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Fusão por desidratação de quartzo-biotita-anfibolito do Complexo Piracaia (Estado de São Paulo) sob temperatura de 950º C e pressões de 900 e 1100 MPa e implicações para a geração de magmas graníticos / not available

Torres Corredor, Johan Santiago 01 June 2017 (has links)
Dois experimentos de fusão por desidratação de quartzo-biotita anfibolito do Complexo Metamórfico Piracaia, Estado de São Paulo, foram efetuados sob condições de 950°C, 900 e 1100 MPa, em aparato pistão-cilindro, tipo end-loaded, Bristol de 200 tons. Em ambos foram utilizadas cápsulas e celas experimentais constituídas por \'Au IND.75\'\'Pd IND.25\' e folha de Pb - NaCl - vidro pirex - grafita - MgO, respectivamente. O tempo total dos experimentos foi superior a 160h e eles simulam condições da crosta inferior (ca. 30 km de profundidade) e crosta inferior profunda (ca. 35-40 km), respectivamente. A amostra de partida apresenta estrutura levemente bandada, migmatítica, textura granoblástica equigranular de granulação média e M\' \'quase igual a\' 50. Localmente apresenta venulações tardias contendo epídoto. Anfibólio cálcico e plagioclásio constituem 90%vol. e ocorrem em proporção próxima a 1:1; em menor proporção aparecem flogopita (5%), quartzo (4%) e os acessórios titanita, apatita, sulfetos, allanita, zircão. A rocha apresenta assinatura geoquímica similar aos E-MORBs, contendo teores mais elevados de K2O e ETRLs em relação a anfibolitos típicos de afinidade MORB. O anfibólio corresponde a pargasita/Mg-hornblenda (0,51 \'<OU=\' mg# \'<OU=\' 0,62), enquanto o plagioclásio é oligoclásio (An20-25); a flogopita apresenta 0,53 mg# \'<OU=\' 0,60. O conteúdo em Al da hornblenda e o equilíbrio hornblenda-plagioclásio indicam pressões e temperaturas de metamorfismo/ migmatização sob 600 (±60) MPa e 660 (±50)°C. Nos dois casos foi obtido 15-20 %vol de fusão de composição monzogranítica, magnesiana, metaluminosa a moderadamente peraluminosa e 80-85 % de fases cristalinas residuais-reequilibradas e/ou neoformadas. Entre estas, predominam o plagioclásio zonado reequilibrado (50% vol, com núcleos de oligoclásio e bordas de andesina) e, como fases neoformadas, ortopiroxênio (Opx) enstatítico (0,67 \'<OU=\' mg# \'<OU=\' 0,85) e clinopiroxênio (Cpx) augítico (0,64 <= mg# <= 0,77), que constituem 19-24% (maior no experimento sob 900 MPa), em uma proporção cpx:opx mais ou menos constante de aproximadamente 10:1. Óxidos neoformados de Fe-Ti correspondem a Ti-magnetita e ilmenita nos experimentos sob 900 e 1100 MPa, respectivamente. Pargasita/Mgedenita (9%) e flogopita residuais/reequilibradas aparecem particularmente nas zonas de borda das cápsulas experimentais; a biotita apenas no experimento de menor pressão. Entre os minerais acessórios, a titanita é a fase mais reativa, aparecendo frequentemente com mantos de óxidos de Fe-Ti. Granada, ao contrário do inicialmente esperado, não aparece entre os produtos do experimento de maior pressão. Os anfibólios apresentam valores mg# algo menores e ocupações de Ca+Na+K maiores no sítio cristalino A quando comparados aos presentes na amostra de partida. As condições de fugacidade de O2 ( fO2) calculadas para o equilíbrio oxired entre Timagnetita e ilmenita do experimento sob 1100 MPa indicam condições relativamente oxidantes, pouco superiores ao buffer Ni-NiO (\'quase igual a\'\'delta\'NNO+0,5). As atividades de H2O (aH2O), estimadas a partir das composições normativas Qz-Ab-Or dos vidros (fusões), sugerem valores abaixo da saturação e pouco menores (0,3 -0,5) para o experimento de maior pressão. Estimativas de P e T independentes, bem como de partição Mg-Fe, embasadas em termômetros e termobarômetros envolvendo os pares opx-fusão, cpxfusão e opx-cpx e partições Mg-Fe entre estas fases [KD(Fe-Mg)Opx-Liq, KD(Fe-Mg)Cpx-liq e KD(Fe-Mg)Opx-Cpx] são perfeitamente compatíveis com as esperadas para as condições de realização dos experimentos e sugerem que ambos alcançaram condições próximas e/ou de equilíbrio mesmo nas zonas centrais das cápsulas. As variações composicionais dos produtos e das texturas associadas reafirmam a ideia de que, em processos de fusão deste tipo, o equilíbrio químico é geralmente alcançado antes que o equilíbrio textural. Os resultados obtidos indicam que a fusão por desidratação de pequenas parcelas (15- 20%) de anfibolitos \"enriquecidos\" sob temperaturas de 950°C e pressões na faixa entre 900 e 1100 MPa, pode gerar fusões monzograníticas magnesianas, metaluminosas a marginalmente peraluminosas, com K2O>Na2O, similares aos líquidos precursores do denominado magmatismo de \"tipo-I\", em parte gerados por fusão de rochas meta-ígneas da crosta inferior. A fusão de fontes meta-basálticas deste tipo e a extração dos líquidos insaturados em H2O produzidos deixaria para trás um resíduo de hornblendaclinopiroxênio-granulito máfico, representativos das fácies granulito intermediário, dado pelo equilíbrio entre ortopiroxênio e plagioclásio. A ausência de granada no experimento de maior pressão, bem como as composições monzograníticas obtidas para as fusões, possivelmente estão