were present in 45 (12.6%). Most subjects had T. gondii IgG+ IgMserology (n=245; 91.8%), whereas only 22 (8,2%) were T. gondii IgG+ IgM+. From the total of affected eyes which visual acuity was measured (n=314), most (n=160; 50,9%) had better final corrected visual acuity> 20/40 and 25.8% (n = 81) were considered blind (<20/400). Multiple, centrally located lesions of greater size than an optic disc diameter were considered risk factor for a worse visual prognosis. The epiretinal membrane (n=21; 7.1%) and vitreous opacity (n=20; 6.8%) were the main causes of complications seen. The incidence rate of complications was 0,41 complications/year, and it was verified 0,13 reactivations/year. The study demonstrated a high rate of visual impairment, and studies for the development of novel therapeutic modalities should be performed to reduce the impact of the disease as a cause of blindness and visual impairment.
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Genes HLA de classe II (DRB1 e DQB1) como fatores de risco para a toxoplasmose ocular.Camargo, Ana Vitória da Silveira 06 June 2016 (has links)
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Previous issue date: 2016-06-06 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo - FAPESP / Introduction: Toxoplasmosis, a disease resulting from Toxoplasma gondii infection, is clinically manifested through ocular, cerebral and congenital ways. This pararsito Apicomplexa is capable of infecting cells of all nucleated tissues and may remain in a latent state or cause irreversible cell damage. The HLA class II genes control the adaptive immune response humoral and influence susceptibility and the resistance to infectious and parasitic diseases. The ocular toxoplasmosis, besides being dependent on infection with T. gondii as well as the variability of the infecting strain, is influenced by host genetic factors. Aim: To test the hypothesis that the HLA class II genes (HLA-DRB1 and HLA-DQB1) are associated with ocular toxoplasmosis. Materials and Methods: Samples of 249 patients undergoing ophthalmologic evaluation and positive serology to T. gondii were analyzed. According to the clinical conditions, two distinct groups were composed: one formed by patients with ocular toxoplasmosis (n=123); and another group with patients without the disease ocular form (n=126). The patients with ocular toxoplasmosis were subdivided into two groups, according to the type of ocular manifestation: primary (n=93 samples) or recurrent (n=30). Genotyping of Class II HLA alleles were performed by the polymerase chain reaction technique with specific oligonucleotide sequence (PCR-SSO; One Lambda®). Results: The average ages of the group of patients with ocular toxoplasmosis was less (40.9±19.9) than the average age of patients without ocular toxoplasmosis (57.6±17.2) (p<0.0001).The alleles HLA-DRB1*03 (OR=1,94; IC 95% 1.09-3.45; p=0.031; pc=0.404) and HLA-DQB1*02 (OR=1.52; IC 95% 1.03-2.24; p=0.039; pc=0.197) showed a more allelic frequency in patients without ocular toxoplasmosis when compared to the group with ocular toxoplasmosis. The HLA-DRB1*14 alelle was more frequent in the subgroup of the recurrent manifestation, when compared to the group without ocular toxoplasmosis (OR=0.32; IC 95% 0.12-0.83; p=0.032; pc=0.417) and to the primary manifestation subgroup (OR=0.25; IC95% 0.08-0.73; p=0.017; pc=0.223). The HLA-DRB1*03_DQB1*02 haplotype was not associated with the lower risk of ocular toxoplasmosis (OR=1.86; IC 95%: 1.03-3.36; p=0.052). Conclusions: The obtained results suggest that the Class II HLA genes (DRB1 and DQB1) are not associated with the ocular toxoplasmosis development; and that none HLA DRB1_DQB1 haplotype influences the ocular toxoplasmosis development in the study population. / Introdução: A toxoplasmose, uma doença resultante da infecção por Toxoplasma gondii, manifesta-se clinicamente nas formas ocular, cerebral e congênita. Este parasito Apicomplexa infecta células nucleadas de todos os tecidos e pode permanecer em estado latente ou provocar danos celulares irreversíveis. Os genes HLA de classe II controlam a resposta imune adaptativa humoral e influenciam a suscetibilidade e a resistência às doenças infecciosas e parasitárias. A toxoplasmose ocular, além de ser dependente da infecção por T. gondii e da variabilidade das cepas infectantes, é fortemente influenciada por fatores genéticos do hospedeiro. Objetivo: Testar a hipótese de que os genes HLA de classe II (HLA-DRB1 e HLA-DQB1) estão associados à toxoplasmose ocular. Materiais e Métodos: Foram analisadas amostras de DNA de 249 indivíduos submetidos à avaliação oftalmológica e com sorologia reagente para T. gondii. De acordo como quadro clínico, dois grupos distintos foram compostos: um formado por pacientes com toxoplasmose ocular (n=123) e outro grupo, por