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Estado da vitamina D e sua relação com doenças cardiovasculares em indivíduos com HIV/AIDS em tratamento com antirretrovirais: uma revisão sistemática. / Vitamin D status and its relationship with cardiovascular diseases in patients with HIV/AIDS in treatment with antiretroviral: a systematic review.Freitas, Alexandre Magnus Mourao e 06 March 2015 (has links)
Este estudo faz uma revisão sobre a relação das concentrações de vitamina D e doenças cardiovasculares (DVC) em indivíduos com vírus da imunodeficiência humana e/ou síndrome da imunodeficiência adquirida (HIV/AIDS) em tratamento com terapia antirretroviral (TARV). Um total de 1.288 artigos foram recuperados dos bancos de dados do PubMed, EMBASE, OVID, Cochrane Central, ERIC, SIBi, SciELO, LILACS e Grey literature. Nove deles preencheram os critérios de seleção e foram inclusos nesta revisão sistemática. Existe uma alta prevalência da deficiência de vitamina D em indivíduos HIV-positivo, independentemente da região climática que vivem. Tanto a infecção pelo HIV-1 como a TARV podem interferir no metabolismo da vitamina D. Essa vitamina mostrou uma tendência a decrescer do momento antes da TARV ao depois da iniciação da TARV, sua deficiência foi mais prevalente em pacientes que fazem utilização da TARV do que aqueles que nunca a utilizaram e suas concentrações no organismo mostraram significantes associações com medidores da elasticidade arterial, como Espessamento Média-Íntima (EMI) e Dilatação Mediada por Fluxo (DMF). Essas alterações nos vasos e sistema circulatório predispõem doenças cardiovasculares, tais como, aterosclerose, trombose, infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral. Portanto, apesar de existirem controvérsias, indivíduos HIV-positivo podem estar mais propensos ao desenvolvimento de DCV, não apenas pelos efeitos colaterais comuns da TARV e da infecção pelo HIV-1, mas também por estarem mais predispostos a terem hipovitaminose D, e as alterações causadas por este quadro em seu organismo. / This study reviewed the relationship of vitamin D levels and cardiovascular disease (CVD) in individuals with human immunodeficiency virus and/or acquired immunodeficiency syndrome (HIV/AIDS) in treatment with antiretroviral therapy (ART). A total of 1,288 articles were retrieved from the PubMed, EMBASE, Ovid, Cochrane Central, ERIC, SIBi, SciELO, LILACS and Grey literature databases. Nine of them met the selection criteria and were included in this systematic review. There is a high vitamin D deficiency prevalence in HIV positive individuals, regardless of climate area where they live. Both, HIV-1 infection and ART can interfere with the metabolism of vitamin D. This vitamin has shown a tendency to decrease from the moment before ART to the one after the initiation of ART. Its deficiency was more prevalent in patients who use ART than those who are ART-naïve. Vitamin D concentrations showed significant associations with markers of arterial dysfunction, such as carotid artery intima-media thickness (cIMT) and flow-mediated dilatation (FMD). These changes in vessels and circulatory system predispose CVD, such as atherosclerosis, thrombosis, myocardial infarction and stroke. Therefore, although there are controversies, HIV positive individuals may be more prone to the development of CVD, not just for the common side effects of ART and HIV- 1 infection, but also because they are predisposed to have vitamin D deficiency, and all the metabolic changes caused by this situation in his organism. Key-
