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A cruzada modernizante e os infiéis no Recife, 1922-1926: Higienismo, vadiagem e repressão policialLopes, Gustavo Acioli January 2003 (has links)
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Previous issue date: 2003 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Entre 1922 e 1926, o Governo do Estado de Pernambuco implementou duas
políticas paralelas, ambas caracterizadas por um viés antipopular e pautadas por
diretrizes que visavam a enquadrar em moldes tidos por modernos o comportamento das
classes populares. De um lado, a política de saúde, higiene e assistência promovida por
Amaury de Medeiros; de outro, uma campanha de perseguição aos vadios, incluindo
jogadores e mendigos e ébrios da cidade do Recife, pelas instituições policiais. A
imprensa local reverberava e incentivava as duas linhas de ação, identificando com um
vocabulário peculiar os alvos da modernização e do enquadramento. Estas políticas
públicas não constituíram apanágio do estado de Pernambuco, uma vez que guardam
estreitas semelhanças com outras iniciativas observadas em algumas cidades brasileiras
nas décadas republicanas anteriores. Do mesmo modo, os aspectos políticos,
econômicos e culturais, em suma, sociais que associamos a tais políticas não se reduzem
ao âmbito local, mas, apesar das condicionantes específicas que apontamos, como a
situação política, vinculam-se a elementos estruturais e conjunturais da Primeira
República, tais como o neopatrimonialismo e as criminalização e politização das
contravenções relacionadas à atuação de organizações de classe, especificamente as
organizações operárias. E, ainda, as políticas implementadas por Amaury de Medeiros
harmonizavam-se com esta visão geral das "classes perigosas", amplificada na tensão
político-social dos anos 1920, e com os ideais de salvação pela higiene, campanha
originada no Centro-Sul em 1916
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Discursos e praticas de controleKarvat, Erivan Cassiano 21 October 2010 (has links)
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De luzes e becos: cartografias, itiner?rios e imagens do ?Complexo Rua do Meio? (1940-1960).Lima, Carlos Alberto Alves 06 June 2014 (has links)
Submitted by Luis Ricardo Andrade da Silva (lrasilva@uefs.br) on 2015-09-16T23:24:11Z
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Previous issue date: 2014-06-06 / Coordena??o de Aperfei?oamento de Pessoal de N?vel Superior - CAPES / We? re trying to anilyze the Feira de Santana?s history, from the perspective of the progress in urbanization and modernization since the republic of Brazil, mainly between 1940 and 1960. When by this time happened a big production of territories, and changed the urban area. We are focusing the street called ? complexo Rua do Rua?, formed by the current streets ?Marechal Deodoro da Fonseca, Sales Barbosa and its alleys. Where used to be a place of illicit activities as illegal games and prostitution, when was morally condemned by the local elite. So this area was considered prohibited and dangerous in the city, and these people were seen as a big problem for its progress. By this way our problematic is how to interact people and their territory, forming a kind of social metonymic. This imbrication is so intense, that the local people and the area are confused in a mutual process of construction. So the focus of the discussion is about how the local, that was marked by illegal situation, passed by an urban modernization. Even more, how the local people received the coercive method imposed by the administration of the city. However how this area is known as a forbidden and dangerous cursed zone. / Analisamos a Hist?ria de Feira de Santana, sob a perspectiva do processo de moderniza??o e urbaniza??o vivenciado a partir da implanta??o da Rep?blica no Brasil, com destaque para a fase ocorrida entre as d?cadas de 1940 e 1960. Tornou-se comum nesse processo, a produ??o de territ?rios, multifacetando a urbe. Direcionamos nossos olhares para o ?Complexo Rua do Meio?, formado pelas atuais Ruas Marechal Deodoro da Fonseca e Sales Barbosa e seus respectivos Becos e Ruelas, territ?rio que concentrava em seu cotidiano pr?ticas sociais il?citas e moralmente conden?veis pelo discurso da elite dominante, com destaque para a vadiagem, jogatina e prostitui??o. Assim, esses espa?os eram considerados proibidos e perigosos na Feira moderna, e os seus respectivos sujeitos vistos como entraves para o progresso. Dessa forma, nossa problem?tica, centralizou-se na intera??o sujeito/territ?rio, conformando uma esp?cie de meton?mia social. Esse imbricamento ocorreu de uma maneira t?o marcante e intensa que indiv?duo e espa?o se confundiam, num processo de constru??o m?tua. Problematizamos tamb?m como um local tradicionalmente marcado pelas pr?ticas il?citas ressentiu a moderniza??o na urbe. Mais ainda, como os sujeitos recepcionaram as medidas coercitivas impostas pela administra??o municipal. Enfim, como esse espa?o ficou conhecido como uma zona maldita, proibida e perigosa.
