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Vertigens de uma psicanálise a céu aberto : a cidade : contribuições do acompanhamento terapêutico à clínica na reforma psiquiátrica / Vertigo of an Open-Sky Psychoanalysis: the city contributions of therapeutic accompaniment to the clinic in psychiatric reformPalombini, Analice de Lima January 2007 (has links)
A pesquisa, interessada em precisar as ferramentas conceituais que possibilitam operar a clínica no campo da reforma psiquiátrica – quando a cidade invade o setting do tratamento e vem colocar a clínica em questão – tem como ponto de partida o percurso de uma experiência desenvolvida nos últimos dez anos junto à Universidade Federal do Rio Grande do Sul, em parceria com serviços de saúde mental da rede pública, tendo a atividade do acompanhamento terapêutico como vetor. Clínica e cidade foram os fios condutores desta investigação, que recorre inicialmente a leituras diversas, da história, geografia, ciências sociais, literatura, filosofia, para acompanhar desde a formação das cidades medievais até o advento das metrópoles contemporâneas. O nascimento do alienismo é inscrito nesse contexto, no momento de instauração das sociedades democráticas modernas, cuja ambição pelo governo das almas engendra o ideal isolacionista que o asilo psiquiátrico veio presentificar, de forma que a psiquiatria e suas congêneres, nascidas na cidade, dela vêm se apartar, o que se coloca como paradoxo presente nos processos de reforma psiquiátrica contemporâneos que propugnam o retorno da loucura ao convívio nas cidades Considerando que é esse paradoxo que o acompanhamento terapêutico, ao abrir-se à cidade, vem habitar, a pesquisa busca identificar as ferramentas conceituais de que se serve o acompanhamento terapêutico em cada uma de suas vertentes teóricas – referendadas seja em Lacan, em Winnicott ou em Deleuze-Guattari – e o modo como essas ferramentas possibilitam à clínica a incorporação do espaço público, através de objetos e relações, tanto simbólicos como materiais, sem fazer uso de uma relação de domínio à parte que implique em segregação com respeito à sociedade comum. Conclui-se, daí, que, se a incidência da cidade na prática do acompanhamento terapêutico configura o traço que singulariza essa prática como um dos modos de fazer a clínica, ela é, ao mesmo tempo, o que leva ao seu limite paradoxal o modo como a clínica se faz, cabendo disso extrair as conseqüências que interessam a uma clínica conforme a radicalidade do que propõe a reforma psiquiátrica. / Concerned with the sharpening of the conceptual tools that allow the clinic to work within the field of psychiatric reform — when the city invades the treatment setting and calls the clinic into question —, the present research has its starting point in the trajectory of an experiment carried out in the Universidade Federal do Rio Grande do Sul during the last ten years in partnership with public mental-health services, having therapeutic accompaniment as a driving force. Clinic and the city have been the guiding lines of this investigation, which initially refers to various readings of history, geography, the social sciences, literature and philosophy to understand as far back as the formation of medieval cities up to the emergence of contemporary metropolises. The birth of alienism is inscribed in this context, at the very moment when modern democratic societies come into being, their ambition of soul government engendering the isolationist ideal rendered present by the psychiatric asylum. Thus, born in the city, psychiatry and suchlike part ways with it, and this paradox is embedded in those processes of psychiatric reform that advocate bringing madness back into the conviviality of the city. Considering that therapeutic accompaniment, when it opens itself to the city, enables that paradox, the present research seeks to identify the conceptual tools therapeutic accompaniment deploys in each of its theoretic branches — be it that they refer to Lacan, Winnicott or Deleuze and Guattari — and the ways these tools render appropriation of the public space feasible to the clinic through objects and relations, both symbolic and material, without resorting to a separate domain that may entail segregation from common society. I infer that if the incidence of the city in the practice of therapeutic accompaniment is the feature that distinguishes this practice as one of the modes of doing clinic, this incidence is simultaneously what takes the manner in which clinic is done to its paradoxical limit, and one must extract thence the relevant consequences for a clinic, in accordance with the radicalness of the goals of psychiatric reform.