relacionadas à composição, relativamente \"enriquecida\", do material de partida utilizado quando comparado aos experimentos similares da literatura, efetuados a partir de anfibolitos típicos, que resultam em fusões menos evoluídas, com composições tonalíticas/trondhjemíticas a granodioríticas. / Two dehydration melting experiments of a quartz-biotite amphibolite of the Piracaia Metamorphic Complex (São Paulo, Brazil) were carried out at a temperature of 950°C, and pressure ranges of 900 and 1100 MPa, in an end-loaded, Bristol Type, pistoncylinder apparatus of 200 ton. Both experiments used experimental capsules and cells made of \'Au IND.75\'\'Pd IND.25\' and Pb foil - NaCl - Pyrex glass - Graphite - MgO, respectively. The total time of the two experiments was greater than 160 h and they simulate lower crust (~30 km) and deep lower crust (~35-40 km) conditions, respectively. The starting material employed is characterized by a migmatitic-like banding structure with equigranular granoblastic, medium-grained, texture and M\' (color index) \'quase igual a\' 50. Calcic amphibole and plagioclase are the main minerals (90 wt %) occurring in a 1:1 proportion ratio. Phlogopite (5 %), quartz (4%) and accessory minerals such as titanite, apatite, sulfides, allanite and zircon are also present. The rock has a geochemical signature of E-MORB, with relatively high content of K2O and LREE as compared with typical MORBderived amphibolites. The amphibole is pargasite/Mg-hornblende (0.51 \'<OU=\' mg# \'<OU=\' 0.62), while plagioclase is oligoclase (An20-25) and phlogopite has 0.53 \'<OU=\' mg# \'< OU\'= 0.60. Al-inhornblende and hornblende-plagioclase geothermobarometry point to P-T metamorphic conditions at 600 (± 60) MPa and 660 (± 50)°C. In both cases, it was obtained a 15-20%vol of magnesian monzogranitic melts of metaluminous to moderately slightly peraluminous signatures and 80-85% of newly formed and/or re-equilibrated, residual, crystalline phases. These include re-equilibrated plagioclase with zoned texture (50% vol, from oligoclase cores to andesine rims) and newly formed orthopyroxene (enstatite, 0.67 <= mg# <= 0.85) and clinopyroxene (augite, 0.64 \'< OU=\' mg# \'<OU=\' 0.77) constituting 19-24% (great volume in the 900 MPa experiment) and with a cpx:opx relatively constant proportion of 10:1. Newly grown Fe-Ti oxides are Timagnetite and Ti-magnetite together with ilmenite in the 900 and 1100 MPa experiments, respectively. Residual, re-equilibrated, pargasite/Mg-edenite (9%) and phlogopite appear particularly in capsules border areas; biotite occurs only in the low-pressure experiment. Among the accessory minerals, titanite is the most reactive, with rims of FeTi oxides. Garnet, unlike expected, was not found among the products of the highpressure experiment. Amphiboles have lower mg# and higher Ca+Na+K occupations in the A sites as compared with those of the starting material. Oxygen fugacity (fO2) calculated for redox equilibrium between Ti-magnetite and ilmenite from the highpressure experiment indicates oxidizing conditions somewhat above the Ni-NiO \'quase igual a\' \'\'delta\' NNO+0.5) buffer. Water activities (aH2O) estimates from the Qz-Ab-Or normative compositions of the formed glasses suggest under-saturated water environments, with values somewhat lower (0,3 -0,5) for the low-pressure experiment. Independent pressure and temperature estimates as well as Fe-Mg partitioning coefficients, based on opx-melts, cpx-melts and opx-cpx pairs thermometry and thermobarometry and Fe-Mg partitioning coefficients [KD(Fe-Mg)Opx-melt,KD(Fe-Mg)Cpx-melt and KD(Fe-Mg)Opx-Cpx], are compatible with the expected results under the selected conditions for both experiments and suggests that equilibrium or near-equilibrium conditions were reached in the central area of the capsules. Compositional variations in the final products and associated textures reaffirm the idea that, in melting experiments of the conducted type, chemical equilibria is reached before textural equilibria. Experimental results indicate that dehydration melting in relatively small fractions (15- 20% melt volumes) of \"enriched\" amphibolites under a temperature of 950°C and pressures between 900 and 1100 MPa could generate magnesian monzogranitic melts with a metaluminous to moderately peraluminous character and K2O>Na2O, like precursor liquids of the so-called I-type magmatism, partly generated by partial melting of meta-igneous rocks constituting the lower crust. The partial melting of such meta-basaltic sources and extraction of the waterundersaturated liquids would leave behind a hornblende-clinopyroxene bearing mafic granulite residue representative of the intermediate granulite facies given by the orthopyroxene and plagioclase equilibria. The absence of garnet in the higher-pressure experiment as well as the monzogranitic compositions obtained are related to a relative \"enriched\" nature of the starting material as compared to other experimental results, starting from typical amphibolites, which result in less evolved melts, with tonalitictrondhjemitic to granodioritic compositions.