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Vadios & vadiagem na São Paulo restaurada: a utilização dos vadios na administração do governador e capitão-general Morgado de Mateus (1765-1775) / Vagrant & Vagrancy in São Paulo restored: the use of vagrants in the administration of Governor and Captain-General Morgado de Mateus (1765-1775)Brambilla, Gustavo 06 December 2017 (has links)
Este trabalho trata das formas de controle e uso dos vadios e da percepção da vadiagem como um mal social na capitania de São Paulo no século XVIII. O trabalho é realizado através da análise dos Documentos interessantes para a história e costumes de São Paulo, das Atas da Câmara da Cidade de São Paulo e da Lei de Polícia, que abordam a administração do governador e capitão-general Dom Luís Antônio de Sousa Botelho Mourão, conhecido como Morgado de Mateus, durante o período de 1765 a 1775. Esta dissertação de mestrado analisa as medidas executadas pelo governador, instruído pelos preceitos do Conde de Oeiras, futuro Marquês de Pombal, que visavam fomentar a economia através da lavoura mercantil e organizar a defesa militar utilizando a mão de obra dos vadios. Todas essas medidas foram inseridas na restaurada capitania de São Paulo a partir ano de 1765, depois de submetida ao governador de Santos, sem patente de capitão-general, e sob o mando militar do Rio de Janeiro. A pesquisa tem como proposta seguir novos trabalhos da historiografia brasileira a respeito de São Paulo no século XVIII, afastando a imagem corrente de que a capitania de São Paulo teria sido uma capitania extremamente atrasada, pobre, vazia, sem fé, lei ou Rei, inserindo a perspectiva de Ilana Blaj, que demonstra como foi realizado o processo de mercantilizarão da capitania no século XVII, assim como as de Caio Prado Jr. (Formação do Brasil contemporâneo), Sérgio Buarque de Holanda (Caminhos e fronteiras e Monções) e historiadores como Maria Luiza Marcílio e Heloísa Liberalli Bellotto, que inserem na discussão os diferentes modos pelos quais o governo atuou no processo de civilização dos moradores da capitania. Outro elemento da pesquisa é a investigação sobre os homens livres pobres no Setecentos, os quais buscavam espaço para sobreviver em seus respectivos cotidianos. O vadio é um sujeito que não possui ofício. Está inserido em uma sociedade que compreende o trabalho como coisa de escravo, desencorajando o homem branco pobre a trabalhar, por temer ser comparado a um escravo. / This work deals with the forms of control and use of the \"vagrants\" and the perception of \"vagrancy\" as a social evil in the 18th century São Paulo captaincy. The research was carried out by analyzing the \"Documentos Interessantes para a História e Costumes de São Paulo\", the \"Atas da Camara da cidade de São Paulo\" and the Lei de Policia\", which deal with the administration of the Governor and Captain- General Dom Luis Antonio de Sousa Botelho Mourão, known as Morgado de Mateus, during the period from 1765 to 1775. This master\'s dissertation analyzes the measures implemented by the governor, instructed by the precepts of the Conde de Oeiras, future Marquis of Pombal, that aimed to foment the economy through the mercantile crop and to organize the military defense using the labor of the stray. All these measures were inserted in the restored captaincy of São Paulo from 1765, after being submitted to the governor of Santos, without the rank of captain-general, and under the military command of Rio de Janeiro. The research intends to follow new works of Brazilian historiography about São Paulo in the eighteenth century, removing the current image that the São Paulo captaincy would have been an extremely backward, poor, empty, without faith, law or King capitania, inserting the perspective of Ilana Blaj, who demonstrates how the process of merchandising of the captaincy in the seventeenth century, as well as those of Caio Prado Jr., Sérgio Buarque de Holanda and historians like Maria Luiiza Marcilio and Heloísa Liberalli Bellotto, who insert in the discussion the different ways in which the government acted in the process of civilization of the inhabitants of the captaincy. Another element of the research is the research on the poor free men in the Seventy, who sought space to survive in their respective daily lives. The \"vagrant\" is a guy who has no trade. It is embedded in a society that understands work as a slave thing, discouraging the poor white man from working, for fear of being compared to a slave.