pacientes sem a forma ocular da doença (n=126). Os pacientes com toxoplasmose ocular foram subdivididos em dois grupos de acordo com o tipo de manifestação ocular: primária (n=93) ou recorrente (n=30). A genotipagem dos alelos HLA de classe II foi realizada pela técnica reação da cadeia de polimerase com sequência de oligonucleotídeos específicos (PCR-SSO; One Lambda®). Resultados: A média de idade dos pacientes com toxoplasmose ocular foi menor (40.9±19.9) que a daqueles sem toxoplasmose ocular (57.6±17.2) (p<0.0001). Os alelos HLA-DRB1*03 (OR=1,94; IC 95% 1.09-3.45; p=0.031; pc=0.404) e HLA-DQB1*02 (OR=1.52; IC 95% 1.03-2.24; p=0.039; pc=0.197) apresentaram maior frequência alélica no grupo sem toxoplasmose ocular em comparação ao grupo com toxoplasmose ocular. O alelo HLA-DRB1*14 foi mais frequente no subgrupo com a manifestação recorrente em comparação ao grupo sem toxoplasmose ocular (OR=0.32; IC 95% 0.12-0.83; p=0.032; pc=0.417) e com o subgrupo manifestação primária (OR=0.25; IC95% 0.08-0.73; p=0.017; pc=0.223). O haplótipo HLA-DRB1*03_DQB1*02 não se mostrou associado ao menor risco de toxoplasmose ocular (OR=1.86; IC 95%: 1.03-3.36; p=0.052). Conclusões: Os resultados obtidos sugerem que os genes HLA de classe II (DRB1 e DQB1) não estão associados com o desenvolvimento da toxoplasmose ocular e que nenhum haplótipo HLA DRB1_DQB1 influencia o desenvolvimento desta doença na população analisada.
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Genes KIR, seus ligantes HLA e polimorfismo do gene MICA na toxoplasmose ocular e nas formas clínicas da doença de chagas crônicaAyo, Christiane Maria 30 June 2017 (has links)
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Previous issue date: 2017-06-30 / Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo - FAPESP / Ocular toxoplasmosis, characterized by an intraocular inflammation, is the most common clinical manifestation of toxoplasmosis, the infectious disease caused by the protozoan Toxoplasma gondii. The lesions can affect the macula and other layers of the retina and the choroid, resulting in retinochoroiditis with different degrees of ocular involvement. Chagas disease is resulting from infection by the protozoan Trypanosoma cruzi. After 20 years of infection, about 30% develop chronic Chagas heart disease, which is clinically manifested by malignant ventricular arrhythmia, thromboembolism, sudden cardiac death, and chronic heart failure. Ten per cent of Chagas patients present the digestive form of the disease, characterized mainly by dilatations of the esophagus and/or colon, due to the denervation process. The progression of the infection, as well as the development of the different clinical forms and different degrees of severity may be related to genetic characteristics of the pathogen and the host. Among the factors related to the host, the immunological response is of special interest with genetic markers playing an important modulating role in this context as they may contribute to the pathogenesis or resistance in the clinical course of these infections. Objective: The present study aimed to verify the hypothesis that KIR genes, their HLA ligands and MICA gene polymorphisms are associated with ocular toxoplasmosis (OT) and the different clinical forms of Chagas disease. Patients and Methods: This study included 297 patients with toxoplasmosis, 148 clinically diagnosed with OT and 149 without OT. Moreover, 267 patients with Chagas disease were enrolled: 78 clinically diagnosed with the digestive form of the disease, 107 with the cardiac form and 82 with the mixed form. The ELISA technique was used to confirm infection by T. gondii and T. cruzi. Polymorphisms of the KIR and MICA genes were identified by PCR-SSOP and nested PCR. Continuous variables were compared using the unpaired t test and the Chi-square test with Yates correction or the Fisher's exact test were used compare the other results. Results: In relation to the toxoplasmosis, MICA genotypes and alleles did not differ between patients with and without OT, or between patients with the primary or recurrent manifestations of the disease. KIR3DS1 gene was positively associated with the development of OT. KIR activating genes along with their HLA ligands (KIR3DS1+/Bw4-80Ile+, KIR2DS1+/C2+ and KIR3DS1+/Bw4-80Ile+) were associated with susceptibility to OT and both its primary and recurrent clinical manifestations. The inhibitory pairs - KIR2DL3/2DL3-C1/C1 and KIR2DL3/2DL3-C1 - were associated with resistance to OT and its clinical manifestations, whereas the combination KIR3DS1-/KIR3DL1+/Bw4-80Ile+ was a protection factor for the development of OT and, in particular, against recurrent manifestations. As for Chagas disease, The MICA-129met allele was associated with the development of left ventricular systolic dysfunction (LVSD) in