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Percepções de médicos e enfermeiros acerca da violência contra a mulher: uma análise comparativa / Doctors and nurses\' perceptions of violence against women: a comparative analysis

Hasse, Mariana 30 August 2011 (has links)
Este trabalho foi desenvolvido como subprojeto integrante da pesquisa A Interface Entre a Ocorrência e o Atendimento de Violência de Gênero Entre Mulheres Usuárias dos Serviços de Saúde da Rede Pública de Ribeirão Preto. A violência contra a mulher é uma das expressões mais perversas da subordinação feminina e gera graves conseqüências para as pessoas que vivenciam o seu ciclo. Mulheres nessa situação buscam frequentemente os serviços de saúde, que possuem um alto poder de detecção da violência. Porém, há uma série de dificuldades por parte dos profissionais, médicos e enfermeiros, em identificar e prestar assistência adequada a essas mulheres. O objetivo deste estudo foi analisar comparativamente as percepções de médicos e enfermeiros que atuam na rede de saúde de Ribeirão Preto acerca da violência contra a mulher buscando formas de aprimorar a assistência prestada. Para isso, realizamos uma pesquisa qualitativa, utilizando um banco de dados de 14 entrevistas com médicos e 10 com enfermeiros, realizadas por meio de um roteiro semi-estruturado. Por meio de análise de conteúdo temático foram identificadas as seguintes categorias: 1) Percepções sobre gênero; 2) Percepções sobre a violência contra a mulher; 3) Sobre atuação profissional; e 4) Sobre a rede de proteção. Tais categorias foram divididas em diversas subcategorias que foram analisadas a partir do referencial de gênero. Os resultados mostraram que há muitas semelhanças nas percepções relativas às questões de gênero, que são ainda bastante tradicionais. Os profissionais entendem que a violência contra a mulher ocorre devido às desigualdades perpetuadas pelo sistema social e que acabam por justificar a violência. Eles reconhecem os tipos de violência existentes e estão aptos a identificar e acolher as mulheres nos serviços de saúde, reconhecendo tais ações como suas responsabilidades. Porém, muitas vezes não o fazem por barreiras como a própria estrutura dos serviços, a falta de capacitação e aspectos emocionais, que dificultam o acolhimento e a orientação adequados. Também identificamos que a rede de apoio existente ainda é desconhecida por muitos dos profissionais e, diversas vezes, está estruturada de forma inadequada para atender às demandas existentes. Assim, é fundamental o desenvolvimento de capacitações para os profissionais da área de saúde com o objetivo de prepara-los para uma melhor assistência às mulheres em situação de violência e para o conhecimento da rede de proteção existente. Além disso, é urgente que a estrutura dos serviços seja repensada em diversos aspectos para que os princípios do SUS e as ações de humanização possam, de fato, ser colocadas em prática. / This study was conducted as part of the larger research project \"The interface between the occurrence and treatment of gender violence among women who are users of public health care in Ribeirão Preto. Violence against women is one of the most perverse forms of female subordination and leads to serious consequences to those affected by it. Women in such conditions frequently seek health care services, which are highly capable of detecting violence. However, there are a number of obstacles faced by professionals, doctors and nurses, in order to identify and provide proper assistance to these women. The objective of this study was to comparatively analyze how doctors and nurses who work in the public health care system in Ribeirão Preto perceive violence against women with a view to improving the quality of services. To attain this goal, this qualitative study made use of a database of 14 interviews with doctors and 10 with nurses following a semistructured script. Following thematic content analysis, the following categories have been established: 1) Perceptions about gender; 2) Perceptions about violence against women; 3) About the jobs; and 4) About the protection network. These categories were further divided into subcategories that were analyzed by taking gender as a reference. The findings show that there are many similarities across perceptions concerning gender issues, which are still quite traditional. Professionals believe that violence against women occurs as a result of inequalities that have been perpetuated by the social system and that ultimately justify such violence. They recognize the existing types of violence and are ready and able to identify women and offer them assistance within the health care system, which they regard to be part of their responsibilities. However, they frequently cannot do that due to barriers such as how the services are structured, lack of training, and emotional aspects, which make both reception and counseling difficult. It has also been found that the existing support network is still unknown to many professionals and, very often, that it is inadequately organized to meet current demands. Thus, it is essential to develop the skills of health care professionals in order to prepare them both to provide better assistance to women who have been affected violence and to know about the existing protection network. In addition, there is the urgent need to rethink the organization of services at various levels so that the principles of SUS - the universal health care system - and humanization actions can actually be put into practice.
