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Excluídos no trabalho? Análise sobre o processo de afastamento por transtornos mentais e comportamentais e retorno ao trabalho de professores da rede pública municipal de São Paulo / Excluded at work? Analysis on the process of sick leave due mental and behavioral disorders and return to work of teachers of the São Paulo municipal public system

Macaia, Amanda Aparecida Silva 04 February 2014 (has links)
Introdução - Os trabalhadores no Brasil geralmente retornam ao trabalho nas mesmas condições que geraram seus afastamentos. No ano de 2012 os professores foram o terceiro grupo profissional que mais se afastou e retornou ao trabalho (RT) em readaptação funcional, entre os servidores públicos da rede municipal de São Paulo. Transtornos mentais e comportamentais (TMC) foram um dos diagnósticos mais frequentes. Objetivos - Conhecer e analisar os processos de afastamentos por TMC e RT entre os professores da rede pública municipal de SP. Métodos - Estudo qualitativo, de caráter exploratório, realizado por meio de entrevistas individuais centradas no problema, em linha de narrativa oral e grupos focais. Participaram 20 professores ativos e readaptados, com histórico de licenças médicas por TMC e RT. A análise dos dados envolveu transcrição, codificação aberta, axial e seletiva. Resultados - As categorias temáticas discutidas foram: a) afastamentos do trabalho por TMC; b) RT; c) estratégias para o cuidado da saúde e permanência no trabalho; d) período de afastamento até o retorno ao trabalho; e) preconceitos no trabalho; f) perícia médica; g) autonomia dos professores em modificações das condições e organização do trabalho. Os participantes foram na maioria mulheres, principais responsáveis pela renda familiar e com longa jornada de trabalho. Foram relatadas situações caracterizadas pela falta de autonomia. As negociações no âmbito do RT ocorreram preferencialmente com os professores readaptados, de maneira dependente da equipe gestora da escola e sem direcionamento às modificações dos fatores que colaboraram com os afastamentos. Professores ativos e readaptados significaram de modo distinto afastamento e RT. O contexto de trabalho na educação foi causa referida para o adoecimento. Aspectos de gestão do trabalho na escola foram associados tanto ao afastamento quanto ao RT, que ocorreram na sua maioria, em condições desfavoráveis ao trabalho e à saúde. Conclusões - São complexas as relações entre os aspectos envolvidos nos processos de afastamento por TMC e RT entre os professores participantes. Discutir retorno ao trabalho exige abordar os motivos dos afastamentos. Tanto politicas públicas e macroestruturas, quanto as micropolíticas foram determinantes do adoecimento, afastamento e processo de RT entre os participantes. Ações de prevenção do adoecimento mental e dos afastamentos e promoção da saúde devem integrar um projeto multi-institucional que garanta vigilância em saúde do trabalhador, capacitações voltadas ao processo de afastamento e RT e participação dos professores / Introduction - Workers in Brazil usually return to work under the same conditions that led to their sick leave. In 2012 teachers were the third professional group with more sick leave and return to work (RT) in functional readaptation, among public servants of the city of São Paulo. One of the most frequent diagnoses was mental and behavioral disorders (MBD). Objectives - To investigate and analyze the processes of sick leave by MBD and RT among teachers from São Paulo public municipal system. Methods - Qualitative study, of exploratory approach, conducted through individual interviews focused on the issue in oral narrative line and focus groups. Twenty active and readaptation functional teachers participated, with a history of sick leave due MBD and RT. The data analysis involved transcription, encoding open, axial and selective. Results - The themes discussed were: a) sick leave due MBD; b) RT c) strategies for health care and remain in work; d) period off work on sick leave; e) prejudices at work; f) medical expertise; g) autonomy of teachers in changing the conditions and organization at work. Participants were mostly women, sole breadwinner and long working hours. Situations characterized by lack of autonomy were reported. Negotiations within the RT preferentially occurred with readaptation functional teachers, in dependant way of the management team of the school and without targeting alteration of the factors that collaborated with the sick leave. Active and readaptation functional teachers meant sick leave and RT differently. The work context in education was concerned referred to the illness. Work management aspects at school were both associated with the sick leave on the RT, which occurred mostly in unfavorable working and health conditions. Conclusions - Relationships among aspects are complex when involved in the process of sick leave due TMC and RT among participants. Discussing return to work requires addressing the reasons for the sick leave. Both public policy and macro structures as the micro were determinants of illness, sick leave and RT process 8 among participants. Actions to prevent MBD and sick leave, and health promotion should integrate a multi-institutional project to ensure worker health surveillance, qualification aimed at the sick leave and RT process and participation of teachers
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Avaliação do perfil psiquiátrico de pacientes com mucopolissacaridoses

Assumpção, Tatiana Malheiros 12 November 2013 (has links)