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Um olhar acerca da vadiagem em canções de Chico Buarque de HolandaLIMA, Roseany do Socorro Santos Caxias 24 April 2013 (has links)
Submitted by Cleide Dantas (cleidedantas@ufpa.br) on 2014-02-05T15:50:32Z
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- Alterar o nome da orientadora:
PANTOJA, Tânia Sarmento
Para
PANTOJA, Tânia Maria Pereira Sarmento
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Previous issue date: 2013 / Este estudo apresenta os resultados de uma pesquisa que teve como corpus letras de músicas produzidas no período de 1966 a 1985, de Chico Buarque de Holanda,
cuja temática é a vadiagem. Sob o título “Um Olhar acerca da Vadiagem em
Canções de Chico Buarque de Holanda”, busca-se desvelar os conceitos presentes
nos estudos de Michel Maffesoli referentes à Vadiagem, à Vagabundagem e ao
Nomadismo em letras de músicas desse importante artista brasileiro, como: “Vai
trabalhar Vagabundo”, de 1976; “Homenagem ao Malandro” e “Hino de Duran”, ambas de 1978; “A volta do Malandro”, de 1985; dentre outras. Além da análise de Michel Maffesoli (2001; 2004), outros teóricos nortearam o viés reflexivo desse estudo, como Roberto da Matta (1997), Sérgio Buarque de Holanda (1973), Antonio Candido (1993), Roberto Schwarz (1979) e Michel Foucault (1992). / This study presents the findings of a survey that focused on music lyrics produced
during the period 1966 to 1985 by Chico Buarque de Holanda, whose theme is
vagrancy. Entitled "A Glimpse about Truancy in Songs by Chico Buarque de
Holanda," seeks to unravel the concepts presented in the studies by Michel Maffesoli
regarding Truancy, vagrancy and Nomadism in the lyrics of this important Brazilian
artists, such as: "Go work Vagabond," 1976; "Homage to Trickster" and " Duran’s
Hymn ", both of 1978, "the return of the Trickster," 1985; among others. Besides the
analysis of Michel Maffesoli (2001, 2004), the theorists that guided this study include
the works of Roberto da Matta (1997), Sérgio Buarque de Holanda (1973), Antonio
Candido (1993), Roberto Schwarz (1979) and Michel Foucault (1992).
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Vadios & vadiagem na São Paulo restaurada: a utilização dos vadios na administração do governador e capitão-general Morgado de Mateus (1765-1775) / Vagrant & Vagrancy in São Paulo restored: the use of vagrants in the administration of Governor and Captain-General Morgado de Mateus (1765-1775)Gustavo Brambilla 06 December 2017 (has links)
Este trabalho trata das formas de controle e uso dos vadios e da percepção da vadiagem como um mal social na capitania de São Paulo no século XVIII. O trabalho é realizado através da análise dos Documentos interessantes para a história e costumes de São Paulo, das Atas da Câmara da Cidade de São Paulo e da Lei de Polícia, que abordam a administração do governador e capitão-general Dom Luís Antônio de Sousa Botelho Mourão, conhecido como Morgado de Mateus, durante o período de 1765 a 1775. Esta dissertação de mestrado analisa as medidas executadas pelo governador, instruído pelos preceitos do Conde de Oeiras, futuro Marquês de Pombal, que visavam fomentar a economia através da lavoura mercantil e organizar a defesa militar utilizando a mão de obra dos vadios. Todas essas medidas foram inseridas na restaurada capitania de São Paulo a partir ano de 1765, depois de submetida ao governador de Santos, sem patente de capitão-general, e sob o mando militar do Rio de Janeiro. A pesquisa tem como proposta seguir novos trabalhos da historiografia brasileira a respeito de São Paulo no século XVIII, afastando a imagem corrente de que a capitania de São Paulo teria sido uma capitania extremamente atrasada, pobre, vazia, sem fé, lei ou Rei, inserindo a perspectiva de Ilana Blaj, que demonstra como foi realizado o processo de mercantilizarão da capitania no século XVII, assim como as de Caio Prado Jr. (Formação do Brasil contemporâneo), Sérgio Buarque de Holanda (Caminhos e fronteiras e Monções) e historiadores como Maria Luiza Marcílio e Heloísa Liberalli Bellotto, que inserem na discussão os diferentes modos pelos quais o governo atuou no processo de civilização dos moradores da capitania. Outro elemento da pesquisa é a investigação sobre os homens livres pobres no Setecentos, os quais buscavam espaço para sobreviver em seus respectivos cotidianos. O vadio é um sujeito que não possui ofício. Está inserido em uma sociedade que compreende o trabalho como coisa de escravo, desencorajando o homem branco pobre a trabalhar, por temer ser comparado a um escravo. / This work deals with the forms of control and use of the \"vagrants\" and the perception of \"vagrancy\" as