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Vulnerabilidade social, trauma e adesão ao tratamento de usuários de crack

Halpern, Silvia Chwartzmann January 2017 (has links)
Introdução: O abuso de substâncias psicoativas vem se tornando um problema de proporções epidêmicas, que envolve todos os segmentos da sociedade. A literatura tem demonstrado o importante papel dos diferentes níveis do ambiente no desenvolvimento dos Transtornos por Uso de Substâncias (TUS). Dentre estas substâncias, o crack, por suas propriedades químicas e características de uso, coloca os usuários em situação de risco à saúde física e emocional, além de extrema vulnerabilidade social. A gravidade de uso e a baixa adesão aos tratamentos frequentemente dificulta ações terapêuticas e impõem grandes desafios aos profissionais, pesquisadores e gestores de políticas públicas. Este estudo teve por objetivo avaliar a gravidade de uso de substâncias psicoativas, situações de violência, saúde física e emocional de usuários de crack em relação ao status de moradia, bem como analisar marcadores ambientais que interferem na adesão ao tratamento. Além disso, também observar a possível associação de exposição à violência na infância e o desenvolvimento de TUS na vida adulta. Acredita-se que investigações baseadas em evidências podem auxiliar para o desenvolvimento de estratégias de intervenção efetivas para o abuso de crack, visando à integralidade da assistência. Nesse sentido, os dados desta tese derivam de dois artigos e dos resultados preliminares de um terceiro artigo. Objetivo: Avaliar marcadores ambientais que interferem na gravidade de uso de crack e na adesão ao tratamento. Além disso, avaliar a possível associação de exposição à violência na infância e o desenvolvimento de TUS na vida adulta Método: Artigo 1. Estudo multicêntrico em seis capitais brasileiras, com 564 usuários de crack em tratamento em CAPSad, categorizada em dois grupos: (1) usuários que estiveram em situação de rua (n=266) e (2) usuários que nunca estiveram em situação de rua (n= 298). Para avaliar a gravidade do uso de substâncias e as características dos indivíduos, utilizou-se o Addiction Severity Index (Sexta versão - ASI-6). Artigo 2. Revisão sistemática de estudos longitudinais nas bases de dados PubMed, EMBASE e PsycINFO. Foram realizadas meta-análises para cada tipo de maus tratos (físico, sexual e negligência), a fim de estimar a razão de chance (odds-ratio - OR) para a incidência de TUS, e meta-regressão para explorar potenciais moderadores. Artigo 3. Testar, através de ML, um modelo preditivo de adesão ao tratamento utilizando indicadores sociais. Resultados: Artigo 1. O grupo dos usuários que estiveram em situação de rua em algum momento da vida demonstrou piores indicadores em relação às subescalas álcool, problemas médicos, psiquiátricos, trabalho e suporte familiar, além de maior envolvimento com problemas legais, violência, abuso sexual, risco de suicídio e problemas de saúde - como HIV/AIDS, hepatite e tuberculose, além de possuírem menos renda para pagar necessidades básicas. Após análises multivariadas ajustadas para possíveis confundidores, algumas variáveis, como não possuir renda suficiente para pagar necessidades básicas, apresentar sintomas depressivos e ter sido preso por roubo, permaneceram significativas. Artigo 2. Ao final, foram selecionados 10 estudos. Indivíduos com história de abuso físico durante a infância apresentaram um risco aumentado de abuso de drogas em 61% (OR = 1,61 95% IC 1,28 - 2,03). O risco de abuso de drogas também foi 73% maior em indivíduos com história de abuso sexual durante a infância (OR = 1,73, IC 95% = 1,24 - 2,41). A negligência física não foi associada ao aumento do risco de abuso de drogas (p = 0,24). Uma meta-regressão encontrou que o gênero teve um efeito moderador, estando as mulheres em maior risco de TUS em comparação aos homens. Artigo 3. Um total de 347 sujeitos com transtorno por uso de crack foi incluído no presente estudo. Do total de 59 variáveis pré-selecionadas do instrumento ASI-6, com base na literatura para a aplicação do modelo de ML, resultou em 14 variáveis. Os dois algoritmos utilizados conseguiram distinguir os sujeitos que aderiram e não aderiram ao tratamento (Modelo Random Forest com Downsampling e com Upsampling) com valores da curva ROC variando de 0,678 a 0,688. Conclusões: Dentro desta perspectiva, levanta-se a hipótese de que vulnerabilidade social, história de experiências traumáticas e violência são aspectos comumente presentes em usuários de crack, estando associados à gravidade de uso de substâncias e à adesão aos tratamentos. A compreensão sobre a interação destes fatores será de extrema relevância para o delineamento de intervenções específicas em todos os seus níveis de complexidade. / Introduction: The abuse of psychoactive substances has become a problem of epidemic proportions, involving all segments of society. The literature has shown the important role of different environmental levels in the development of Substance Use Disorders (SUD). Among these substances, crack, because of its chemical proprieties and how it is used, put the users at risk of sexually transmitted diseases, involvement with violence, social vulnerability and early mortality. The severity of use and low adherence to treatments often hinders therapeutic actions and poses great challenges to professionals, researchers, and managers of public policies. This study is justified to the extent that, although the literature shows the importance of environmental factors and drug use in international studies, those are still basic data, specifically among crack users in Brazil. At the same time, it is believed that evidence-based investigations can help develop an effective intervention strategy for abuse, aiming for a comprehensive care. The data of this thesis derive from two articles. Purpose: To assess environmental markers that interfere with crack use severity and treatment retention. Furthermore, to assess the possible association between exposure to childhood violence and development of SUD in adult life. Methods: Article 1. Multicenter cross-sectional study in six Brazilian capitals with 564 crack users, in treatment in CAPSad categorized into two groups: (1) users who have been homeless sometime in life (n = 266) and (2) individuals who have never lived on streets (n = 298). Test, through Machine Learning, a predictive model of treatment adherence using social indicators. Results: Article 1. Homeless crack users showed negative indicators on different dimensions of the sub-scales alcohol, medical problems, psychiatric, employment, and family support. In addition, they presented more legal problems involvement; they do not have enough income to pay for their needs, they suffered more violence and sexual abuse, they have more suicide risk, and they present more health problems such as HIV/AIDS, hepatitis, and tuberculosis.After analysis and control for possible confounders, what remained statistically significant was not having enough income to pay for basic needs, showing depression symptoms, and having been arrested for theft. Article 2. We identified 10 studies. Individuals with history of physical abuse during childhood had a 61% increased risk for drug abuse later in life (OR = 1.61 95% IC 1.28 – 2.03). The risk for drug abuse was also 73% higher in individuals with history of sexual abuse during childhood (OR = 1.73, 95% CI = 1.24 – 2.41). Physical neglect was not associated with increased risk of drug abuse (p = 0.24). A meta-regression found that gender has a moderating effect, being females at a greater risk of SUD incidence when compared to men. Article 3. A total of 347 subjects with crack use disorder were included in the present study. From the total of 59 pre-selected variables of the ASI-instrument, based on the literature for ML model application, there were 14 variables. Both two algorithms were able to distinguish those who adhered and did not adhere to the treatment (Random Forest Model with Downsampling and Upsampling) with values of the ROC curve ranging from 0.678 to 0.688. Conclusions: Within this perspective, it is hypothesized that social vulnerability, history of traumatic experiences and violence are aspects that are present in crack users’ life, being associated to substance use severity and treatments retention. Understanding the interplay of these factors is extremely relevant for the design of specific interventions at all levels of complexity.
