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O uso do biofeedback eletromiográfico no treinamento para correta execução da manobra de Mendelsohn em portadores de doença de Machado-Joseph: estudo prospectivo randomizado / The use of electromyographic biofeedback for training of the Mendelsohn maneuver in carriers of Machado-Joseph disease: a random prospective study

Correa, Sabrina Mello Alves 27 January 2010 (has links)
INTRODUÇÃO: na reabilitação da disfagia faríngea, a manobra de Mendelsohn (MM) é a única descrita como efetiva para o trabalho de elevação da laringe e seqüente abertura do segmento faringo-esofágico, desde que executada corretamente. OBJETIVO: avaliar a eficácia do uso do biofeedback eletromiográfico no processo de treinamento para correta execução da manobra de Mendelsohn em portadores de Doença de Machado-Joseph (DMJ), com disfagia alta. CASUÍSTICA: participaram deste estudo 20 indivíduos sem queixas quanto à deglutição e 20 disfágicos, portadores de DMJ, que se equiparavam em termos de distribuição de sexos e média de idade, tinham cognitivo preservado, e foram separados em grupos: A e C, de disfágicos, e B e D, de controles. MÉTODOS: todos foram submetidos a anamnese dirigida, avaliação clínica da deglutição e a eletromiografia para verificação do tempo de sustentação da elevação da laringe, repetida depois de treinamento para correta execução da manobra de Mendelsohn, feito com (grupos A e B) ou sem (grupos C e D) a utilização do biofeedback eletromiográfico.Dificuldades relacionadas à realização da MM foram observadas diretamente e relatadas em resposta a questionário. RESULTADOS: a comparação dos disfágicos com os controles não evidenciou diferenças marcantes quanto à avaliação clínica da fase oral da deglutição, pois os doentes demonstravam apenas déficits quanto a protrusão, retração e tônus da língua. Entretanto, quanto à fase faríngea, mostraramse diferenças mais significativas, com os disfágicos apresentando, à deglutição de líquidos e sólidos, estase faríngea, acompanhada de tosse e/ou engasgo e penetração e/ou aspiração, alterações ausentes nos controles. Houve significante aumento do tempo de sustentação da elevação da laringe, de controles e pacientes, à deglutição de saliva, durante a realização da manobra de Mendelsohn, após o treinamento, principalmente se conduzido com suporte de biofeedback eletromiográfico. O mesmo ocorreu com a deglutição de iogurte, pastoso, consistência preferida pelos pacientes. Os pacientes do grupo A chegaram a atingir o mesmo desempenho que seus controles (grupo B), à realização da MM. À observação direta de dificuldades encontradas durante a realização da manobra, notou-se dificuldade para sustentar a elevação da laringe. Quando os indivíduos foram inquiridos a respeito, destacou-se dificuldade de entendimento da MM. De significante, extraiu-se, à observação direta e ao inquérito, que os pacientes têm mais expressivas dificuldades de controle respiratório durante a realização da MM do que os controles. CONCLUSÕES: 1. o treinamento orientado, verbal e gestual, para a correta execução da MM, é capaz, por si só, de aumentar o tempo de sustentação da elevação da laringe em portadores de DMJ e controles; 2. o biofeedback eletromiográfico agrega valor ao treinamento, promovendo ainda maior tempo de sustentação da elevação da laringe, à execução da MM, em portadores de DMJ, que atingem índices semelhantes aos dos controles, na deglutição de saliva e de pastoso; 3. os portadores de DMJ apresentam freqüentemente dificuldade de controle respiratório, sem repercussão clínica, durante a aplicação da MM. / Introduction: In the rehabilitation of pharyngeal dysphagia, the Mendelsohn maneuver (MM) is the only technique described as effective for elevating the larynx with subsequent opening of the esophageal-pharyngeal segment, provided it is correctly performed. Objective: To evaluate the efficacy of electromyographic biofeedback for training of the Mendelsohn maneuver in Machado-Joseph patients (MJD) with high dysphagia. Case Studies: Forty individuals participated in this study, including twenty with no complaints of deglutition and twenty MJD dysphagic patients , who were all similar in terms of gender distribution, average age, and cognitive function. Method: The medical history of each patient was reviewed. Each subject underwent a clinical evaluation of deglutition, as well as electromyography to determine the amount of time for which larynx elevation was sustained. Electromyography was repeated following achievement of the correct performance of MM. Training for MM was completed with (groups A and B) or without (groups C and D) electromyographic biofeedback. Difficulties related to performance of MM were observed directly and reported through the completion of a questionnaire. Results: Comparison between dysphagic patients and controls did not reveal significant differences with respect to the clinical evaluation of the oral phase of deglutition, since afflicted patients only demonstrated deficits related to the protrusion, retraction and tonus of the tongue. However, significant differences were observed with respect to the pharyngeal phase. Dysphagic patients presented with pharyngeal stasis during deglutition of liquids and solids, accompanied by coughing and/or choking as well as penetration and/or aspiration; these symptoms were absent in the controls. After training, there was a significant increase during MM in the time of larynx elevation as well as in the deglutition of saliva in both controls and patients. The time of larynx elevation was further increased when training was conducted with electromyographic biofeedback support. Similar results were found for the deglutition of yogurt, which has a pasty consistency preferred by the patients. Group A patients performed MM at the same level of competency as controls (group B). During direct observation, difficulties in sustaining the elevation of the larynx were noted. Questioning of the individuals experiencing difficulty revealed a lack of understanding with respect to MM. Specifically, it was determined that patients had more pronounced difficulty in respiratory control during MM as compared to normal controls. Conclusions: 1. Guided training, both verbal and gestural, for correct performance of the MM can increase the time of sustained larynx elevation in MJD patients and controls; 2. The use of electromyographic biofeedback during training further increases the time of sustained larynx elevation in MJD patients, allowing them to reach indexes similar to those of controls with respect to deglutition of saliva and semi-fluids; 3. Carriers of MJD frequently have difficulty in respiratory control, but without clinical repercussions, during the application of MM.