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O \"stuprum per vim\" no direito romano / Lo stuprum per vim nel dirritto romano

Canela, Kelly Cristina 27 May 2009 (has links)
O presente trabalho analisa o stuprum per vim, ou seja, o stuprum perpetrado mediante violência, no direito romano. Trata-se de um crime de violência sexual, praticado contra homens e mulheres na Roma Antiga. Embora este crime não tivesse uma autonomia conceitual e existam poucas fontes jurídicas romanas sobre o tema, o estudo deste argumento pode certamente contribuir para uma reflexão sobre o direito moderno, diante da recente Lei n. 11.106, de 2005, e especialmente no tocante às necessárias reformas da legislação penal brasileira referente ao estupro e ao atentado violento ao pudor. Ademais são examinados alguns temas como a sexualidade feminina e a relação entre a moralidade e a lei no direito penal romano. Busca-se, diante do limitado número de fontes jurídicas e, também com o apoio de fontes literárias, reconstruir um crime que suscita interessantes reflexões para os estudiosos do direito antigo e do direito moderno. Para tanto, foi realizada uma séria revisão crítica dos romanistas que trataram deste argumento e são traçados alguns aspectos que podem servir de subsídio histórico para uma reflexão sobre as escolhas normativas da nossa legislação e para uma eventual necessidade de mudança da mesma, sempre com o objetivo de garantir a todos os cidadãos, a dignidade humana, segundo os preceitos da Constituição Federal. / Il presente lavoro analizza lo stuprum per vim, ossia lo stuprum perpetrato mediante violenza, nel diritto romano. Si tratta di un crimine di violenza sessuale, praticato contro uomini e donne della Roma antica. Nonostante questo crimine non avesse unautonomia concettuale ed esistono poche fonti giuridiche romane riguardo il tema, lo studio di questo argomento può certamente contribuire per una riflessione sul diritto moderno di fronte allá recente legge n° 11.106, del 2005, e specialmente rispetto alla necessità di riforme della legislazione penale brasiliana riferente allo stupro e allattentato violento al pudore. Oltre a ciò sono esaminati alcuni temi come la sessualità femminile e la relazione fra la morale e la legge nel diritto penale romano. Si cerca, di fronte al limitato numero di fonti giuridiche e , anche con lappoggio di fonti letterarie, ricostruire un crimine che suscita interessanti riflessioni per gli studiosi di diritto antico e di diritto moderno. Per tanto, è stata realizzata una seria revisione critica dei romanisti che trattarono questo argomento e sono tracciati alcuni aspetti che possono servire di sussidio storico per un riflessione sulle scelte normative della nostra legislazione e per una eventuale necessità di cambiamento della stessa, sempre con lobiettivo di garantire a tutti i cittadini la dignità umana, secondo i precetti della Constituzione Federale.
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Violência institucional em maternidades públicas: hostilidade ao invés de acolhimento como uma questão de gênero / Institutional Violence in State-run Maternity Facilities: hostility instead of care as a gender question

Aguiar, Janaina Marques de 14 May 2010 (has links)
A violência institucional em maternidades é tema de estudo em diversos países. Pesquisas demonstram que além das dificuldades econômicas e estruturais, freqüentes nos serviços públicos, encontram-se, subjacentes aos maus tratos vividos pelas pacientes, aspectos sócio-culturais relacionados a uma prática discriminatória quanto a gênero, classe social e etnia. A hipótese deste trabalho é a de que a violência institucional em maternidades é, fundamentalmente, uma violência de gênero que, pautada por significados culturais estereotipados de desvalorização e submissão da mulher, a discrimina por sua condição de gênero e a toma como objeto das ações de outrem. Essa violência se expressa, de forma particular, no contexto da crise de confiança que a medicina tecnológica contemporânea engendra, com a fragilização dos vínculos e interações entre profissionais e paciente. O objetivo do estudo foi investigar como e porque a violência institucional acontece nas maternidades públicas no contexto brasileiro. Para tanto, foi realizada uma pesquisa de corte qualitativo com 21 entrevistas semi-estruturadas com puérperas atendidas em maternidades públicas do município de São Paulo e 18 entrevistas com profissionais de saúde que atuam em diferentes maternidades, do mesmo município e adjacentes. A análise do material buscou relatos de violência institucional nos depoimentos e os valores e opiniões associados. Os dados revelaram que tanto as puérperas quanto os profissionais entrevistados reconhecem práticas discriminatórias e tratamento grosseiro no âmbito da assistência em maternidades públicas com tal frequência que se torna muitas vezes esperado pelas pacientes que sofram algum tipo de maltrato. Dificuldades estruturais, a formação pessoal e profissional, e a própria impunidade desses atos foram apontados como causas para a violência institucional. Os relatos também demonstraram uma banalização da violência institucional através de jargões de cunho moralista e discriminatório, usados como brincadeiras pelos profissionais; no uso de ameaças como forma de persuadir a paciente e na naturalização da dor do parto como preço a ser pago para se tornar mãe. Consideramos que a banalização da violência aponta para a banalização da injustiça e do sofrimento alheio como um fenômeno social que atinge a toda sociedade; para a fragilização dos vínculos de interação pessoal entre profissionais e pacientes e para a cristalização de estereótipos de classe e gênero que se refletem na assistência a essas pacientes, além de contribuir para a invisibilidade da violência como tema de reflexão e controle institucional / Institutional violence in maternity facilities is the subject of study in several countries. Researches show that besides economic and structural difficulties, which are frequent in state-run facilities, there are, underlying the abuse experienced by patients, socio-cultural aspects related to a discriminatory practice towards gender, social class and ethnicity. The hypothesis of this work is that institutional violence in maternity facilities is essentially a gender-based violence which, guided by stereotypical cultural meanings of devaluation and subjugation of woman, discriminates her by her gender condition and takes her as object of others actions. This violence is expressed particularly in the context of the confidence crisis that contemporaneous medical technology engenders, with the weakening of bonds and interactions between professionals and patient. The objective of this study was to investigate how and why the institutional violence occurs in state-run maternity facilities in the Brazilian context. The work was carried out through qualitative research with 21 semi-structured interviews with birthing women treated at state-run maternity facilities in city of São Paulo and 18 interviews with health professionals working in different facilities in São Paulo and adjacent cities. The analysis of the material sought reports of institutional violence in the statements of the people interviewed and the values and opinions associated to them. The data showed that both birthing women and professionals interviewed acknowledge discriminatory practices and rude treatment in the state-run maternity facilities to such a degree that it is often expected by patients to suffer some kind of mistreatment. Structural difficulties, personal and professional education, and even the impunity of such acts were identified as causes of institutional violence. The reports also showed a trivialization of institutional violence through the use of moralistic and discriminatory jargon, used in jokes by professionals; through the use of threats as a way to persuade the patient and through the idea of naturalization of labor pain as the price to be paid to become a mother. We believe that the trivialization of violence points to the trivialization of injustice and suffering of others as a social phenomenon that affects the whole society, to the weakening of the ties of personal interaction between professionals and patients and for the crystallization of stereotypes of class and gender that reflect in the care for these patients, besides contributing to the invisibility of violence as a theme for reflection and institutional control