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Biomarcadores de risco cardiovascular em pacientes HIV positivos tratados e não tratados com terapia antirretroviral / Biomarkers of cardiovascular risk in HIV-positive patients treated and untreated with antiretroviral therapy.Cicarelli, Luciane Marzzullo 30 September 2016 (has links)
No advento dos antirretrovirais potentes, os indivíduos infectados pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) começaram a apresentar risco maior para o desenvolvimento de doença cardiovascular (DCV). Este aumento do risco cardiovascular pode ser associado tanto à infecção viral quanto ao tratamento antirretroviral (TARV), que provocam mudanças pró-aterogênicas como o aumento do colesterol total e da lipoproteína de baixa densidade (LDL), além da diminuição da lipoproteína de alta densidade (HDL). A ativação imune e as alterações lipídicas são mecanismos associados com a infecção pelo HIV e com o risco de DCV. Este trabalho utilizou ensaios imunoenzimáticos para a determinação plasmática de biomarcadores emergentes de risco cardiovascular relacionados com modificações da lipoproteína de baixa densidade, a saber: LDL eletronegativa [LDL(-)] e formas oxidadas da LDL, ou seja, LDL-oxi (resíduos lisina da apolipoproteína B100 modificados com malondialdeído), LDL-HNE (resíduos lisina da ApoB100 modificados com 4-hidroxinonenal) e LDL-CML (resíduos lisina da ApoB100 modificados por carboximetila), além de biomarcadores relacionados com a resposta imune-inflamatória, ou seja, autoanticorpos IgG e IgM anti-LDL(-), imunocomplexo de LDL(-) [IC-LDL(-)], proteína amiloide sérica A (SAA) e mieloperoxidase (MPO). Também foram determinadas as concentrações séricas dos biomarcadores de risco relacionados às apolipoproteínas: apolipoproteína A-I (ApoA-I), apolipoproteína B (ApoB) e apolipoproteína E (ApoE). A população estudada incluiu indivíduos com infecção pelo HIV, tratados (HIV-TARV) e não tratados (HIV-NT) com terapia antirretroviral e indivíduos sem infecção pelo HIV (controle). Não foram identificadas diferenças para as concentrações de LDL(-), IC-LDL(-), anti- LDL(-)-IgM, SAA, ApoA-I, ApoB e ApoE entre os grupos estudados (HIV-TARV, HIV-NT e controle). A ApoA-I correlacionou-se positivamente com ApoB e ApoE (rs= 0,418 e rs= 0,347, Spearman, p<0,01) e a ApoB com a ApoE (rs= 0,286, Spearman, p<0,01). Verificou-se correlação inversa entre as concentrações de LDL(-) e IC-LDL(-) (rs= -0,214, Spearman, p<0,05). Os níveis de anti-LDL(-)-IgG correlacionaram-se positivamente com IC-LDL(-) e anti-LDL(-)-IgM (rs= 0,240, Spearman, p<0,05 e rs= 0,348, Spearman, p<0,01). As concentrações de LDL-CML correlacionaram-se positivamente com LDL(-), LDL-oxi, LDL-HNE e IC-LDL(-) (rs= 0,212, Spearman, p<0,05; rs= 0,214, Spearman, p<0,05; rs= 0,573, Spearman, p<0,01 e rs= 0,219, Spearman, p<0,05). O grupo HIV-NT apresentou níveis mais elevados de anticorpos anti-LDL(-)-IgG comparado ao grupo controle (Kruskal-Wallis, p<0,01). Em contraste, observou-se no grupo HIV-NT diminuição das concentrações de MPO, LDL-HNE e LDL-CML em relação ao grupo controle (Kruskal-Wallis, p<0,01). A comparação dos grupos HIV-NT e HIV-TARV demonstrou que o TARV promoveu diminuição das concentrações dos anticorpos anti-LDL(-)-IgG e aumentou os níveis de LDL-oxi (Kruskal-Wallis, p<0,01). O grupo HIV-TARV apresentou aumento das concentrações de LDL-oxi e diminuição dos níveis de MPO, LDL-HNE e LDL-CML em relação ao controle (Kruskal-Wallis, p<0,01). Em conclusão, a infecção pelo HIV modificou o biomarcador de inflamação MPO e o perfil de biomarcadores relacionados às modificações da LDL (menor formação de LDL-HNE e LDL-CML), além aumentar a