patients with chronic chagasic cardiomyopathy, while the MICA-129val allele was associated with a protection of developing LVSD. In particular, the MICA-129 met/met homozygous haplotype was associated with the development of severe LVSD and the MICA-129 val/val homozygous genotype protected against this condition. It was also possible to demonstrate that the haplotype MICA*008~HLA-C*06 and the combination between KIR genes and their HLA ligands - KIR2DS2-/KIR2DL2-/KIR2DL3+/C1+ - were associated with susceptibility for the digestive clinical form of Chagas disease. Conclusions: Our results demonstrate that KIR genes may influence both OT and the clinical digestive form of Chagas disease, whereas the MICA gene may influence the clinical forms of Chagas disease, but not the development of OT. / A toxoplasmose ocular, caracterizada por uma inflamação intraocular, é a manifestação clínica mais comum da toxoplasmose, doença infecciosa causada pelo protozoário Toxoplasma gondii. As lesões podem afetar a mácula, as diversas camadas da retina e a coróide resultando em retinocoroidite com diferentes graus de comprometimento ocular. A doença de Chagas é resultante da infecção pelo protozoário Trypanosoma cruzi. Após 20 anos de infecção, cerca de 30% dos pacientes desenvolvem a cardiopatia chagásica crônica, que se manifesta clinicamente por arritimia ventricular malígna, tromboembolismo, morte súbita cardíaca e insuficiência cardíaca crônica. Dez por cento dos pacientes apresentam a forma digestiva, caracterizada principalmente por dilatações do esôfago e/ou cólon devido ao processo de denervação. A progressão de uma infecção, assim como o desenvolvimento de diferentes formas clínicas e diferentes graus de gravidade, podem estar relacionadas com as características genéticas do patógeno e do hospedeiro. Dentre os fatores relacionados ao hospedeiro, a resposta imunológica desperta um interesse especial e os marcadores genéticos exercem importante papel modulador neste contexto, pois podem contribuir para patogênese ou resistência do curso clínico dessas infecções. Objetivo: O presente estudo teve como objetivo verificar a hipótese de que os genes KIR, seus ligantes HLA e o polimorfismo do gene MICA estão associados à toxoplasmose ocular (TO) e às diferentes formas clínicas da doença de Chagas. Casuística e métodos: Foram incluídos no estudo 297 pacientes com toxoplasmose, 148 clinicamente classificados com TO e 149 sem TO. Também participaram deste estudo 267 pacientes com doença de Chagas, 78 clinicamente classificados com a forma digestiva da doença, 107 com a forma cardíaca, 82 com a forma mista. O teste de ELISA foi realizado para confirmar as infecções por T. gondii e T. cruzi. Os polimorfismos destes genes foram identificados por PCR-SSOP e PCR nested. As variáveis contínuas foram comparadas utilizando o teste t não pareado. Para comparação dos demais resultados foram realizados o Teste Qui-quadrado com correção de Yates ou o Teste Exato de Fisher. Resultados: Em relação à toxoplasmose, alelos e genótipos MICA não diferiram entre os pacientes com e sem TO, nem entre os pacientes com a manifestação primária ou recorrente da doença. O gene KIR3DS1 foi associado positivamente com o desenvolvimento da TO. Genes KIR ativadores juntamente com os seus ligantes HLA (KIR3DS1+/Bw4-80Ile+ e KIR2DS1+/C2+ + KIR3DS1+/Bw4-80Ile+) foram associados com suscetibilidade à TO e às suas manifestações clínicas primária e recorrente. Os pares inibidores - KIR2DL3/2DL3-C1/C1 e KIR2DL3/2DL3-C1 – foram associados com a resistência à TO e suas manifestações clínicas, enquanto que a combinação KIR3DS1-/KIR3DL1+/Bw4-80Ile+ foi associada como fator de proteção para o desenvolvimento da TO e, em particular, para a manifestação recorrente. Quanto à doença de Chagas, o alelo MICA-129met foi associado como fator de risco para o desenvolvimento da disfunção sistólica ventricular esquerda (DSVE) em pacientes com cardiopatia chagásica crônica, enquanto que o alelo MICA-129val foi associado com a proteção ao desenvolvimento da DSVE. Em especial o haplótipo homozigoto MICA-129 met/met foi associado com o desenvolvimento da DSVE grave e o genótipo homozigoto MICA-129 val/val foi associado com a proteção desta condição. Também foi possível demonstrar que o haplótipo MICA*008~HLA-C*06 e a combinação entre KIR e seus ligantes HLA - KIR2DS2-/KIR2DL2-/KIR2DL3+/C1+ - foram associados como fatores de suscetibilidade à forma clínica digestiva da doença de Chagas. Conclusões: Nossos resultados demonstram que os genes KIR podem exercer influência tanto na toxoplasmose ocular quanto na forma clínica digestiva da doença de Chagas, enquanto que MICA pode exercer influência nas formas clínicas da doença de Chagas, mas não no desenvolvimento da toxoplasmose ocular.
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