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O conhecimento dos profissionais médicos e enfermeiros das unidades básicas distritais de saúde de Ribeirão Preto - SP acerca da violência contra a mulher cometida por parceiro íntimo / The knowledge of nurses and physicians from primary health care of Ribeirão Preto- São Paulo, concerning violence against women

Baraldi, Ana Cyntia Paulin 02 October 2009 (has links)
A violência contra a mulher é um problema de grande prevalência no Brasil e no mundo, sendo responsável por alto índice de morbimortalidade feminina e gerando sérias conseqüências para a sociedade. Médicos e enfermeiros, por serem os primeiros contatos dessas mulheres nos serviços de saúde, ocupam um lugar privilegiado na detecção da violência de gênero e devem possuir conhecimentos suficientes para o atendimento adequado das vítimas. O objetivo deste trabalho foi identificar e comparar o conhecimento, a percepção e a atitude de médicos e enfermeiros que atuam na rede básica de saúde de Ribeirão Preto-SP, acerca da violência de gênero. Trata-se de um estudo quantitativo, transversal, comparativo, do tipo survey, realizado nas unidades distritais básicas de saúde (UBDS) do município. Foram incluídos todos os profissionais que atendem nas cinco UBDS de Ribeirão Preto, totalizando 170 médicos e 51 enfermeiros. O questionário utilizado abordava o conhecimento, o manejo dos casos e atitudes dos profissionais frente à violência de gênero, sendo aplicado por pesquisadoras treinadas. Os dados foram processados e analisados, utilizando o pacote estatístico STATA 9.0, sendo realizada distribuição simples de freqüência, Teste Qui Quadrado (X2) ou Teste exato de Fisher, para verificar associação entre as variáveis. Os resultados mostraram que um percentual significativamente maior de médicos foi capacitado para o atendimento da violência de gênero durante a graduação (p = 0,013), enquanto mais enfermeiros foram treinados nos serviços de saúde (p = 0,000). Os médicos mostraram-se mais à vontade do que os enfermeiros em discutir assuntos como a vida sexual da cliente (p = 0,048) e o uso de drogas ilícitas pela mesma (p = 0,01). Ambos tendem a infantilizar a vítima, referiram se sentir à vontade em inquirir a paciente sobre situações violentas, e concordaram que a violência pode ser causada por fatores externos, como abuso de álcool, drogas e desemprego, e por problemas psicológicos do agressor. Médicos (85,3%) e enfermeiros (78%) demonstraram alto conhecimento sobre a definição de violência, têm consciência de que investigá-la é seu papel profissional e sabem reconhecer seus sinais e sintomas. No entanto, demonstraram muito baixo conhecimento sobre sua epidemiologia, sendo o conhecimento dos enfermeiros nesse quesito menor do que o dos médicos (p = 0,035). Um percentual significativamente maior de enfermeiros obteve boa pontuação sobre as condutas que facilitam a revelação da violência (p = 0,041). Ambos demonstraram alto conhecimento do manejo dos casos confirmados de violência de gênero, e bom conhecimento dos casos em que há suspeita da mesma; um percentual significativamente maior de médicos apresentou baixo conhecimento nesses últimos (p = 0,038). Os enfermeiros acertaram mais questões relacionadas à tomada de condutas administrativas e de integração com outros serviços do que os médicos. Portanto, o estudo demonstrou que os profissionais possuem boa formação acadêmica, bom conhecimento sobre definição, diagnóstico e manejo da violência de gênero, desconhecendo sua epidemiologia. Foram encontradas diferenças significativas na formação, no conhecimento e percepção dos profissionais, em relação à violência de gênero, sendo recomendado individualizar as intervenções de acordo com as peculiaridades de cada categoria profissional. / Violence against women is a very prevalent problem in Brazil and in the whole world, and responds to an increase in morbidity and mortality of female population, carrying out serious problems for society. Physicians and nurses, who firstly make contact to the victim, are in a front position to detect the violence against women; therefore, they should have enough knowledge and skills to provide them an adequate assistance. This study aimed to assess and to compare knowledge, perception and attitude of physicians and nurses from primary health care of Ribeirão Preto, São Paulo, concerning with violence against women. A survey quantitative, cross-sectional, comparative study was carried out in five basic units of district health. The sample consisted of 170 physicians and 51 nurses. The instrument used for data collection was applied by previously trained interviewers. Data were processed and analysed in Statistical Package for the STATA 9.0. The analysis involved simple frequency distribution, the Chi-Square Test (X2) or Fisher´s Exact Test to check the association between variables. It was observed that the percentage of physicians who received orientation about the problem of domestic violence during graduation was significantly higher than the observed for nurses (p=0,013); however, training at workplace was markedly more frequent than the observed for physicians (p=0,000). Doctors presented less discomfort than nurses to inquire the patient about her sexual life (p=0,048), and the use of illicit drugs (p=0,01). Both tend to play the same role in spousal assault as in child abuse; they feel comfortable on asking the patient about violence situations and both believed that alcohol or drug abuse, unemployment and husband´s psychological problems are causes of wife battering., Physicians (85,3%) and nurses (78%) demonstrated high knowledge concerning the definition of violence; they perceived their role in its investigation and both know to recognize the signs and symptoms of the problem. However, they demonstrated very low knowledge about the epidemiology of violence, and nurses seemed to know less than physicians in this item (p=0,035). A significant higher percentage of nurses obtained good scores concerning the conduct that helps the disclosure of the violence (p=0,041). Both groups demonstrated high knowledge in the management of confirmed cases of violence, and demonstrated good knowledge in the cases that violence is not confirmed. A significant higher percentage of physicians demonstrated low knowledge for suspection of violence cases (p=0,038). Nurses obtained higher scores than physicians on questions about administrative conducts and those that depend on the integration with other services. Therefore, this study demonstrated that professionals have good knowledge about definition, diagnosis and management of gender violence, but they unknown its epidemiology. We found significant differences on training skills, on knowledge and perception of health professionals concerning gender violence and recommend individualized actions to improve assistance.