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Biofeedback eletromiográfico como coadjuvante no tratamento das disfagias orofaríngeas em idosos com doença de Parkinson / Adjunctive electromyographic biofeedback in the treatment of oropharyngeal dysphagia in elderly with Parkinsons disease

Silva, Marcela Maria Alves da 22 May 2014 (has links)
Várias doenças neurológicas que acometem idosos cursam com quadro de disfagia orofaríngea, dentre elas, a doença de Parkinson. Na presença de disfagia orofaríngea neurogênica e mecânica, o biofeedback eletromiográfico (EMG) foi descrito como importante modalidade coadjuvante de tratamento, não tendo sido descrita na literatura a aplicação desse método na reabilitação desta população. O objetivo deste trabalho foi verificar a repercussão ao longo do tempo do uso do biofeedback EMG como método coadjuvante na reabilitação da disfagia orofaríngea em idosos com doença de Parkinson. Seis idosos com doença de Parkinson e com diagnóstico de disfagia orofaríngea submeteram-se à avaliação do nível de ingestão oral com a aplicação da escala funcional de ingestão oral (Functional Oral Intake Scale - FOIS), à avaliação da qualidade de vida por meio da aplicação do protocolo SWAL-QOL, bem como à avaliação videfluoroscópica da deglutição de alimentos nas consistências sólida, pudim e líquida. Para classificação do grau da disfunção da deglutição foi utilizada a escala DOSS, enquanto a escala de Eisenhuber foi aplicada para a análise da estase de alimento em orofaringe. Todos os procedimentos foram realizados antes, após três e seis meses da reabilitação fonoaudiológica. Dos seis indivíduos, três foram reabilitados com terapia convencional e três receberam terapia convencional associada ao biofeedback EMG, num total de 15 sessões (três sessões por semana), seguidas de mais três sessões uma vez por semana para acompanhamento. Para análise estatística foi aplicado o teste de análise de variância de medidas repetidas. Os resultados obtidos mostraram não haver diferença estatisticamente significante para o grau da disfagia entre os grupos reabilitados pelas diferentes modalidades, porém ambos os grupos apresentaram diferença significante (p=0,01) entre os resultados anteriores à reabilitação e após três meses. Não foi encontrada diferença entre os grupos e os períodos avaliados para o nível de resíduo alimentar em orofaringe e o nível de ingestão oral. Para a avaliação da qualidade de vida, foi encontrada diferença estatisticamente significante entre os grupos reabilitados pelas distintas modalidades terapêuticas (p=0,04) e entre os períodos anterior à reabilitação e após três meses (p=0,01). Diante destes achados, conclui-se que ambas as modalidades terapêuticas empregadas resultaram em diminuição do grau da disfagia orofaríngea e melhora da qualidade de vida após três meses da reabilitação, tendo os resultados de qualidade de vida sido superiores para a terapia convencional associada ao biofeedback EMG em todos os períodos. Não foi observado impacto no nível de ingestão oral e na presença de resíduo alimentar em orofaringe. / Several neurological diseases that affect elderly are related with oropharyngeal dysphagia. Parkinsons disease is one of them. The electromyographic (EMG) biofeedback was described as an important adjunctive method in the treatment of neurogenic and mechanical oropharyngeal dysphagia, but there are few studies about the effectiveness of speech therapy treatment in the rehabilitation of this individuals. The objective of this study was verify the influence over the time of EMG biofeedback as an adjunctive method in the treatment of oropharyngeal dysphagia in elderly with Parkinsons disease. Six elderly with Parkinsons disease and oropharyngeal dysphagia were evaluated for the level of oral intake using the Functional Oral Intake Scale (FOIS), for the quality of life using the SWAL-QOL questionnaire and for videofluoroscopy of swallowing of solid, pudding and liquid consistencies. The severity of dysphagia was obtained using the Dysphagia Outcome and Severity Scale DOSS and the level of food residue in oropharynx was obtained using Eisenhuber scale. All procedures were realized before, after three months and after six months of speech therapy treatment for oropharyngeal dysphagia. From the six individuals, three were treated with conventional therapy for oropharyngeal dysphagia and three were treated with conventional therapy using adjunctive EMG biofeedback, in a total of 15 sessions (three times a week), followed by three sessions (once a week) for maintenance. The statistical analysis used was repeated measures analysis of variance test. The results didnt have significant difference for severity of dysphagia between groups treated with different speech therapy, but had significant difference between the times before and after three months of rehabilitation (p=0.01). For the levels of food residue and oral intake were not seen statistical difference between the groups and the different times. The quality of life assessment showed significant difference between the groups treated with different speech therapy (p=0.04) and the times before and after three months of therapy (p=0.01). We concluded that both modalities of therapy resulted in decrease of severity of dysphagia and improve in quality of life after three months of rehabilitation, with the results for quality of life being superior for conventional therapy using adjunctive EMG biofeedback at all times. Impact in the level of oral intake and food residue in oropharynx were not observed.
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Identificação de indivíduos idosos potecialmente com alteração da deglutição / Identification of older persons potentially with change in swallowing

Rech, Rafaela Soares January 2016 (has links)
A disfagia pode ser definida como uma dificuldade de deglutição. Representa um importante indicador de saúde da população idosa, pois além de se configurar em um dos sintomas de diversos agravos prevalentes neste segmento populacional, ainda pode estar associada a morbidade e mortalidade precoce, podendo conduzir diversas complicações clínicas. A presente dissertação é composta de dois manuscritos. O manuscrito I teve como objetivo avaliar a acurácia diagnóstica do Exame de Avaliação da Deglutição pelo Cirurgião-Dentista e do Eating Assessment Tool (EAT-10) comparada a do diagnóstico fonoaudiológico de disfagia (padrão ouro) em idosos independentes da comunidade e residentes de instituição de longa permanência. Trata-se de um estudo diagnóstico que avaliou clinicamente 265 idosos no sul do Brasil, dos quais 123 residentes de instituição de longa permanência e 142 da comunidade. Além disso, os idosos responderam ao instrumento de rastreamento autoaplicável EAT-10. A média de idade dos idosos foi de 73,5 (dp= 8,9) anos e a maioria eram mulheres (59,2%, n= 157). A prevalência de disfagia nesta população foi de 45,3% (n=120), variando entre 62,5% para os residentes de instituição de longa permanência e 37,5% para os idosos da comunidade. A acurácia diagnóstica do exame do cirurgião-dentista (CD) foi de 0,84. A sensibilidade foi 0,77, a especificidade foi 0,89, o valor preditivo positivo foi 0,85 e o negativo foi 0,83, a razão de verossimilhança positiva foi 7,02 e a negativa foi 0,25. O EAT-10 demonstrou acurácia diagnóstica de 0,72, a sensibilidade foi de 0,45, a especificidade foi de 0,95, o valor preditivo positivo foi de 0,87 e o negativo foi de 0,68, a razão de verossimilhança positiva foi de 8,31 e a negativa de 0,57. O Exame de Avaliação da Deglutição pelo Cirurgião-Dentista é um método acurado na identificação precoce de disfagia em idosos. Em contraste, o EAT-10 se demonstrou um instrumento com baixa acurácia para rastreamento de idosos disfágicos. O manuscrito II teve como objetivo avaliar se a condição de saúde bucal e as alterações sensório-motoras orais estão associadas à disfagia orofaríngea em idosos. Uma fonoaudióloga avaliou a disfagia orofaríngea através da escala GUSS, bem como realizou uma avaliação sensório-motora oral. As condições de saúde bucal dos idosos foram avaliadas clinicamente por um CD. A população estudada foi composta