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A construção social da vulnerabilidade em trajetórias de internação para tratamento da tuberculose / The social construction of vulnerability in trajectories upon admission for tuberculosis treatment / La construcción social de la vulnerabilidad en trayectorias de internación para tratamiento de la tuberculosis

Maffacciolli, Rosana January 2015 (has links)
A prevalência da tuberculose, associada ao seu potencial de disseminação, tornaram-na uma condição emergente, sobretudo em cenários marcados pela desigualdade social. No limite do conhecimento epidemiológico e dos Determinantes Sociais da Saúde, buscou-se no referencial da Vulnerabilidade e Direitos Humanos uma perspectiva que acolhesse inovações na resposta ao problema. Tendo como campo empírico um hospital-sanatório para tratamento de pessoas em situação de vulnerabilidade social, esta pesquisa objetivou compreender como se constituem as trajetórias de vulnerabilidade à internação por tuberculose. Foram feitas observações e entrevistas com 12 pessoas internadas no ano de 2014, com idades entre 25 e 45 anos e de ambos os sexos. O Construcionismo Social, uma das bases teóricas do quadro da vulnerabilidade e direitos humanos, foi a perspectiva teórico-metodológica escolhida para encaminhar esta pesquisa. Por essa via foi possível compreender a produção da vulnerabilidade na interlocução de suas três dimensões: individual (reconhecimento da pessoa como sujeito de direitos e de acontecimentos ligados ao adoecimento), social (condições de produção desses acontecimentos, enfocando o papel dos cenários culturais) e programática (assistência qualificada para lidar com essas conjunturas de vulnerabilidade). Na dimensão individual, foram analisadas experiências marcadas pela coinfecção tuberculose-HIV, pela situação de rua e pelo uso de drogas, como o crack. Na dimensão social, analisaram-se os cenários culturais implicados nas trajetórias pessoais, o que permitiu discutir sobre processos opressivos, discriminatórios e de violação de direitos resguardados em relações sociais informadas por normas de gênero e sexualidade, pelo estigma da Aids e do uso de crack. Na dimensão programática, o interesse foi compreender as dificuldades concernentes ao tratamento. Concluiu-se que a assistência em saúde, quando não qualificada para responder às iniquidades subjacentes ao adoecimento por tuberculose, contribui para manter as condições de vulnerabilidade ao agravamento clínico das pessoas. Uma ampliação da consciência nesse sentido é necessária para que a ação técnica voltada à adesão/procura por tratamento alcance êxito, o que oportunizaria desviar dos percursos para a internação. Além disso, outros horizontes éticos para o cuidado em saúde seriam inaugurados de modo a preservar a vida das interpelações que mais a ameaçam. / The prevalence of tuberculosis, in connection with its dissemination potential, turned it into an and Health Social Determinants, a search in the background of Vulnerability and Human Rights looked for a perspective that would accept innovations in the response to the problem. Having a sanatorium hospital for the treatment of people in situation of social vulnerability as empirical field, this research had the objective of understanding how the vulnerability trajectories upon admission due tuberculosis are constituted. Observations and interviews were carried out with 12 persons admitted in the year of 2014, of age between 25 and 45 years old, and of both sexes. The Social Constructionism, one of the theoretical bases of the vulnerability framework and human rights, was the theoretical and methodological perspective chosen to refer this research. Through this way it was possible to understand the production of vulnerability within the dialogue of its three dimensions: individual (recognition of the person as subject of rights and of events in connection with illness), social (conditions for the production of such events, by focusing the role of cultural settings) and programmatic (qualified assistance to deal with such vulnerability conjunctures). As to the individual dimension, analysis was made on the experiences marked by tuberculosis-HIV co-infection, by the street situation and by the use of drugs like crack. Within the social dimension, the analysis comprised cultural settings involved in the personal trajectories what allowed discussing about processes that are oppressive and discriminatory and that violate rights sheltered within social relations informed by gender and sexuality rules, by the AIDS stigma and by crack use. In the programmatic dimension, the interest was to understand the difficulties concerning the treatment. It was concluded that when health care is not qualified to respond to inequalities underlying illness by tuberculosis, it contributes to maintain vulnerability conditions for clinical worsening of people. The amplification of conscience in this sense is needed so that the technical action addressed to the adhesion and search for treatment be successful, what would give the opportunity to by-pass the paths to admission. Besides, other ethical horizons for health care would be opened in such a way to preserve life from the questionings that threatens it the most. / La prevalencia de la tuberculosis, asociada con su potencial de diseminación, la han convertido en una condición emergente, sobretodo en escenarios marcados por la desigualdad social. En el límite del conocimiento epidemiológico y de los Determinantes Sociales de la Salud, se buscó en el referencial de la Vulnerabilidad y Derechos Humanos una perspectiva que acogiese innovaciones en la respuesta al problema. Teniendo como campo empírico un hospital-sanatorio para tratamiento de personas en situación de vulnerabilidad social, esta investigación tuvo el objetivo de comprender como se constituyen las trayectorias de vulnerabilidad hacia la internación por tuberculosis. Fueron hechas observaciones y entrevistas con 12 personas internadas en el año de 2014, con edades entre 25 y 45 años y de ambos sexos. El Construccionismo Social, una de las bases teóricas del cuadro de la vulnerabilidad y derechos humanos, fue la perspectiva teórico-metodológica elegida para encaminar esta investigación. Por esta vía fue posible comprender la producción de la vulnerabilidad en la interlocución de sus tres dimensiones: individual (reconocimiento de la persona como sujeto de derechos y de acontecimientos asociados a la enfermedad), social (condiciones de producción de estos acontecimientos, enfocando el papel de los escenarios culturales) y programática (asistencia calificada para abordar esas coyunturas de vulnerabilidad). En la dimensión individual, fueron analizadas experiencias marcadas por la co-infección tuberculosis-HIV, por la situación de calle y por el uso de drogas, como el crack. En la dimensión social, se analizaron los escenarios culturales implicados en las trayectorias personales, lo que permitió discutir sobre procesos opresivos, discriminatorios y de violación de derechos resguardados en relaciones sociales informadas por normas de género y sexualidad, por el estigma del Sida y del uso de crack. En la dimensión programática, el interés fue comprender las dificultades concernientes al tratamiento. Se concluyó que la asistencia en salud, cuando no calificada para responder a las iniquidades subyacentes a la enfermedad por tuberculosis, contribuye para mantener las condiciones de vulnerabilidad al agravamiento clínico de las personas. Una ampliación de la conciencia, en ese sentido, es necesaria para que la acción técnica vuelta a la adhesión/búsqueda por tratamiento logre éxito, lo que daría la oportunidad de desviar de los caminos para la internación. Además, otros horizontes éticos para el cuidado en salud serían inaugurados de modo a preservar la vida de las interpelaciones que más la amenazan.