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Violência doméstica e aspectos cognitivos do agressor: análise quantitativa / Intimate partner violence and cognitive aspects of the perpetrator: quantitative analysis

Reis, Leonardo Naves dos 21 October 2016 (has links)
A violência contra mulher, cometida por parceiro íntimo, constitui grave problema de saúde pública, entretanto, a maioria das produções acadêmicas contam somente com a participação de vítimas mulheres, ignorando importantes informações que deveriam ser obtidas a partir de agressores. Em âmbito internacional tem-se investigado a relação entre violência por parceiro íntimo e aspectos cognitivos de agressores. Nesse sentido, o presente estudo incluiu a participação dos dois parceiros com o objetivo de investigar quais seriam as táticas de resolução de conflitos empregadas por ambos; quais as diferenças entre as táticas utilizadas por homens e mulheres; e quais as diferenças entre as táticas utilizadas por casais em que se observa violência quando comparados a casais que possuem uma relação harmoniosa. Para tanto, utilizou-se do instrumento Revised Conflict Tactics Scale (CTS2). Em relação aos aspectos cognitivos dos parceiros masculinos, investigou-se, por meio do instrumento Wechsler Adult Intelligence Scale (WAIS-III), determinados fatores como, por exemplo, as funções verbal e executiva. Foram comparados os resultados do teste cognitivo de homens que cometeram violência contra suas parceiras com os resultados daqueles que não cometeram. Foram obtidas também informações referentes às características sociodemográficas dos casais. A amostra foi composta por 31 casais cuja esposa constava em registro policial como vítima de violência cometida pelo parceiro (grupo 1); e 31 casais que, de acordo com suas próprias percepções, afirmavam manter relação conjugal harmoniosa (grupo 2). A análise dos dados se deu de duas formas: Na primeira efetuou-se comparações entre os grupos 1 e 2, referentes às variáveis coletadas. Esta análise se deu de forma meramente descritiva e permitiu observar que, mesmo entre casais que julgam viver uma relação pacífica, são detectados comportamentos violentos. Já a segunda forma de análise desconsiderou a divisão por grupos, e utilizou para efeitos de comparação, o fato de o indivíduo ter ou não adotado condutas violentas, apuradas pelo instrumento CTS2. Esta etapa da análise dos dados empregou métodos estatísticos com a finalidade de verificar associações e correlações entre violência e determinadas variáveis. Em relação às variáveis contínuas, como por exemplo os escores obtidos no teste cognitivo, buscou-se apurar diferenças entre médias daqueles que cometeram ou não atos agressivos contra suas parceiras. Além disso por meio da análise de regressão logística, objetivou-se explorar fatores de risco e proteção à violência contra mulher por parceiro íntimo. Entre os resultados, o principal achado sugere que aspectos cognitivos, especialmente aqueles ligados às habilidades verbais e de controle dos impulsos, possivelmente exerceriam alguma influência para um desfecho violento ou não entre parceiros íntimos. Por fim, ao considerar a possível influência de aspectos cognitivos do agressor para que ocorra ou não a violência contra a mulher, o estudo conclui principalmente, que a redução dos índices de agressões contra mulheres, cometidas por seus parceiros, só poderiam reduzir de forma consistente, por meio de ações de longo prazo, especialmente aquelas dirigidas à educação inicial, uma vez que, esta constitui o caminho adequado para mudanças culturais e também para o desenvolvimento de habilidades sociais e cognitivas satisfatórias do sujeito / Violence against women, committed by an intimate partner, is a serious public health problem, however, most academic productions rely solely on the participation of women victims, ignoring important information that should be obtained from aggressors. On a international scope it has been researched the relation between intimate partner violence and cognitive aspects of aggressors. In that sense, this study included the participation of both partners in order to investigate what are the tactics of conflict resolution employed by both; what are the differences between the tactics used by couples where there is violence when compared to couples who have a harmonious relationship. Therefore, we used the Revised Conflict Tactics Scale (CTS2). About the cognitive aspects of male partners, was investigated by Wechsler Adult Intelligence Scale, (WAIS-III), certain factors such as, verbal and executive functions. We compared the results of cognitive testing of men who have committed violence against their partners with the results of those who did not commit. It were also obtained information about the sociodemographic characteristics of couples. The sample consisted of 31 couples whose wife contained in police reports as a victim of violence committed by her partner (group 1); and 31 couples who, according to their own perceptions, said to maintain harmonious marital relationship (group 2). The analysis of data was done in two ways: At first it performed comparisons between groups 1 and 2, referring to the collected variables. This analysis was merely descriptive and it allowed us to observe that even among couples who judge to be in a peaceful relationship, violent behaviors are