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Radiação gama e secagem na conservação da qualidade do óleo de frutos de macaúba / Gamma radiation and drying in preserving the oil quality of the macaw palm fruits

Martins, Adalvan Daniel 10 April 2013 (has links)
Made available in DSpace on 2015-03-26T13:39:59Z (GMT). No. of bitstreams: 1 texto completo.pdf: 3312802 bytes, checksum: ed566888c2b516d81fa9fb871d5632dc (MD5) Previous issue date: 2013-04-10 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / The macaw palm [Acrocomia aculeata (Jacq.) Lodd. Martius ex] presents itself as a promising source of vegetable oils, especially as feedstock for biodiesel production. This is due to the high oil content in the mesocarp and almond fruit, the ability to take full utilization of these fruits, besides the great adaptability of this species to climatic conditions. However, missing information for conservation of oil quality after harvesting and storage of fruits, generating the need to develop studies that extend the shelf-life while maintaining the quality of the extracted oil. The objectives of this study were to evaluate the quality and content of mesocarp and almond oil in macaw palm fruits undergoing physical treatments of gamma radiation and drying during storage at room temperature. We carried two experiments: the first one, 120 experimental units were treated with doses of 0, 0.5, 1.0, 3.0 5.0 and 10.0 kGy of gamma radiation and stored for 0, 15, 30 , 45 and 60 days at room temperature. The interaction between dose and storage time was significant. Best visual quality was observed in fruits irradiated with higher doses, in the first days of storage. The free fatty acid from irradiated fruits were lower than the control treatment and doses of 10.0 kGy showed the highest reduction of this index. Gamma radiation reduced the oil accumulation and oxidative stability in the mesocarp. The water content in the mesocarp oil increased with increasing dose and time of storage. The oleic acid and lauric acid are present in higher quantities in the mesocarp and almond oil, respectively. Among the major fatty acids present in the mesocarp and almond oil, oleic acid is the fatty acid that presents major changes during storage. In the second experiment, 100 units experimental of macaw palm fruits were submitted to different combinations of temperature and drying time: 1) without drying the fruits (SS) 2) dried in a oven at 45°C for 4 days (45°C / 4d), 3) drying in an oven at 65°C for 4 days (65°C/4d), 4) drying in an oven at 45°C for 8 days (45°C/8d); 5) dried at 65°C for 8 days (65°C/8d). After this treatment the fruits were conducted to storage at room temperature for 0, 15, 30, 60 and 120 days. There are influence of the drying process and storage time in the evaluated characteristics. Drying at 65°C for 8 days was effective for maintaining stable the free fatty acid index of the mesocarp oil during storage. Drying restricted the accumulation of oil in the mesocarp and almond fruit. The oxidative stability was reduced by drying treatment. Higher concentrations of oleic and lauric fatty acids were found in mesocarp and kernel oils, respectively. The variations observed in the almond oil were with lower intensity than those obtained in the mesocarp oil, and oleic fatty acid is more susceptible to variation during storage. Physical treatments of gamma radiation and drying helped in preserving the fruit. Both had minor progressions in the free fatty index compared to the control treatment during storage, but the drying treatment was more effective in controlling the free fatty acid in the oil of the fruit. The oil accumulation and oxidative stability were reduced in both treatments. The drying treatment provides smaller variations in fatty acid profile for the mesocarp and almond oil. / A macaúba [Acrocomia aculeata (Jacq.) Lodd. ex Martius] apresenta-se como fonte promissora de óleos vegetais, especialmente como matéria-prima para produção de biodiesel. Isso se deve ao elevado teor de óleo no mesocarpo e na amêndoa dos frutos, à possibilidade de completo aproveitamento desses frutos, além da grande adaptabilidade dessa espécie às condições climáticas brasileiras. Entretanto, faltam informações para conservação da qualidade do óleo após a colheita e armazenamento dos frutos, gerando a necessidade de desenvolver estudos que prolonguem a vida pós-colheita, mantendo a qualidade do óleo extraído. Os objetivos desse trabalho foram avaliar a qualidade e teor de óleo do mesocarpo e da amêndoa de frutos de macaúba submetidos a tratamentos físicos de radiação gama e secagem, ao longo do armazenamento, à temperatura ambiente. Realizou-se dois experimentos: no primeiro experimento, 120 unidades experimentais, compostas por 24 frutos de macaúba, foram tratadas com as doses de 0; 0,5; 1,0; 3,0 5,0 e 10,0 kGy de radiação gama e armazenadas por 0, 15, 30, 45 e 60 dias à temperatura ambiente. A interação entre doses e tempo de armazenamento foi significativa. Melhor qualidade visual foi observada em frutos irradiados com as doses mais elevadas, nos primeiros dias de armazenamento. O índice de acidez do óleo de frutos irradiados foram menores que o tratamento controle, sendo a dose de 10,0 kGy a que propiciou maior redução desse índice. A radiação gama reduziu o acúmulo de óleo e a estabilidade oxidativa no mesocarpo. O teor de água no óleo do mesocarpo aumentou com o incremento das doses e do tempo de armazenamento. O ácido oleico e o ácido láurico estão presentes em maiores quantidades nos óleos do mesocarpo e da amêndoa, respectivamente. Dentre os principais ácidos graxos presentes no óleo do mesocarpo e da amêndoa, o ácido oleico é o ácido graxo que apresenta maiores variações no decorrer do armazenamento. No segundo experimento, 100 unidades experimentais, compostas por 24 frutos de macaúba cada, foram submetidas a diferentes combinações de temperatura e tempo de secagem: 1) sem secagem dos frutos (SS); 2) secagem em estufa a 45°C por 4 dias (45°C/4d); 3) secagem em estufa a 65°C por 4 dias (65°C/4d); 4) secagem em estufa a 45°C por 8 dias (45°C/8d); 5) secagem em estufa a 65°C por 8 dias (65°C/8d). Após esse tratamento as amostras foram conduzidas ao armazenamento, à temperatura ambiente, por 0, 15, 30, 60 e 120 dias. Houve influência do processo de secagem e do tempo de armazenamento nas características avaliadas. A secagem a 65°C por 8 dias foi eficiente para manter o índice de acidez do óleo do mesocarpo estável durante o armazenamento. A secagem restringiu o acúmulo de óleo no mesocarpo e na amêndoa dos frutos. A estabilidade oxidativa foi reduzida pelo tratamento de secagem. Maiores concentrações de ácidos graxos oleico e láurico foram encontrados nos óleos do mesocarpo e da amêndoa, respectivamente. As variações observadas no óleo da amêndoa foram de menor intensidade que as obtidas no óleo do mesocarpo, sendo que o ácido oleico é o ácido graxo mais susceptível à variação ao longo do armazenamento. Nos dois experimentos conduzidos, os tratamentos físicos de radiação gama e secagem ajudaram na conservação do fruto em pós-colheita. Ambos apresentaram menores progressões do índice de acidez em relação ao tratamento controle, durante o armazenamento, porém o tratamento com secagem foi mais eficiente no controle da acidez do óleo dos frutos. O acúmulo de óleo e a estabilidade oxidativa foram reduzidos em ambos os tratamentos. O tratamento de secagem proporciona menores variações no perfil de ácidos graxos, tanto para o óleo do mesocarpo, quanto para o óleo da amêndoa.

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