resposta imune-humoral à LDL eletronegativa [anti-LDL(-)-IgG], enquanto o tratamento com antirretrovirais inibiu esta resposta. Os outros biomarcadores estudados não foram modificados pela infecção viral ou pelo tratamento antirretroviral. / In the advent of potent antiretroviral therapy, individuals infected with human immunodeficiency virus (HIV) have showed an increased risk for developing cardiovascular disease (DCV). Studies have discussed that the increased risk may be related to both the disease and antiretroviral treatment (TARV), that produced pro-atherogenic changes such as increased of total cholesterol and low density lipoprotein (LDL) and decreased high density lipoprotein. The immune activation and the lipid modifications are well known mechanisms related to HIV infection and the risk of DCV. This study used immunoassays for plasma quantification for emerging biomarkers of cardiovascular risk related to modification of low density lipoprotein: electronegative LDL [LDL(-)] and oxidized forms of LDL, LDL-oxi (lysine residues of apolipoprotein B100 modified by malondialdehyde), LDL-HNE (lysine residues of ApoB100 modified by 4-hydroxynonenal) and LDL-CML (lysine residues of ApoB100 modified by carboxymethyl) and biomarkers associated to immune and inflammatory responses, IgG and IgM autoantibodies anti-LDL(-) and immunecomplexe of LDL(-) [IC-LDL(-)], serum amyloid A protein (SAA) and myeloperoxidase (MPO). Also, were determined serum concentrations of risk biomarkers related to apolipoproteins: apolipoprotein A-I (ApoA-I), apolipoprotein B (ApoB) and apolipoprotein E (ApoE). The studied population included patients with HIV infection, treated (HIV-TARV) and untreated (HIV-NT) with antiretroviral therapy and individuals without HIV infection (controle). No differences were identified for concentrations of LDL(-), ICLDL(-), anti-LDL(-)-IgM, SAA, ApoA-I, ApoB and ApoE between studied groups (HIV-TARV, HIV-NT and controle). The ApoA-I was positively correlated to ApoB and ApoE (rs= 0,418 e rs= 0,347, Spearman, p<0,01) and ApoB to ApoE (rs= 0,286, Spearman, p<0,01). There was an inverted correlation between LDL(-) and IC-LDL(-) (rs= -0.214, Spearman, p<0,05). The levels of anti-LDL(-)-IgG were positively correlated to IC-LDL(-) and antibodies anti-LDL(-)-IgM (rs= 0.240; Spearman; p <0.05 and rs= 0.348; Spearman; p <0.01). The concentrations of LDL-CML were positively correlated to LDL(-), LDL-oxi, LDL-HNE e IC-LDL(-) (rs= 0,212, Spearman, p<0,05; rs= 0,214, Spearman, p<0,05; rs= 0,573, Spearman, p<0,01 e rs= 0,219, Spearman, p<0,05). The HIV-NT group showed higher levels of anti-LDL(-)-IgG compared to Control group (Kruskal-Wallis, p<0,01). In contrast, was observed lower levels for HIV-NT group to MPO, LDL-HNE and LDL-CML when compared to Control group (Kruskal-Wallis, p<0,01). The comparison of HIV-NT and HIV-TARV groups demonstrated that TARV caused a decrease of concentrations of anti-LDL(-)-IgG antibodies and an increased of LDL-oxi levels (Kruskal-Wallis, p <0.01). The HIV-TARV group showed increased LDL-oxi concentrations and decreased at levels of MPO, LDL-HNE e LDL-CML when compared to Control (Kruskal-Wallis, p<0,01). In conclusion, the HIV infection changed the biomarker of inflammation MPO and the profile of biomarkers related to modifications of LDL (lower concentrations of LDL-HNE and LDL-CML), as well as increased the humoral-immune response to electronegative LDL [anti-LDL(-)-IgG], while treatment with antiretroviral therapy inhibited this response. The other studied biomarkers were not modified either by viral infection or antiretroviral treatment.