As mucopolissacaridoses (MPS) são um grupo de doenças metabólicas hereditárias causadas pela deficiência de enzimas lisossomais específicas, que causam alterações físicas e/ou comportamentais crônicas e progressivas. Um fenótipo comportamental é um padrão característico de observações motoras, cognitivas, linguísticas e sociais consistentemente associado a uma condição biológica. Tal fenótipo pode ser um transtorno mental ou outras características de comportamento não necessariamente associadas a transtornos. No caso específico das mucopolissacaridoses, embora haja diversos relatos na literatura sobre as altas taxas de ocorrência de problemas de comportamento na síndrome de Sanfilippo (MPS III), muito pouco é conhecido sobre as características comportamentais das outras entidades (MPS I, II, IV, VI e VII). Este trabalho pretendeu avaliar e descrever as alterações psiquiátricas encontradas em 22 pacientes com MPS atendidos em três serviços de genética clínica (4 MPS I, 5 MPS II, 1 MPS III, 4 MPS IV, 7 MPS VI, 1 MPS VII). As avaliações foram feitas através de instrumentos específicos, traduzidos e validados para nossa população, a saber: K-SADS PL, ATA, CARS, CGAS; e um instrumento traduzido, mas ainda sem validação brasileira: Escalas de Comportamento Adaptativo de Vineland. Os resultados mostraram que esses indivíduos apresentam altas taxas de transtornos mentais ao longo da vida, comportamento adaptativo deficitário e funcionamento global prejudicado. Além disso, observou-se um grande impacto familiar da doença, abandono escolar por falta de condições de acesso e de preparo da própria escola, grande dependência dos indivíduos avaliados e sobrecarga de um único cuidador, geralmente a mãe. Também ficou evidente o peso trazido pelo próprio tratamento, traduzido em uma recusa em aceitar novas propostas clínicas oferecidas. Concluiu-se que a população estudada é altamente vulnerável dos pontos de vista pessoal, familiar e social, sendo necessários mais estudos para seu melhor conhecimento e elaboração de programas e políticas de atendimento mais direcionados para suas necessidades / Mucopolysaccharidoses (MPS) are a group of hereditary metabolic diseases caused by deficient lysossomal enzymes, that lead to progressive physic and/or behavioral abnormalities. A behavioral phenotype is a characteristic pattern of motor, cognitive, linguistic and social observations, consistently associated to a biological condition. That phenotype may be a mental disorder or other behavioral characteristics not necessarily associated to any specific disorder. Referring to MPS, altohugh there are several descriptions of high ocurrence of behavioral problems in patients with Sanfilippo Syndrome (MPS III), the knowledge about behavioral characteristics of the other types of MPS is scarce. This work intended to analyse and describe psychiatric alterations in 22 patients with MPS from three services of medical genetics. Evaluation was made using specific instruments, translated and validated for use with brazilian population: K-SADS-PL, ATA, CARS, CGAS; and one instrument translated but not validated for brazilian population: Vineland Adaptive Behavior Scales. Results showed high lifetime prevalence of mental disorders, deficient adaptive behavior, and poor global functioning. Besides, it was observed intense familiar impact, high drop out rates from school, highly dependent individuals, and excessive burden for the caretaker. It was also evidenced the burden of the treatment itself. The conclusion was that this population is extremely vulnerable, and that it is necessary the realization of more studies for the better understanding of its specific necessitites
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Retorno ao trabalho após afastamento de longa duração por transtornos mentais: um estudo longitudinal com trabalhadores do mercado formal / Return to work after long term sickness absence due to mental disorders: a longitudinal study among formal labor workers

Silva Júnior, João Silvestre da 09 February 2017 (has links)
Introdução:Os transtornos mentais (TM) são a terceira princip al causa de incapacidade laborativa de longa duração no Brasil. Existem dive rsos fatores que influenciam o tempo para o retorno ao trabalho (RT) e a efetividade da reint egração laboral após um episódio de afastamento por TM. É considerado um retorno ao tra balho eficaz (RTE) quando o trabalhador se mantém no exercício das suas ativida des profissionais por prazo superior a trinta dias após a volta ao trabalho. No Brasil não há estudos que descrevam fatores associados ao RT de trabalhadores afastados por TM incapacitante. Objetivo: Analisar os fatores que influenciam o tempo para o retorno ao t rabalho após afastamento de longa duração por TM e a efetividade da reintegração do trabalhad or após o período de afastamento. Métodos:Um estudo longitudinal realizado na cidade de São Paulo entre 2014-2016 que incluiu trabalhadores do mercado formal que requeri am benefício por incapacidade. Foram conduzidas quatro fases: a) adaptação transcultural de um instrumento holandês que avalia a expectativa para o RT entre afastados por TM (N=411 ); b) coleta de informações sociodemográficas, comportamento de risco para a sa úde, características do trabalho, condições de saúde e histórico previdenciário (N=20 4); c) entrevista sobre o processo de RT na empresa (N=128); d) verificação da situação do t rabalhador no mercado de trabalho após 365 dias do afastamento. Foram realizadas análise d e sobrevida para verificar os fatores que influenciavam o tempo para o RT e regressão logísti ca para analisar os fatores que contribuíam para o RTE. Resultados: O grupo da fase longitudinal era composto na sua maioria por mulheres (71 por cento ), pessoas com idade infer ior a 40 anos (68 por cento ), alta escolaridade (78 por cento ), trabalhadores em atividade de atendimento (4 4,1 por cento ) e diagnóstico de quadro depressivo (52 por cento ). O tempo médio para o RT foi de qu ase seis meses entre os 63 por cento que tentaram voltar ao trabalho no período do estudo. O s fatores que influenciaram um retorno mais precoce foram: faixa etária entre 30-39 anos, escolaridade de mais de 12 anos de estudo, baixo consumo de álcool e ausência de sintomas ansi osos. A taxa de efetividade entre os que tentaram o retorno foi de 74 por cento . Os fatores que influ enciaram o retorno ao trabalho eficaz foram: maior tempo de trabalho na função, menor exp ectativa sobre o retorno ao trabalho durante o afastamento e a realização de exame médic o de retorno ao trabalho. A avaliação psicométrica da versão para o português brasileiro do questionário de autoeficácia sobre o trabalho após afastamento por TM demonstrou substan cial (0,64) a quase perfeita (0,86) estabilidade temporal ajustada por prevalência, boa confiabilidade interna (0,76) e estrutura bidimensional. Conclusão: Fatores relacionados a características sociodemogr áficas, ao comportamento de risco para a saúde e à condição cl ínica no afastamento influenciaram o tempo para o RT. Fatores