a social evil in the 18th century São Paulo captaincy. The research was carried out by analyzing the \"Documentos Interessantes para a História e Costumes de São Paulo\", the \"Atas da Camara da cidade de São Paulo\" and the Lei de Policia\", which deal with the administration of the Governor and Captain- General Dom Luis Antonio de Sousa Botelho Mourão, known as Morgado de Mateus, during the period from 1765 to 1775. This master\'s dissertation analyzes the measures implemented by the governor, instructed by the precepts of the Conde de Oeiras, future Marquis of Pombal, that aimed to foment the economy through the mercantile crop and to organize the military defense using the labor of the stray. All these measures were inserted in the restored captaincy of São Paulo from 1765, after being submitted to the governor of Santos, without the rank of captain-general, and under the military command of Rio de Janeiro. The research intends to follow new works of Brazilian historiography about São Paulo in the eighteenth century, removing the current image that the São Paulo captaincy would have been an extremely backward, poor, empty, without faith, law or King capitania, inserting the perspective of Ilana Blaj, who demonstrates how the process of merchandising of the captaincy in the seventeenth century, as well as those of Caio Prado Jr., Sérgio Buarque de Holanda and historians like Maria Luiiza Marcilio and Heloísa Liberalli Bellotto, who insert in the discussion the different ways in which the government acted in the process of civilization of the inhabitants of the captaincy. Another element of the research is the research on the poor free men in the Seventy, who sought space to survive in their respective daily lives. The \"vagrant\" is a guy who has no trade. It is embedded in a society that understands work as a slave thing, discouraging the poor white man from working, for fear of being compared to a slave.
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Ideias penais e instituições prisionais no contexto republicano: uma análise da Colônia Correcional Agrícola do Bom Destino nas políticas de combate à vadiagem em Minas Gerais (Sabará, 1895-1901)Milagre Júnior, Sérgio Luiz 26 April 2016 (has links)
Submitted by Renata Lopes (renatasil82@gmail.com) on 2016-07-26T20:30:28Z
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Previous issue date: 2016-04-26 / CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / A Colônia Correcional Dois Rios, a primeira do Brasil, foi fundada no ano de 1894, com o objetivo de corrigir, utilizando o trabalho, os vadios e vagabundos que fossem encontrados no Rio de Janeiro. A criação dessa colônia tinha duas funções principais: o combate à ociosidade dos mais pobres e a reforma das prisões. Em Minas Gerais, seguindo a mesma tendência, criou-se a Colônia Correcional Agrícola do Bom Destino (1895). Obviamente, essa instituição teve influências do projeto que lhe deu origem; todavia, ela possuiu traços bem específicos quanto a sua formulação e sua construção, e analisar esses traços constitui justamente o objetivo da presente dissertação. A mudança da Capital e a construção de uma nova cidade que pudesse integrar o fragmentado território de Minas Gerais, assim como os projetos de imigração e a credibilidade dada ao imigrante no combate ao atraso material e moral proporcionado pelo trabalhador nacional, em um contexto de certa autonomia dos estados perante o federalismo republicano, fizeram com que a reforma penal mineira tomasse contornos que a distinguia na repressão/correção feita aos vadios. Dessa maneira, a presente dissertação busca analisar as ideias penais em torno das instituições prisionais durante o período republicano e, para isso, utilizará as mensagens dos governantes de Minas Gerais e Anais da Assembleia para entendermos o posicionamento da elite mineira no combate à vadiagem. No que se refere à Colônia, utilizaremos os registros de matrícula, gastos e funcionários, assim como os relatórios apresentados por seu diretor. As legislações vigentes, entre elas o Código Penal (1890) e Constituição (1891), também auxiliarão nessa investida. / The “Colônia Correcional Dois Rios”, the first in Brazil, was founded in 1894, with the aim of correcting, using the work, vagrants and vagabonds who were found in Rio de Janeiro. The creation of this colony had two main functions: the fight against idleness of the poorest and prison reform. In Minas Gerais, following the same trend, he created the “Colônia Correcional Agrícola do Bom Destino” (1895). Obviously, this institution had influences of the project that gave rise to it; however, it had very specific traits as its design and construction, and