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"Acompanhamento terapêutico: uma estratégia terapêutica em uma unidade de internação psiquátrica" / "Therapeutical Accompaniment: a therapeutic strategy in a unit of psychiatric internment"Regina Celia Fiorati 03 July 2006 (has links)
A pesquisa realizada visa a elaboração de uma proposta de implementação da prática do Acompanhamento Terapêutico para pacientes com quadro psicótico agudo, internados no Setor de Agudos Masculino do Hospital Santa Tereza de Ribeirão Preto. A proposta de implementação dessa estratégia terapêutica foi apresentada como uma resposta a determinadas problemáticas apresentadas por alguns usuários do serviço, tais como: dificuldade de integração em serviço ambulatorial, alto número de reinternações hospitalares e necessidade de inclusão social. Para tanto, teve como objetivos específicos caracterizar os usuários que necessitaram do Acompanhamento Terapêutico e os problemas vivenciados no processo, relacionar os fatores que levaram a indicação dessa prática para determinados pacientes e identificar as dificuldades apresentadas no curso dos atendimentos. A partir de revisão bibliográfica da temática do Acompanhamento Terapêutico situamos essa prática como importante para a inclusão social de pessoas com transtornos mentais, tendo em vista os referenciais teóricos da reabilitação psicossocial. Trata-se de um estudo de caso, exploratório-descritivo, com abordagem qualitativa dos dados. Coletamos os dados a partir de dez casos atendidos, durante o período de oito meses, relatórios contidos em prontuários dos pacientes e reuniões de equipe e de família, os quais foram registrados em um diário de campo. A partir da análise dos dados, verificamos que as dificuldades sentidas ocorreram nas áreas familiares, redes sociais e nas esferas institucionais dos serviços. Assim, concluímos com a elaboração de uma proposta de implementação dessa técnica no programa terapêutico desse setor de tratamento. / The carried through research had as objective the elaboration of a proposal of implementation of the practical one of the Therapeutical Accompaniment for patients with acute psychotic picture and interned in the Masculine Sector of sharps of the Hospital Tereza Saint of Ribeirão Preto. The proposal of implementation of this therapeutic strategy the problematic determined ones presented by some users of the service were presented as a reply, such as: difficulty of integration in ambulatory service, high number of hospital internments and necessity of social inclusion. For in such a way, it had as objective specific to characterize the users who had needed the Therapeutical Accompaniment and the problems lived deeply in the process, to relate the factors that they had taken the patient determined indication of this practical and identify the difficulties presented in the curse of the attendance. From bibliographical revision of the Therapeutical Accompaniment, we point out this practical as important for the social inclusion of people with mental upheavals, in view of the theoretical referential of the psychosocial rehabilitation. One is about a study of case, exploratory-description, with qualitative boarding of the date. We collect the date from ten cases taken care of, during the period of eight months; reports contained in handbooks of the patients and meetings of team and family, and had been registered in a daily one of field. From the analysis of the date, we verify that the sensible difficulties had occurred in the familiar areas, social nets and in the institutional spheres of the services. Thus, we conclude with the elaboration of a proposal of implementation of this technique in the therapeutic program of this sector of treatment.
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Acompanhamento terapêutico: caminhos clínicos, políticos e sociais para a consolidação da reforma psiquiátrica brasileira / Therapeutic accompaniment: clinical, political and social paths for the brazilian psychiatric reformDébora Margarete Marinho 29 June 2009 (has links)
O Acompanhamento Terapêutico (AT) é um dispositivo que tem caráter transetorial em seu fazer porque pode atravessar ou compor com os espaços interdisciplinares e intersetoriais, como o Centro de Atenção Psicossocial, uma infinidade de projetos construídos coletivamente para ampliar os sentidos da vida de um sujeito. A partir dessa premissa, esta pesquisa define como objeto de estudo o AT como dispositivo de intervenção na vida de uma usuária de um serviço público de saúde mental e as interferências operadas por este dispositivo na sua vida em relação com o corpo social. Trata-se de uma pesquisa qualitativa que utiliza o Estudo de Caso como procedimento metodológico para apreensão e compreensão dos dados empíricos. Para isso, o estudo se propõe a enfrentar as questões: o AT produz transformação real na vida dos sujeitos? Que tipo de transformações opera no interno do campo transferencial, no serviço e na rede de cuidados? Sustenta-se por si só ou depende da rede ampliada pelos serviços territoriais? A origem do AT se dá em instituições privadas e só timidamente é transposta para os serviços da rede pública de atenção à saúde. Essa transposição não se dá de forma instituída e sua oficialização como dispositivo em saúde mental sofre percalços, como constatado com o desaparecimento do termo acompanhamento terapêutico e do financiamento do procedimento na legislação vigente e que constava na Portaria SNAS n.° 189 de 19 de novembro de 1991. Essa anulação do AT das políticas públicas é defendida, nesta pesquisa, como uma contradição em relação às diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS) e da própria Reforma Psiquiátrica, que orientam ações territoriais, intersetoriais, articulação de rede de serviços e articulação de recursos do território para a atenção em saúde mental. O resultado é a inacessibilidade do dispositivo AT aos que dele se beneficiariam, como foi comprovado no caso em análise. O cenário do estudo destaca-se por acionar este dispositivo e construir em conjunto com as acompanhantes terapêuticas envolvidas uma trajetória de enriquecimento e acesso a novas territorialidades para a K. Entretanto, o estudo questiona porquê os trabalhadores dos serviços de saúde mental não assumem para si a função potencializadora do AT e sua conseqüente legitimação na esfera pública e coletiva, o palco de ações e conexões de redes, propiciadoras de produção de vida. Este estudo sustenta que o AT é, no campo da saúde mental, um dispositivo que vem se sofisticando no decorrer de seu processo histórico com o questionamento de sua função estritamente clínica e se propõe a