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Estudo da fusão de rochas máficas portadoras de hornblenda na fácies granulito, exemplo do anfibolito Cafelândia, Complexo Barro Alto, GO / Hornblende bearing mafic rocks melting study, the Cafelândia amphibolite example, Barro Alto Complex, GO

Lima, Roberta Pisanelli 26 April 2011 (has links)
O anfibolito Cafelândia faz parte da Sequência Serra da Malacacheta, Complexo Barro Alto, GO. Por ser rocha com bandamento composicional bem definido, o anfibolito tem sido interpretado como produto de metamorfismo de gabro acamadado. Entretando, uma das feições que esse bandamento composicional apresenta é a presença de veios de leucossoma paralelos à foliação da rocha. O contato transicional entre o anfibolito e alguns dos veios de leucossoma indicam que os veios foram formados por fusão in situ. O objetivo do presente trabalho é investigar o processo de fusão que afetou a rocha, utilizando descrições macroscópicas, microscópicas e análises químicas de minerais em diversos contextos texturais. O bandamento composicional é definido pela variação na proporção modal de hornblenda, plagioclásio, titanita, clinopiroxênio, granada e quartzo. Veios de leucossoma com porfiroblastos de hornblenda, concordantes ou discordantes da foliação são observados reforçando o bandamento. No topo estrutural do anfibolito ocorrem camadas com mais de 70% de hornblenda e outras dominadas por clinopiroxênio e granada. Ortopiroxênio é raro e não é possível ter certeza se os grãos presentes são reliquiares do protolito ígneo ou se são metamórficos. As camadas ricas em granada e clinopiroxênio não ultrapassam espessuras maiores que 5 a 10 cm. Na porção basal do anfibolito a proporção de hornblenda é menor e a proporção de clinopiroxênio e granada maior, ocorrendo ortopiroxênio em alguns afloramentos. Os porfiroblastos de hornblenda do leucossoma são substituídos por clinopiroxênio e rara granada. Diferenças sutis nas composições dos grãos de hornblenda e clinopiroxênio do anfibolito Cafelândia e do leucossoma ocorrem, mas são mascaradas pela influência da composição da banda na composição dos minerais. De modo geral, a hornblenda no leucossoma é mais rica em Si e Mg do que os grãos da matriz, enquanto o clinopiroxênio do leucossoma é mais rico em Al. Micro-exsoluções no clinopiroxênio do leucossoma também impedem a comparação da sua composição real com os grãos da matriz da rocha. Cálculos termobarométricos foram feitos em amostras do topo e da base estrutural do anfibolito utilizando o termômetro granada-clinopiroxênio e o barômetro granada-clinopiroxênio-plagioclásio-quartzo, além do programa THERMOCALC. A termobarometria convencional fornece valores P-T menores para temperatura e similares de pressão aqueles calculados com o THERMOCALC e não são muito diferentes dos que já foram calculados previamente, com valores para o topo de 870 ºC e 10,9 kbar e para a base de 881 ºC e 9,8 kbar. Se quartzo não é usado nos cálculos P-T, acréscimo de 2 a 3 kbar ocorre nos resultados. Os dados P-T calculados são compatíveis ou algo inferiores aos resultados experimentais de fusão de rochas máficas contendo hornblenda, produção de líquido tonalítico e resíduo contendo clinopiroxênio e granada. A presença de hornblenda dentro do leucossoma do topo da unidade pode estar associada com influxo de H2O no sistema durante a fusão, diferente do que ocorre na base do corpo. É possível que o líquido que se encontrava na porção basal esvai em direção as porções superiores do anfibolito, reidratando a rocha e formando porfiroblastos de hornblenda dentro do leucossoma do topo. Uma conclusão importante tirada aqui é que o protolito do anfibolito Cafelândia pode ser o anfibolito da base da sequência Juscelândia, sobreposta, e que o bandamento composicional foi gerado por metamorfismo, fusão e segregação/perda do liquido e não por metamorfismo de gabro acamadado. / The Cafelândia amphibolite is part of the Serra da Malacacheta sequence, Barro Alto Complex, GO. As it is a rock with well-defined compositional banding, the amphibolite has been interpreted as a product of metamorphism of layered gabbro. However, a feature that reinforces the banding is the presence of leucosome veins, which are mainly parallel to the rock foliation. The transitional contact between amphibolite and some of the veins of leucosome indicate that the veins were formed by in situ melting. The purpose of this study is to investigate the melting process that affected the rock using macroscopic and microscopic descriptions, as well as chemical analysis of minerals in various textural contexts. The compositional banding is defined by variation in modal proportion of hornblende, plagioclase, titanite, clinopyroxene, garnet and quartz. Veins of leucosome with porphyroblasts of hornblende, concordant or discordant to foliation are observed, reinforcing the banding. At the structural top, layers of amphibolite occur with more than 70% of hornblende and others are dominated by