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A construção social da vulnerabilidade em trajetórias de internação para tratamento da tuberculose / The social construction of vulnerability in trajectories upon admission for tuberculosis treatment / La construcción social de la vulnerabilidad en trayectorias de internación para tratamiento de la tuberculosis

Maffacciolli, Rosana January 2015 (has links)
A prevalência da tuberculose, associada ao seu potencial de disseminação, tornaram-na uma condição emergente, sobretudo em cenários marcados pela desigualdade social. No limite do conhecimento epidemiológico e dos Determinantes Sociais da Saúde, buscou-se no referencial da Vulnerabilidade e Direitos Humanos uma perspectiva que acolhesse inovações na resposta ao problema. Tendo como campo empírico um hospital-sanatório para tratamento de pessoas em situação de vulnerabilidade social, esta pesquisa objetivou compreender como se constituem as trajetórias de vulnerabilidade à internação por tuberculose. Foram feitas observações e entrevistas com 12 pessoas internadas no ano de 2014, com idades entre 25 e 45 anos e de ambos os sexos. O Construcionismo Social, uma das bases teóricas do quadro da vulnerabilidade e direitos humanos, foi a perspectiva teórico-metodológica escolhida para encaminhar esta pesquisa. Por essa via foi possível compreender a produção da vulnerabilidade na interlocução de suas três dimensões: individual (reconhecimento da pessoa como sujeito de direitos e de acontecimentos ligados ao adoecimento), social (condições de produção desses acontecimentos, enfocando o papel dos cenários culturais) e programática (assistência qualificada para lidar com essas conjunturas de vulnerabilidade). Na dimensão individual, foram analisadas experiências marcadas pela coinfecção tuberculose-HIV, pela situação de rua e pelo uso de drogas, como o crack. Na dimensão social, analisaram-se os cenários culturais implicados nas trajetórias pessoais, o que permitiu discutir sobre processos opressivos, discriminatórios e de violação de direitos resguardados em relações sociais informadas por normas de gênero e sexualidade, pelo estigma da Aids e do uso de crack. Na dimensão programática, o interesse foi compreender as dificuldades concernentes ao tratamento. Concluiu-se que a assistência em saúde, quando não qualificada para responder às iniquidades subjacentes ao adoecimento por tuberculose, contribui para manter as condições de vulnerabilidade ao agravamento clínico das pessoas. Uma ampliação da consciência nesse sentido é necessária para que a ação técnica voltada à adesão/procura por tratamento alcance êxito, o que oportunizaria desviar dos percursos para a internação. Além disso, outros horizontes éticos para o cuidado em saúde seriam inaugurados de modo a preservar a vida das interpelações que mais a ameaçam. / The prevalence of tuberculosis, in connection with its dissemination potential, turned it into an and Health Social Determinants, a search in the background of Vulnerability and Human Rights looked for a perspective that would accept innovations in the response to the problem. Having a sanatorium hospital for the treatment of people in situation of social vulnerability as empirical field, this research had the objective of understanding how the vulnerability trajectories upon admission due tuberculosis are constituted. Observations and interviews were carried out with 12 persons admitted in the year of 2014, of age between 25 and 45 years old, and of both sexes. The Social Constructionism, one of the theoretical bases of the vulnerability framework and human rights, was the theoretical and methodological perspective chosen to refer this research. Through this way it was possible to understand the production of vulnerability within the dialogue of its three dimensions: individual (recognition of the person as subject of rights and of events in connection with illness), social (conditions for the production of such events, by focusing the role of cultural settings) and programmatic (qualified assistance to deal with such vulnerability conjunctures). As to the individual dimension, analysis was made on the experiences marked by tuberculosis-HIV co-infection, by the street situation and by the use of drugs like crack. Within the social dimension, the analysis comprised cultural settings involved in the personal trajectories what allowed discussing about processes that are oppressive and discriminatory and that violate rights sheltered within social relations informed by gender and sexuality rules, by the AIDS stigma and by crack use. In the programmatic dimension, the interest was to understand the difficulties concerning the treatment. It was concluded that when health care is not qualified to respond to inequalities underlying illness by tuberculosis, it contributes to maintain vulnerability conditions for clinical worsening of people. The amplification of conscience in this sense is needed so that the technical action addressed to the adhesion and search for treatment be successful, what would give the opportunity to by-pass the paths to admission. Besides, other ethical horizons for health care would be opened in such a way to preserve life from the questionings that threatens it the most. / La prevalencia de la tuberculosis, asociada con su potencial de diseminación, la han convertido en una condición emergente, sobretodo en escenarios marcados por la desigualdad social. En el límite del conocimiento epidemiológico y de los Determinantes Sociales de la Salud, se buscó en el referencial de la Vulnerabilidad y Derechos Humanos una perspectiva que acogiese innovaciones en la respuesta al problema. Teniendo como campo empírico un hospital-sanatorio para tratamiento de personas en situación de vulnerabilidad social, esta investigación tuvo el objetivo de comprender como se constituyen las trayectorias de vulnerabilidad hacia la internación por tuberculosis. Fueron hechas observaciones y entrevistas con 12 personas internadas en el año de 2014, con edades entre 25 y 45 años y de ambos sexos. El Construccionismo Social, una de las bases teóricas del cuadro de la vulnerabilidad y derechos humanos, fue la perspectiva teórico-metodológica elegida para encaminar esta investigación. Por esta vía fue posible comprender la producción de la vulnerabilidad en la interlocución de sus tres dimensiones: individual (reconocimiento de la persona como sujeto de derechos y de acontecimientos asociados a la enfermedad), social (condiciones de producción de estos acontecimientos, enfocando el papel de los escenarios culturales) y programática (asistencia calificada para abordar esas coyunturas de vulnerabilidad). En la dimensión individual, fueron analizadas experiencias marcadas por la co-infección tuberculosis-HIV, por la situación de calle y por el uso de drogas, como el crack. En la dimensión social, se analizaron los escenarios culturales implicados en las trayectorias personales, lo que permitió discutir sobre procesos opresivos, discriminatorios y de violación de derechos resguardados en relaciones sociales informadas por normas de género y sexualidad, por el estigma del Sida y del uso de crack. En la dimensión programática, el interés fue comprender las dificultades concernientes al tratamiento. Se concluyó que la asistencia en salud, cuando no calificada para responder a las iniquidades subyacentes a la enfermedad por tuberculosis, contribuye para mantener las condiciones de vulnerabilidad al agravamiento clínico de las personas. Una ampliación de la conciencia, en ese sentido, es necesaria para que la acción técnica vuelta a la adhesión/búsqueda por tratamiento logre éxito, lo que daría la oportunidad de desviar de los caminos para la internación. Además, otros horizontes éticos para el cuidado en salud serían inaugurados de modo a preservar la vida de las interpelaciones que más la amenazan.