enfrentar os desafios para a retomada do diálogo e conexão do seu fazer com as políticas públicas / Therapeutic Accompaniment (TA) is a device of a cross sector nature because it can interact with interdisciplinary and intersected areas, like the Social and Psychic Help Center (Centro de Atenção Psicossocial), \'crossing or being a component of an infinity of collectively built projects that can broaden the meaning of life of a subject. Starting from that premise, this research defines TA as the study object that acts as a device of intervention in the life of a woman who uses mental health public services and the interferences resulted from this device in her life related to her social interactions. It is a qualitative research that uses the Case Study as a methodological procedure for collection and comprehension of empirical data. Therefore, this study proposes to face the following questions: Does TA produces real changes in the lives of its subjects? What types of changes are produced in the internal transferential field, services offered and the care network? Is it self-sustainable or does it depend on an amplified network by territorial services? TA origins takes place in private institutions and only very timidly is used by public health services. The use in public services doesn\'t take place in an established form and its officialization in health care is not easy. It was found that the term therapeutic accompaniment and its financing procedures disappeared from the current legislation. It used to be part of the SNAS Bill number 189 of November 19th of 1991 (Portaria SNAS n°189 de 19 de novembro de 1991). This TA annulment of public policies is viewed on this research as not only a contradiction of the Brazilian Heath Care Program (Sistema Único de Saúde SUS) but also of the Psychiatric Reform, that suggests territorial actions, cross sectoring, articulation of networking services and articulation of territorial resources for mental health management. The result is the inaccessibility of the TA device to the ones that could benefit from it as it was proved on the case study analyzed. The study scenario differentiates itself because it triggers this device and builds, with the therapeutic companion, an enriching path and offers accessibility to new territories to the K. However, this paper questions why workers of public mental health system do not take the transforming responsibility of TA and its consequent legitimization in public and collective sphere, the stage of actions and connections of network, which are auspicious for a more broaden meaning of life. This paper sustains that TA is, in the field of public mental health, a device that is becoming more sophisticated through its historical process with the questioning of its strictly clinical mission and its willingness to face the challenges to restart dialogue and to establish a connection with public policies
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Acompanhamento terapêutico na escola: entre o educar e o analisar / Therapeutic Accompaniment in school: between educating and analyzingLenara Spedo Spagnuolo 31 August 2017 (has links)
Este trabalho tem como objetivo central discutir a finalidade e o lugar ocupado pelo acompanhante terapêutico que funciona como apoio aos processos inclusivos escolares. Partimos da hipótese de que este profissional, uma vez orientado pela psicanálise, se posicionaria entre o educar e o analisar. Como metodologia, recorremos à articulação entre a experiência clínica e a reflexão teórica orientada por textos psicanalíticos. Realizamos, inicialmente, um levantamento bibliográfico acerca do Acompanhamento Terapêutico na escola e contextualizamos historicamente esse dispositivo clínico que nasce no campo da saúde mental, o que tem grandes consequências para seu deslocamento em direção ao terreno escolar. Em seguida, analisamos como tem ocorrido o encontro do Acompanhamento Terapêutico com a escola, especialmente no que se refere às construções discursivas em torno dos saberes sobre a inclusão escolar e sobre a criança dita de inclusão. No terceiro capítulo, apresentamos a concepção de educar a qual estamos referidos, e delimitamos nosso estudo ao campo da inclusão escolar em torno das crianças psicóticas e autistas, apresentando seus modos particulares de construção de conhecimento e de estar no laço social. No último capítulo, a partir da teoria dos quatro discursos proposta por Lacan (1969-70), discutimos o que há do analítico e do educativo no trabalho do acompanhante terapêutico na escola. A partir de cenas de um processo de alfabetização, sustentamos um modo de trabalho que seja dirigido não só à criança, mas também à escola. Defendemos, por fim, que esse profissional esteja na escola orientado pela construção de um lugar de aluno para a criança acompanhada. É então, quando o laço entre professor e aluno puder operar, que a presença do acompanhante torna-se dispensável. / This work aims to investigate the primary goal and function occupied by the therapeutic companion who works as a support to inclusive school processes. We start from the hypothesis that this professional, once guided by psychoanalysis, would pose himself between educating and analyzing. Our methodology framework is the articulation between clinical experience and theoretical reflection guided by psychoanalytic texts. After an initial bibliographic survey on Therapeutic Accompaniment in schools, we historically contextualize this clinic approach that has emerged in the field of mental health and has substantial consequences for its transposition towards the school field. Afterwards, we analyze how the connection of Therapeutic Accompaniment with schools has taken place, especially with regard to the discursive constructions around the knowledge about the school inclusion and about the child with special needs. In the third chapter, we present the concept of education to which we are referred to, and restrict our study to the field of school inclusion around psychotic and autistic children. Here we present the specific ways they build knowledge and socially bond. In the last chapter, based on Lacans theory of the four discourses (1969-70), we discuss what belongs to the analytic and educational fields in the Therapeutic Accompaniment work in schools. From scenes of a literacy process, we sustain a way of working directed not only to the child but also to the school. Finally, we defend that this professional should be in schools focused on constructing a student place for the accompanied child. The presence of the companion becomes dispensable only when the bond between teacher and student can properly operate.