relacionados a aspectos ps icológicos, características da história ocupacional e o processo de acolhimento do trabalha dor na empresa influenciam a efetividade do retorno. A versão para o português brasileiro do questionário de expectativa sobre o trabalho demonstrou ser adequada para o uso em popu lações similares à da pesquisa. Desejamos que o estudo possa contribuir para a disc ussão e formatação de ações públicas e privadas voltadas tanto para a prevenção terciária, quanto para intervenções em nível primário e secundário da atenção integral à saúde mental dos trabalhadores / Introduction: Mental disorders (MD) are the third leading cause of long-term disability in Brazil. There are several factors that influence th e time to return to work (RTW) and the effectiveness of labor reintegration after an episo de of sick leave due to MD. When workers remain working more than 30 days after back to work is known as sustained return-to-work (S-RTW). In Brazil, there are no studies describing factors associated with the RTW of workers in sick leave due to MD. Objectives: To analyze factors associated to time to RTW after an episode of long-term sickness absence due to MD and the effectiveness of those RTW. Methods: A longitudinal study conducted in the city of São Paulo, Brazil, from 2014- 2016 included formal workers requiring disability b enefit. We had four phases: a) the cross- cultural adaptation of a Dutch instrument that asse sses the RTW-SE among absentees due to MD (N = 411); b) collecting demographic information , health risk behaviors, work characteristics, health conditions and social secur ity history (N = 204); c) interview on the employer s RTW process (N = 128); check worker\'s si tuation in the labor market after 365 days of absence. Survival analysis was performed to identify factors influencing the time for the RTW and multiple logistic regression to analyze the factors that contributed to the S- RTW. Results: The group of longitudinal study was composed mostl y by women (71 per cent ), people aged under 40 (68 per cent ), 12 or more years of edu cation (78 per cent ), customer service jobs (44,1 per cent ) and diagnosed as depressed (52 per cent ). The avera ge time for the RTW was almost six months among the 63 per cent who tried the resumption of wo rk activities. Factors that influence an earlier return were: aged between 30-39 years, 12 o r more years of education, low alcohol intake and lack of anxiety symptoms. The effectiven ess rate among those who tried to return was 74 per cent . Factors influencing the sustained RTW were job working time, return-to-work self- efficacy (RTW-SE) in baseline, and to be evaluated by a physician before RTW. The psychometric evaluation for Brazilian Portuguese ve rsion of RTW-SE questionnaire showed substantial (0.64) to almost perfect (0.86) tempora l stability adjusted by prevalence, good reliability (0.76) and a two dimensions structure. Conclusion: Factors related to sociodemographic characteristics, risk health behav iors and medical condition influenced the time for RTW. Factors related to psychological and occupational aspects, and also the RTW process influence the effectiveness of the return. The Brazilian Portuguese version for RTW- SE showed to be suitable for use in similar populat ions of our research. We hope to contribute to the discussion and to stimulate public and priva te intervention policies on tertiary prevention, focused in early RTW, and also in prima ry and secondary level of integral attention to the workers mental health
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Ra?a/cor da pele, g?nero e Transtornos Mentais Comuns na perspectiva da interseccionalidade

Smolen, Jenny Rose 15 February 2016 (has links)
Submitted by Ricardo Cedraz Duque Moliterno (ricardo.moliterno@uefs.br) on 2016-10-10T22:19:59Z No. of bitstreams: 1 Dissertac?a?o_J_Smolen_PDF.pdf: 5008620 bytes, checksum: 417a8a5d29c91048ba70f7afe58d1578 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-10-10T22:19:59Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Dissertac?a?o_J_Smolen_PDF.pdf: 5008620 bytes, checksum: 417a8a5d29c91048ba70f7afe58d1578 (MD5) Previous issue date: 2016-02-15 / Mental disorders cause the largest burden of disability worldwide, and Common Mental Disorders (CMD) cause a significant burden to the community. Brazil has prioritized the health of Black population and the identification of racial disparities in health, yet few studies on mental health exist in Brazil that use race as a variable of analysis. Through a systematic review of the literature, these studies were identified to understand the association between race and mental health. No studies conducted an intersectional analysis of race and gender. The objective of this study is to examine the interaction between race, gender, and CMD in Feira de Santana, BA. This cross-sectional study used a representative sample of the urban population of 15 years or older in Feira de Santana. All those who self-identified as branco, preto, or pardo were included in the analysis. The Self-Report Questionnaire (SRQ-20) was used to determine the presence of CMD. Prevalence ratios for the four race/gender groups (white men, black men, white women, black women) were calculated using a Poisson regression, and an interaction analysis was performed to assess the contribution of the perspective of intersectionality. The results are presented in the form of journal articles. The systematic review is titled ?Race/skin color and mental health disorders in Brazil: a systematic review?, and the analytic article is entitled ?The perspective of intersectionality in quantitative health research: an analysis of the association between the intersections of race and gender, and Common Mental Disorders.? The systematic review showed that studies on mental health that assessed race often used different screening tools to identify the mental disorder and had small sample sizes of Afro-Brazilians; despite these problems, the overall trend shows a positive association between race and anxiety and/or depression. The results of the analytic article show that Black women had the highest prevalence of CMD of all the four race/gender groups, and even controlling for potential confounders Black women had a significantly higher prevalence of CMD, 2.43 