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O aleitamento materno na perspectiva da vulnerabilidade programática / Maternal Breast Feeding in the programmatic vulnerability perspective

Sarah Nancy Deggau Hegeto de Souza 14 December 2010 (has links)
Muitos esforços mundiais têm sido empregados para melhorar as condições de saúde das crianças com o objetivo de reduzir a mortalidade e morbidade infantil. A proteção, promoção e apoio ao aleitamento materno (AM) tem sido uma estratégia relevante no setor saúde e outros setores sociais. Este estudo tem como objetivos descrever a situação do AM no município de Londrina-PR e fatores associados, em crianças menores de um ano, em 2008, comparando com dados da pesquisa realizada no mesmo município em 2002; e analisar as experiências dos profissionais de saúde sobre o AM e a situação das ações programáticas do AM em Londrina, na perspectiva da vulnerabilidade programática. O quadro conceitual apoia-se no conceito de vulnerabilidade para explorar dimensões relevantes no estudo do AM em uma realidade contextualizada. A partir de abordagem quantitativa e qualitativa, o estudo descritivo foi realizado em duas etapas. A primeira baseada na metodologia utilizada pelo Projeto Amamentação e Municípios para inquéritos populacionais em dias de vacinação infantil. Foram realizadas 770 entrevistas com acompanhantes de crianças menores de um ano que compareceram na segunda etapa da campanha de vacinação contra poliomielite, em agosto de 2008. A segunda etapa da pesquisa, de natureza qualitativa, foi realizada com 25 profissionais de saúde, membros do Comitê de Aleitamento Materno (CALMA) do município, por meio de grupos focais e entrevistas individuais semi-estruturadas e análise temática dos dados. Nos resultados obteve-se que 72,5% das crianças foram amamentadas na primeira hora, 83,0% estavam em AME no primeiro dia em casa, 33,8% das crianças de zero a seis meses estavam em AME. No quarto mês, 53,7% permaneciam em AME, no sexto mês 7,8% e 51,5% em AM continuado entre 9 e 12 meses. A maior freqüência de AME esteve associada estatisticamente às mulheres que apresentavam idade igual ou superior a 35 anos, escolaridade de terceiro grau, mais de um filho e que estavam em licença maternidade. Na análise qualitativa, os dados foram agrupados em cinco temas: O contato com os indicadores locais de AM; O cotidiano da assistência nos serviços saúde: fortalezas e fragilidades; A informação sobre AM presente nos diferentes cenários; Amamentar ou não amamentar: caminhando na decisão; O apoio ao AM e os espaços para produção de narrativas. O sucesso do AM não está centrado na ocorrência do AM e AME e o insucesso não pode ser somente a situação de desmame. O estudo traz elementos para entender que o modo como as mães e famílias lidam com o AM está ligado aos aspectos individuais e sociais e ao modo como as práticas de AM estão organizadas, demonstrando a necessidade de integração entre saberes práticos e técnico-científicos. Ao integrar saberes, a prática do AM não será distante, frágil e descolada do contexto das famílias, e sim sustentada em bases mais efetivas de um cuidado integrador. O enfoque da vulnerabilidade, nas dimensões individuais, sociais e programáticas, confere importante contribuição para repensar as práticas de saúde, com subsídios para a reorganização e inovação de arranjos tecnológicos assistenciais. / Many worldwide efforts have been employed to improve children\'s health condition, with the aim of reducing infantile mortality and morbidity. Protection, promotion and support to Breast Feeding have been a relevant strategy in the health sector and other social sectors. This study has the objectives of describing the Breast Feeding situation and its related factors in the municipality of Londrina-PR in under one-year-old children, in 2008, comparing with data of research carried out in the same municipality in 2002; as well as analyzing health professionals\' experience regarding Breast Feeding and the situation of the Breast Feeding Programmatic Action in Londrina, under the perspective of programmatic vulnerability. The concept framework relies on the concept of vulnerability to explore relevant dimensions in the Breast Feeding study within a contextualized reality. From both a quantitative and qualitative approach, the descriptive study was carried out in two stages. The first one was based on the methodology utilized by the Project of Breast Feeding and Municipalities for populational surveys on children\'s vaccination days. 770 interviews with under one-year-old children\'s accompanying persons, who attended the second stage of the vaccination campaign against poliomyelitis, were performed in august 2008. The second stage of the research study, of a qualitative nature, was accomplished with 25 health professionals, members of the municipality Breast Feeding Committee, by means of focal groups, semistructured individual interviews and a thematic analysis of data. The results showed that 72.5% of children were exclusively breastfed within the first hour, 83.0% were exclusively breastfed on their first day at home, and 33.8% of the children from zero to six months old were exclusively breastfed. In the fourth month, 53.7% remained in exclusive breastfeeding; in the sixth month 7.8% and 51.5% were in continuous Breast Feeding within 9 and 12 months. The most frequent Exclusive Breast Feeding was statistically associated to women at or over 35 years old, with a university degree, with more than one child and who were on a maternity leave. In the qualitative analysis, the data were grouped into five themes: The contact with Breast Feeding local indicators; the everyday assistance in health service: strengths and weaknesses; the information regarding present Breast Feeding within different scenarios; Breast feeding or not: moving towards the decision; Support to breastfeeding and spaces for the production of narratives. The success of Beast Feeding is not focused on the occurrence of Breast Feeding and Exclusive Breast Feeding and the lack of success cannot only be the situation of weaning. The study brings elements to understand the way mothers and families deal with Breast Feeding is connected to social and individual aspects and the way Breast Feeding practices are organized, demonstrating the need of integration between practical and technical-scientific knowledge. While integrating kinds of knowledge, the Breast Feeding practice will not be distant, fragile and disconnected from the families\' context, but it will be supported by more effective bases of integrated care. The vulnerability focus, within individual, social and programmatic dimensions, confers an important contribution to rethink health practices, with subsidies for the reorganization and innovation of assistance technological arrangements.