por 46,4% de idosos vinculados a uma instituição de longa permanência e os demais eram independentes da comunidade Indivíduos com quatro ou mais alterações sensórias-motora orais apresentaram uma maior prevalência de disfagia (RP=2,01; IC95%1,27-3,18), bem como apresentaram uma condição de saúde bucal não funcional (RP=1,61; IC95%1,02-2,54). Os resultados se mantem na mesma direção, quando estratificados. Conclui-se que o exame simplificado desenvolvido neste estudo demonstrou ser um método acurado na identificação precoce de disfagia em idosos. O CD pode ser um dos profissionais da área da saúde para que se identifiquem sinais e sintomas de alterações na deglutição, sendo que o referenciamento ao fonoaudiólogo representa um importante avanço na proposta de trabalho interdisciplinar. Além disso, os idosos sem queixas relativas à deglutição com condições de saúde bucal não funcional e alterações do sistema sensório-motor oral estão associados a maior prevalência de disfagia orofaríngea. É importante que se direcione esforços para a investigação de variáveis odontológicas e sintomas ligados a dificuldades de deglutição, visando avaliar mais detalhadamente os indivíduos mais suscetíveis à presença de disfagia orofaríngea ligada a variáveis de saúde bucal. / Dysphagia may be defined as a difficulty in swallowing. It presents itself as an important health indicator for the older person population, since, besides being one of the symptoms of several illnesses prevalent in this population segment, it can still be associated with morbidity and early mortality, and it may lead to several clinical complications. This dissertation comprises two manuscripts. The goal of the manuscript I was to assess the diagnostic accuracy of the Dentist Swallowing Assessment Test (DSAT), and of the Eating Assessment Tool (EAT-10), when compared with the speech-language therapy diagnosis of dysphagia (gold standard) for the elderly in community dwelling and for long-term care institutions’ residents. It is a diagnostic study that evaluated 265 older persons in southern Brazil, 123 were residents in long-term care facilities and 142 were community dwellers. Furthermore, the older persons responded to the self-administered screening tool EAT-10. The average age of the participants was 73.5 (sd= 8.9) years and the majority were women (59.2%, n=157). Prevalence of dysphagia in this population was 45.3% (n=120), varying between 62.5% for the long-term care institutions’ residents and 37.5% for the community dwellers. The diagnostic accuracy of the DSAT was 0.84. The sensitivity was 0.77, the specificity was 0.89, the positive predictive value was 0.85 and negative was 0.83, the positive likelihood ratio was 7.02 and the negative was 0.25. The EAT- 10 presented a diagnostic accuracy of 0.72, a sensitivity of 0.45, a specificity of 0.95, positive predictive value of 0.87 and a negative of 0.68, a positive likelihood ratio of 8.31 and a negative of 0.57. The DSAT is considered to be a highly accurate method for the early identification of dysphagia in the older persons. However, in contrast, the EAT-10 was shown to have low-accuracy to track older persons with dysphagia. The aim of the manuscript II was to assess if the oral health condition and the sensorimotor changes are correlated with oropharyngeal dysphagia in the older persons. It is a cross-sectional study comprising of 265 older persons. A speech-language therapy assessed the oropharyngeal dysphagia by using the GUSS scale, having carried out an oral sensorimotor evaluation as well. The oral health conditions of the older persons were clinically assessed by a dentist. The population studied encompassed 46,4% of older persons bounded to a long-term institution and the remaining were independent of the community. Individuals with four or more oral sensorimotor changes presented a higher prevalence of dysphagia (PR=2.01; CI95%1.27-3.18), presenting as well as non-functional oral health condition (PR=1.61; CI95%1.02-2.54). The results display the same direction when stratified. It is concluded that the simplified assessment developed in this study is considered to be a highly accurate method for the early identification of dysphagia in the older persons. The dentist may be one of the health professionals to identify signs and symptoms of changes in swallowing, being that the reference to the speech-language therapist represents an important advance in the proposal of interdisciplinary work, furthermore in older persons with no complaints regarding swallowing, non-functional oral conditions and disturbances of the sensorimotor system are associated with a higher prevalence of oropharyngeal dysphagia. An effort to investigate dental variables and symptoms that could be linked to difficulties in swallowing is important, so that individuals that are susceptible to oropharyngeal dysphagia due to their oral health can be assessed with effectiveness.
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Capacidade alimentar como parâmetro auxiliar do estado nutricional em pacientes com câncer do trato gastrointestinal

Barreiro, Taiane Dias January 2017 (has links)
Redução da ingestão alimentar, inapetência e disfagia são sintomas que comprometem o estado nutricional de pacientes oncológicos. Apesar destes sintomas serem relevantes para a magnitude do problema do câncer que acomete o trato gastrointestinal (TGI), eles têm sido avaliados isoladamente ou em combinação com outros fatores para compor parte de questionários de qualidade de vida, ferramentas de risco e estado nutricional. Dessa forma, verificou-se a necessidade de criar e validar uma ferramenta específica que analise esses aspectos conjuntamente como parâmetro de “capacidade” alimentar em pacientes com câncer do TGI e servir como parâmetro auxiliar no diagnóstico do estado nutricional. Este é um estudo piloto, transversal, prospectivo, no qual 41 pacientes de ambos os sexos (20 do sexo feminino e 21 do sexo masculino), maiores de 18 anos de idade, com média de idade de 59 anos, com neoplasias malignas do TGI superior (esôfago, estômago, pâncreas, vesícula biliar e fígado) e inferior (cólon, reto), atendidos no Serviço de Cirurgia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), foram avaliados utilizando-se um novo escore para capacidade alimentar, o Score of “Eat-ability” (SEA) comparando-se à ASG-PPP, antropometria e métodos laboratoriais.Entre os pacientes avaliados, 11 (26,8%) tinham capacidade alimentar plena (SEA=0);3(7,3%) moderada (SEA=1) e 27 (65,9%) crítica (SEA ≥2). Houve diferença significativa entre capacidade alimentar, quando comparados TGI superior e inferior(p=0,05). Os pontos de corte do SEA (1 e ≥2) determinados pela curva ROC em relação à ASG-PPP (B e C), demonstrou sensibilidade de 80% (IC95%:0,48-0,95) e especificidade de 80% (IC95%:0,63-0,91); com área abaixo da curva(AUC) ROCde 0,79 (IC95%:0,64-0,95; p=0,006). Pacientes com SEA ≥2 apresentaram maior percentual de perda ponderal aos 3 (p=0,001) e 6 meses (p<0,001), quando comparados aos pacientes com escore SEA 0 e 1. A incidência de óbitos foi superior tanto no grupo de pacientes gravemente desnutridos (84,2%), quando analisados pela ASG-PPP, quanto no grupo com capacidade alimentar crítica no SEA (76,9%);(ambos p=0,01). A avaliação conjunta da ingestão alimentar, disfagia e apetite parece permitir classificar indivíduos com capacidade alimentar comprometida, que significativamente repercute no estado nutricional e no risco de óbito de pacientes com tumores do TGI. / Decreased food intake, inappetence and dysphagia are symptoms that compromise the nutritional status of cancer patients. Although these symptoms are relevant to the magnitude of the cancer problem that affects the gastrointestinal tract (GIT), they have been assessed separately or in combination with other factors to form part of quality of life questionnaires, risk assessment tools and nutritional status. Therefore, it was verified the need to create and validate a specific instrument that can identify "food capacity" in patients with cancer of the GITand to help as an ancillary parameter in the assessment of the nutritional status. This is a cross-sectional