times that of White men. The analysis of interaction shows the value of the intersectional perspective?that the prevalence seen in Black women is greater than would have been expected if examining race and gender separately. Determining the prevalence of TMC according to race and gender, and the association between these is essential to truly understand the racial disparities in CMD and for Brazil to fulfill its constitutional right of health for all. / Transtornos mentais causam a maior carga de incapacidade mundialmente, e Transtornos Mentais Comuns (TMC) causam uma carga significante na comunidade. O Brasil est? priorizando a sa?de da popula??o negra e a identifica??o de desigualdades raciais em sa?de, mas existem poucos estudos sobre sa?de mental no Brasil que inclu?ram a vari?vel ra?a/cor da pele como uma vari?vel de an?lise. Atrav?s de uma revis?o sistem?tica, esses estudos foram identificados para entender a rela??o entre ra?a/cor da pele e sa?de mental. Nenhum estudo realizou an?lises sobre a interseccionalidade de g?nero e ra?a com sa?de mental. O objetivo desse estudo ? avaliar a intera??o entre ra?a/cor da pele, g?nero, e TMC em Feira de Santana, BA. Esse estudo transversal utilizou uma amostra representativa da popula??o de 15 anos ou mais de idade na ?rea urbana de Feira de Santana. Todas as pessoas que se auto classificaram como branca, parda, ou preta foram inclu?das na an?lise. O Self Report Questionnaire (SRQ-20) determinou a presen?a de TMC. A preval?ncia de TMC segundo os quatro grupos de ra?a/g?nero (homens brancos, homens negros, mulheres brancas, mulheres negras) foram analisados atrav?s de raz?es de preval?ncia, calculados por regress?o de Poisson. Uma an?lise de intera??o foi realizada para examinar a contribui??o de interseccionalidade. Os resultados est?o apresentados na forma de artigo cient?fico. A revis?o sistem?tica tem o t?tulo ?Ra?a/cor da pele e transtornos mentais no Brasil?, e o artigo anal?tico tem o t?tulo ?A perspectiva de interseccionalidade na pesquisa quantitativa em sa?de: uma an?lise da associa??o entre as intersec??es de ra?a e g?nero e Transtornos Mentais Comuns?. A revis?o sistem?tica mostrou que estudos sobre sa?de mental que avaliaram ra?a/cor da pele muitas vezes usaram instrumentos diferentes e tiveram n?meros pequenos de pessoas negras; mesmo assim, no geral, esses estudos mostraram associa??o positiva entre a ra?a/cor da pele negra e transtornos mentais, como depress?o. Os resultados do artigo anal?tico mostraram que mulheres negras tiveram a preval?ncia mais alta de TMC de todos os quatro grupos de ra?a/g?nero, e quando ajustadas para covari?veis essa preval?ncia foi significantemente maior: 2,43 vezes maior que em homens brancos. A an?lise de intera??o mostrou o valor de utilizar a perspectiva interseccional. A preval?ncia nas mulheres negras foi maior do que era esperado em uma analise tradicional que trata de ra?a e g?nero como fatores separados e independentes. Entender a preval?ncia de TMC segundo ra?a/cor da pele e g?nero, e entender a associa??o entre essas vari?veis ? essencial para compreender as desigualdades raciais nos TMC e para o Brasil cumprir o direito constitucional ? sa?de para todos.
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Insatisfa??o com o trabalho e ocorr?ncia de transtornos mentais comuns entre trabalhadores de Sa?de

Sousa, Camila Carvalho de 31 May 2017 (has links)
Submitted by Jadson Francisco de Jesus SILVA (jadson@uefs.br) on 2018-07-13T21:18:24Z No. of bitstreams: 1 INSATISFA??O COM O TRABALHO E TRANSTORNOS MENTAIS COMUNS ENTRE TRABALHOS DE SA?DE.pdf: 2263147 bytes, checksum: bbba85bac4a62fb16f9a0e1047f435ba (MD5) / Made available in DSpace on 2018-07-13T21:18:24Z (GMT). No. of bitstreams: 1 INSATISFA??O COM O TRABALHO E TRANSTORNOS MENTAIS COMUNS ENTRE TRABALHOS DE SA?DE.pdf: 2263147 bytes, checksum: bbba85bac4a62fb16f9a0e1047f435ba (MD5) Previous issue date: 2017-05-31 / Conselho Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento Cient?fico e Tecnol?gico - CNPq / Job dissatisfaction is a complex phenomenon and depends on internal and external influences to the work environment. It is closely related to the physical and mental health of the worker. However, the association between job dissatisfaction and mental illness has been little explored in the literature. The present study aimed to analyze the job dissatisfaction, referred to by the health care workers of basic care and medium complexity, considering their determinants and effects on mental health (occurrence of common mental disorders - CMD), with specific objectives: describe job dissatisfaction according to sociodemographic aspects and general characteristics of work; to estimate levels of dissatisfaction; to estimate the frequency of CMD; to investigate the association between occupational stress and job dissatisfaction; investigating the association between job dissatisfaction and CMD; considering gender differentials in the estimated associations. A cross-sectional study was conducted in five counties, in Bahia, with 3084 health workers from the medium complexity and primary care services between 2011 and 2012. The results of this dissertation are presented in the format of three scientific articles. In the first article, the job dissatisfaction was evaluated considering the sociodemographic characteristics and general information about the work, the analysis was stratified by gender. It was verified that aspects related to the sexual division of work were positively associated with the levels of job dissatisfaction. In the second article, was evaluated the association of psychosocial aspects of work and job dissatisfaction, based on the combination of occupational stress models (Effort-Reward Imbalance - ERI (mensured by Effort-Reward Imbalance Scale) and Demand-Control Model ?DCM (measured by Job Content Questionnaire - JCQ). The combination of the models proved to be advantageous in investigating the outcome. The third article, analyzed the relationship between job dissatisfaction, referred to by health care workers of basic care and medium complexity, and the occurrence of CMD, using modeling of structural equations. The job dissatisfaction had a direct and positive effect on CMD. The findings reinforce the impact of psychosocial aspects on job dissatisfaction and the