detected. The second form of analysis disregarded the division by groups, and used for comparison purposes, the fact that the individual has or has not adopted violent behaviors, determined by CTS2. This step of data analysis used statistical methods in order to verify associations and correlations between violence and certain variables. About the continuous variables, such as the scores on cognitive testing, we sought to determine differences between average scores of those who committed or not aggressive acts against their partners. Moreover by logistic regression analysis aimed to explore risk and protection factors against violence to women by intimate partner. Among the results, the main finding suggests that cognitive aspects, especially those related to verbal skills and impulse control, possibly exert some influence to violent or not outcome among intimate partner. Finally, when considering the possible influence of cognitive aspects of the perpetrator to occur or not violence against women, the study concludes primarily that reducing levels of aggression against women committed by their partners, could only reduce consistently through long-term actions, especially those aimed at early education, since this is the appropriate way to culturaly change and to develop satisfactory social and cognitive skills of the individual
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Violência institucional contra a pessoa idosa: a contradição de quem cuida / Institutional abuse of older persons: the contradiction of those who care

Berzins, Marilia Anselma Viana da Silva 10 March 2009 (has links)
Pessoas idosas são vítimas de diversas formas de violência. Esta pesquisa qualitativa, fundamentada no referencial teórico da gerontologia e na perspectiva interpretativa, estuda a velhice e a violência institucional contra pessoas idosas a partir da interpretação do conteúdo das entrevistas de 16 profissionais que trabalham no setor da emergência de um hospital público da cidade de São Paulo. Os dados foram obtidos através de entrevistas semiestruturadas, feitas a informantes selecionados de diferentes categorias profissionais. O conteúdo das entrevistas foi dividido em duas macrocategorias: velhice e violência institucional. Os profissionais entrevistados associaram velhice à fragilidade, doença, dependência e feiura. Quanto à violência institucional, o termo era inicialmente desconhecido pelos sujeitos. Ao tomarem conhecimento da definição oficial do termo, os sujeitos informaram que este tipo de violência ocorre no serviço pesquisado e que as pessoas idosas são mais vulneráveis à sua ocorrência. Os profissionais declararam que as pessoas idosas são vítimas das diversas formas de violência institucional manifestadas nas subcategorias peregrinação, falta de escuta da clientela, frieza, rispidez, falta de atenção, negligência, maus-tratos, além de outras formas de violência. O grupo de profissionais não se reconhece como agente de violência institucional, transferindo a ação violenta para a alteridade: em primeiro lugar, os próprios colegas de trabalho, e de forma genérica, para a organização do sistema de trabalho. A violência institucional é infligida a todos os usuários, independentemente da idade. Entretanto, os profissionais de saúde apontam para uma maior vulnerabilidade das pessoas idosas, apoiados no conceito e entendimento que eles têm de velhice. Assim, a pesquisa aponta para a necessidade de reconstrução cultural do conceito de velhice pelos profissionais de saúde de forma a favorecer um cuidado mais humanizado. / Elderly people are victims of several forms of violence. This qualitative research, based on the theoretical references of gerontology and on the interpretative perspective, studies old age and institutional violence against older persons from the interpretation of the contents of 16 interviews with professionals who work in the Emergency Room of a public hospital in São Paulo city. Data was sourced through semi-structured interviews to individuals selected from different professional categories. The content of the interviews was divided in two macro categories, old age and institutional violence. The respondents linked old age to frailty, sickness, dependence and ugliness. As for the institutional violence, this terminology was first unknown to them, but as soon they learned its official definition, the respondents informed that this kind of violence happens in that site and that the elderly people are more vulnerable to it. The professionals declared that older persons are victims of many forms of institutional violence that are shown in the subcategories peregrination, lack of listening attitude to the clients, indifference, rudeness, lack of attention, neglect, maltreatment, among other forms of violence. The group of hospital professionals cannot see themselves as institutional violence agents and they transfer the violent action to alterity: firstly, to their own co-workers, and broadly, to the work organization. Institutional violence is inflicted to all users, regardless their age. However, health professionals point out that older persons are more vulnerable to it, supported on the concept and understanding they have about old age. Therefore, the research indicates the need of cultural reconstruction of the concept of old age by health professionals aiming to a more humanized care.