clinopyroxene and garnet. Orthopyroxene is rare and its metamorphic origin cannot be assured, being possible that these grains are relicts of the igneous protolith. The garnet and clinopyroxene rich layers do not exceeding thicknesses greater than 5 to 10 cm. In the basal portion hornblende proportion is much smaller, but clinopyroxene and garnet are larger. Orthopyroxene occurs in some outcrops. The porphyroblasts of hornblende from the leucosome are replaced by clinopyroxene and rare garnet. Subtle differences in the composition of the of hornblende and clinopyroxene grains in the Cafelândia amphibolite and leucosome occur, but are masked by the influence of the bulk composition of each band in the composition of minerals. In general, the hornblende in the leucosome is richer in Si and Mg than the matrix grains, whereas the leucosome clinopyroxene is richer in Al. Micro-exsolutions in clinopyroxene in the leucosome also hampers the comparison of its \"real\" composition with the grains of the rock matrix. Thermobarometric calculations were done on samples from the structural top and bottom of amphibolite, using the garnet-clinopyroxene thermometer and garnetclinopyroxene- plagioclase-quartz barometer, besides the THERMOCALC. The conventional thermobarometry provides lower P-T values for temperature and similar pressure to those calculated with the THERMOCALC, and results are not very different from those that have been previously calculated. Results for the top are 870 ºC and 10.9 kbar and for the basis 881 ºC and 9.8 kbar. If quartz is not used in the P-T calculations, raise of 2 to 3 kbar occurs in the results. The calculated P-T data are compatible or something lower than the results of experiments for melting of hornblende-bearing mafic rocks with production tonalitic liquid and clinopyroxene and garnet residue. The hornblende-bearing leucosome of the top of the unit may be associated with influx of H2O in the system during melting, unlike what occurs at the base of the body. It is also possible that the liquid formed in basal portion oozes toward the upper portions of amphibolite, rehydrating it to form the hornblende porphyroblasts within the leucosome. An important conclusion drawn here is that the protolith of amphibolite Cafelândia can be bottom amphibolite of the Juscelândia sequence, which overly the Cafelândia amphibolite, and that the banding was generated by metamorphism, melting and segregation / loss of melt and not by metamorphism of layered gabbro.
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Estudo da fusão de rochas máficas portadoras de hornblenda na fácies granulito, exemplo do anfibolito Cafelândia, Complexo Barro Alto, GO / Hornblende bearing mafic rocks melting study, the Cafelândia amphibolite example, Barro Alto Complex, GO

Roberta Pisanelli Lima 26 April 2011 (has links)
O anfibolito Cafelândia faz parte da Sequência Serra da Malacacheta, Complexo Barro Alto, GO. Por ser rocha com bandamento composicional bem definido, o anfibolito tem sido interpretado como produto de metamorfismo de gabro acamadado. Entretando, uma das feições que esse bandamento composicional apresenta é a presença de veios de leucossoma paralelos à foliação da rocha. O contato transicional entre o anfibolito e alguns dos veios de leucossoma indicam que os veios foram formados por fusão in situ. O objetivo do presente trabalho é investigar o processo de fusão que afetou a rocha, utilizando descrições macroscópicas, microscópicas e análises químicas de minerais em diversos contextos texturais. O bandamento composicional é definido pela variação na proporção modal de hornblenda, plagioclásio, titanita, clinopiroxênio, granada e quartzo. Veios de leucossoma com porfiroblastos de hornblenda, concordantes ou discordantes da foliação são observados reforçando o bandamento. No topo estrutural do anfibolito ocorrem camadas com mais de 70% de hornblenda e outras dominadas por clinopiroxênio e granada. Ortopiroxênio é raro e não é possível ter certeza se os grãos presentes são reliquiares do protolito ígneo ou se são metamórficos. As camadas ricas em granada e clinopiroxênio não ultrapassam espessuras maiores que 5 a 10 cm. Na porção basal do anfibolito a proporção de hornblenda é menor e a proporção de clinopiroxênio e granada maior, ocorrendo ortopiroxênio em alguns afloramentos. Os porfiroblastos de hornblenda do leucossoma são substituídos por clinopiroxênio e rara granada. Diferenças sutis nas composições dos grãos de hornblenda e clinopiroxênio do anfibolito Cafelândia e do leucossoma ocorrem, mas são mascaradas pela influência da composição da banda na composição dos minerais. De modo geral, a hornblenda no leucossoma é mais rica em Si e Mg do que os grãos da matriz, enquanto o clinopiroxênio do leucossoma é mais rico em Al. Micro-exsoluções no clinopiroxênio do leucossoma também impedem a comparação da sua composição real com os grãos da matriz da rocha. Cálculos termobarométricos foram feitos em amostras do topo e da base