impact of job dissatisfaction onmental health with women being the group in which these relationships were more expressive, indicating greater exposure. / A insatisfa??o com o trabalho ? um fen?meno complexo e dependente de influ?ncias internas e externas ao ambiente laboral, podendo estar intimamente relacionada ? sa?de f?sica e mental do trabalhador. Contudo, a associa??o entre insatisfa??o com trabalho e o adoecimento mental, tem sido pouco explorada na literatura. O presente estudo objetivou analisar a insatisfa??o com o trabalho, referida pelos trabalhadores dos servi?os de sa?de da aten??o b?sica e de m?dia complexidade, considerando seus fatores determinantes e os efeitos sobre a sa?de mental (ocorr?ncia de transtornos mentais comuns - TMC), sendo objetivos espec?ficos: descrever a insatisfa??o com o trabalho segundo aspectos sociodemogr?ficos e caracter?sticas gerais do trabalho; estimar os n?veis de insatisfa??o com o trabalho; estimar a frequ?ncia de TMC; investigar associa??o entre estresse ocupacional e insatisfa??o com o trabalho; investigar associa??o entre insatisfa??o com o trabalho e TMC; considerar diferenciais de g?nero nas frequ?ncias e associa??es estimadas. Estudo transversal, conduzido em cinco munic?pios baianos, com 3084 trabalhadores de sa?de dos servi?os de m?dia complexidade e da aten??o b?sica, entre os anos de 2011 a 2012. Os resultados desta disserta??o s?o apresentados no formato de tr?s artigos cient?ficos. No primeiro artigo a insatisfa??o com o trabalho foi avaliada considerando-se as caracter?sticas sociodemogr?ficas e informa??es gerais sobre o trabalho, a an?lise foi estratificada por g?nero, verificou-se que aspectos relativos a divis?o sexual do trabalho se associaram positivamente aos n?veis de insatisfa??o com o trabalho. No segundo artigo, foi avaliada associa??o dos aspectos psicossociais do trabalho e insatisfa??o com o trabalho em sa?de,com base na combina??o de modelos de estresse ocupacional Effort-Reward Imbalance ? ERI (mensurado atrav?s da Escala Desequil?brio Esfor?o-Recompensa) e Modelo Demanda-Controle - MDC, (mensurado pelo Job Content Questionnaire - JCQ). A combina??o dos modelos revelou-se mais vantajosa na investiga??o do desfecho. O terceiro artigo analisou a rela??o entre insatisfa??o com o trabalho e ocorr?ncia de TMC, com emprego de modelagem de equa??es estruturais e estratifica??o da amostra por sexo. A insatisfa??o com o trabalho exerceu efeito direto e positivo sobre os TMC. Os achados refor?am o impacto dos aspectos psicossociais sobre a insatisfa??o com o trabalho e da insatisfa??o sobre a sa?de mental, sendo as mulheres o grupo em que essas rela??es foram mais expressivas, evidenciando maior exposi??o.
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Transtornos mentais comuns e percepção de qualidade de vida dos profissionais de Centros de Atenção Psicossocial: estudo comparativo de 2006 a 2012

Nogueira, Valéria de Oliveira 14 November 2013 (has links)
Made available in DSpace on 2016-03-22T17:27:18Z (GMT). No. of bitstreams: 1 valeria nogueira.pdf: 236827 bytes, checksum: 34168ee3f28e4e4b312f3414951189b8 (MD5) Previous issue date: 2013-11-14 / Objective: To identify the reminiscence of common mental disorders (CMD) and average life of quality (LQ) scores amidst the professionals of the Centers for Psicosocial Attention (CPAS) from Pelotas-RS comparing both evaluation periods: 2006 and 2012. Method: Cross - sectional study having as target population CPAS professionals evaluated in 2006 and 2012. The evaluations were performed in the CPAS, where the following instruments were applied: a brief version of the World Health Organization Quality of Life (WHOQOL bref), Self-Report Questionnaire (SRQ-20) and a social-demographic informations questionnaire, of the formation and capacitatio for functions, job description and work regime, referred morbidity, medication use and health services. Results: In this study it was observed that the 2012 professionals are older, with higher education, have longer serving time and less weekly work hours than the 2006 professionals. It was found the prevalence of 21.4% CMD in the 2006 professionals and 29.5% in the 2012 professionals (p=0,225). A statistically significant difference was verified between the psychological domain scores of both evaluated periods (p=0,028), LQ being smaller in 2012 than in the previous period. The occurrence of CMD was associated to worst LQ scores in both evaluated periods. Conclusion: The findings suggest there is a higher mental health prejudice of 2012 CPA professionals than in the previous period / Objetivo: Verificar a prevalência de transtornos mentais comuns (TMC) e escores médios de qualidade de vida (QV) entre os profissionais dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) de Pelotas-RS comparando dois períodos de avaliação: 2006 e 2012. Método: Estudo de delineamento transversal tendo como população alvo os profissionais dos CAPS, avaliados em 2006 e 2012. As avaliações foram realizadas nos CAPS, onde foram aplicados os instrumentos: versão breve do World Health Organization Quality of Life (WHOQOL bref), Self-Report Questionnaire (SRQ-20) e um questionário contendo questões sócio-demográficas, formação e capacitação para as funções, vínculo empregatício e regime de trabalho, morbidade referida, uso de medicamentos e de serviços de saúde. Resultados: Neste estudo observou-se que os profissionais de 2012 são mais velhos, com maior escolaridade, maior tempo de serviço e menor carga horária semanal de trabalho no CAPS do que os profissionais de 2006. Encontrou-se prevalência de 21,4% de TMC entre os profissionais de 2006 e 29,5% entre os profissionais de 2012 (p=0,225). Foi verificada diferença estatisticamente significativa entre os escores do domínio psicológico entre os dois períodos avaliados (p=0,028), sendo a QV menor em 2012 do que no período anterior. A ocorrência de TMC esteve associada a piores escores de QV em ambos os períodos avaliados. Conclusão: Os achados sugerem que há um maior prejuízo na percepção de QV no que se refere aos aspectos psicológicos entre os profissionais dos CAPS de 2012 em relação ao período anterior
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PREVALÊNCIA DE TRANSTORNOS MENTAIS COMUNS E FATORES ASSOCIADOS EM ADULTOS DA CIDADE DE PELOTAS, RS.