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Violência doméstica psicológica sob a perspectiva da mulher idosa: um enfoque na fenomenologia social / Psychological domestic violence from the perspective of older adult women: a focus on social phenomenology

Souto, Rafaella Queiroga 16 December 2014 (has links)
Introdução: A violência doméstica psicológica perpetrada pelo familiar contra a mulher idosa é uma importante e pouco pesquisada questão de saúde pública global. Objetivo: Compreender a experiência da mulher idosa que vivencia violência doméstica psicológica. Método: Pesquisa qualitativa ancorada pela fenomenologia social de Alfred Schütz, realizada com onze mulheres idosas identificadas nos registros de dois serviços localizados no município de Campina Grande, Paraíba e um serviço localizado no município de São Bernardo do Campo, São Paulo. A coleta de dados ocorreu entre novembro de 2012 e fevereiro de 2013 por meio de entrevista aberta, norteada pelas questões: conte-me o seu dia a dia em relação à situação de violência doméstica? O que a senhora faz em relação a isso? O que a senhora pretende com essa ação? A análise dos dados foi realizada seguindo os passos adotados por pesquisadores da fenomenologia social. Resultados: O contexto vivencial da mulher idosa é marcado pela ameaça, agressões verbais, situações humilhantes, desrespeito, descaso, exploração, sentimentos negativos que impactam a sua saúde, como tristeza, raiva, sofrimento e medo. Ela manifesta compaixão pelo agressor e necessita de apoio para conviver com a violência ou tentar enfrentá-la. Quando recebe o apoio solicitado, tenta enfrentar a situação de violência, no entanto, sente-se impotente e apega-se a Deus. Sua expectativa refere-se à mudança de atitude do agressor e à possibilidade de afastar-se da situação de violência. Considerações finais: A compreensão da experiência da mulher idosa que vivencia violência doméstica psicológica pode ser utilizada pelos profissionais de saúde durante o atendimento de rotina, favorecendo a identificação de novos casos e tratando do assunto de acordo com a expectativa do sujeito envolvido. Ações voltadas para o acolhimento das vítimas e tratamento dos agressores, envolvendo profissionais (médicos, enfermeiros, psicólogos e assistentes sociais), pesquisadores e poder público precisam ser consolidadas. / Introduction: Psychological domestic violence against older adult woman by a family member is an important and under-researched global public health issue. Aim: To understand the experience of older adult woman who live with psychological domestic violence. Method: This is a qualitative research supported by Alfred Schützs social phenomenology. It was conducted with eleven older adult women identified in the database of two services located at Campina Grande, Paraiba and one located at Sao Bernardo do Campo, Sao Paulo. Data collection was between November 2012 and February 2013 by open interview, using the following questions: tell me about your day-to-day related to your domestic violence situation experience? What do/did you do about that? What do you want/hope with this action? Data analysis was conducted following social phenomenological researchers` steps. Results: The older adult woman`s lived context is marked by threatening, verbal abuse, humiliating situations, disrespect, neglect, and financial abuse. Negative feelings such as sadness, anger, suffering, and fear impact her health. She manifests compassion for the aggressor, and needs help to live with the violent situation or try to face it. When she gets the needed help, she tries to face the situation but she feels powerless and ask God`s help. Her expectation is related to changing the aggressor`s behavior and the possibility of running away from the violent situation. Final considerations: Health professionals can use the understanding of the experience of the older adult woman who lives with psychological domestic violence during their regular appointments, helping with the screening and facing the subject, according to the involved subject`s expectation. Actions focused on the victims` welcome/refuge and on the aggressors` treatment, which involves professionals (physicians, nurses, psychologists and social workers), researchers and law enforcers need to be consolidated.
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Percepções de médicos e enfermeiros acerca da violência contra a mulher: uma análise comparativa / Doctors and nurses\' perceptions of violence against women: a comparative analysis

Mariana Hasse 30 August 2011 (has links)
Este trabalho foi desenvolvido como subprojeto integrante da pesquisa A Interface Entre a Ocorrência e o Atendimento de Violência de Gênero Entre Mulheres Usuárias dos Serviços de Saúde da Rede Pública de Ribeirão Preto. A violência contra a mulher é uma das expressões mais perversas da subordinação feminina e gera graves conseqüências para as pessoas que vivenciam o seu ciclo. Mulheres nessa situação buscam frequentemente os serviços de saúde, que possuem um alto poder de detecção da violência. Porém, há uma série de dificuldades por parte dos profissionais, médicos e enfermeiros, em identificar e prestar assistência adequada a essas mulheres. O objetivo deste estudo foi analisar comparativamente as percepções de médicos e enfermeiros que atuam na rede de saúde de Ribeirão Preto acerca da violência contra a mulher buscando formas de aprimorar a assistência prestada. Para isso, realizamos uma pesquisa qualitativa, utilizando um banco de dados de 14 entrevistas com médicos e 10 com enfermeiros, realizadas por meio de um roteiro semi-estruturado. Por meio de análise de conteúdo temático foram identificadas as seguintes categorias: 1) Percepções sobre gênero; 2) Percepções sobre a violência contra a mulher; 3) Sobre atuação profissional; e 4) Sobre a rede de proteção. Tais categorias foram divididas em diversas subcategorias que foram analisadas a partir do referencial de gênero. Os resultados mostraram que há muitas semelhanças nas percepções relativas às questões de gênero, que são ainda bastante tradicionais. Os profissionais entendem que a violência contra a mulher ocorre devido às desigualdades perpetuadas pelo sistema social e que acabam por justificar a violência. Eles reconhecem os tipos de violência existentes e estão aptos a identificar e acolher as mulheres nos serviços de saúde, reconhecendo tais ações como suas responsabilidades. Porém, muitas vezes não o fazem por barreiras como a própria estrutura dos serviços, a falta de capacitação e aspectos emocionais, que dificultam o acolhimento e a orientação adequados. Também identificamos que a rede de apoio existente ainda é desconhecida por muitos dos profissionais e, diversas vezes, está estruturada de forma inadequada para atender às