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Estado da vitamina D e sua relação com doenças cardiovasculares em indivíduos com HIV/AIDS em tratamento com antirretrovirais: uma revisão sistemática. / Vitamin D status and its relationship with cardiovascular diseases in patients with HIV/AIDS in treatment with antiretroviral: a systematic review.Alexandre Magnus Mourao e Freitas 06 March 2015 (has links)
Este estudo faz uma revisão sobre a relação das concentrações de vitamina D e doenças cardiovasculares (DVC) em indivíduos com vírus da imunodeficiência humana e/ou síndrome da imunodeficiência adquirida (HIV/AIDS) em tratamento com terapia antirretroviral (TARV). Um total de 1.288 artigos foram recuperados dos bancos de dados do PubMed, EMBASE, OVID, Cochrane Central, ERIC, SIBi, SciELO, LILACS e Grey literature. Nove deles preencheram os critérios de seleção e foram inclusos nesta revisão sistemática. Existe uma alta prevalência da deficiência de vitamina D em indivíduos HIV-positivo, independentemente da região climática que vivem. Tanto a infecção pelo HIV-1 como a TARV podem interferir no metabolismo da vitamina D. Essa vitamina mostrou uma tendência a decrescer do momento antes da TARV ao depois da iniciação da TARV, sua deficiência foi mais prevalente em pacientes que fazem utilização da TARV do que aqueles que nunca a utilizaram e suas concentrações no organismo mostraram significantes associações com medidores da elasticidade arterial, como Espessamento Média-Íntima (EMI) e Dilatação Mediada por Fluxo (DMF). Essas alterações nos vasos e sistema circulatório predispõem doenças cardiovasculares, tais como, aterosclerose, trombose, infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral. Portanto, apesar de existirem controvérsias, indivíduos HIV-positivo podem estar mais propensos ao desenvolvimento de DCV, não apenas pelos efeitos colaterais comuns da TARV e da infecção pelo HIV-1, mas também por estarem mais predispostos a terem hipovitaminose D, e as alterações causadas por este quadro em seu organismo. / This study reviewed the relationship of vitamin D levels and cardiovascular disease (CVD) in individuals with human immunodeficiency virus and/or acquired immunodeficiency syndrome (HIV/AIDS) in treatment with antiretroviral therapy (ART). A total of 1,288 articles were retrieved from the PubMed, EMBASE, Ovid, Cochrane Central, ERIC, SIBi, SciELO, LILACS and Grey literature databases. Nine of them met the selection criteria and were included in this systematic review. There is a high vitamin D deficiency prevalence in HIV positive individuals, regardless of climate area where they live. Both, HIV-1 infection and ART can interfere with the metabolism of vitamin D. This vitamin has shown a tendency to decrease from the moment before ART to the one after the initiation of ART. Its deficiency was more prevalent in patients who use ART than those who are ART-naïve. Vitamin D concentrations showed significant associations with markers of arterial dysfunction, such as carotid artery intima-media thickness (cIMT) and flow-mediated dilatation (FMD). These changes in vessels and circulatory system predispose CVD, such as atherosclerosis, thrombosis, myocardial infarction and stroke. Therefore, although there are controversies, HIV positive individuals may be more prone to the development of CVD, not just for the common side effects of ART and HIV- 1 infection, but also because they are predisposed to have vitamin D deficiency, and all the metabolic changes caused by this situation in his organism. Key-