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Comportamento de risco de transmissão do HIV e uso de drogas psicoativas em uma população de homens que fazem sexo com homens / Behavior transition HIV risk in in men who have sex with men population and psychoactive drugs

Augusto Mathias 31 July 2014 (has links)
Diversos estudos apontam que existe maior vulnerabilidade - em suas três dimensões, individual, social e programática - para aquisição de HIV em homens que fazem sexo com homens (HSH), e essa vulnerabilidade se potencializa quando avaliada em condições relacionadas ao uso de drogas psicoativas. Esse estudo explorou a relação entre o uso recreativo de droga psicoativa e sexo em população de HSH. Participaram da pesquisa 34 sujeitos selecionados em uma amostra de conveniência, os quais responderam questionário estruturado e semiestruturado sobre o uso de drogas e o comportamento sexual. O tamanho da amostra foi definido com base na técnica qualitativa de esgotamento de discurso. Foi utilizada análise descritiva para as questões quantitativas e análise de conteúdo para as questões qualitativas. Dos participantes, 91% (31) referiram uso drogas psicoativas. O álcool foi relatado por 94% (29) dos indivíduos, sendo o mais frequente entre as drogas licitas. A maconha, entre as drogas ilícitas, foi relatada por 58% (18). O uso intermitente do preservativo apareceu em 91% (31) das respostas. A mediana relatada de parceiros sexuais no mês anterior à pesquisa foi de 1,5 (P25-75:1-4). A análise de conteúdo mostrou uma percepção conservadora sobre a relação entre uso de drogas e sexo. O preservativo foi citado como a forma mais conhecida de prevenção. A utilização de drogas não pareceu ser o fator mais relevante associado às falhas relacionadas ao uso de estratégias de prevenção. O estudo mostrou que outros fatores, como capacidade de negociação com o parceiro, realizar oportunidades baseadas no risco e principalmente o desejo sexual, podem influenciar mais no não uso de preservativo do que as drogas psicoativas. Apesar de ter sido observada uma associação entre o uso de drogas psicoativas e a falha de prevenção no comportamento sexual de risco, fica evidente a necessidade de maior compreensão das variáveis envolvidas nesse processo para tornar mais efetivas as ações programáticas de prevenção de HIV e outras DSTs nessa população / Several studies pointed out higher vulnerability for HIV acquisition; in terms of individual, social and programmatic dimensions; in men who have sex with men (MSM). This vulnerability appears to be enhanced when assessed on psychoactive drug use conditions. This study explored the relationship between recreational use of psychoactive drugs and sex in the MSM population. Thirty-four individuals selected by convenience sample participated in the study. They answered structured and semi-structured questionnaires on drug use and sexual behavior. The sample size was defined on qualitative technique, up to the number when data saturation was achieved. Descriptive analysis was used for quantitative questions and content analysis for qualitative answers. The results showed that 91% (31) of the group referred psychoactive drug use. The most frequent licit drug used was alcohol 94% (29) and for illicit drug was marijuana 58% (18). The intermittent condom use was reported by 91% of them. The median reported number of sexual partners in the last month in this group was 1.5 (P25-75: 1- 4). The content analysis showed a conservative perception toward drug use and sex relationship. The condom appeared as the best-known prevention form. The use of drugs did not appear to be the most significant factor associated with prevention strategies failures. The study showed that other factors; such as ability to negotiate with the partner, taking risk-based opportunities and, particularly, sex drive; might have higher influence in dismissing condom use than psychoactive drugs use. Despite an association between use of psychoactive drugs and failure to avoid sexual risk behavior was observed, a better understanding of variables involved in this process is needed to make programmatic actions to prevent HIV and other STIs more effective in this population
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A permanência de adolescentes em CAPS AD: um olhar para a vulnerabilidade / The permanence of adolescents at CAPS AD A look at the vulnerability.

Mancilha, Grasiella Bueno 16 June 2015 (has links)
As investigações sobre a adolescência nas últimas décadas trazem contribuições para além dos recortes da puberdade e desenvolvimento socioafetivo, ampliando a compreensão da adolescência como um fenômeno de construção histórica, social, cultural e relacional na contemporaneidade. A adesão ao tratamento por adolescentes usuários de álcool e outras drogas é apresentada pela literatura como um desafio. Entendemos que a permanência do adolescente no tratamento está relacionada ao entendimento deste enquanto sujeito que pode exercer sua autonomia no contexto individual, social e político e onde os profissionais são corresponsáveis pelo processo terapêutico. Consideramos o conceito de vulnerabilidade e de redução de danos como importantes na compreensão deste tema. Objetivo: Traçar o perfil sociodemográfico em relação com o uso de drogas dos adolescentes em atendimento no CAPS AD e analisar suas percepções sobre o tratamento recebido, identificando quais fatores eles apontam como os que facilitam a sua permanência nesse serviço. Método: Pesquisa descritiva exploratória. Foram realizadas entrevistas individuais com 12 adolescentes que frequentaram, no período da coleta de dados, o grupo de adolescentes do serviço especializado. Os dados foram analisados utilizando a técnica de análise de conteúdo segundo Bardin e categorizados de acordo com os componentes da vulnerabilidade preconizados por Ayres. A análise foi realizada mediante o diálogo com o referencial teórico da vulnerabilidade em saúde, os princípios da redução de danos, redes de atenção psicossocial e reabilitação psicossocial. Resultados: Desvelamos graves vulnerabilidades envolvendo estes adolescentes, nos componentes individual, social e programático. Os adolescentes, em sua maioria, são do sexo masculino, com idade entre 14 a 19 anos; 75% se autodeclararam negros, possuem ensino fundamental incompleto e em evasão escolar (75%). Residem com seus familiares 8 adolescentes, sendo 6 deles pertencentes à família monoparental feminina e 4 estão acolhidos institucionalmente. Todos já foram poliusuários e fizeram o primeiro uso de droga aos 12 anos. A substância de preferência da maioria dos adolescentes foi a maconha, sendo também a mais utilizada pela primeira vez. Sobre as percepções do tratamento no CAPS AD, a maioria disse que é preciso ter força de vontade para permanecer e que esperam ocupar e distrair a mente com atividades mais atrativas como jogos lúdicos, gincanas, atividades externas e esportivas. O grupo de pares restrito pelo uso de drogas foi apontado como um dos fatores que mais dificultam a permanência no serviço. O componente social da vulnerabilidade, mesmo considerando que outros componentes estejam interligados e interdependentes, foi considerado como o mais marcante dos resultados dessa pesquisa, desvelando uma maior dificuldade para as (re)construções de projetos de vida para além de aspectos relacionados somente ao uso ou não de drogas. Considerações finais: Mesmo que não tenhamos receitas prontas e protocolos sistematizados, vislumbramos importantes direções a serem seguidas diante do desafio da elaboração de ações redutoras de vulnerabilidades direcionadas aos adolescentes usuários de drogas que chegam ao CAPS AD. Estas ações, para potencializar a permanência destes adolescentes em CAPS AD, devem avançar no sentido de construções coletivas, fortalecendo propostas que façam mais sentido para os adolescentes, que sejam atrativas e despertem neles vontade de ficar, de fazer e de acontecer. / The investigations into the teens in recent decades bring contributions beyond the newspaper clippings of puberty and socio-emotional development, broadening the understanding of adolescence as a phenomenon of historical, social, cultural construction and relational in contemporary times. Adherence to treatment for teens users of alcohol and other drugs is show in literature as a challenge. We understand that the permanence of the teenager in a treatment is related to the understanding that this person can have autonomy in an individual, social and political context, and where the professionals are co-responsible for the therapeutic process. We consider the concept of vulnerability and reduction of damages as important to comprehend this theme. Objective: drawn the social demographic profile in relation to the use of drugs by teenagers in attendance at CAPS AD and analyze their perceptions about the treatment received, identifying which factors they point as those who facilitate their permanence in this service. Method: Descriptive exploratory research. Individual interviews were held with 12 teenagers who attended, during the period of data collection, the group of teenagers of the specialized service. The data were analyzed using content analysis technique according to Bardin, and categorized according to the vulnerability components recommended by Ayres. The analysis was carried out through dialog with the theoretical framework of vulnerability in health, the principles of harm reduction, networks of psychosocial care and psychosocial rehabilitation. Results: it was unveiled serious vulnerabilities involving these teenagers in individual, social and programmatic components. Teenagers, mostly, are male, aged 14 to 19 years; 75% self-declared black, have incomplete or truancy elementary school (75 percent). Reside with their families 8 teenagers, being 6 of them belonging to a feminine single-parent family, and 4 are in a foster care institution. All have already used more than one type of drug and their first consumption was at the age of 12. The substance of preference of most teenagers was marijuana, being also the most used for the first time. About the perception of the treatment at CAPS AD, most said it takes willpower to stay and they expect occupy and distract the mind with activities more attractive as playful games, competitions, outdoors activities and sports. The peer group restricted by use of drugs was pointed as one of the factors that make it difficult to stay more in the service. The social component of vulnerability, even considering that the other components are interconnected and interdependent, was regarded as the most outstanding of the results of this research, unveiling a higher difficulty for the (re) constructions of life projects apart from aspects related only to the use of drugs. Final considerations: Even not having ready recipes and systemized protocols, we glimpse important directions to be followed faced the challenges of elaborating actions reducing vulnerabilities targeting teens drug users who reach CAPS AD. These actions, to increase the permanence of these teenagers in CAPS AD, should move towards collective buildings, strengthening proposals that make more sense for teens and are attractive to awaken in them the will to stay, and make it happen.
