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Geologia de Mina do Paqueiro, Adrianópolis, Paraná. / Not available.Damasceno, Eduardo Camilher 22 September 1967 (has links)
A mina de chumbo do Paqueiro, situa-se no Estado do Paraná, a 17 km da cidade de Adrianópolis, a 130 km de Curitiba e a 380 km de São Paulo por estrada de rodagem. Essa jazida contribui modestamente na produção de chumbo e prata do distrito mineral do vale do Rio Ribeira, sendo a média mensal, durante 1966, de 210 t a 11,6% Pb. As reservas totais são estimadas em 1.500 t de chumbo. O teor em Ag é da ordem de 250 gr por tonelada de chumbo metálico produzido. As finalidades principais dessa trabalho são o estudo das rochas encaixantes, das estruturas, da forma e da mineralogia dos filões e a discussão da provável gênese e idade da mineralização. Visando localizar novos indícios de minerais de chumbo foi efetuada pesquisa de prospecção geoquímica em solos e rochas na área do Paqueiro. O embasamento da região é constituído predominantemente por sedimentos do grupo Açungui, incluindo calcários, dolomitos, calco-xistos, anfibolitos, filitos e metarenitos. As rochas intrusivas são granitos tipo Pirituba e diques básicos, orientados segundo N40°W. As estruturas da área estudada orientam-se predominantemente NE-SW, com mergulhos variáveis. A mina do Paqueiro é constituída é constituído por dois filões subparalelos, denominados \"I\" e \"BIS\", separados horizontalmente entre si de 25 m, discordantes cerca de 20° dos calcários escuros encaixantes. Ambos os filões são conhecidos por 45 m na vertical prolongando-se até profundidade desconhecida. A extensão do filão I é de 30 m, enquanto a do Bis é de 60 m, aproximadamente. A espessura média de ambos é de 1 m. A atitude geral da mineralização é de N60°E, com mergulhos acima de 70° para SE ou NW. A sua maior dimensão apresenta um caimento de 50°E. Esses filões constituem depósitos de substituição, localizados em fratura provavelmente falhada antes da mineralização. Toda a mina desenvolve-se na zona de oxigenação. A composição mineralógica dos filões é a seguinte: galena, pirita, calcopirita, esfalerita e arsenopirita, como primários; limonita, cerusita, piromorfita, covelina e malaquita, como minerais oxidados; ganga de quartzo e carbonatos. Essa associação mineralógica é tipicamente mesotermal. Foi observado zoneamento de minerais, especialmente pirita nas bordas e galena no centro do filão. A alteração de paredes é representada principalmente pela silicificação e dolomitização das encaixantes além de recristalização e fraturamento. A idade do chumbo da mina do Paqueiro e de outras jazidas da região, calculada pela composição isotópica desse elemento, em amostras de galena, é de 1.100 m.a. As diferenças entre as idades do chumbo e dos granitos, cerca de 510 m.a. (K/Ar), não permitem sustentar a filiação da mineralização a essas rochas intrusivas. Esses novos dados permitem sugerir hipótese singenética ou a derivação da mineralização de uma fonte desconhecida. Não pode ser excluída, contudo, a possibilidade de ter ocorrido remobilização e concentração do chumbo durante o metamorfismo e intrusão dos granitos. A fonte do Pb deve ter sido homogênea e comum as várias jazidas estudadas, exceto a ocorrência de Itapirapuã, cuja idade Pb/Pb concorda com a dos granitos associados. A idade do Pb dessa ocorrência, entretanto, pode ser anômala. A prospecção geoquímica demonstrou, mais uma vez, a sua importância em pesquisas de jazidas tendo sido localizados dois novos indícios de minerais de chumbo de interesse econômico. Os resultados obtidos na dosagem do Pb em solos por espectrometria de raios X e a prospecção geoquímica em rochas, embora ainda em fase experimental, demonstraram a possibilidade de sua aplicação na região. / Not available.