demandas existentes. Assim, é fundamental o desenvolvimento de capacitações para os profissionais da área de saúde com o objetivo de prepara-los para uma melhor assistência às mulheres em situação de violência e para o conhecimento da rede de proteção existente. Além disso, é urgente que a estrutura dos serviços seja repensada em diversos aspectos para que os princípios do SUS e as ações de humanização possam, de fato, ser colocadas em prática. / This study was conducted as part of the larger research project \"The interface between the occurrence and treatment of gender violence among women who are users of public health care in Ribeirão Preto. Violence against women is one of the most perverse forms of female subordination and leads to serious consequences to those affected by it. Women in such conditions frequently seek health care services, which are highly capable of detecting violence. However, there are a number of obstacles faced by professionals, doctors and nurses, in order to identify and provide proper assistance to these women. The objective of this study was to comparatively analyze how doctors and nurses who work in the public health care system in Ribeirão Preto perceive violence against women with a view to improving the quality of services. To attain this goal, this qualitative study made use of a database of 14 interviews with doctors and 10 with nurses following a semistructured script. Following thematic content analysis, the following categories have been established: 1) Perceptions about gender; 2) Perceptions about violence against women; 3) About the jobs; and 4) About the protection network. These categories were further divided into subcategories that were analyzed by taking gender as a reference. The findings show that there are many similarities across perceptions concerning gender issues, which are still quite traditional. Professionals believe that violence against women occurs as a result of inequalities that have been perpetuated by the social system and that ultimately justify such violence. They recognize the existing types of violence and are ready and able to identify women and offer them assistance within the health care system, which they regard to be part of their responsibilities. However, they frequently cannot do that due to barriers such as how the services are structured, lack of training, and emotional aspects, which make both reception and counseling difficult. It has also been found that the existing support network is still unknown to many professionals and, very often, that it is inadequately organized to meet current demands. Thus, it is essential to develop the skills of health care professionals in order to prepare them both to provide better assistance to women who have been affected violence and to know about the existing protection network. In addition, there is the urgent need to rethink the organization of services at various levels so that the principles of SUS - the universal health care system - and humanization actions can actually be put into practice.
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Violência doméstica contra a mulher no município de Guaxupé - MG, Brasil

FRANCO, Telma Lucas Borges 26 March 2013 (has links)
A violência contra a mulher é um problema de saúde pública, uma vez que acompanha toda a sociedade e que ocorre em todos os níveis de desenvolvimento social e econômico. Os serviços de saúde e as delegacias de polícia são os locais mais frequentemente procurados por essas mulheres, ocupando, portanto, lugar de destaque no manejo desses casos. Estudo com abordagem metodológica quantitativa, do tipo descritivo, exploratório e transversal e teve como objetivo identificar a existência de violência contra a mulher no município de Guaxupé, Minas Gerais, entre as usuárias da Estratégia de Saúde da Família (ESFs) e as que registram boletim de ocorrência (BO) na Delegacia Regional da Polícia Civil. A coleta de dados foi realizada em dois momentos: primeiramente foram aplicados questionários às mulheres residentes nas áreas adstritas das ESFs e posteriormente realizou-se a avaliação da violência contra a mulher, com o estudo dos BOs, na delegacia. Foram aplicados 348 questionários às mulheres das ESFs e estabeleceu-se 95% de confiança e margem de erro de 5%. Para as análises estatísticas descritivas e analíticas foi utilizado o software SPSS, versão 17, utilizando o teste Qui-quadrado, o Exato de Fischer e o Kruskal-Wallis para explorar as relações existentes entre as variáveis do estudo. Verificou-se que 37,6% das mulheres entrevistadas sofreram violência doméstica em algum momento de suas vidas, sendo que a violência psicológica e moral foi a mais identificada entre as mesmas, seguida da violência física, sexual e patrimonial. Os principais agressores dessas mulheres foram os ex-cônjuges (37,4%) e os cônjuges (35,9%) e, no ato da agressão, 41,6% destes estavam alcoolizados. O ambiente doméstico foi o local de maior ocorrência da violência, enquanto 34,4% afirmaram ter denunciado seu agressor junto à delegacia. Num segundo momento, foram coletados 163 BOs que se enquadravam na Lei Maria da Penha, onde as vítimas eram mulheres, e estabeleceu-se 95% de confiança e margem de erro de 4,4%. A maioria das vítimas e dos agressores se encontra na faixa etária entre 20 e 34 anos e foi encontrado um baixo nível de escolaridade entre os envolvidos nas denúncias. Os finais de semana foram considerados os mais propícios para ocorrer violência contra a mulher, sendo que 49% dos BOs foram registrados aos sábados e domingos, período este em que o agressor fica mais tempo no domicílio, principalmente no período da noite, entre as 18h e 23h. Em 66,7% dos BOs não foi encontrada presença de lesão física contra a vítima, e os agressores dessas mulheres, em sua maioria, eram seus companheiros ou ex-companheiros. Relacionando os BOs com as áreas adstritas das ESFs do município percebe-se que 27,6% destes compreendem endereços correspondentes a essas áreas. Os resultados corroboram com pesquisas anteriores realizadas no país para descrever o fenômeno da violência contra a mulher e apontam para a necessidade de intervenção multiprofissional e intersetorial junto às vítimas e suas famílias, como também a criação de políticas públicas direcionadas a esses casos, de forma a promover a integralidade das ações voltadas para o bem estar e segurança dos envolvidos, tanto no âmbito judicial, quanto no da saúde. Para o município, este estudo passa a constituir os primeiros dados sobre violência contra a mulher, relacionados com o serviço de saúde, o que permitirá à saúde pública implementar ações de prevenção mais efetivas / Violence against women is a public health problem, once it accompanies the whole society and occurs at all levels of social and economic development, and the locals more often sought by those women are the police stations and the health services, occupying therefore a prominent place in the management of these cases. This research has the quantitative approach of the descriptive type, exploratory and transversal and aimed to identify the existence of violence against women in the city of Guaxupé, Minas Gerais, among users of the “Estratégia de Saúde da Família” – ESFs (Family Health Strategy) and those who have recorded a police report (PR) at the Regional Civil Police. Data collection was performed in two stages: first questionnaires were administered to women living in the nearby areas of ESFs and subsequently it was held the assessment of violence against women, with the study of PRs at the police station. 