prospective study in which 41 patients of both sexes (20 females and 21 males), over 18 years, with a mean age of 59 years, with malignant neoplasms of the upper (esophagus, stomach, pancreas, gallbladder and liver) and lower GIT (colon, rectum), attended at the Department of Surgery, Hospital de Clínicas of Porto Alegre, University Attached (HCPA), were evaluated using a new proposed approach – The Score of “Eat-ability” (SEA) as compared to PG-SGA, anthropometry and laboratory profile. Of the patients evaluated, 11(26.8%) had full food capacity (SEA = 0); 3 (7.3%) moderate (SEA 1) and 27 (65.9%) poor (SEA ≥2). Significant difference was found between food capacity, when comparing upper and lower GIT (p = 0.05). By ROC curves SEA 1 and ≥2 in relation to ASG-PPP (B and C) showed an 80% (95%CI: 0.48-0.95) sensibility as well as an 80% specificity (95%CI: 0.63-0.91); with area under curve (AUC) of 0.79 (95%CI: 0.64-0.95; p=0.006). Patients with SEA ≥2 had a significantly weight loss within 3 (p=0.001) and 6 months (p<0.001) when compared to patients with SEA 0 and 1. Mortality was higher among severely unnourished (84.2%) patients by PG-SGA or critical food capacity by SEA (76.9%);(both p=0.01). The combined evaluation of food intake, dysphagia and appetite allows a reliable classification of individuals with compromised food capacity significantly affecting nutritional status and consequently in the risk of death of patients with TGI tumors.
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Saúde oral e deglutição em idosos acometidos por Acidente Vascular Encefálico

Mituuti, Cláudia Tiemi 26 May 2011 (has links)
As condições dentárias e o uso de próteses mal adaptadas podem contribuir com as dificuldades decorrentes da velhice, as quais podem ser potencializadas por alterações neurológicas, resultando em quadros de disfagia, importante causa de morbidade e mortalidade nessa população. O objetivo do presente trabalho foi verificar se o acometimento cerebral crônico acarreta implicações na função da deglutição em idosos, como também se a condição de saúde oral apresenta relação com o grau de disfunção da deglutição orofaríngea, em idosos acometidos por Acidente Vascular Encefálico (AVE). Foram avaliados 30 idosos com idades entre 61 e 90 anos (mediana 73,5 anos), acometidos por AVE, sendo 15 homens e 15 mulheres. Os pacientes foram submetidos à avaliação odontológica quanto ao número de dentes cariados, perdidos e obturados, uso e condição das próteses, além de índices periodontal e de perda de inserção. Além diso foi aplicada a escala funcional de ingestão oral (FOIS) e realizada avaliação videoendoscópica da deglutição de alimentos de diferentes consistências. A partir dos resultados foram aplicados os testes de correlação de Spearman, para as associações, e o Kruskal Wallis para as comparações. Os indivíduos idosos pós-AVE desta pesquisa foram comparados a um grupo controle de 15 idosos saudáveis, tendo-se encontrado maior gravidade da disfagia para o grupo AVE para a consistência líquida (p=0,01). Especificamente para o grupo AVE houve correlação estatisticamente significante entre a classificação da escala FOIS e a necessidade de troca das próteses (p=0,02) e diferença entre grupos considerando diferentes tipos de prótese na deglutição de sólido (p=0,04). Devido à heterogeneidade da amostra, foram excluídos os dentados totais, desdentados totais sem reabilitação e indivíduos com mais de um episódio de AVE. Além disso, os mesmos foram divididos de acordo com o lado do corpo comprometido (direito e esquerdo) após o acometimento cerebral, resultando em 19 indivíduos. Não foram encontradas diferenças no desempenho da deglutição entre os grupos de indivíduos com hemicorpo direito e esquerdo comprometidos. Houve correlação entre a necessidade de troca das próteses e a classificação na escala FOIS (p=0,01) para os indivíduos com hemicorpo direito comprometido, enquanto para os indivíduos com comprometimento em hemicorpo esquerdo, foi observada correlação entre a deglutição de líquido e o número de dentes presentes (p=0,05) e ausentes (p=0,05). Além disso, para os 19 indivíduos, como também para os com hemicorpo esquerdo comprometido, verificou-se que aqueles com prótese parcial no arco superior tiveram melhores classificações na escala FOIS em relação aos indivíduos com prótese total (p=0,01). Já para os indivíduos com o hemicorpo direito comprometido, essa diferença foi verificada em relação às próteses utilizadas no arco inferior (p=0,04). O acometimento cerebral crônico influenciou a gravidade da disfagia para a consistência líquida, não tendo sido encontrada implicações sobre o nível da ingestão oral, como também para o grau da disfagia orofaríngea para alimentos pastoso e sólido. Houve influência do número de dentes, tipo e necessidade de uso ou troca das próteses dentárias sobre a deglutição em indivíduos acometidos por AVE, principalmente quando houve melhor delineamento dos grupos de acordo com o hemicorpo comprometido. / Dental conditions and the use of poorly fitted prostheses may contribute to difficulties deriving from aging, which may be potentiated by neurologic alterations, resulting in dysphagia, an important cause of morbidity and mortality in this population. This work aimed at verifying whether chronic cerebral involvement compromises the swallowing function in the elderly, as well as if the oral health condition is related to the degree of oropharyngeal swallowing dysfunction, in elderly people who had a stroke (CVA). Thirty elderly people, i.e., 15 men and 15 women, in the age range 61- 90 yrs (mean 73.5 yrs), presented with CVA, were assessed. The patients underwent dental assessment as to the number of decayed, missing and filled teeth, use and conditions of their prostheses, besides periodontal indexes and insertion loss. In addition, the functional oral intake scale (FOIS) was applied and video endoscopy to evaluate the swallowing of food of different consistency, performed. From the results, correlation tests, Spearman for associations, and Kruskal Wallis for comparisons, were applied. The post CVA elderly individuals of this research were compared to a control group of 15 healthy elderly subjects, with more dysphalgia severity in the CVA group, for liquid consistency (p=0.01). Specifically, for the CVA group, a statistically significant correlation was seen between FOIS scale rating and the need to replace the prostheses (p=0.02) and the difference between the groups, taking into account the types of prosthesis in the swallowing of solid foods (p=0.04). Owing to the heterogeneity of the sample, total dentulous, total edentulous patients with no rehabilitation and individuals with more than one episode of CVA, were excluded. Furthermore, they were divided according to the side of the body affected (right and left), following cerebral involvement, resulting in 19 individuals. No differences were found in the swallowing performance between the groups of subjects with compromised right and left hemi-body. There was a correlation between the need to replace the prostheses and the FOIS scale rating (p=0.01) for subjects with compromised right hemi-body, while for subjects with left hemi-body involvement, a correlation was observed between liquid swallowing and the number of teeth present (p=0.05) and absent (p=0.05). Furthermore, for these 19 individuals, as well as for those with compromised left hemi-body, it was verified that those with a partial prostheses in the upper arch scored better on the FOIS scale, as compared to those with total prostheses (p=0.01). Now, for individuals with a compromised right hemi-body, this difference was not verified in relation to the prostheses utilized in the lower arch (p=0.04). Chronic cerebral involvement influenced the severity of dysphalgia for liquid consistency, with no implications on the level of oral intake, as well as for the degree of oropharyngeal dysphagia for doughy and solid foods. The number of teeth, type and need to use or replace the dental prostheses influenced the swallowing of individuals presented with CVA, mainly when there was a better outlining of the groups, according to the hemi-body affected.