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Biomarcadores de risco cardiovascular em pacientes HIV positivos tratados e não tratados com terapia antirretroviral / Biomarkers of cardiovascular risk in HIV-positive patients treated and untreated with antiretroviral therapy.Luciane Marzzullo Cicarelli 30 September 2016 (has links)
No advento dos antirretrovirais potentes, os indivíduos infectados pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) começaram a apresentar risco maior para o desenvolvimento de doença cardiovascular (DCV). Este aumento do risco cardiovascular pode ser associado tanto à infecção viral quanto ao tratamento antirretroviral (TARV), que provocam mudanças pró-aterogênicas como o aumento do colesterol total e da lipoproteína de baixa densidade (LDL), além da diminuição da lipoproteína de alta densidade (HDL). A ativação imune e as alterações lipídicas são mecanismos associados com a infecção pelo HIV e com o risco de DCV. Este trabalho utilizou ensaios imunoenzimáticos para a determinação plasmática de biomarcadores emergentes de risco cardiovascular relacionados com modificações da lipoproteína de baixa densidade, a saber: LDL eletronegativa [LDL(-)] e formas oxidadas da LDL, ou seja, LDL-oxi (resíduos lisina da apolipoproteína B100 modificados com malondialdeído), LDL-HNE (resíduos lisina da ApoB100 modificados com 4-hidroxinonenal) e LDL-CML (resíduos lisina da ApoB100 modificados por carboximetila), além de biomarcadores relacionados com a resposta imune-inflamatória, ou seja, autoanticorpos IgG e IgM anti-LDL(-), imunocomplexo de LDL(-) [IC-LDL(-)], proteína amiloide sérica A (SAA) e mieloperoxidase (MPO). Também foram determinadas as concentrações séricas dos biomarcadores de risco relacionados às apolipoproteínas: apolipoproteína A-I (ApoA-I), apolipoproteína B (ApoB) e apolipoproteína E (ApoE). A população estudada incluiu indivíduos com infecção pelo HIV, tratados (HIV-TARV) e não tratados (HIV-NT) com terapia antirretroviral e indivíduos sem infecção pelo HIV (controle). Não foram identificadas diferenças para as concentrações de LDL(-), IC-LDL(-), anti- LDL(-)-IgM, SAA, ApoA-I, ApoB e ApoE entre os grupos estudados (HIV-TARV, HIV-NT e controle). A ApoA-I correlacionou-se positivamente com ApoB e ApoE (rs= 0,418 e rs= 0,347, Spearman, p<0,01) e a ApoB com a ApoE (rs= 0,286, Spearman, p<0,01). Verificou-se correlação inversa entre as concentrações de LDL(-) e IC-LDL(-) (rs= -0,214, Spearman, p<0,05). Os níveis de anti-LDL(-)-IgG correlacionaram-se positivamente com IC-LDL(-) e anti-LDL(-)-IgM (rs= 0,240, Spearman, p<0,05 e rs= 0,348, Spearman, p<0,01). As concentrações de LDL-CML correlacionaram-se positivamente com LDL(-), LDL-oxi, LDL-HNE e IC-LDL(-) (rs= 0,212, Spearman, p<0,05; rs= 0,214, Spearman, p<0,05; rs= 0,573, Spearman, p<0,01 e rs= 0,219, Spearman, p<0,05). O grupo HIV-NT apresentou níveis mais elevados de anticorpos anti-LDL(-)-IgG comparado ao grupo controle (Kruskal-Wallis, p<0,01). Em contraste, observou-se no grupo HIV-NT diminuição das concentrações de MPO, LDL-HNE e LDL-CML em relação ao grupo controle (Kruskal-Wallis, p<0,01). A comparação dos grupos HIV-NT e HIV-TARV demonstrou que o TARV promoveu diminuição das concentrações dos anticorpos anti-LDL(-)-IgG e aumentou os níveis de LDL-oxi (Kruskal-Wallis, p<0,01). O grupo HIV-TARV apresentou aumento das concentrações de LDL-oxi e diminuição dos níveis de MPO, LDL-HNE e LDL-CML em relação ao controle (Kruskal-Wallis, p<0,01). Em conclusão, a infecção pelo HIV modificou o biomarcador de inflamação MPO e o perfil de biomarcadores relacionados às modificações da LDL (menor formação de LDL-HNE e LDL-CML), além aumentar a resposta imune-humoral à LDL