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Vertigens de uma psicanálise a céu aberto : a cidade : contribuições do acompanhamento terapêutico à clínica na reforma psiquiátrica / Vertigo of an Open-Sky Psychoanalysis: the city contributions of therapeutic accompaniment to the clinic in psychiatric reformPalombini, Analice de Lima January 2007 (has links)
A pesquisa, interessada em precisar as ferramentas conceituais que possibilitam operar a clínica no campo da reforma psiquiátrica – quando a cidade invade o setting do tratamento e vem colocar a clínica em questão – tem como ponto de partida o percurso de uma experiência desenvolvida nos últimos dez anos junto à Universidade Federal do Rio Grande do Sul, em parceria com serviços de saúde mental da rede pública, tendo a atividade do acompanhamento terapêutico como vetor. Clínica e cidade foram os fios condutores desta investigação, que recorre inicialmente a leituras diversas, da história, geografia, ciências sociais, literatura, filosofia, para acompanhar desde a formação das cidades medievais até o advento das metrópoles contemporâneas. O nascimento do alienismo é inscrito nesse contexto, no momento de instauração das sociedades democráticas modernas, cuja ambição pelo governo das almas engendra o ideal isolacionista que o asilo psiquiátrico veio presentificar, de forma que a psiquiatria e suas congêneres, nascidas na cidade, dela vêm se apartar, o que se coloca como paradoxo presente nos processos de reforma psiquiátrica contemporâneos que propugnam o retorno da loucura ao convívio nas cidades Considerando que é esse paradoxo que o acompanhamento terapêutico, ao abrir-se à cidade, vem habitar, a pesquisa busca identificar as ferramentas conceituais de que se serve o acompanhamento terapêutico em cada uma de suas vertentes teóricas – referendadas seja em Lacan, em Winnicott ou em Deleuze-Guattari – e o modo como essas ferramentas possibilitam à clínica a incorporação do espaço público, através de objetos e relações, tanto simbólicos como materiais, sem fazer uso de uma relação de domínio à parte que implique em segregação com respeito à sociedade comum. Conclui-se, daí, que, se a incidência da cidade na prática do acompanhamento terapêutico configura o traço que singulariza essa prática como um dos modos de fazer a clínica, ela é, ao mesmo tempo, o que leva ao seu limite paradoxal o modo como a clínica se faz, cabendo disso extrair as conseqüências que interessam a uma clínica conforme a radicalidade do que propõe a reforma psiquiátrica. / Concerned with the sharpening of the conceptual tools that allow the clinic to work within the field of psychiatric reform — when the city invades the treatment setting and calls the clinic into question —, the present research has its starting point in the trajectory of an experiment carried out in the Universidade Federal do Rio Grande do Sul during the last ten years in partnership with public mental-health services, having therapeutic accompaniment as a driving force. Clinic and the city have been the guiding lines of this investigation, which initially refers to various readings of history, geography, the social sciences, literature and philosophy to understand as far back as the formation of medieval cities up to the emergence of contemporary metropolises. The birth of alienism is inscribed in this context, at the very moment when modern democratic societies come into being, their ambition of soul government engendering the isolationist ideal rendered present by the psychiatric asylum. Thus, born in the city, psychiatry and suchlike part ways with it, and this paradox is embedded in those processes of psychiatric reform that advocate bringing madness back into the conviviality of the city. Considering that therapeutic accompaniment, when it opens itself to the city, enables that paradox, the present research seeks to identify the conceptual tools therapeutic accompaniment deploys in each of its theoretic branches — be it that they refer to Lacan, Winnicott or Deleuze and Guattari — and the ways these tools render appropriation of the public space feasible to the clinic through objects and relations, both symbolic and material, without resorting to a separate domain that may entail segregation from common society. I infer that if the incidence of the city in the practice of therapeutic accompaniment is the feature that distinguishes this practice as one of the modes of doing clinic, this incidence is simultaneously what takes the manner in which clinic is done to its paradoxical limit, and one must extract thence the relevant consequences for a clinic, in accordance with the radicalness of the goals of psychiatric reform.
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Perspectivas e impasses na mobilização de conhecimentos em música de graduandos em situações de colaboração pianística : estudos exploratóriosCianbroni, Samuel Henrique da Silva January 2016 (has links)
O presente trabalho teve como objetivo investigar perspectivas e impasses de mobilização de conhecimentos musicais em graduandos nas situações de colaboração pianística. Três bacharelandos em piano foram investigados em três diferentes modalidades de colaboração: instrumental, coral e vocal solo. A metodologia qualitativa se valeu do estudo de caso para a descrição dos dados, coletados através de entrevistas, registro de ensaios, aulas, exames institucionais e performances públicas. Os conceitos de Charlot (2000) sobre mobilização de conhecimentos e o modelo de Santos (2007) foram os fundamentos que nortearam a pesquisa. O modelo de Santos (2007) revelou-se passível de ser empregado no estudo, principalmente no que se refere às diferenças apontadas acerca do ciclo de investigação e de autorregulação, que se revelou distinto entre os participantes investigados. As perspectivas e impasses de mobilização de conhecimentos revelaram-se nas diferentes maneiras de perceber e abordar a atividade de colaboração com as quais os participantes estavam envolvidos, imbuídos tanto de suas crenças como de valores demonstrados. O estudo colocou em evidência dois fatores: (i) a influência que experiências prévias sistematizadas (ou seja, já aprendidas) e formas de interesse pessoal exercem nesta vertente de prática musical e (ii) a importância de se investigar o que já existe em termos de conhecimentos vivenciados (e sistematizados) nas experiências dos estudantes de graduação a fim de se buscar relacionar formas de conhecimento com maneiras de aprender. / The present work aimed to investigate perspectives and deadlocks of musical knowledge mobilization in undergraduate at pianistic collaboration situations. Three piano bachelors were investigated in three different types of collaboration: instrumental, choral and vocal solo. Qualitative methodology relied on case study for the data description, collected through interviews, rehearses registration, classes, institutional exams and performances. Charlot’s (2000) concepts about knowledge mobilization and Santos’ (2007) model were guide references of this research. Santos’ (2007) model proved to be capable of being employed in this study, mainly for the differences pointed out about research and self-regulation cycle, which proved to be distinct among the investigated participants. The knowledge mobilization perspectives and impasses was revealed at the different ways to understand and address the collaboration activity to which the participants were involved, imbued of their beliefs and stated values. The study showed two factors: (i) the influence exercised by former experiences (already learned) and personal interest in this aspect of musical practice and (ii) the importance of investigating what is already known in terms of experienced knowledge (systematized) of undergraduate students in order to relate forms of knowledge and ways of learning.