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Vulnerabilidade de crianças expostas ao HIV/Aids por transmissão vertical, Piauí, Brasil / Vulnerability of children exposed to HIV / AIDS through vertical transmission, Piauí, Brazil

Carvalho, Patricia Maria Gomes de 09 March 2015 (has links)
Introdução: A ocorrência de crianças infectadas por transmissão vertical ao HIV é um dos indicadores epidemiológicos que reflete diretamente a atenção à saúde da mulher e indica qualidade da assistência à saúde da criança. Há escassa produção cientifica que toma como objeto a vulnerabilidade das crianças expostas ao HIV por transmissão vertical. Objetivo: Analisar a vulnerabilidade das crianças expostas à transmissão vertical. Método: Realizou-se estudo de coorte com 217 crianças expostas ao HIV/Aids, atendidas no Serviço de Atenção Especializada à DST/Aids e Diretoria de Vigilância em Saúde da Secretaria de Estado da Saúde do Piauí. Foram investigados prontuários e fichas do Sistema de Notificação de gestantes com HIV e de crianças expostas à transmissão vertical, no período de 2000 a 2011. Utilizou-se a estatística descritiva e inferencial, com teste de associação Qui-Quadradro de Pearson e exato de Fisher, utilizando o software Statistical Package for the Social Sciences. Resultados: As 117 mães de crianças expostas ao HIV tinham média de idade de 27,9 anos; 63,3% eram pardas, 63,2% tinham menos de 08 anos de estudo e 71,8% eram provenientes de Teresina, capital do Piauí. Das 217 crianças, 23,5% adquiriram o vírus, 37,8% não foram infectadas e 38,7% tiveram perda de seguimento. A análise de Regressão Logística (p0,05) demonstrou um risco 2,38 vezes superior da criança ser infectada pelo HIV quando a mãe não faz o pré-natal; a não utilização dos antirretrovirais durante a gestação aumentou em 9,65 vezes o risco de infecção da criança e o risco foi elevado em 7,55 vezes nas que receberam o aleitamento materno. A perda de seguimento é um grave problema identificado no estudo e está relacionado à vulnerabilidade programática. Conclusão: As crianças expostas ao HIV/Aids apresentaram vulnerabilidades individual, social e programática, as quais estão associadas às características sociodemográficas da mãe, ao cuidado que essas crianças recebem nos serviços de saúde e à relação direta com as condutas profiláticas utilizadas para a redução da transmissão vertical do HIV pelos serviços de saúde. Os resultados indicam que é necessária a descentralização dos serviços de atenção à gestante com HIV e à criança exposta à infecção pelo vírus; a intensificação das ações de vigilância epidemiológica; e a promoção da execução das medidas de prevenção da transmissão vertical do HIV / Introduction: The occurrence of children infected by vertical transmission of HIV is one of the epidemiological indicators that directly reflects the health care of women and indicates the child\'s health care quality. There is scarce scientific production which focuses on the vulnerability of children exposed to HIV through vertical transmission. Objective: To analyze the vulnerability of children exposed to vertical transmission. Method: Cohort study with 217 children exposed to HIV / AIDS. The study site was the Specialized Care Service for STD / AIDS and the Board of Health Surveillance of the Ministry of Health of Piaui. Medical records, records of pregnancy within the HIV Reporting System and children exposed to vertical transmission were investigated in the period 2000 to 2011. Were used the descriptive and inferential statistics, with a combination of Parson chi-squared test or Fisher\'s exact test using the Statistical Package for Social Sciences software. Results: 117 mothers of children exposed to HIV had a mean age of 27.9 years; 63.3% were brown, 63.2% were under 08 years of study and 71.8% were from Teresina, Piauí. Of the 217 children, 23.5% acquired the virus, 37.8% were not infected and 38.7% were lost to follow. The logistic regression analysis (p 0.05) demonstrated a risk 2.38 times higher for children to acquiring HIV infection when the mother does not do prenatal exams; no use of antiretroviral drugs during pregnancy increased by 9.65 times the risk of child infection and the risk was increased by 7.55 times when the children received breastfeeding. The follow-up loss is a serious problem identified in the study and is related to the program vulnerability. Conclusion: Children exposed to HIV / AIDS presented individual, social and programmatic vulnerabilities, which were associated with the sociodemographic characteristics of the mother, the care that children receive in health services and the direct relationship with the prophylactic measures used to reduce child transmission of HIV by health services. The results indicate that the decentralization of the pregnant woman with HIV care services and children exposed to infection is required; as the intensification of epidemiological surveillance actions; and promoting the application of measures to prevent vertical transmission of HIV
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A permanência de adolescentes em CAPS AD: um olhar para a vulnerabilidade / The permanence of adolescents at CAPS AD A look at the vulnerability.