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Avaliação prognóstica funcional de nervos cranianos de pacientes submetidos à exérese de schwannoma vestibular / Functional prognostic analysis of cranial nerves in patients submitted to excision of vestibular schwannoma

Abbas, Raiene Telassin Barbosa 26 May 2017 (has links)
Introdução: O schwannoma vestibular (SV) é um tumor benigno que se origina na bainha de schwann de um dos nervos vestibulares. De acordo com sua topografia lesões nos nervos cranianos facial, trigêmeo, coclear e bulbares podem estar presentes. Apesar do conhecimento da possibilidade de lesão nos nervos cranianos bulbares, a condução de estudos com o intuito de identificar alterações funcionais relacionadas raramente é estudada. Objetivos: Analisar fatores prognósticos de resultados funcionais relacionados aos nervos cranianos facial, trigêmeo, coclear e bulbares e correlacionar o prognóstico fonoaudiológico com os resultados de escalas funcionais finais dos nervos cranianos avaliados. Metodologia: Trata-se de um estudo de coorte com coleta de dados parcialmente retrospectiva que analisa a incidência de déficits funcionais de nervos cranianos em pacientes submetidos à exérese de SV, por meio de um protocolo de avaliação clínica estruturado (PAEC) especificamente para este estudo. O PAEC foi constituído de 2 sessões, sendo a primeira referente aos fatores prognósticos de sequelas e a segunda com dados funcionais referentes à deficiência auditiva (DA), comprometimento neurológico global (CNG), paralisia facial periférica (PFP), disfagia (DG) e fonação (DF). A coleta de dados foi realizada durante os meses de janeiro a junho do ano de 2016 no ambulatório de tumores da divisão de neurologia funcional do instituto de psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. A análise dos dados foi realizada por meio do software SPSS de modo inferencial univariado e multivariado adotando um p valor inferior a 0.05. Resultados: A amostra foi composta por 101 sujeitos, sendo 77,2% do sexo feminino e 22,8% do sexo masculino. A média de idade correspondeu à 47,1 anos. Foram identificados 20,8% pacientes portadores de neurofibromatose do tipo 2 (NTFII). A via de acesso cirúrgico preferencial foi a retrossigmoidea (92,1%) com média tumoral igual a 3,4cm.70% dos pacientes apresentaram ressecção total do tumor com uma única abordagem. Na análise univariada foram identificados os fatores preditivos de sequela por desfecho estatisticamente significantes tamanho tumoral, presença de neurofibromatose e ressecção total respectivamente- CNG ( < 0,001; 0,023; 0,010), DG (pvalor < 0,001; pvalor 0,007; pvalor < 0,001), DF (pvalor 0,013; pvalor 0,002), confirmados pela análise multivariada respectiva - CNG (Odds Ratio (OD) 1,5 - pvalor 0,07; OR 3,5 - pvalor 0,036; OR 2,4- pvalor 0,08), DG (OR 2,3 - pvalor 0,006; OR 5,7 - pvalor 0,015; OR 3,9 - pvalor 0,018) e DF (OR 1,6 -pvalor 0,062; OR 5,5 - pvalor 0,006). Para o desfecho PFP a análise univariada foi estatisticamente significante para NTFII (pvalor 0,009) e PFP prévia (pvalor < 0,001) confirmados pela análise multivariada (OR 24,6 - pvalor 0,009; OR 0,3 - pvalor < 0,001), neste desfecho foi realizado estudo correlacional entre as escalas funcionais de DG (pvalor < 0,001) e CNG (pvalor < 0,001) com resultados estatisticamente significantes para a correlação entre os desfechos. Os sinais clínicos da deglutição estatisticamente relevantes corresponderam em 44,4% fase preparatória oral e oral e 66,6% fase faríngea. Conclusões: Os fatores prognósticos significativos relacionados aos déficits funcionais encontrados neste trabalho foram o tamanho do tumor e presença de NFT II em todos os desfechos estudados. Para CNG e DG foi evidenciado ainda o fator preditor de tipo de ressecção estatisticamente significante. Os déficits funcionais de paralisia facial periférica se correlacionaram aos déficits da deglutição em fase oral e fase faríngea e de incapacidade funcional / Introduction: Vestibular schwannoma (VS) is a benign tumor that originates in the schwann sheath of one of the vestibular nerves. According to their topography lesions in the cranial, facial, trigeminal, cochlear and bulbar pairs may be present. Although knowledge of the possibility of injury in the lower cranial nerves, the conduction of studies with the purpose of identifying related functional alterations are rarely studied. Objectives: To analyze prognostic factors of functional results related to facial, trigeminal, cochlear and bulbary cranial nerves and to correlate the final functional prognosis of the cranial nerves with each other. Methodology: This is a cohort study with partial retrospective data collection that analyzes the incidence of functional deficits of cranial nerves in patients submitted to SV excision, using a structured clinical evaluation protocol (PAEC) specifically for this study . The PAEC consisted of 2 sessions, the first one referring to prognostic factors of sequelae and the second with functional data regarding hearing loss (DA), global neurological impairment (CNG), peripheral facial paralysis (PFP), dysphagia (DG) and Phonation (DF). The data collection was performed during the months of January to June of the year 2016 in the ambulatory of acoustic neurinoma of the Hospital das Clínicas of the Faculty of Medicine of the University of São Paulo. Data analysis was performed using univariate and multivariate inferential mode SPSS software, adopting a value of less than 0.05. Results: The sample consisted of 101 subjects, being 77.2% female and 22.8% male. The mean age was 47.1 years. 20.8% of patients with neurofibromatosis type 2 (NTFII) were identified. The preferred surgical access route was retrossigmoid (92.1%) with a mean tumor equal to 3.4cm.70% of the patients presented total tumor resection with a single approach. In the univariate analysis, the predictive sequelae factors were identified by statistically significant tumor size, presence of neurofibromatosis and total resection, respectively - CNG ( < 0.001; 0.023; 0.010), DG (pvalor < 0.001, pvalor 0.007, pvalor < 0.001), DF (Odds ratio 0.05, pvalor 0.013, pvalor 0.002), confirmed by the respective multivariate analysis - CNG (Odds Ratio (OD) 1.5 - pvalor 0.07, OR 3.5 - pvalor 0.036, OR 2.4 - pvalor 0.08), DG (OR 2.3 - pvalor 0.006; OR 5.7 - Pvalor 0.015, OR 3.9 - pvalor 0.018) and DF (OR 1.6 -value 0.062, OR 5.5 - pvalor 0.006). For the PFP endpoint, the univariate analysis was statistically significant for NTFII (pvalor 0.009) and previous PFP (pvalor < 0.001) confirmed by the multivariate analysis (OR 24.6 - pvalor 0.009; OR 0.3 - pvalor < 0.001). The functional scales of DG (pvalor < 0.001) and CNG (pvalor < 0.001) with statistically significant results for the correlation between the outcomes. Significant clinical signs of swallowing corresponded in 44.4% oral and oral preparatory phase and 66.6% pharyngeal phase. Conclusions: The significant prognostic factors related to the functional deficits found in this study were tumor size, NFT II presence and resection type in all the outcomes studied. Functional deficits of peripheral facial paralysis were correlated with oral and pharyngeal deglutition deficits and functional disability