estrutural do anfibolito utilizando o termômetro granada-clinopiroxênio e o barômetro granada-clinopiroxênio-plagioclásio-quartzo, além do programa THERMOCALC. A termobarometria convencional fornece valores P-T menores para temperatura e similares de pressão aqueles calculados com o THERMOCALC e não são muito diferentes dos que já foram calculados previamente, com valores para o topo de 870 ºC e 10,9 kbar e para a base de 881 ºC e 9,8 kbar. Se quartzo não é usado nos cálculos P-T, acréscimo de 2 a 3 kbar ocorre nos resultados. Os dados P-T calculados são compatíveis ou algo inferiores aos resultados experimentais de fusão de rochas máficas contendo hornblenda, produção de líquido tonalítico e resíduo contendo clinopiroxênio e granada. A presença de hornblenda dentro do leucossoma do topo da unidade pode estar associada com influxo de H2O no sistema durante a fusão, diferente do que ocorre na base do corpo. É possível que o líquido que se encontrava na porção basal esvai em direção as porções superiores do anfibolito, reidratando a rocha e formando porfiroblastos de hornblenda dentro do leucossoma do topo. Uma conclusão importante tirada aqui é que o protolito do anfibolito Cafelândia pode ser o anfibolito da base da sequência Juscelândia, sobreposta, e que o bandamento composicional foi gerado por metamorfismo, fusão e segregação/perda do liquido e não por metamorfismo de gabro acamadado. / The Cafelândia amphibolite is part of the Serra da Malacacheta sequence, Barro Alto Complex, GO. As it is a rock with well-defined compositional banding, the amphibolite has been interpreted as a product of metamorphism of layered gabbro. However, a feature that reinforces the banding is the presence of leucosome veins, which are mainly parallel to the rock foliation. The transitional contact between amphibolite and some of the veins of leucosome indicate that the veins were formed by in situ melting. The purpose of this study is to investigate the melting process that affected the rock using macroscopic and microscopic descriptions, as well as chemical analysis of minerals in various textural contexts. The compositional banding is defined by variation in modal proportion of hornblende, plagioclase, titanite, clinopyroxene, garnet and quartz. Veins of leucosome with porphyroblasts of hornblende, concordant or discordant to foliation are observed, reinforcing the banding. At the structural top, layers of amphibolite occur with more than 70% of hornblende and others are dominated by clinopyroxene and garnet. Orthopyroxene is rare and its metamorphic origin cannot be assured, being possible that these grains are relicts of the igneous protolith. The garnet and clinopyroxene rich layers do not exceeding thicknesses greater than 5 to 10 cm. In the basal portion hornblende proportion is much smaller, but clinopyroxene and garnet are larger. Orthopyroxene occurs in some outcrops. The porphyroblasts of hornblende from the leucosome are replaced by clinopyroxene and rare garnet. Subtle differences in the composition of the of hornblende and clinopyroxene grains in the Cafelândia amphibolite and leucosome occur, but are masked by the influence of the bulk composition of each band in the composition of minerals. In general, the hornblende in the leucosome is richer in Si and Mg than the matrix grains, whereas the leucosome clinopyroxene is richer in Al. Micro-exsolutions in clinopyroxene in the leucosome also hampers the comparison of its \"real\" composition with the grains of the rock matrix. Thermobarometric calculations were done on samples from the structural top and bottom of amphibolite, using the garnet-clinopyroxene thermometer and garnetclinopyroxene- plagioclase-quartz barometer, besides the THERMOCALC. The conventional thermobarometry provides lower P-T values for temperature and similar pressure to those calculated with the THERMOCALC, and results are not very different from those that have been previously calculated. Results for the top are 870 ºC and 10.9 kbar and for the basis 881 ºC and 9.8 kbar. If quartz is not used in the P-T calculations, raise of 2 to 3 kbar occurs in the results. The calculated P-T data are compatible or something lower than the results of experiments for melting of hornblende-bearing mafic rocks with production tonalitic liquid and clinopyroxene and garnet residue. The hornblende-bearing leucosome of the top of the unit may be associated with influx of H2O in the system during melting, unlike what occurs at the base of the body. It is also possible that the liquid formed in basal portion oozes toward the upper portions of amphibolite, rehydrating it to form the hornblende porphyroblasts within the leucosome. An important conclusion drawn here is that the protolith of amphibolite Cafelândia can be bottom amphibolite of the Juscelândia sequence, which overly the Cafelândia amphibolite, and that the banding was generated by metamorphism, melting and segregation / loss of melt and not by metamorphism of layered gabbro.