348 questionnaires were administered to women of ESFs, settled 95% confidence and a margin of error of 5%. For descriptive and analytical statistical analyzes we used SPSS software, version 17, using the chi-square test, the Fisher’s Exact, and the Kruskal-Wallis test to explore the relationships between the variables of the study. The percentage of 37,6% of the women interviewed suffered domestic violence at some point in their lives, and the moral and psychological violence were more frequently identified, pursued by the physical, sexual, and patrimonial violence. The main perpetrators of these women were former partners (37,4%) and spouses (35,9%) and in the act of aggression 41,6% of these were drunk. The domestic environment was the most frequent site of violence, while 34,4% said they had denounced their ​​attacker to the police station. In the second phase, we collected 163 PRs that were classified under the Maria da Penha Law, those victims were women and it was established 95% confidence and a margin of error of 4,4%. Most victims and perpetrators were in the age range from 20 to 34 years and it was found a low level of education among those involved in the complaint. The weekends were considered more likely to occur violence against women, with 49% of the PRs were recorded on Saturdays and Sundays, a period in which the offender is more time at home, especially during the night from 6pm to 11pm. In 66,7% of BOs it was not found the presence of physical injury on the victim and the perpetrators of these women were mostly their partners or ex-partners. Relating the PRs with the areas connected to the ESFs of the municipality it was realized that 27,6% of these addresses corresponding to those areas. The results corroborate with previous research conducted to describe the phenomenon of violence against women and point to the need for intersectorial and multidisciplinary intervention alongside victims and their families, as well as the creation of public policies directed to these cases in order to promote the completeness of actions for the welfare and safety of those involved, both in the judiciary, as well as in healthcare. For the city of Guaxupé these become the first data on violence against women related to the health service, which will allow the implement of more effective preventive actions by the municipality.
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Percepção das mulheres sobre a violência no trabalho de parto e parto

RENNÓ, Giseli Mendes 24 May 2016 (has links)
Este estudo teve como objetivo conhecer a ocorrência de violência na assistência ao trabalho de parto e parto vivenciado pelas mulheres de um município do sul de Minas Gerais. Pesquisa de abordagem qualitativa, do tipo descritivo, exploratório e transversal, desenvolvido com 25 mulheres que pariram em serviço hospitalar. Os dados foram analisados utilizando a proposta de conteúdo de Bardin e duas categorias foram identificadas: violência institucional no trabalho de parto e parto e ações não farmacológicas na humanização da assistência no trabalho de parto e parto. Nas falas das mulheres foi possível identificar elementos que caracterizam a violência no trabalho de parto em física, psicológica, sexual, institucional e material. A violência é relatada como acolhimento e assistências inadequadas, o descumprimento de direitos básicos das mulheres, dos familiares e dos filhos, o uso de práticas consideradas inadequadas e prejudiciais para o trabalho de parto e parto e a ausência de métodos farmacológicos para alívio da dor. Porém, a maioria delas referiram que não foram vítimas de violência. Foram identificados elementos da humanização da assistência como acolhimento, cumprimento dos direitos das mulheres e uso de métodos não farmacológicos de alívio da dor. Assim, a violência relatada pelas mulheres foi institucional e praticada por atendentes, por médicos e profissionais de enfermagem, pela infraestrutura e está ligada às relações de poder que colocam a mulher em situação de desigualdade e vulnerabilidade diante aqueles que deveriam ser cuidadores. Contudo, as estratégias de capacitação dos profissionais de enfermagem proposta pela OMS e aderida pelo MS ainda não proporcionou, nesses locais, uma mudança significativa das experiências no parto, prevalecendo uma obstetrícia clássica e intervencionista. / This study aimed to identify the occurrence of violence on the assistance to labor and delivery underwent by women of a city in the south of Minas Gerais. Qualitative research, descriptive, exploratory and cross-sectional developed with 25 women who gave birth in hospital service. The data were analyzed using the Bardin’s content proposal and two categories were identified: institutional violence during labor and delivery, and non-pharmacological actions in the humanization of assistance during labor and delivery. In the women’s speeches was possible to identify elements that characterize the violence in labor as physical, psychological, sexual, institutional and material. The violence is reported as inadequate reception and assists, the breach of basic rights of women, family and children, the use of practices considered inappropriate and harmful to labor and delivery, and the absence of pharmacological methods for pain relief. But most of them said they were not victims of violence. Humanization of assistance elements have been identified as reception, fulfillment of women’s rights and the use of non-pharmacological methods of pain relief. Thus, the violence reported by women was institutional and practiced by attendants, by doctors and nurses, by the infrastructure and is connected to the relations of power that put women in situation of inequality and vulnerability to those who should be caretakers. However, the training strategies of nursing professionals proposed by WHO and adhered by MS has not provided in these places a significant change on the labor experiences, prevailing a classic and interventional obstetrics.

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