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Acompanhamento terapêutico e psicose: um articulador do real, simbólico e imaginário / Therapeutic Accompaniment and Psychosis: inTerrelAting the Real, the Symbolic and the ImaginaryMauricio Castejon Hermann 09 May 2008 (has links)
Esta tese de doutorado problematiza a função clínica do Acompanhamento Terapêutico (AT) com pacientes psicóticos a partir do pensamento de Sigmund Freud e Jacques Lacan. Seu ponto de partida é a caracterização do AT por meio de alguns recortes das experiências institucionais de substituição dos manicômios (comunidades terapêuticas da Inglaterra, psiquiatria democrática italiana e psicoterapia institucional francesa), no intuito de caracterizar a função clínica do AT, função cuja contribuição para a reforma brasileira consiste em promover uma clínica de circulação do psicótico pela cidade. Em seguida, há dois capítulos teóricos nos quais se revêem o modo como Freud abordou a psicose e a releitura que Lacan faz dessa abordagem de Freud. Esses capítulos circunscrevem uma primeira indicação clínica para o tratamento possível das psicoses, no caso, a escuta do delírio na função de secretário do alienado. Essa indicação clínica será pertinente para que se possam trabalhar questões específicas da função clínica do AT, tais como: a de esta ser uma estratégia privilegiada para a instalação do dispositivo de tratamento e a do procedimento ético denominado olhar em rede procedimento que acompanha os tempos do sujeito em seu percurso clínico. Quanto à instalação do dispositivo de tratamento, sabe-se que alguns pacientes, em crise e com um sofrimento brutal, encaram o outro como alguém aterrorizante, o que impõe desafios na hora de o acompanhante terapêutico manejar a transferência e respeitar os tempos do sujeito (na crise quando um outro é o perseguidor até a condição da erotomania) para a instalação do dispositivo de tratamento. Quanto à questão do olhar em rede, propõe-se problematizá-lo desde suas raízes institucionais até seu uso no AT, ao analisar a criação do AT em uma montagem institucional, além de inúmeras passagens clínicas, nas quais o sujeito é sempre considerado na perspectiva ética da psicanálise. O olhar em rede é de grande valia para a construção de um projeto terapêutico para o AT. Em seguida, apresenta-se outro capítulo teórico no qual será abordada uma segunda indicação clínica oriunda do pensamento de Lacan, a teoria dos nós borromeanos e a construção do sinthoma. O sinthoma, com th, assume uma função de amarração dos três registros o real, o simbólico e o imaginário e é considerado o quarto elemento da cadeia, o Nome-do-Pai. Na psicose, porém, esse quarto elemento é foracluído, o que convoca o sujeito a construir suplências possíveis ao Nome-do-Pai ou construir o próprio sinthoma. Finalmente, definimos outra função clínica do AT, ou seja, sua contribuição para a construção do sinthoma, função que desemboca em uma ArTiculação dos três registros referidos. O AT, portanto, assume um estatuto psicanalítico, na medida em que propicia ao sujeito psicótico construir uma suplência favorável a sua aproximação ao laço social, o que permite concluir que o AT é uma estratégia importante para o tratamento possível das psicoses. / The overall purpose of this doctoral thesis is to problematize the Therapeutic Accompaniment (TA) of psychotic patients by drawing on the thought of Sigmund Freud and Jacques Lacan. It initially characterizes the TA through depictions of experiences from reforms in the mental health care (therapeutic communities in England, democratic psychiatry in Italy and institutional psychotherapy in France) aimed at determining the function of TA in the psychoanalytic clinic, the contribution of which to the Brazilian reform merely consists in promoting a clinic of circulating psychotics around the town. Next, two theoretical chapters revisit the Freudian approach to psychosis and Lacans rereading of it. These circumscribe a first clinical indication for the possible treatment of psychoses, in this case, the listening to the delusions in the position of secretary to the alienated. This clinical indication is deemed pertinent to enable working with specific aspects of the function of TA in the clinic, such as that of its being a privileged strategy for the installation of the treatment device and that of the ethical procedure called networked gaze a procedure that follows the times of the subject in his or her clinical path. As for the former, the installation of the treatment device, patients in a crisis, wounded by brutal suffering, are known to face the other as someone terrifying, which imposes challenges when the therapeutic escort has to deal with transference whilst respecting the subjects times (in a crisis when an other is the persecutor until the condition of erotomania) in order to install the treatment device. Concerning the issue of a networked gaze, this work proposes to problematize it from its institutional roots to its use in the TA, by analyzing the creation of the TA in an institutional framework, along with several clinical passages, in which the subject is always considered under the ethical perspective of psychoanalysis. This networked gaze is of great value to building a therapeutic project for the TA. The next theoretical chapter presents a second clinical indication arising from Lacans formulation of the Borromean knot and the construction of the sinthome, which knots together the three registers - real, symbolic and imaginary and is considered the fourth element of the signifying chain, the Name-Of-The-Father. In psychosis, however, this fourth element is foreclosed, in which case the subject is convoked to build possible supplementations to the Name-Of- The-Father or build his/her own sinthome. Finally, another clinical function of the TA is defined, i.e., its contribution to the construction of the sinthome; a function that evolves into an interrelation among the three registers referred. The AT, therefore, takes on a psychoanalytical statute, insofar as it allows the psychotic subject to build a favorable supplementation to its approximation to the social link, which leads to the conclusion that the TA is an important strategy in the possible treatment of psychoses.