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Fusão por desidratação de quartzo-biotita-anfibolito do Complexo Piracaia (Estado de São Paulo) sob temperatura de 950º C e pressões de 900 e 1100 MPa e implicações para a geração de magmas graníticos / not available

Johan Santiago Torres Corredor 01 June 2017 (has links)
Dois experimentos de fusão por desidratação de quartzo-biotita anfibolito do Complexo Metamórfico Piracaia, Estado de São Paulo, foram efetuados sob condições de 950°C, 900 e 1100 MPa, em aparato pistão-cilindro, tipo end-loaded, Bristol de 200 tons. Em ambos foram utilizadas cápsulas e celas experimentais constituídas por \'Au IND.75\'\'Pd IND.25\' e folha de Pb - NaCl - vidro pirex - grafita - MgO, respectivamente. O tempo total dos experimentos foi superior a 160h e eles simulam condições da crosta inferior (ca. 30 km de profundidade) e crosta inferior profunda (ca. 35-40 km), respectivamente. A amostra de partida apresenta estrutura levemente bandada, migmatítica, textura granoblástica equigranular de granulação média e M\' \'quase igual a\' 50. Localmente apresenta venulações tardias contendo epídoto. Anfibólio cálcico e plagioclásio constituem 90%vol. e ocorrem em proporção próxima a 1:1; em menor proporção aparecem flogopita (5%), quartzo (4%) e os acessórios titanita, apatita, sulfetos, allanita, zircão. A rocha apresenta assinatura geoquímica similar aos E-MORBs, contendo teores mais elevados de K2O e ETRLs em relação a anfibolitos típicos de afinidade MORB. O anfibólio corresponde a pargasita/Mg-hornblenda (0,51 \'<OU=\' mg# \'<OU=\' 0,62), enquanto o plagioclásio é oligoclásio (An20-25); a flogopita apresenta 0,53 mg# \'<OU=\' 0,60. O conteúdo em Al da hornblenda e o equilíbrio hornblenda-plagioclásio indicam pressões e temperaturas de metamorfismo/ migmatização sob 600 (±60) MPa e 660 (±50)°C. Nos dois casos foi obtido 15-20 %vol de fusão de composição monzogranítica, magnesiana, metaluminosa a moderadamente peraluminosa e 80-85 % de fases cristalinas residuais-reequilibradas e/ou neoformadas. Entre estas, predominam o plagioclásio zonado reequilibrado (50% vol, com núcleos de oligoclásio e bordas de andesina) e, como fases neoformadas, ortopiroxênio (Opx) enstatítico (0,67 \'<OU=\' mg# \'<OU=\' 0,85) e clinopiroxênio (Cpx) augítico (0,64 <= mg# <= 0,77), que constituem 19-24% (maior no experimento sob 900 MPa), em uma proporção cpx:opx mais ou menos constante de aproximadamente 10:1. Óxidos neoformados de Fe-Ti correspondem a Ti-magnetita e ilmenita nos experimentos sob 900 e 1100 MPa, respectivamente. Pargasita/Mgedenita (9%) e flogopita residuais/reequilibradas aparecem particularmente nas zonas de borda das cápsulas experimentais; a biotita apenas no experimento de menor pressão. Entre os minerais acessórios, a titanita é a fase mais reativa, aparecendo frequentemente com mantos de óxidos de Fe-Ti. Granada, ao contrário do inicialmente esperado, não aparece entre os produtos do experimento de maior pressão. Os anfibólios apresentam valores mg# algo menores e ocupações de Ca+Na+K maiores no sítio cristalino A quando comparados aos presentes na amostra de partida. As condições de fugacidade de O2 ( fO2) calculadas para o equilíbrio oxired entre Timagnetita e ilmenita do experimento sob 1100 MPa indicam condições relativamente oxidantes, pouco superiores ao buffer Ni-NiO (\'quase igual a\'\'delta\'NNO+0,5). As atividades de H2O (aH2O), estimadas a partir das composições normativas Qz-Ab-Or dos vidros (fusões), sugerem valores abaixo da saturação e pouco menores (0,3 -0,5) para o experimento de maior pressão. Estimativas de P e T independentes, bem como de partição Mg-Fe, embasadas em termômetros e termobarômetros envolvendo os pares opx-fusão, cpxfusão e opx-cpx e partições Mg-Fe entre estas fases [KD(Fe-Mg)Opx-Liq, KD(Fe-Mg)Cpx-liq e KD(Fe-Mg)Opx-Cpx] são perfeitamente compatíveis com as esperadas para as condições de realização dos experimentos e sugerem que ambos alcançaram condições próximas e/ou de equilíbrio mesmo nas zonas centrais das cápsulas. As variações composicionais dos produtos e das texturas associadas reafirmam a ideia de que, em processos de fusão deste tipo, o equilíbrio químico é geralmente alcançado antes que o equilíbrio textural. Os resultados obtidos indicam que a fusão por desidratação de pequenas parcelas (15- 20%) de anfibolitos \"enriquecidos\" sob temperaturas de 950°C e pressões na faixa entre 900 e 1100 MPa, pode gerar fusões monzograníticas magnesianas, metaluminosas a marginalmente peraluminosas, com K2O>Na2O, similares aos líquidos precursores do denominado magmatismo de \"tipo-I\", em parte gerados por fusão de rochas meta-ígneas da crosta inferior. A fusão de fontes meta-basálticas deste tipo e a extração dos líquidos insaturados em H2O produzidos deixaria para trás um resíduo de hornblendaclinopiroxênio-granulito máfico, representativos das fácies granulito intermediário, dado pelo equilíbrio entre ortopiroxênio e plagioclásio. A ausência de granada no experimento de maior pressão, bem como as composições monzograníticas obtidas para as fusões, possivelmente estão