eletronegativa [anti-LDL(-)-IgG], enquanto o tratamento com antirretrovirais inibiu esta resposta. Os outros biomarcadores estudados não foram modificados pela infecção viral ou pelo tratamento antirretroviral. / In the advent of potent antiretroviral therapy, individuals infected with human immunodeficiency virus (HIV) have showed an increased risk for developing cardiovascular disease (DCV). Studies have discussed that the increased risk may be related to both the disease and antiretroviral treatment (TARV), that produced pro-atherogenic changes such as increased of total cholesterol and low density lipoprotein (LDL) and decreased high density lipoprotein. The immune activation and the lipid modifications are well known mechanisms related to HIV infection and the risk of DCV. This study used immunoassays for plasma quantification for emerging biomarkers of cardiovascular risk related to modification of low density lipoprotein: electronegative LDL [LDL(-)] and oxidized forms of LDL, LDL-oxi (lysine residues of apolipoprotein B100 modified by malondialdehyde), LDL-HNE (lysine residues of ApoB100 modified by 4-hydroxynonenal) and LDL-CML (lysine residues of ApoB100 modified by carboxymethyl) and biomarkers associated to immune and inflammatory responses, IgG and IgM autoantibodies anti-LDL(-) and immunecomplexe of LDL(-) [IC-LDL(-)], serum amyloid A protein (SAA) and myeloperoxidase (MPO). Also, were determined serum concentrations of risk biomarkers related to apolipoproteins: apolipoprotein A-I (ApoA-I), apolipoprotein B (ApoB) and apolipoprotein E (ApoE). The studied population included patients with HIV infection, treated (HIV-TARV) and untreated (HIV-NT) with antiretroviral therapy and individuals without HIV infection (controle). No differences were identified for concentrations of LDL(-), ICLDL(-), anti-LDL(-)-IgM, SAA, ApoA-I, ApoB and ApoE between studied groups (HIV-TARV, HIV-NT and controle). The ApoA-I was positively correlated to ApoB and ApoE (rs= 0,418 e rs= 0,347, Spearman, p<0,01) and ApoB to ApoE (rs= 0,286, Spearman, p<0,01). There was an inverted correlation between LDL(-) and IC-LDL(-) (rs= -0.214, Spearman, p<0,05). The levels of anti-LDL(-)-IgG were positively correlated to IC-LDL(-) and antibodies anti-LDL(-)-IgM (rs= 0.240; Spearman; p <0.05 and rs= 0.348; Spearman; p <0.01). The concentrations of LDL-CML were positively correlated to LDL(-), LDL-oxi, LDL-HNE e IC-LDL(-) (rs= 0,212, Spearman, p<0,05; rs= 0,214, Spearman, p<0,05; rs= 0,573, Spearman, p<0,01 e rs= 0,219, Spearman, p<0,05). The HIV-NT group showed higher levels of anti-LDL(-)-IgG compared to Control group (Kruskal-Wallis, p<0,01). In contrast, was observed lower levels for HIV-NT group to MPO, LDL-HNE and LDL-CML when compared to Control group (Kruskal-Wallis, p<0,01). The comparison of HIV-NT and HIV-TARV groups demonstrated that TARV caused a decrease of concentrations of anti-LDL(-)-IgG antibodies and an increased of LDL-oxi levels (Kruskal-Wallis, p <0.01). The HIV-TARV group showed increased LDL-oxi concentrations and decreased at levels of MPO, LDL-HNE e LDL-CML when compared to Control (Kruskal-Wallis, p<0,01). In conclusion, the HIV infection changed the biomarker of inflammation MPO and the profile of biomarkers related to modifications of LDL (lower concentrations of LDL-HNE and LDL-CML), as well as increased the humoral-immune response to electronegative LDL [anti-LDL(-)-IgG], while treatment with antiretroviral therapy inhibited this response. The other studied biomarkers were not modified either by viral infection or antiretroviral treatment.
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