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A contratransferência na clínica contemporânea: abertura para o inédito / Countertransference in contemporary clinic: opening to the originalityCarla Alessandra Barbosa Goncalves 14 May 2012 (has links)
Este estudo investiga experiências clínicas da pesquisadora em diferentes modalidades de atendimento: clínica privada, clínica em instituições de saúde mental e no acompanhamento terapêutico. O contato com pacientes difíceis levaram a pesquisadora a identificar que a contratransferência é um instrumental clínico privilegiado para compreender e intervir com esses pacientes. O objetivo deste trabalho é problematizar a contratransferência nas diversas atividades clínicas. Freud, Heimann, Ferenczi e Winnicott são discutidos em companhia de psicanalistas brasileiros Barretto, Gondar, Kupermann e Safra que debatem a contratransferência no psicanalisar da atualidade. Foram reproduzidos recortes clínicos da literatura científica e apresentadas vinhetas clínicas dos atendimentos realizados pela pesquisadora, com o intuito de examinar o uso da contratransferência na contemporaneidade. Para Freud, a contratransferência era um obstáculo à análise; para Heimann, os afetos do analista eram reativos e indicavam uma compreensão da transferência em jogo; Ferenczi abarcou os afetos do analista como possibilidade de comunicação inconsciente e um recurso interventivo, formulando as noções de tato e empatia; Winnicott também defendia a positividade dos afetos do terapeuta, instrumentalizando o uso da contratransferência e do manejo clínico e fundamentando o processo analítico no espaço transicional, o que permitiu criatividade e ineditismo no processo terapêutico. Conclui-se que a possibilidade do terapeuta utilizar a contratransferência como recurso favoreceu o tratamento de pacientes difíceis na clínica privada, nas instituições e no acompanhamento terapêutico. A contratransferência implica transformações técnicas, teóricas e éticas, bem como articula-se ao campo estético, pois amplia a possibilidade de comunicação e compreensão ao levar em conta os recursos afetivos do terapeuta nos cuidados dos pacientes difíceis / This study investigates the researcher\'s clinical experiences in different modes of treatment: private clinic, clinical mental health institutions and in the therapeutic accompaniment. The contact with hard cases patients led the researcher to identify that countertransference is a privileged clinical instrument for understanding and intervening with these patients. The objective of this work is to complexify the countertransference in multiple clinical activities. Freud, Heimann, Ferenczi and Winnicott are discussed in the company of Brazilian psychoanalysts - Barretto, Gondar, Kupermann and Safra - debating countertransference in the present psychoanalysis practice. It was reproduced excerpts from scientific literature and clinical vignettes provided by the researcher from their treatment in order to examine the use of countertransference in contemporary times. For Freud, countertransference was an obstacle to the analysis; for Heimann, the emotions of the analyst were reactive and showed an understanding of the transference in the analitic process; Ferenczi embraced the affections of the analyst as the possibility of unconscious communication and an intervening resource by establishing the notion of tact and empathy; Winnicott also supported the positivity of the affects from the therapist, providing tools for the use of the countertransference and the clinical management, grounding the analytic process in the transitional space, which allowed the creativity and originality in the therapeutic process. It was concluded that the possibility of to use the countertransference buy the therapist as a resource contributed the treatment of hard cases patients in private clinics, institutions and therapeutic accompaniment. The countertransference involves technical theoretical and ethical changes and articulates the aesthetic field, because it enhances the possibility of communication and understanding considering the emotional resources of the therapist in the care of hard cases patients
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Reflexões sobre o potencial terapêutico dos encontros com crianças e adolescentes em situação de rua no centro da cidade de São Paulo / Considerations about the therapeutic potential of meetings with street children and street adolescents in downtown São PauloFernanda Quirino Ramos 25 May 2011 (has links)
A partir das experiências de educadores do Projeto Quixote, este estudo busca investigar se há ou não um potencial terapêutico nos encontros com crianças e adolescentes em situação de rua no centro da cidade de São Paulo. Para responder a tal questão utilizamos o método fenomenológico-clínico. Com o método fenomenológico buscou-se compreender a esfera intersubjetiva dos encontros entre os educadores e as crianças e, em seguida, realizou-se reflexões clínico-teóricas a partir do conceito de criatividade de Donald Winnicott e da perspectiva clínico-ontológica de Gilberto Safra. Os procedimentos utilizados para a coleta de dados foram: análise de diário de campo e análise de relatórios institucionais que contemplaram as experiências intersubjetivas. As reflexões sobre os encontros com estes meninos e meninas retratam e testemunham como eles vivem o dia-a-dia nas ruas do centro da cidade. Nota-se