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Geologia de Mina do Paqueiro, Adrianópolis, Paraná. / Not available.Eduardo Camilher Damasceno 22 September 1967 (has links)
A mina de chumbo do Paqueiro, situa-se no Estado do Paraná, a 17 km da cidade de Adrianópolis, a 130 km de Curitiba e a 380 km de São Paulo por estrada de rodagem. Essa jazida contribui modestamente na produção de chumbo e prata do distrito mineral do vale do Rio Ribeira, sendo a média mensal, durante 1966, de 210 t a 11,6% Pb. As reservas totais são estimadas em 1.500 t de chumbo. O teor em Ag é da ordem de 250 gr por tonelada de chumbo metálico produzido. As finalidades principais dessa trabalho são o estudo das rochas encaixantes, das estruturas, da forma e da mineralogia dos filões e a discussão da provável gênese e idade da mineralização. Visando localizar novos indícios de minerais de chumbo foi efetuada pesquisa de prospecção geoquímica em solos e rochas na área do Paqueiro. O embasamento da região é constituído predominantemente por sedimentos do grupo Açungui, incluindo calcários, dolomitos, calco-xistos, anfibolitos, filitos e metarenitos. As rochas intrusivas são granitos tipo Pirituba e diques básicos, orientados segundo N40°W. As estruturas da área estudada orientam-se predominantemente NE-SW, com mergulhos variáveis. A mina do Paqueiro é constituída é constituído por dois filões subparalelos, denominados \"I\" e \"BIS\", separados horizontalmente entre si de 25 m, discordantes cerca de 20° dos calcários escuros encaixantes. Ambos os filões são conhecidos por 45 m na vertical prolongando-se até profundidade desconhecida. A extensão do filão I é de 30 m, enquanto a do Bis é de 60 m, aproximadamente. A espessura média de ambos é de 1 m. A atitude geral da mineralização é de N60°E, com mergulhos acima de 70° para SE ou NW. A sua maior dimensão apresenta um caimento de 50°E. Esses filões constituem depósitos de substituição, localizados em fratura provavelmente falhada antes da mineralização. Toda a mina desenvolve-se na zona de oxigenação. A composição mineralógica dos filões é a seguinte: galena, pirita, calcopirita, esfalerita e arsenopirita, como primários; limonita, cerusita, piromorfita, covelina e malaquita, como minerais oxidados; ganga de quartzo e carbonatos. Essa associação mineralógica é tipicamente mesotermal. Foi observado zoneamento de minerais, especialmente pirita nas bordas e galena no centro do filão. A alteração de paredes é representada principalmente pela silicificação e dolomitização das encaixantes além de recristalização e fraturamento. A idade do chumbo da mina do Paqueiro e de outras jazidas da região, calculada pela composição isotópica desse elemento, em amostras de galena, é de 1.100 m.a. As diferenças entre as idades do chumbo e dos granitos, cerca de 510 m.a. (K/Ar), não permitem sustentar a filiação da mineralização a essas rochas intrusivas. Esses novos dados permitem sugerir hipótese singenética ou a derivação da mineralização de uma fonte desconhecida. Não pode ser excluída, contudo, a possibilidade de ter ocorrido remobilização e concentração do chumbo durante o metamorfismo e intrusão dos granitos. A fonte do Pb deve ter sido homogênea e comum as várias jazidas estudadas, exceto a ocorrência de Itapirapuã, cuja idade Pb/Pb concorda com a dos granitos associados. A idade do Pb dessa ocorrência, entretanto, pode ser anômala. A prospecção geoquímica demonstrou, mais uma vez, a sua importância em pesquisas de jazidas tendo sido localizados dois novos indícios de minerais de chumbo de interesse econômico. Os resultados obtidos na dosagem do Pb em solos por espectrometria de raios X e a prospecção geoquímica em rochas, embora ainda em fase experimental, demonstraram a possibilidade de sua aplicação na região. / Not available.
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