Coelho, Fábio Monteiro da Cunha 14 April 2006 (has links)
Made available in DSpace on 2016-03-22T17:27:38Z (GMT). No. of bitstreams: 1 dissert fabio coelho.pdf: 632992 bytes, checksum: f19909ffb25c1ec4f3c3b48862ac3d45 (MD5) Previous issue date: 2006-04-14 / A cross-sectional population-based study was conducted to identify the prevalence of common mental disorders (CMD) and verify its association with chronic illnesses and the declared number of chronic conditions. The Self-Report Questionnaire (SRQ-20) was applied in a multi-stage random sample of 1276 adults aged 40 and older. Socio-demographic, behavioral and health-related variables were also obtained with a structured questionnaire. The CMD prevalence was 30.2%. Lower educational level and social class and the group 46- 55 years old were associated with psychiatric morbidity. Each chronic illness was associated with CMD. However, a stronger association was found between CMD and the declared number of chronic conditions, with a prevalence ratio of 4.67 (IC95%: 3.19 6.83) for five or more declared conditions. The present work emphasizes the importance of CMD in chronically ill patients, particularly when a greater number of chronic conditions is declared. / Estudo transversal de base populacional foi conduzido tendo como objetivos avaliar a prevalência dos transtornos mentais comuns (TMC) e verificar sua associação com determinadas enfermidades crônicas e com o número de doenças crônicas relatadas pelo indivíduo. Para a avaliação de TMC, o Self-Report Questionnaire (SRQ-20) foi aplicado em 1276 adultos com 40 anos ou mais, identificados por meio de amostragem aleatória em múltiplos estágios. O ponto de corte utilizado foi de 6 ou mais pontos para homens e 8 ou mais pontos para as mulheres. Variáveis sócio-demográficas, comportamentais e relacionadas à saúde foram obtidas por meio de um questionário estruturado. Os TMC apresentaram uma prevalência de 30,2%, estando associados à baixa escolaridade e classe social, e à faixa etária de 46 a 65 anos. Todas as doenças crônicas pesquisadas mostraram-se associadas aos TMC, mesmo após ajuste para as demais variáveis. Entretanto, o número de enfermidades apresentadas pelo indivíduo teve maior importância do que cada uma delas individualmente, com uma razão de prevalência (RP) de 4,67 com intervalo de confiança de 95% (IC95%) de 3,19 6,83 para cinco ou mais doenças relatadas. O presente estudo realça a importância de se atentar para os transtornos mentais em indivíduos com enfermidades crônicas, principalmente naqueles que se apresentam com um grande número de doenças.
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Excluídos no trabalho? Análise sobre o processo de afastamento por transtornos mentais e comportamentais e retorno ao trabalho de professores da rede pública municipal de São Paulo / Excluded at work? Analysis on the process of sick leave due mental and behavioral disorders and return to work of teachers of the São Paulo municipal public system

Amanda Aparecida Silva Macaia 04 February 2014 (has links)
Introdução - Os trabalhadores no Brasil geralmente retornam ao trabalho nas mesmas condições que geraram seus afastamentos. No ano de 2012 os professores foram o terceiro grupo profissional que mais se afastou e retornou ao trabalho (RT) em readaptação funcional, entre os servidores públicos da rede municipal de São Paulo. Transtornos mentais e comportamentais (TMC) foram um dos diagnósticos mais frequentes. Objetivos - Conhecer e analisar os processos de afastamentos por TMC e RT entre os professores da rede pública municipal de SP. Métodos - Estudo qualitativo, de caráter exploratório, realizado por meio de entrevistas individuais centradas no problema, em linha de narrativa oral e grupos focais. Participaram 20 professores ativos e readaptados, com histórico de licenças médicas por TMC e RT. A análise dos dados envolveu transcrição, codificação aberta, axial e seletiva. Resultados - As categorias temáticas discutidas foram: a) afastamentos do trabalho por TMC; b) RT; c) estratégias para o cuidado da saúde e permanência no trabalho; d) período de afastamento até o retorno ao trabalho; e) preconceitos no trabalho; f) perícia médica; g) autonomia dos professores em modificações das condições e organização do trabalho. Os participantes foram na maioria mulheres, principais responsáveis pela renda familiar e com longa jornada de trabalho. Foram relatadas situações caracterizadas pela falta de autonomia. As negociações no âmbito do RT ocorreram preferencialmente com os professores readaptados, de maneira dependente da equipe gestora da escola e sem direcionamento às modificações dos fatores que colaboraram com os afastamentos. Professores ativos e readaptados significaram de modo distinto afastamento e RT. O contexto de trabalho na educação foi causa referida para o adoecimento. Aspectos de gestão do trabalho na escola foram associados tanto ao afastamento quanto ao RT, que ocorreram na sua maioria, em condições desfavoráveis ao trabalho e à saúde. Conclusões - São complexas as relações entre os aspectos envolvidos nos processos de afastamento por TMC e RT entre os professores participantes. Discutir retorno ao trabalho exige abordar os motivos dos afastamentos. Tanto politicas públicas e macroestruturas, quanto as micropolíticas foram determinantes do adoecimento, afastamento e processo de RT entre os participantes. Ações de prevenção do adoecimento mental e dos afastamentos e promoção da saúde devem integrar um projeto multi-institucional que garanta vigilância em saúde do trabalhador, capacitações voltadas ao processo de afastamento e RT e participação dos professores / Introduction - Workers in Brazil usually return to work under the same conditions that led to their sick leave. In 2012 teachers were the third professional group with more sick leave and return to work (RT) in functional readaptation, among public servants of the city of São Paulo. One of the most frequent diagnoses was