que estas crianças e adolescentes tentam interromper ciclos de abandono e violência vivenciados em seus contextos de origem e a chegada às ruas parece indicar a esperança de encontrarem relações significativas a partir das quais possam estabelecer uma relação pessoal e significativa com a vida. Discutiu-se a confiabilidade, a corporeidade, o brincar e o acompanhamento terapêutico das inserções das crianças na rede de proteção. As reflexões apontam que os educadores contribuem, essencialmente, oferecendo outras formas de se relacionar, a partir da oferta de uma presença disponível, que no contexto da saúde é terapêutica. O educador, sendo capaz de reconhecer cada acompanhado em sua singularidade e necessidades éticas fundamentais, favorece que estas crianças possam vir a se constituir e sentirem-se reais, podendo estabelecer uma relação pessoal com o mundo. Conclui-se que há possibilidades de estabelecer uma potencialidade terapêutica no encontro com estas crianças e adolescentes que circulam pelas ruas da cidade, no entanto para obter resultados satisfatórios dependerá não só das possibilidades das crianças se aproximarem e interagirem, mas também do acolhimento e hospitalidade dos profissionais que delas se aproximam. Assim, uma aliança poderá desenhar-se e estabelecer um potencial terapêutico; potencial como possibilidade de reconhecer o valor da intensidade vivida na aproximação, por meio da terapêutica de intervenção e do cuidado dos educadores / Based on the experiences of the educators from Projeto Quixote, this work intends to investigate whether there is a therapeutic potential in the meeting with street children and teenagers in downtown São Paulo. In order to answer such a question the phenomenological-clinical method was used. The phenomenological method was used in the understanding of the inter-subjective area present in the meetings between educators and children, followed by clinical-theoretical considerations on the basis of Donald Winnicotts concept of creativity together with the clinical-ontological perspective of Gilberto Safra. The procedures used to collecting the data were: the analysis of a field work diary and the analysis of the institutional reports dealing with inter-subjective experiences. The considerations about the meetings with these boys and girls are at the same time a portrait and a testimony on their daily way of living in downtown streets. We noticed that these children and teenagers try to interrupt the cycles of abandonment and violence experienced in their original environment and the arrival in the streets seems to indicate their hope in finding significant relations from which they may establish a personal and significant relation with life itself. We discussed reliability, corporeity, playing and the therapeutic accompaniment of the childrens insertion into the institutions of protection. The discussions reveal that the educators contribute essentially in offering other ways of relating by means of their presence and availability, which in the health context is therapeutic. The educator, being someone capable of considering each person accompanied in his/her singularity, and his/her fundamental ethical necessities, helps these childrens constitution as being and feeling real, enabling them to establish a personal relationship with the world. We conclude that there are possibilities to establish a therapeutic potential in the meetings with these children and teenagers that wander about the streets of the city. However the positive results depend not only on the childrens possibility of approaching and interacting, but also on the professionals hospitality. In this way, an alliance may happen and establish a therapeutic potential; potential as the possibility to recognize the value of the meeting intensity given by the therapeutics of the educatorsintervention and care
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Entre atoleiros e becos sem saída: descrição fenomenológica dos impasses vivenciais experienciados por acompanhantes terapêuticos / Among quagmires and blind alleys: phenomenological description of the experienced-based impasses lived by therapeutic accompanistsDanilo Salles Faizibaioff 23 May 2016 (has links)
O Acompanhamento Terapêutico (AT) é uma modalidade clínica central no tratamento de pessoas portadoras das mais graves configurações psicopatológicas na contemporaneidade. Os profissionais que a praticam, os acompanhantes terapêuticos (ats), descrevem, em diversos artigos e capítulos de livro por eles publicados, as principais dificuldades, empecilhos, estorvos, embaraços, agonias, incertezas, obstáculos e desafios em seu cotidiano de trabalho. Tais fenômenos, que se lhes manifestam ao nível das vivências, isto é, da experiência sensível, denominei-os de Impasses Vivenciais (IpVs). O objetivo desta pesquisa foi buscar e sintetizar, na literatura científica do AT, descrições destas vivências perturbadoras e desorganizadoras, destes turbilhões vivenciais que convocam os acompanhantes à experimentação de pensamentos, sensações, sentimentos, emoções e reflexões ante os quais eles, independente de suas abordagens teóricas de trabalho, reconhecem as principais adversidades da clínica do AT. Trata-se, em síntese, de descrever as diferentes formas de aparição dos IpVs aos ats, tal como se lhes manifestam à consciência, da forma como se lhes apresentam espontaneamente. Em seguida visou-se, para além da descrição