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Saúde oral e deglutição em idosos acometidos por Acidente Vascular Encefálico

Cláudia Tiemi Mituuti 26 May 2011 (has links)
As condições dentárias e o uso de próteses mal adaptadas podem contribuir com as dificuldades decorrentes da velhice, as quais podem ser potencializadas por alterações neurológicas, resultando em quadros de disfagia, importante causa de morbidade e mortalidade nessa população. O objetivo do presente trabalho foi verificar se o acometimento cerebral crônico acarreta implicações na função da deglutição em idosos, como também se a condição de saúde oral apresenta relação com o grau de disfunção da deglutição orofaríngea, em idosos acometidos por Acidente Vascular Encefálico (AVE). Foram avaliados 30 idosos com idades entre 61 e 90 anos (mediana 73,5 anos), acometidos por AVE, sendo 15 homens e 15 mulheres. Os pacientes foram submetidos à avaliação odontológica quanto ao número de dentes cariados, perdidos e obturados, uso e condição das próteses, além de índices periodontal e de perda de inserção. Além diso foi aplicada a escala funcional de ingestão oral (FOIS) e realizada avaliação videoendoscópica da deglutição de alimentos de diferentes consistências. A partir dos resultados foram aplicados os testes de correlação de Spearman, para as associações, e o Kruskal Wallis para as comparações. Os indivíduos idosos pós-AVE desta pesquisa foram comparados a um grupo controle de 15 idosos saudáveis, tendo-se encontrado maior gravidade da disfagia para o grupo AVE para a consistência líquida (p=0,01). Especificamente para o grupo AVE houve correlação estatisticamente significante entre a classificação da escala FOIS e a necessidade de troca das próteses (p=0,02) e diferença entre grupos considerando diferentes tipos de prótese na deglutição de sólido (p=0,04). Devido à heterogeneidade da amostra, foram excluídos os dentados totais, desdentados totais sem reabilitação e indivíduos com mais de um episódio de AVE. Além disso, os mesmos foram divididos de acordo com o lado do corpo comprometido (direito e esquerdo) após o acometimento cerebral, resultando em 19 indivíduos. Não foram encontradas diferenças no desempenho da deglutição entre os grupos de indivíduos com hemicorpo direito e esquerdo comprometidos. Houve correlação entre a necessidade de troca das próteses e a classificação na escala FOIS (p=0,01) para os indivíduos com hemicorpo direito comprometido, enquanto para os indivíduos com comprometimento em hemicorpo esquerdo, foi observada correlação entre a deglutição de líquido e o número de dentes presentes (p=0,05) e ausentes (p=0,05). Além disso, para os 19 indivíduos, como também para os com hemicorpo esquerdo comprometido, verificou-se que aqueles com prótese parcial no arco superior tiveram melhores classificações na escala FOIS em relação aos indivíduos com prótese total (p=0,01). Já para os indivíduos com o hemicorpo direito comprometido, essa diferença foi verificada em relação às próteses utilizadas no arco inferior (p=0,04). O acometimento cerebral crônico influenciou a gravidade da disfagia para a consistência líquida, não tendo sido encontrada implicações sobre o nível da ingestão oral, como também para o grau da disfagia orofaríngea para alimentos pastoso e sólido. Houve influência do número de dentes, tipo e necessidade de uso ou troca das próteses dentárias sobre a deglutição em indivíduos acometidos por AVE, principalmente quando houve melhor delineamento dos grupos de acordo com o hemicorpo comprometido. / Dental conditions and the use of poorly fitted prostheses may contribute to difficulties deriving from aging, which may be potentiated by neurologic alterations, resulting in dysphagia, an important cause of morbidity and mortality in this population. This work aimed at verifying whether chronic cerebral involvement compromises the swallowing function in the elderly, as well as if the oral health condition is related to the degree of oropharyngeal swallowing dysfunction, in elderly people who had a stroke (CVA). Thirty elderly people, i.e., 15 men and 15 women, in the age range 61- 90 yrs (mean 73.5 yrs), presented with CVA, were assessed. The patients underwent dental assessment as to the number of decayed, missing and filled teeth, use and conditions of their prostheses, besides periodontal indexes and insertion loss. In addition, the functional oral intake scale (FOIS) was applied and video endoscopy to evaluate the swallowing of food of different consistency, performed. From the results, correlation tests, Spearman for associations, and Kruskal Wallis for comparisons, were applied. The post CVA elderly individuals of this research were compared to a control group of 15 healthy elderly subjects, with more dysphalgia severity in the CVA group, for liquid consistency (p=0.01). Specifically, for the CVA group, a statistically significant correlation was seen between FOIS scale rating and the need to replace the prostheses (p=0.02) and the difference between the groups, taking into account the types of prosthesis in the swallowing of solid foods (p=0.04). Owing to the heterogeneity of the sample, total dentulous, total edentulous patients with no rehabilitation and individuals with more than one episode of CVA, were excluded. Furthermore, they were divided according to the side of the body affected (right and left), following cerebral involvement, resulting in 19 individuals. No differences were found in the swallowing performance between the groups of subjects with compromised right and left hemi-body. There was a correlation between the need to replace the prostheses and the FOIS scale rating (p=0.01) for subjects with compromised right hemi-body, while for subjects with left hemi-body involvement, a correlation was observed between liquid swallowing and the number of teeth present (p=0.05) and absent (p=0.05). Furthermore, for these 19 individuals, as well as for those with compromised left hemi-body, it was verified that those with a partial prostheses in the upper arch scored better on the FOIS scale, as compared to those with total prostheses (p=0.01). Now, for individuals with a compromised right hemi-body, this difference was not verified in relation to the prostheses utilized in the lower arch (p=0.04). Chronic cerebral involvement influenced the severity of dysphalgia for liquid consistency, with no implications on the level of oral intake, as well as for the degree of oropharyngeal dysphagia for doughy and solid foods. The number of teeth, type and need to use or replace the dental prostheses influenced the swallowing of individuals presented with CVA, mainly when there was a better outlining of the groups, according to the hemi-body affected.