mental and behavioral disorders (MBD). Objectives - To investigate and analyze the processes of sick leave by MBD and RT among teachers from São Paulo public municipal system. Methods - Qualitative study, of exploratory approach, conducted through individual interviews focused on the issue in oral narrative line and focus groups. Twenty active and readaptation functional teachers participated, with a history of sick leave due MBD and RT. The data analysis involved transcription, encoding open, axial and selective. Results - The themes discussed were: a) sick leave due MBD; b) RT c) strategies for health care and remain in work; d) period off work on sick leave; e) prejudices at work; f) medical expertise; g) autonomy of teachers in changing the conditions and organization at work. Participants were mostly women, sole breadwinner and long working hours. Situations characterized by lack of autonomy were reported. Negotiations within the RT preferentially occurred with readaptation functional teachers, in dependant way of the management team of the school and without targeting alteration of the factors that collaborated with the sick leave. Active and readaptation functional teachers meant sick leave and RT differently. The work context in education was concerned referred to the illness. Work management aspects at school were both associated with the sick leave on the RT, which occurred mostly in unfavorable working and health conditions. Conclusions - Relationships among aspects are complex when involved in the process of sick leave due TMC and RT among participants. Discussing return to work requires addressing the reasons for the sick leave. Both public policy and macro structures as the micro were determinants of illness, sick leave and RT process 8 among participants. Actions to prevent MBD and sick leave, and health promotion should integrate a multi-institutional project to ensure worker health surveillance, qualification aimed at the sick leave and RT process and participation of teachers
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Frequência e prevalência de diagnósticos psiquiátricos determinantes do afastamento de comissários de bordo da atividade aérea / Frequency and prevalence of diagnoses psychiatric determinants of clearance stewards activity aerea

Maria Luiza Costa Nery 22 September 2009 (has links)
A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera que os transtornos mentais menores, que incluem depressão e ansiedade, afetam aproximadamente 30% dos trabalhadores. Objetivo: Verificar a freqüência, e a taxa de prevalência de transtornos mentais entre Comissários de Bordo afastados das atividades profissionais. Métodos: Foram analisados os prontuários de 648 comissários de bordo, 105 homens e 543 mulheres, que realizaram perícia durante um período de cinco anos e receberam como parecer de afastamento pelo menos um diagnóstico do agrupamento F00-F99 da CID- 10, associado ou não a doença ou transtorno orgânico. Resultados: Comissários de Bordo ingressam cedo no mercado de trabalho (50,5 por cento dos homens e 70,5 por cento das mulheres recebem sua certificação profissional entre os 18 e os 22 anos), e também adoecem cedo (81,9 por cento dos homens até os 41 anos; 84,3 por cento das mulheres até os 35 anos), em média após 10 anos de trabalho (11,9 anos para homens, 9,4 anos para mulheres). Os diagnósticos mais freqüentes como causa de afastamento foram, pela ordem, F32 episódios depressivos (44,5 por cento homens; 35,49 por cento mulheres), e F41 outros transtornos ansiosos (20,1 por cento dos homens; 22,9 por cento das mulheres). Discussão e Conclusão: As mulheres adoecem mais ced por cento o do que os homens, e são afastadas do trabalho principalmente por episódios depressivos. Os homens são afastados principalmente devido a transtornos ansiosos. Os dados concordam com a literatura, que aponta menor número de homens diagnosticados com transtornos mentais menores. A maior freqüência desses transtornos entre Comissários de Bordo, em comparação com as demais categorias profissionais, pode se dever a fatores associados à organização do trabalho e a fatores psicossociais do trabalho, mas os dados coletados neste estudo não permitiram verificar essa hipótese. / According to the World Health Organization (WHO), minor mental disorders, which include depression and anxiety, affect about 30 per cent of workers. Objective: To verify the frequency and the prevalence index of mental disorders among Flight Attendants withdrawn from their work. Methods: The electronic files of 648 flight attendants 105 male and 543 female were analyzed. They were evaluated during a 5-year delay, and were withdrawn from work due to at least on diagnostic of group F00-F99 of IDC-10, associated or not to organic disease(s) or condition(s). Results Flight Attendants begin to work early: 50.5 per cent of males and 70.5 per cent of females get their professional certification between 18 and 22 years old, and also get sick early: 81.9 per cent of males up to 41 years old; 84.3 per cent of females up to 35 years old, and after 10 years of work, approximately: 11.9 years for males, 9.4 years for females. The most frequent diagnostics registered as cause of withdrawn from work were F32 Depressive episode (44.5 per cent of males; 35.5 per cent of females), and F41 Other anxiety disorders (20.1 per cent of males; 22.9 per cent of females). Discussion and Conclusion: Women get sick sooner than men, and are withdrawn from work mostly due to depressive episodes. Men are withdrawn from work mostly due to anxiety disorders. The data agrees with the literature, which points out a smaller number of males diagnosed with minor mental disorders. The larger frequency of these disorders among Flight Attendants, in comparison with other professional groups, might be due to factors linked to the work organization and psychosocial factors of the job, but the data collected in this study did not allow to verify this hypothesis.