relacionadas à composição, relativamente \"enriquecida\", do material de partida utilizado quando comparado aos experimentos similares da literatura, efetuados a partir de anfibolitos típicos, que resultam em fusões menos evoluídas, com composições tonalíticas/trondhjemíticas a granodioríticas. / Two dehydration melting experiments of a quartz-biotite amphibolite of the Piracaia Metamorphic Complex (São Paulo, Brazil) were carried out at a temperature of 950°C, and pressure ranges of 900 and 1100 MPa, in an end-loaded, Bristol Type, pistoncylinder apparatus of 200 ton. Both experiments used experimental capsules and cells made of \'Au IND.75\'\'Pd IND.25\' and Pb foil - NaCl - Pyrex glass - Graphite - MgO, respectively. The total time of the two experiments was greater than 160 h and they simulate lower crust (~30 km) and deep lower crust (~35-40 km) conditions, respectively. The starting material employed is characterized by a migmatitic-like banding structure with equigranular granoblastic, medium-grained, texture and M\' (color index) \'quase igual a\' 50. Calcic amphibole and plagioclase are the main minerals (90 wt %) occurring in a 1:1 proportion ratio. Phlogopite (5 %), quartz (4%) and accessory minerals such as titanite, apatite, sulfides, allanite and zircon are also present. The rock has a geochemical signature of E-MORB, with relatively high content of K2O and LREE as compared with typical MORBderived amphibolites. The amphibole is pargasite/Mg-hornblende (0.51 \'<OU=\' mg# \'<OU=\' 0.62), while plagioclase is oligoclase (An20-25) and phlogopite has 0.53 \'<OU=\' mg# \'< OU\'= 0.60. Al-inhornblende and hornblende-plagioclase geothermobarometry point to P-T metamorphic conditions at 600 (± 60) MPa and 660 (± 50)°C. In both cases, it was obtained a 15-20%vol of magnesian monzogranitic melts of metaluminous to moderately slightly peraluminous signatures and 80-85% of newly formed and/or re-equilibrated, residual, crystalline phases. These include re-equilibrated plagioclase with zoned texture (50% vol, from oligoclase cores to andesine rims) and newly formed orthopyroxene (enstatite, 0.67 <= mg# <= 0.85) and clinopyroxene (augite, 0.64 \'< OU=\' mg# \'<OU=\' 0.77) constituting 19-24% (great volume in the 900 MPa experiment) and with a cpx:opx relatively constant proportion of 10:1. Newly grown Fe-Ti oxides are Timagnetite and Ti-magnetite together with ilmenite in the 900 and 1100 MPa experiments, respectively. Residual, re-equilibrated, pargasite/Mg-edenite (9%) and phlogopite appear particularly in capsules border areas; biotite occurs only in the low-pressure experiment. Among the accessory minerals, titanite is the most reactive, with rims of FeTi oxides. Garnet, unlike expected, was not found among the products of the highpressure experiment. Amphiboles have lower mg# and higher Ca+Na+K occupations in the A sites as compared with those of the starting material. Oxygen fugacity (fO2) calculated for redox equilibrium between Ti-magnetite and ilmenite from the highpressure experiment indicates oxidizing conditions somewhat above the Ni-NiO \'quase igual a\' \'\'delta\' NNO+0.5) buffer. Water activities (aH2O) estimates from the Qz-Ab-Or normative compositions of the formed glasses suggest under-saturated water environments, with values somewhat lower (0,3 -0,5) for the low-pressure experiment. Independent pressure and temperature estimates as well as Fe-Mg partitioning coefficients, based on opx-melts, cpx-melts and opx-cpx pairs thermometry and thermobarometry and Fe-Mg partitioning coefficients [KD(Fe-Mg)Opx-melt,KD(Fe-Mg)Cpx-melt and KD(Fe-Mg)Opx-Cpx], are compatible with the expected results under the selected conditions for both experiments and suggests that equilibrium or near-equilibrium conditions were reached in the central area of the capsules. Compositional variations in the final products and associated textures reaffirm the idea that, in melting experiments of the conducted type, chemical equilibria is reached before textural equilibria. Experimental results indicate that dehydration melting in relatively small fractions (15- 20% melt volumes) of \"enriched\" amphibolites under a temperature of 950°C and pressures between 900 and 1100 MPa could generate magnesian monzogranitic melts with a metaluminous to moderately peraluminous character and K2O>Na2O, like precursor liquids of the so-called I-type magmatism, partly generated by partial melting of meta-igneous rocks constituting the lower crust. The partial melting of such meta-basaltic sources and extraction of the waterundersaturated liquids would leave behind a hornblende-clinopyroxene bearing mafic granulite residue representative of the intermediate granulite facies given by the orthopyroxene and plagioclase equilibria. The absence of garnet in the higher-pressure experiment as well as the monzogranitic compositions obtained are related to a relative \"enriched\" nature of the starting material as compared to other experimental results, starting from typical amphibolites, which result in less evolved melts, with tonalitictrondhjemitic to granodioritic compositions.