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Videofluoroscopia da Deglutição : alterações esofágicas em pacientes com disfagia / Videofluoroscopic swallowing study : esophageal alterations in patients with dysphagia

Scheeren, Betina January 2013 (has links)
Introdução: A Videofluoroscopia da Deglutição (VFD) é um exame dinâmico e permite a avaliação de todo o processo da deglutição, entretanto, a maioria dos estudos publicados relata apenas alterações na orofaringe e transição faringoesofágica, não sendo rotina o estudo do esôfago. O objetivo da presente pesquisa foi verificar a prevalência de alterações na fase esofágica à VFD em pacientes com disfagia cervical. Métodos: Pacientes com queixa de disfagia cervical submetidos à Videofluoroscopia da Deglutição incluindo estudo esofágico entre maio de 2010 e maio de 2012 tiveram seus exames revisados retrospectivamente. Os pacientes foram classificados em dois grupos: Grupo I - sem diagnóstico etiológico pré-estabelecido e Grupo II – com diagnóstico de doença neurológica. Durante o exame os pacientes ingeriram três consistências de alimento (líquido, pastoso e sólido) contrastadas com sulfato de bário e 19 itens foram analisados segundo protocolo. A fase esofágica foi considerada alterada quando apenas um dos itens avaliados estivesse comprometido. Resultados: Trezentos e trinta e três (n=333) pacientes consecutivos foram estudados com 213 (64%) no Grupo I e 120 (36%) no Grupo II. Alterações esofágicas foram identificadas em 104 (31%) pacientes, sendo a prevalência maior no Grupo I (36,2%), principalmente, nos itens clareamento esofágico (16,9%) e contrações terciárias (16,4%). Pudemos observar que 12% dos indivíduos do Grupo I apresentaram somente alteração em fase esofágica. Conclusão: Avaliação da fase esofágica durante a Videofluoroscopia da Deglutição identificou alterações esofágicas em um terço dos pacientes com queixa de disfagia cervical, principalmente no grupo sem diagnóstico etiológico pré-estabelecido. / Introduction: Videofluoroscopic Swallowing Study (VFSS) is a dynamic exam and allows the evaluation of the complete swallowing process. However, most published studies have only reported alterations in the oropharynx and pharyngoesophageal transition, leaving the analysis of the esophagus an under researched area. The goal of this study was to investigate the prevalence of alterations in the esophageal phase thorough VFSS in patients with cervical dysphagia. Methods: Consecutive patients with cervical dysphagia who underwent VFSS including esophageal analysis between May 2010 and May 2012 had their exams retrospectively reviewed. Patients were classified into two groups: Group I - without a pre-established etiological diagnosis and Group II - with neurological disease. During the exam, the patients ingested three different consistencies of food (liquid, pasty and solid) contrasted with barium sulfate and 19 items were analyzed according to a protocol. The esophageal phase was considered abnormal when at least one of the evaluated items was compromised. Results: Three hundred and thirty-three (n = 333) consecutive patients were studied - 213 (64%) in Group I and 120 (36%) in Group II. Esophageal alterations were found in 104 (31%) patients, with a higher prevalence in Group I (36,2%), especially on the items esophageal clearance (16,9%) and tertiary contractions (16,4%). It was observed that 12% of individuals in Group I only presented alterations on the esophageal phase. Conclusion: Evaluation of the esophageal phase of swallowing during VFSS detects abnormalities in patients with cervical dysphagia, especially in the group without pre-established etiological diagnosis.
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Intervenção fonoaudiológica em pacientes com disfagia, pós intubados e sem morbidades neurológicas

Turra, Giovana Sasso January 2013 (has links)
Introdução e Objetivos: A intubação orotraqueal (IOT) é utilizada no centro de tratamento intensivo (CTI) em pacientes graves que precisam de auxílio para manter a respiração. Quando prolongada é considerada um dos principais fatores de risco para disfagia orofaríngea (DOF). Nestes casos, o controle neurológico central e nervos periféricos estão intactos, mas as estruturas anatômicas responsáveis pela deglutição podem sofrer prejuízos. O tratamento para a DOF visa proteger as vias aéreas e garantir a nutrição. A terapia de reabilitação da deglutição, através de técnicas e exercícios orofaciais e vocais, parece ser benéfica em pacientes disfágicos. Sendo assim, essa pesquisa apresentou como objetivo avaliar a eficácia da fonoterapia em pacientes com DOF, pós-intubados e sem comorbidades neurológicas. Metodologia: Foram avaliados 240 pacientes, dos quais 40 (16,6%) apresentaram DOF. De acordo com os critérios de inclusão e exclusão, trinta e dois pacientes foram incluídos no estudo realizado de setembro de 2010 a dezembro 2012 no CTI de um hospital universitário. Os pacientes foram randomizados em dois grupos: tratamento fonoaudiológico e controle, sendo que o primeiro (53%) recebeu orientações, técnicas terapêuticas, manobras de proteção de via aérea e de limpeza glótica, exercícios oromiofuncionais e vocais e introdução de dieta; o acompanhamento ocorreu durante 10 dias. Os dados da anamnese foram coletados do prontuário e o local de atendimento de todos os sujeitos foi à beira do leito. Os desfechos primários do estudo foram o tempo de permanência com sonda nasoentereral (SNE) e os níveis da escala FOIS. Resultados e Discussão: O grupo tratado permaneceu por menos tempo com SNE (mediana de 3 dias) em comparação ao grupo controle (mediana de 10 dias) (p< 0,001). No grupo controle houve o dobro de sujeitos com a SNE por ainda apresentarem DOF ao final do tempo de acompanhamento fonoaudiológico. O grupo tratado apresentou evolução significativa nos níveis da escala FOIS (entre 4 e 7) em relação ao controle (p=0,005). O grupo tratado apresentou evolução favorável nos níveis de gravidade pelo protocolo PARD (DOF moderada passou para leve). A consistência alimentar líquida (água) foi a que os pacientes mais apresentaram sinais clínicos de DOF. As doenças respiratórias foram as mais frequentes em ambos os grupos. Conclusões: Os achados desse estudo demonstram que o tratamento fonoaudiológico favorece a progressão mais rápida de alimentação por SNE para via oral em pacientes pós-intubados. Isto sugere que a Fonoaudiologia, na área de DOF, tem um papel importante dentro do plano de tratamento destes indivíduos, hipótese que deve ser confirmada por estudos