analyze these traits is precisely the objective of this dissertation. The change in the capital and the construction of a new city that could integrate the fragmented state of Minas Gerais, as well as immigration projects and the credibility given to the immigrant in combating delay moral and material provided by the national worker, in a certain context autonomy of states to the republican federalism, made mining penal reform took contours that distinguished the repression / correction made to stray. Thus, this thesis seeks to analyze criminal ideas around the prisons during the Republican period and, therefore, use the messages of the Minas Gerais government and the Assembly Proceedings to understand the positioning of the mining elite in combating truancy. In addition, we will review the police chief reports and how they were proposed to build correctional facilities. As regards to Colônia Bom Destino, we will use the registration records, expenses and staff, as well as reports submitted by its director. The existing laws, including the Penal Code (1890) and the Constitution (1891), will also help in this investee.
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\"Tem gente que não quer saber de trabalhar\": apontamentos sobre o discurso da vadiagem na Praça da Sé (SP) / Not informed by the authorDiniz, Beatriz Ferraz 23 April 2014 (has links)
A presença de uma explicação psicologizante (e culpabilizante) em relação a setores da pobreza que não encontram lugar na sociedade contemporânea moveu a proposta desta pesquisa. Tal pobreza, não integrada, é vista como composta de indivíduos que, apesar de estarem aptos ao trabalho, não trabalham, evocando representações ligadas ao universo da vadiagem. Com o aporte de estudiosos das ciências humanas e de fontes documentais, verificou-se que, a despeito de particularidades de acordo com a época histórica, os sentidos da vadiagem no Brasil sempre estiveram associados à permanência de certa parcela da população nos espaços públicos, como ruas e praças. Destaca-se, ainda, a pertinência da temática para o contexto brasileiro fundado sob um modelo de cidadania corporativista, em que aqueles que escapam da figura normativa do trabalhador (TELLES, 2001) são vistos como naturalmente incapazes. Tendo em vista estas questões, o presente estudo tem por objetivo investigar se o discurso da vadiagem está presente entre os frequentadores da Praça da Sé (SP), em relação àqueles que se deixam ficar nas imediações do logradouro em período comercial dos dias úteis. A pesquisa foi realizada utilizando como referencial metodológico a etnografia e a análise documental de jornais, e, como ferramentas, a observação participante aliada a conversas informais. As conversas e a convivência no espaço pesquisado mostraram a presença de uma estigmatização de certa plêiade de pedestres que têm em comum o fato de sentar-se ou deitar-se nas muretas ou no chão da praça. Visto como uma gente acomodada que não quer saber de trabalhar, composta, em sua maioria, por homens negros e pobres, a presença destes no logradouro é vista como fator de degradação, de vergonha e também de perigo. Importante apontar que essas pessoas estavam exercendo atividades visando à sobrevivência, de fato, ninguém ali estava à toa. Neste sentido, observa-se a associação da viração das classes pobres identificada às representações de vadiagem em oposição à norma salarial identificada à figura do trabalhador. No levantamento documental, foi visto que os sentidos em torno da vadiagem foram sendo associados não apenas àqueles que permaneciam nos espaços públicos, mas também àqueles que exerciam trabalhos informais nestes espaços. Não obstante, verifica-se que fatores como precariedade das ocupações, repressão policial, instabilidade nas trajetórias de trabalho, porosidade nas fronteiras do formal, informal e lícito, acabam por, muitas vezes, tornar indeterminadas as delimitações entre trabalhadores e vadios. Indeterminação expressa também nas próprias falas dos entrevistados, carregadas de contradições e ambiguidades quanto à adesão ao código do trabalho enquanto processo identificatório. Conclui-se a presença muito forte no imaginário social das estratégias de culpabilização (GUARESCHI, 2007), que atribui o sucesso ou o fracasso, exclusivamente, ao indivíduo. E coloca em segundo plano as circunstâncias históricas e sociais, o que acaba por legitimar a exclusão social. Conclui-se, também, a associação do espaço da rua (DAMATTA, 1997) como lugar onde vivem os malandros, os pilantras, lugar, por princípio, de desordem moral e violência: preconceito, historicamente, arraigado como visto nas notícias de jornais. Neste cenário, é crucial a