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Fatores associados a Transtornos Mentais Comuns e consumo de psicofármacos em Unidades Básicas de Saúde de Ribeirão Preto / Associated Factors to Common Mental Disorders and Psychotropic Use in Basic Health Units of Ribeirão Preto

Miguel, Tatiana Longo Borges 16 May 2014 (has links)
O objetivo geral deste estudo foi investigar os fatores associados a Transtornos Mentais Comuns (TMC) e ao consumo de psicofármacos em Unidades Básicas de Saúde (UBSs) de Ribeirão Preto. É um estudo epidemiológico, transversal e correlacional com plano amostral estratificado e proporcional (n=430). Cada estrato foi formado pela maior UBS em número de usuários, na área de abrangência de cada um dos cinco distritos de saúde da cidade. Foram instrumentos de pesquisa: questionários sociodemográfico, econômico, farmacoterapêutico e de histórico de saúde; Self Reporting Questionnaire (SRQ-20), para estimar a prevalência de TMC e World Health Organization Quality of Life Assessment-Brief (WHOQOL-brief), para mensurar escores de qualidade de vida (QV) na amostra. TMC, uso de psicofármacos e QV foram considerados variáveis dependentes. Foram variáveis explicativas: sociodemográficas e econômicas, farmacoterapêuticas e histórico de saúde. Para a abordagem de TMC e uso de psicofármacos como variáveis dependentes, foram realizadas as análises: univariada (teste de Qui-quadrado) e regressão logística multivariada. Para a análise de QV, foram utilizados: t-teste de Student e regressão linear múltipla. Foram consideradas significativas as associações nas quais p<0,05. A prevalência de TMC foi de 41,4%, e a de consumo de psicofármacos foi de 25,8%. Os fatores preditores de TMC foram uso de psicofármacos (OR=3,88; IC95% 2,34-6,41) e sexo feminino (OR=1,96; IC95% 1,04- 3,69). Pelo teste Qui-quadrado, houve associação entre ser positivo para TMC e número de tipos de medicamentos e número de comprimidos por dia (p<0,05). Quanto ao uso de psicofármacos, os fatores preditores foram TMC (OR=3,9; IC95% 2,36-6,55), doenças clínicas (OR=5,4, IC95% 2,84-10,2) e baixa escolaridade (OR=1,7; IC95% 1,02-2,92). Segundo o t-teste de Student, pacientes com TMC apresentaram escores de QV menores que pacientes negativos para TMC, em todos os domínios (p<0,05). TMC foi o fator que mais contribuiu no modelo de regressão linear para piores escores de QV. O uso de psicofármacos influenciou negativamente os padrões de QV nos domínios físico e psicológico do WHOOQL- brief. Os resultados deste estudo apontam para a necessidade de estratégias em atenção básica à saúde (ABS) que busquem contemplar a integralidade dos indivíduos, visto a associação entre TMC, uso de psicofármacos e QV com variáveis sociodemográficas e econômicas. Os resultados com QV permitem a suposição de que quer estivessem em uso de psicofármacos ou não, os indivíduos apresentaram- se em sofrimento / The general aim of this study was to investigate the factors associated with Common Mental Disorders (CMD) and the use of psychotropic drugs in Basic Health Units (BHU), in Ribeirão Preto. This is an epidemiological cross-sectional and correlational study, with stratified proportional sampling plan. Each strata was formed by the largest BHU in the number of attendees in the coverage area of each of the five health districts in the entire city. The interview subjects included 430 individuals who had medical appointments scheduled in the BHUs. These elements were used as research instruments: economic, socio-demographic, and pharmacotherapeutic questionnaires; a self-reporting questionnaire (SRQ-20), to estimate the prevalence of CMDs; and a World Health Organization Quality of Life Assessment - Brief (WHOQOL-brief) to measure quality of life scores (QOL) in the sample. The dependent variables included CMD, the use of psychotropic drugs, and QOL. The explanatory variables involved socio-demographic, economic, and pharmacotherapeutic factors, as well as health history. While analyzing TMC and the use of psychotropics drugs as dependent variables, univariate (chi -square) analysis and a multivariate logistic regression were conducted. For the analysis of QOL, a Student t - test and a multiple linear regression were used. In associations in which p<0.05 were considered significant. The prevalence of CMDs was 41.4% and psychotropic drug was 25.8%. Predictors of CMD included the use of psychoactive drugs (OR = 3.88, 95% CI 2.34 to 6.41) and female gender (OR = 1.96, 95% CI 1.04 to 3.69). Information gathered by the Chi-square test indicated an association between being positive for TMC and the number of types of medications and the number of tablets per day (p<0.05.) Regarding the use of psychotropic drugs, the predictors were TMC (OR = 3.9; 95% CI 2.36 to 6.55), physical illness (OR = 5.4, 95% CI 2.84 to 10.2), and lower education (OR = 1, 95% CI 1.02 to 2.92). According to the Student t-test, patients with CMD had lower QOL scores than patients who were negative for TMC across all domains (p < 0.05). CMD was the major contributing factor in the linear regression model for lower QOL scores. The use of psychotropics negatively influenced the patterns of QOL, in the physical and psychological domains of WHOOQL-brief. The results of this study point to the need for strategies in primary health care (PHC) which seek to consider the individuals as a whole, since there was association between CMD, use of psychotropic drugs, and QOL with socio-demographic and economic variables. The results involving QOL allow for the assumption that, whether or not there was use of psychotropic drugs, individuals presented in distress

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