Grasiella Bueno Mancilha 16 June 2015 (has links)
As investigações sobre a adolescência nas últimas décadas trazem contribuições para além dos recortes da puberdade e desenvolvimento socioafetivo, ampliando a compreensão da adolescência como um fenômeno de construção histórica, social, cultural e relacional na contemporaneidade. A adesão ao tratamento por adolescentes usuários de álcool e outras drogas é apresentada pela literatura como um desafio. Entendemos que a permanência do adolescente no tratamento está relacionada ao entendimento deste enquanto sujeito que pode exercer sua autonomia no contexto individual, social e político e onde os profissionais são corresponsáveis pelo processo terapêutico. Consideramos o conceito de vulnerabilidade e de redução de danos como importantes na compreensão deste tema. Objetivo: Traçar o perfil sociodemográfico em relação com o uso de drogas dos adolescentes em atendimento no CAPS AD e analisar suas percepções sobre o tratamento recebido, identificando quais fatores eles apontam como os que facilitam a sua permanência nesse serviço. Método: Pesquisa descritiva exploratória. Foram realizadas entrevistas individuais com 12 adolescentes que frequentaram, no período da coleta de dados, o grupo de adolescentes do serviço especializado. Os dados foram analisados utilizando a técnica de análise de conteúdo segundo Bardin e categorizados de acordo com os componentes da vulnerabilidade preconizados por Ayres. A análise foi realizada mediante o diálogo com o referencial teórico da vulnerabilidade em saúde, os princípios da redução de danos, redes de atenção psicossocial e reabilitação psicossocial. Resultados: Desvelamos graves vulnerabilidades envolvendo estes adolescentes, nos componentes individual, social e programático. Os adolescentes, em sua maioria, são do sexo masculino, com idade entre 14 a 19 anos; 75% se autodeclararam negros, possuem ensino fundamental incompleto e em evasão escolar (75%). Residem com seus familiares 8 adolescentes, sendo 6 deles pertencentes à família monoparental feminina e 4 estão acolhidos institucionalmente. Todos já foram poliusuários e fizeram o primeiro uso de droga aos 12 anos. A substância de preferência da maioria dos adolescentes foi a maconha, sendo também a mais utilizada pela primeira vez. Sobre as percepções do tratamento no CAPS AD, a maioria disse que é preciso ter força de vontade para permanecer e que esperam ocupar e distrair a mente com atividades mais atrativas como jogos lúdicos, gincanas, atividades externas e esportivas. O grupo de pares restrito pelo uso de drogas foi apontado como um dos fatores que mais dificultam a permanência no serviço. O componente social da vulnerabilidade, mesmo considerando que outros componentes estejam interligados e interdependentes, foi considerado como o mais marcante dos resultados dessa pesquisa, desvelando uma maior dificuldade para as (re)construções de projetos de vida para além de aspectos relacionados somente ao uso ou não de drogas. Considerações finais: Mesmo que não tenhamos receitas prontas e protocolos sistematizados, vislumbramos importantes direções a serem seguidas diante do desafio da elaboração de ações redutoras de vulnerabilidades direcionadas aos adolescentes usuários de drogas que chegam ao CAPS AD. Estas ações, para potencializar a permanência destes adolescentes em CAPS AD, devem avançar no sentido de construções coletivas, fortalecendo propostas que façam mais sentido para os adolescentes, que sejam atrativas e despertem neles vontade de ficar, de fazer e de acontecer. / The investigations into the teens in recent decades bring contributions beyond the newspaper clippings of puberty and socio-emotional development, broadening the understanding of adolescence as a phenomenon of historical, social, cultural construction and relational in contemporary times. Adherence to treatment for teens users of alcohol and other drugs is show in literature as a challenge. We understand that the permanence of the teenager in a treatment is related to the understanding that this person can have autonomy in an individual, social and political context, and where the professionals are co-responsible for the therapeutic process. We consider the concept of vulnerability and reduction of damages as important to comprehend this theme. Objective: drawn the social demographic profile in relation to the use of drugs by teenagers in attendance at CAPS AD and analyze their perceptions about the treatment received, identifying which factors they point as those who facilitate their permanence in this service. Method: Descriptive exploratory research. Individual interviews were held with 12 teenagers who attended, during the period of data collection, the group of teenagers of the specialized service. The data were analyzed using content analysis technique according to Bardin, and categorized according to the vulnerability components recommended by Ayres. The analysis was carried out through dialog with the theoretical framework of vulnerability in health, the principles of harm reduction, networks of psychosocial care and psychosocial rehabilitation. Results: it was unveiled serious vulnerabilities involving these teenagers in individual, social and programmatic components. Teenagers, mostly, are male, aged 14 to 19 years; 75% self-declared black, have incomplete or truancy elementary school (75 percent). Reside with their families 8 teenagers, being 6 of them belonging to a feminine single-parent family, and 4 are in a foster care institution. All have already used more than one type of drug and their first consumption was at the age of 12. The substance of preference of most teenagers was marijuana, being also the most used for the first time. About the perception of the treatment at CAPS AD, most said it takes willpower to stay and they expect occupy and distract the mind with activities more attractive as playful games, competitions, outdoors activities and sports. The peer group restricted by use of drugs was pointed as one of the factors that make it difficult to stay more in the service. The social component of vulnerability, even considering that the other components are interconnected and interdependent, was regarded as the most outstanding of the results of this research, unveiling a higher difficulty for the (re) constructions of life projects apart from aspects related only to the use of drugs. Final considerations: Even not having ready recipes and systemized protocols, we glimpse important directions to be followed faced the challenges of elaborating actions reducing vulnerabilities targeting teens drug users who reach CAPS AD. These actions, to increase the permanence of these teenagers in CAPS AD, should move towards collective buildings, strengthening proposals that make more sense for teens and are attractive to awaken in them the will to stay, and make it happen.
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Percepções de adolescentes frente as IST/HIV/AIDS : demandas de cuidado à saúde, na perspectiva das vulnerabilidades / Perceptions of adolescents in relation to IST/HIV/SIDA: demands of health care from the perspective of vulnerabilities.

Brum, Maria Luiza Bevilaqua January 2017 (has links)
Considerando as situações de vulnerabilidades individuais, sociais e programáticas presentes nos cotidianos de vida adolescentes perante as Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST), avaliadas atualmente como principal fator facilitador da transmissão sexual do Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) e Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS), este estudo objetivou conhecer os elementos que constituem as vulnerabilidades na prevenção das IST/HIV/AIDS de um grupo de adolescentes e identificar suas demandas de cuidado à saúde com base no Modelo Bioecológico do desenvolvimento humano. É um estudo qualitativo, conduzido pelo método Photovoice de Caroline C. Wang, usado parcialmente para coleta de informações. O estudo ocorreu em uma Organização Não Governamental (ONG) situada em um município do oeste de Santa Catarina com a participação de dez adolescentes de ambos os sexos, com idades entre 12 e 18 anos. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade do Estado de Santa Catarina, sob o número 1.267.706. As informações foram interpretadas à luz da Hermenêutica proposta por Paul Ricouer, com suporte no referencial da Vulnerabilidade e do Modelo Bioecológico, emergindo dois temas principais: percepções dos adolescentes perante a prevenção das IST/HIV/AIDS e demandas de cuidado perante a prevenção das IST/HIV/AIDS dos adolescentes. Os resultados sinalizam que o microssistema, ou sistema familiar, é o alicerce do cuidado à saúde sexual dos adolescentes: mesmo que existam constrangimentos e conhecimento incipiente, o que ela ensina repercute em seus comportamentos. O mesossistema, isto é, as vivências com vizinhos e amigos, oportuniza aprendizados; já o exossistema, por meio da ONG, influencia seus crescimentos e desenvolvimento saudáveis; o cronossistema compõe suas histórias de vida, contribuindo com o somatório de conhecimentos que adquirem, enquanto o macrossistema envolve a cultura, as políticas e as ações programáticas de saúde, inseridas nos seus convívios sociais que os fazem perceber a necessidade de autocuidado. Identificou-se que os adolescentes são carentes de informações sobre as IST/HIV/AIDS, sobressaindo o sentimento de vergonha, problemática que também favorece as dificuldades de acesso aos bens e serviços disponibilizados gratuitamente. As demandas de cuidado na saúde sexual englobam o desejo de informações/educação sobre as IST/HIV/AIDS, visitas domiciliares, promoção de campanhas, distribuição de folders e panfletos para despertar nas pessoas a necessidade da prevenção às doenças sexuais. A proposta é empoderar a família porque, como a formadora das bases dos conhecimentos dos adolescentes, poderá contribuir para o não fortalecimento das vulnerabilidades individuais, sociais e programáticas, como também o não favorecimento de ambientes suscetíveis à possibilidade de adoecimento. Acredita-se que os resultados deste estudo fornecem subsídios para o cuidado de enfermagem porque, no âmbito das vulnerabilidades e dos ambientes bioecológicos em que vivem os adolescentes, destacam pontos importantes possíveis de serem incluídos nas estratégias de cuidado à saúde dos mesmos. / Considering situations of individual, social and programmatic vulnerabilities present in the daily lives of adolescents, against Sexually Transmissible Infections (IST), currently evaluated as the main facilitator of sexual transmission of Human Immunodeficiency Virus (HIV) and Syndrome Immunodeficiency Acquired (SIDA). This study aimed to know the elements that constitute vulnerabilities in the prevention of IST/HIV/SIDA of a group of adolescents and to identify their health care demands based on the Bioecological Model of human development. It is a qualitative study, driven by the Photovoice method of Caroline C. Wang, used partially for information gathering. The study was carried out at a non-governmental organization (ONG) located in a municipality in the west of Santa Catarina with the participation of ten adolescents of both sexes, aged between 12 and 18 years. The research was approved by the Research Ethics Committee of the State University of Santa Catarina, under the number 1,267,706. The information was interpreted in the light of the hermeneutics proposed by Paul Ricouer, supported by the Vulnerability and Bioecological Model, with two main themes emerging: adolescents' perceptions regarding IST/HIV/SIDA prevention and care demands for prevention IST/HIV/SIDA of adolescents. The results indicate that the microsystem, or family system, is the foundation of adolescent sexual health care: even if there are constraints and incipient knowledge, what it teaches has repercussions on their behaviors. The mesosystem, that is, the experiences with neighbors and friends opportunize learning; already, the exosystem, through the ONG, influences its healthy growth and development. The chronosystem composes their life histories and thus contributes with the sum of knowledge they acquire, while the macro system involves the culture, the policies and the programmatic actions of health, inserted in their social relations that make them realize the necessity of self-care. It was identified that adolescents lack information about IST/HIV/SIDA, with a feeling of shame, a problem that also favors the difficulties of access to the goods and services available free of charge. The demands for sexual health care include the desire for information / education about IST/HIV/SIDA, home visits, promotion of campaigns, distribution of folders and leaflets to awaken in people the need to prevent sexual diseases. The proposal is to empower the family because, as the founder of the knowledge bases of adolescents, it can contribute to the non-strengthening of individual, social and programmatic vulnerabilities, and the non-favoring of environments susceptible to the possibility of becoming ill. It is believed that the results of this study provide subsidies for nursing care, since, within the scope of the bioecological vulnerabilities and environments in which adolescents live, highlights important and possible points to be included in the health care strategies of the same.
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Adesão ao tratamento da tuberculose: Aspectos da vulnerabilidade programática

Luna, Fernanda Darliane Tavares de 14 July 2015 (has links)
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It was adopted as theoretical framework the concept of adherence to treatment worked for Bertolozzi and employees and the concept of vulnerability dimensions proposed by Ayres et al. To collect data, we used an instrument validated for adoption under the Primary Health Care, which enables membership elucidate markers to tuberculosis treatment and establishes scores, ranging from 1 to 3 as the potential accession. The analytical dimension was addressed programmatic vulnerability, expressed by 12 markers and analyzed the structure of axes and dynamic organization of health services, and implementation of actions. The gathering took place in March 2015 in the city of Campina Grande-PB, involving 39 patients with tuberculosis, diagnosed from September 2014 to February 2015. For data analysis was conducted descriptive and factorial statistical matching Multiple, obtaining plans representing the configuration of the space variables. Results: In both axes of analysis, the highest median and the larger variations were observed in the score 3; the score 2 was the most concise; and a score of 1, although less than 20% median showed great dispersion. Markers that had the score 1 as the most significant were 'difficult to treat compared to the support of health care', 'time to get diagnosed' and 'receiving home visit'. For the score 3, the main contributors were the markers for the bond. The group of patients who were diagnosed in a period exceeding one month, resorted to three or more services for the diagnosis and sought private medical office or hospital as the first service, represented a combination of characteristics indicative of a low potential for adherence to treatment. Conclusions: The centralized model adopted by the municipality with respect to assistance to tuberculosis, it seems to maintain relationship with little variability in the distribution of scores, and enhances the low scores of some markers, such as marker 'receiving home visit'. The inefficient trajectories suggest weaknesses of the Family Health Strategy, contributing to the low potential accession. It is essential to rethink the organization of health care TB services, strengthening the Family Health Strategy, to promote early diagnosis and treatment adherence. / Apesar de avanços tecnológicos relacionados a descobertas de insumo, tratamento e cura, a tuberculose persiste como um grave problema de saúde pública. Um dos maiores obstáculos para seu controle é a inadequação ou o abandono do tratamento, e um grande desafio é encontrar soluções eficazes que facilitem a adesão ao tratamento. Objetivo: Analisar os potenciais de adesão ao tratamento da tuberculose, através dos escores dos marcadores de adesão, relacionados aos aspectos de vulnerabilidade programática, no município de Campina Grande, estado da Paraíba. Material e Métodos: Estudo descritivo, de recorte transversal, e abordagem quantitativa. Adotou-se como referencial teóricometodológico o conceito de adesão ao tratamento trabalhado por Bertolozzi e colaboradores e o conceito das dimensões de vulnerabilidade proposto por Ayres e colaboradores. Para a coleta de dados, utilizou-se um instrumento, validado para ser adotado no âmbito da Atenção Primária à Saúde, que possibilita elucidar marcadores de adesão ao tratamento da tuberculose e estabelece escores, variando de 1 a 3, conforme os potenciais de adesão. A dimensão analítica abordada foi a vulnerabilidade programática, expressa por 12 marcadores e analisada nos eixos de estrutura e dinâmica da organização dos serviços de saúde, e de operacionalização das ações. A coleta aconteceu no mês de março de 2015, no município de Campina Grande-PB, envolvendo 39 doentes com tuberculose, diagnosticados no período de setembro de 2014 a fevereiro de 2015. Para a análise dos dados, foi realizada estatística descritiva e fatorial de correspondência múltipla, com obtenção de planos representando a configuração das variáveis no espaço. Resultados: Em ambos os eixos de análise, as medianas mais elevadas e as maiores variações foram evidenciadas no escore 3; o escore 2 foi o mais conciso; e o escore 1, apesar de medianas inferiores a 20 %, apresentaram grande dispersão. Os marcadores que tiveram o escore 1 como o mais expressivo foram ‘dificuldade no tratamento em relação ao apoio do serviço de saúde’, ‘tempo para receber o diagnóstico’ e ‘recebimento de visita domiciliária’. Para o escore 3, os que mais contribuíram foram os marcadores relativos ao vínculo. O grupo composto por doentes que obtiveram o diagnóstico em período superior a 1 mês, recorreram a 3 ou mais serviços para obter o diagnóstico e procuraram o consultório médico privado ou o Hospital como primeiro serviço, representou uma associação de características indicativa de uma baixo potencial de adesão ao tratamento. Conclusões: O modelo centralizador adotado pelo município no tocante a assistência a tuberculose, parece manter relação com a pequena variabilidade na distribuição dos escores, e potencializa os baixos escores de alguns marcadores, a exemplo do marcador ‘recebimento de visita domiciliária’. As trajetórias pouco eficientes sugerem fragilidades da Estratégia Saúde da Família, contribuindo para os baixos potenciais de adesão. É indispensável repensar a organização dos serviços de saúde de atenção a tuberculose, fortalecendo a Estratégia Saúde da Família, para favorecer o diagnóstico precoce e adesão ao tratamento.

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