exposição pública de certa conduta de ser trabalhador, em que determinados rituais e regras acabam por diferenciar o trabalhador formal, do informal e, ambos, dos acomodados, maloqueiros, pilantras, nóias etc / The existence of a psychologizing (and blame-inducing) explanation for sectors of poverty which have no place in contemporary society has motivated this research. Such unintegrated poverty is seen as comprised of individuals who, despite being able to work, do not work, thus evoking representations linked to the world of vagrancy. With the aid of scholars from the human sciences and documentary sources, it was found that, in spite of characteristics which vary according to specific historical periods, the meanings of vagrancy in Brazil have always been associated with the permanence of a certain part of the population in public spaces, such as streets and squares. It should also be emphasized that the subject at hand is pertinent for the Brazilian context, which is based on a model of corporate citizenship, in which those who do not conform to the normative representation of the worker (TELLES, 2001) are seen as naturally incapable. In view of these issues, this study aims to ascertain if the discourse on vagrancy is present among the passersby in Praça da Sé (in the city of São Paulo) in relation to those who hang out around the square during the business hours of working days. The methodological framework for the research was ethnography and the documentary analysis of newspapers, with the use of participant observation as well as informal conversations as research devices. The conversations and the coexistence in the space under research have shown the stigmatization of a certain plethora of pedestrians who share the habit of sitting or lying down on low walls or on the square floor. Seen as sluggish people who just dont want to work, the presence of this mostly poor, black and male population in the square is seen as a degrading, shameful and also dangerous factor. It is important to note that such people were engaged in subsistence activities; in fact, no one was there at leisure. In this sense, one notes the association between the toughing it out of the poor classes with representations of vagrancy, as opposed to the salary norm which is associated with the representation of the worker. The documentary survey found that the meanings revolving around vagrancy have been associated not only with those who stayed in public spaces, but also with those who performed informal work in such places. Nonetheless, factors such as job precariousness, police repression, instability in work trajectories and a thin line between formal, informal and lawful activities often blur the distinction between workers and vagrants. Such blurring is also manifest in the discourse of the interviewed subjects themselves, which are full of contradictions and ambiguities with regards to the adherence to the code of work as an identity process. It was thus concluded that blameinducing strategies (GUARESCHI, 2007), which ascribe success or failure exclusively to individuals, have a very strong role in the social imaginary, relegating historical and social circumstances to the background and ultimately legitimizing social exclusion. It was also concluded that the association of the street space (DAMATTA, 1997) with a place inhabited by rogues and crooks and of inherent moral disorder and violence is a historically rooted prejudice, as seen in newspaper articles. In this scenario, public display of a certain worker conduct is key, whereby certain rituals and rules eventually help differentiate formal workers from informal ones and both these categories from those who are sluggish, con artists, rogues, crackheads etc
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Olhares sobre a cidade: termos do bem viver, vadiagem e polícia nas ruas de São Paulo (1870-1890)Diniz, Mônica 19 October 2012 (has links)
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Previous issue date: 2012-10-19 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / This research reflect how the procedural documents called the propriety of conduct law
that compose the Autos Crimes were used by police in São Paulo and permeated the daily life of
the city during the end of Empire. It was through this legal structure that São Paulo police
expanded their forms of control before the so-called crimes of conduct , especially idleness and
vagrancy and persecuted subjects that is best suited the new society rules and moral. The
Costumes of Police / Police of morals worked the street of the capital backed up by decrees and
law is a time of social changes political, economic and urban.