das diferentes formas de aparição dos IpVs, à intuição da essência de tal fenômeno. A pesquisa é de natureza qualitativa, conduzida pelo método fenomenológico, mais especificamente pela Fenomenologia de Eugène Minkowski, um psiquiatra e psicopatólogo russo-polonês que, já no começo do século XX, empreendeu uma experiência clínica radical em moldes formais e éticos bastantes similares ao atual AT. Ele descreveu, em relação a ela, suas vivências de impasse em um artigo publicado em 1923. Outros interlocutores elegidos para o diálogo com os achados aqui levantados foram Donald Winnicott e Gilberto Safra. Foram analisados diversos artigos publicados em periódicos indexados ou revistas de outra natureza e capítulos de livros sobre o AT, recortando-se descrições escritas destes impasses vivenciais, as quais foram sendo progressivamente comparadas umas às outras. À medida que se foi notando uma repetição quanto à natureza das diferentes formas como estes IpVs se lhes manifestavam aos acompanhantes, 6 categorias fenomenológicas foram construídas por saturação: (1) impactos físicos e sensoperceptivos; (2) sensação de impotência, desesperança e não-saber; (3) fragilidade do lugar profissional do at; (4) estranhamento/questionamento das próprias representações normal/patológico; (5) insegurança, desproteção e medo e (6) interpenetração fusional. Elas foram expostas em diálogo com as próprias vivências de impasse do autor desta dissertação, em sua experiência de 5 anos como at, e também com as de Eugène Minkowski, no que tange ao seu empreendimento clínico embrionário, sempre relacionando-as com a categoria de manifestação fenomenológica específica de nosso objeto de estudo. A abordagem da intuição da essência dos IpVs, num momento posterior, mostrou que, para além de suas diferentes formas de manifestação anteriormente descritas, trata-se estes de um fenômeno paradoxal: obstáculo e empecilho, por um lado, mas principal norteador diagnóstico e clínico na condução dos casos, pelo outro. Desta forma, conclui-se que, ao invés de se falar em uma essência dos IpVs, são os próprios IpVs a essência do AT, o qual se propõe ser re-pensado, eticamente, como a clínica do impasse / The Therapeutic Accompaniment (AT) is a central clinical modality in the treatment of people affected by the most severe psychopathology in contemporaneity. The professionals who practice it, the therapeutic accompanists (ats), describe, in several articles and book chapters published by them, the main difficulties, obstacles, hindrances, encumbrances, agonies, uncertainties and challenges in their daily work. I named such phenomena, which manifest to them in terms of experiences, i.e., the sensible experience, as experienced-based impasses (IpVs). The aim of this study was to search and summarize, in the AT scientific literature, descriptions of these disturbing and disorganizing experiences, these experiential eddies that summon up the accompanists giving thoughts, sensations, feelings, emotions and reflections a trial, in face of which they, regardless of their theoretical work approaches, recognize the AT clinic major adversities. In short, it is to describe the different forms of appearance of the IpVs to the ats, as the way they manifest their consciousness to, the manner they present them to spontaneously. Then, we have aimed up, beyond the description of the different forms of IpVs appearance, the intuition of this phenomenon essence. This is a qualitative research, conducted according to the phenomenological method, specifically the Phenomenology of Eugène Minkowski, a russian-polish psychiatrist and psychopatologist who, already in the beginning of the 20th century, undertook a radical clinical experience in a formal and ethical manner quite similar to the current AT. He described, related to it, his deadlock experiences in an article published on 1923. Other partners elected for the dialogue with our findings were Donald Winnicott and Gilberto Safra. We analyzed several articles published in indexed journals or magazines of other kinds and AT book chapters, looking for written descriptions of these experienced-based impasses, which we progressively compared one another. As we noted a repetition related to the different forms of emergence of these IpVs to the ats, 6 phenomenological categories were constructed by saturation: (1) physical and sensory impacts; (2) feeling of helplessness, hopelessness and lack of knowledge; (3) professional at place weakness; (4) estrangement/questioning of the own normal/pathological representations; (5) insecurity, defenselessness and fear and (6) melting interpenetration. They were exposed in dialogue with this author\'s dissertation deadlock experiences, taking into account his 5-years professional career as at, and also with Eugène Minkowski\'s ones, in terms of his embryonic clinical development, always relating them to the specific phenomenological manifestation category of our object of study. The IpVs essence intuition approach, at a later time, showed that, beyond its various manifestations forms described above, it is a paradoxical phenomenon: obstacle and hindrance, on the one hand, but the main diagnosis and clinical guiding in the conduct of cases, on the other. Thus, instead of talking about an IpVs essence, the IpVs are the AT essence, which is proposed to be re-thought, ethically, as the clinic of impasse
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