adicionais. / Introduction: In intensive care units (ICU), orotracheal intubation (OTI) is used in severe patients who need assistance to maintain breathing. When OTI is prolonged, it is considered one of the main risk factors for oropharyngeal dysphagia (OPD). In these cases, the central neurological control and peripheral nerves are intact, but the anatomical structures responsible for swallowing may suffer damages. Treatment of OPD aims to protect the airways and nutrition of individuals. Swallowing rehabilitation therapy, by means of orofacial and vocal techniques and exercises, seems to be beneficial to dysphagic patients. Thus, this research presented as objective to evaluate the efficacy of the speech therapy in patients with OPD, post-intubated and without neurological comorbidities. Material and Methods: The recruitment period of the study was from September 2010 to December 2012 in the ICU of a university hospital. Two hundred and forty patients were assessed, of whom 40 presented OPD (16.6%). According to the inclusion and exclusion criteria, thirty-two patients were included in the study. Patients were randomized in two groups: speech treatment and control, and the first (53%) received daily, for a maximum period of 10 days, assessment, guidance, therapeutic techniques, airway protection and glottal cleaning maneuvers, oromiofunctional and vocal exercises, as well as introduction of diet. Anamnesis data were collected from the patient’s medical records, and all individuals were seen on the hospital bedside. Primary study outcomes were length of stay with nasoenteric tube (NET) and levels on the FOIS scale. Results and Discussion: When compared to the control group (median of 10 days), NET permanence was shorter in the treated group (median of 3 days) (p<0.001). The control group there was twice the number of individuals with NET because they still presented OPD at the end of the speech therapy follow up. The treated group showed a significant evolution in levels on the FOIS scale (between 4 and 7) when compared to the control group (p=0.005). The treated group presented a favorable evolution in severity levels by the PARD (from moderate to mild OPD). Patients showed most clinical signs of OPD with liquid-consistency (water). Respiratory disorders were the most frequent in both groups. During treatment, in some cases it was not possible to complete the length of intervention. In the GT, interruption happened in 2 cases (11.8%) due to death, in 3 cases, (17.6%) due to reintubation, in one patient (5.9%) due to clinical worsening and in one patient (5.9%) due to withdrawal from treatment. In the GC, 4 (26.7%) patients were re-intubated. All these patients remained in the study for an intention-to-treat analysis (ITT). Conclusion: The findings of this study demonstrate that speech therapy favors a faster progression from NET feeding to oral feeding in post-intubated patients. His suggests that Speech Therapy in OPD area, has an important role in the treatment plan of these individuals, this hypothesis should be confirmed by additional studies.
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Risco de disfagia orofaríngea e estado de saúde bucal em pessoas com paralisia cerebral /

Brasil, Rita de Cássia Escobar de Arruda January 2018 (has links)
Orientadora: Roberta Gonçalves da Silva / Banca: Célia Maria Giacheti / Banca: Dionísia A. Lamônica / Resumo: Introdução: Pessoas com Paralisia Cerebral (PC) apresentam prognóstico e comorbidades diversificadas e suas manifestações estão relacionadas com limitações funcionais, tanto motoras globais como de controle neuromotor das funções orais, desencadeando dificuldades na comunicação, deglutição e saúde bucal. Objetivo: Este estudo teve por objetivo relacionar o risco de disfagia orofaríngea (DO) com o estado de saúde bucal na pessoa com Paralisia Cerebral. Método: Foram selecionados todos os prontuários com diagnóstico neurológico conforme CID 10, dentro da classificação de Paralisia Cerebral de distintos subtipos, do período de janeiro de 2011 a junho de 2017, do Centro de Assistência Odontológica à Pessoa com Deficiência (CAOE) da Universidade Estadual Paulista - Unesp - Campus de Araçatuba, perfazendo 1868 indivíduos. Foram incluídos nesse estudo 345 prontuários, 194 do gênero masculino e 151 do gênero feminino, faixa etária de 1 a 60 anos, com média de 13,9 anos, e função motora grossa (GMFCS) que variou de I a V. Elaborado e aplicado instrumento de rastreio para disfagia orofaríngea na PC e para a classificação da saúde bucal nessa população. Resultados: Das 345 (100%) pessoas com PC, 197 (57,1%) apresentaram risco para DO e 148 (42,9%) não apresentaram. A associação entre risco de DO e subtipo de PC foi significante na PC quadriplégica espástica e com maior razão de chance que nos demais subtipos. Houve associação entre disfagia orofaríngea e saúde bucal na PC considerando o... (Resumo completo, clicar acesso eletrônico abaixo) / Abstract: Introduction: People with Cerebral Palsy (CP) have different prognoses and comorbidities and their manifestations are related to functional limitations, both global motor and neuromotor control of oral functions, with impairment in communication, swallowing and oral health. Purpose: This study aimed to relate the risk of oropharyngeal dysphagia (OD) with oral health status in people with CP. Methods: All neurological records according within the classification of CP of different subtypes, from January 2011 to June 2017, were selected from the Center for the Assistance to the Individuals with Disabilities (CAOE) of the Paulista State University- Unesp - Campus of Araçatuba, comprising 1868 individuals. The study included 345 medical records, 194 males and 151 females, ranging from 1 to 60 years old, mean age of 13.9 years, and gross motor function (GMFCS), ranging from I to V. Screening for oropharyngeal dysphagia on CP and the classification of oral health in this population were proposed and applied. Results: Of the 345 (100%) people with CP, 197 (57.1%) presented risk for OD and 148 (42.9%) did not present. The association between OD risk and PC subtype was significant in spastic quadriplegic CP and with a higher odds ratio than in the other subtypes. There was an association between oropharyngeal dysphagia and oral health in CP considering motor performance (p: 0.0485). Conclusion: The risk of oropharyngeal dysphagia was more frequent in spastic quadriplegic CP and present... (Complete abstract click electronic access below) / Mestre

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