We seek to discuss as occurred the relationship between the subjects considered criminals
and the police, the debate, about the people who acted and the police that reacted, the
assessments and the resistances. We reflect on these questions by means of selected
documentation between processes of breach of the propriety of conduct law, Code of Postures of
the city, Reports of Chiefs of Police, police records and memorialists / Esta pesquisa reflete sobre como os documentos processuais chamados Termos de Bem
Viver que compõem os Autos Crimes foram utilizados pela polícia de São Paulo e permearam o
cotidiano da cidade durante o fim do Império. Foi através dessa estrutura jurídica que a polícia
paulista ampliou suas formas de controle diante dos chamados crimes de conduta , sobretudo,
da vadiagem e ociosidade e perseguiu sujeitos que não se adequavam às novas regras sociais e
morais. A Polícia dos Costumes atuou nas ruas da capital respaldada por Decretos e Leis em uma
época de transformações sociais, políticas, econômicas e urbanas.
Procuramos aqui discutir como ocorria a relação entre os sujeitos considerados infratores
e a polícia, o debate acerca da modernidade e do trabalho em contraposição ao estigma da
vadiagem, sobre o povo que agia e a polícia que reagia, as autuações e as resistências. Buscamos
refletir sobre tais questões por meio da documentação selecionada entre processos de infração
dos Termos de Bem Viver, Código de Posturas da Cidade, Relatórios de Chefes de Polícia,
Registros policiais e Memorialistas
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Os pobres e os termos de bem viver: novas formas de controle social no império do BrasilMartins, Eduardo [UNESP] 18 August 2003 (has links) (PDF)
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martins_e_me_assis.pdf: 2413031 bytes, checksum: effe07d71e3fa1dd7f93b20222978acf (MD5) / Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) / Este trabalho analisou o pensamento jurídico penal no Brasil e sua historicidade durante o século XIX, atentando para a produção do discurso em documentos processuais denominados termos de bem viver, uma das fontes documentais da pesquisa. Foi possível, por meio da análise dessa documentação, acompanhar o percurso da produção do vadio enquanto indivíduo passível de conhecimento do saber/poder. Refletiu-se ainda sobre a produção do Código Criminal de 1830, base para o nascimento legal do poder disciplinar no Brasil. Com essa nova estrutura jurídica, a polícia ganhou embasamento legal para agir no cotidiano dos indivíduos pobres livres, seu alvo preferencial. Esse novo tipo de controle e punição de comportamentos indesejáveis irá perpassar e irradiar-se por todo o corpo social em forma de rede, levando finalmente as informações até o Imperador. Portanto, este estudo analisou as formas de poder que nortearam o período imperial brasileiro de 1824 a 1889 e se constituíram em instrumentos utilizados pela elite agrária para inserir os pobres livres no modelo de nação pretensamente liberal e moderna. / This dissertation broached the penal juridical thought in Brazil and its historical process during the 19th century focusing on the writing of discourse in processual documents, the so-called termos de bem viver (the propriety of conduct law), one of the documentary sources of the research at issue. By means of an analysis of such papers, one could trace the course of the expression idler as someone subject to the knowledge of the keepers of the law. One also pondered upon the working up of the disciplinary power in Brazil. Due to the new juridical framework the police attained legal power to act on the everyday life of the free poor, their preferred target. The new kind of control and punishment of undesired behavior will affect and spread about the whole social body like a network which eventually puts the information up to the emperor. Therefore, this dissertation analyzed the new ways of power which guided the Brazilian imperial period from 1824 to 1889 and which became a device used by the imperial agrarian elite meant to insert the free poor into an alleged liberal and modern nation model.
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