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Estudo físico-químico de ilmenitas ocorrentes no Brasil, desenvolvidas de pedossistemas máficos / Physical-chemistry study of the Brazilian ilmenites developing on a mafic pedosystem

Doriguetto, Antonio Carlos 10 January 1996 (has links)
Submitted by Reginaldo Soares de Freitas (reginaldo.freitas@ufv.br) on 2016-08-26T12:51:09Z No. of bitstreams: 1 texto completo.pdf: 541670 bytes, checksum: da840eee1c7e01fbea793fd307481b63 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-08-26T12:51:09Z (GMT). No. of bitstreams: 1 texto completo.pdf: 541670 bytes, checksum: da840eee1c7e01fbea793fd307481b63 (MD5) Previous issue date: 1996-01-10 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Para determinar a composição química e os parâmetros cristalográficos da ilmenita, um óxido duplo de ferro e titânio, mineral normalmente descrito por meio de sua fórmula estequiométrica (FeTiO3), foi estudado um perfil de solo, desenvolvido de anfibolito. Neste trabalho, o mineral em questão, retirado da rocha fresca e alterada, bem como dos respectivos horizontes A, B e C do solo, foi estudado por difratometria de raios X, espectroscopia Mössbauer, medidas de magnetização espontânea e análise química. Procurando estabelecer relações entre a litologia de origem e a composição química e mineralógica das ilmenitas estudadas, foram também analisadas amostras provenientes de um Latossolo- Roxo, desenvolvido de basalto. Os resultados demonstram que em anfibolitos e solo dele derivado, a exemplo de outras rochas máficas, como o basalto e seus produtos de alteração, a espécie mineralógica, normalmente, relatada como ilmenita, com composição FeTiO3, é na verdade membro da série substitucional (1-x)Fe2O3(x)FeTiO3, com x variando de 0,79 a 0,91. Este mineral, quando no solo, é encontrado dentro de lamelas de espécies magnéticas (maghemita) e também na forma livre, na fração granulométrica do solo de tamanho do silte. Os resultados permitem ainda, verificar que, com o transcorrer do intemperismo, a solução sólida perde Fe3+, por mecanismos desconhecidos, tendendo sua composição para a da ilmenita estequiométrica. / To determine the chemical composition and crystallographic parameter of ilmenite, a double oxide of iron and titanium, mineral normally described by its stoichiometric formula (FeTiO3), a soil profile developed from amphibolite has been studied. In this dissertation, the mineral at hand, it has taken from fresh and altered rock, and A, B, and C soil horizons. It has been studied by diffraction X-ray, Mössbauer spectroscopy, measurements spontaneous magnetic, and chemical analysis. In order to correlate the pedosystem lithology to the chemical composition and the ilmenites properties, it was also studied samples from Dusk Red Oxisols, developed from basalt. The present results show that ilmenites from anphibolite and derived soils as well as that from mafic rock and its soils are better described as a solid solution lying in the series (1-x)Fe2O3(x)FeTiO3, with 0.79 ≤ x ≤ 0.91. This mineral was found either in lamellae of soil and rock maghemite or free in soil silt fraction. The result shows that the mineral somehow loses Fe3+ during weathering tending to a final composition of stoichiometric ilmenite.
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Estudo Geológico, Geoquímico e Isotópico da Região Compreendida entre Fagundes e Itatuba (PB), Terreno Alto Moxotó, Nordeste do Brasil

CARMONA, Luis Christian de Montreuil January 2006 (has links)
Made available in DSpace on 2014-06-12T18:05:00Z (GMT). No. of bitstreams: 2 arquivo6819_1.pdf: 7798669 bytes, checksum: 9894d6174b4adc268a3d122cf4843e3c (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2006 / A área investigada situa-se entre as cidades de Fagundes e Itatuba (PB), no Terreno Alto Moxotó, Província Borborema, Nordeste do Brasil. Nesta área ocorre um conjunto de corpos tabulares, lenticulares e sub-elípticos, de uma suíte de rochas graníticas e metamáfico-ultramáficas com lentes de rochas metacarbonáticas associadas, além de skarns, encaixados em um embasamento gnáissico-migmatítico equivalente ao Complexo Floresta. Foram identificadas duas fases de deformação dúctil na área: Dn (tectônica contracional) registrada apenas no embasamento e nas metamáfico-ultramáficas, e Dn+1 (transcorrente), registrada em todos os litotipos da área, esta última fase tendo gerado antiformes e sinformes com planos axiais verticalizados, e expressivas zonas de cisalhamento. Há registros reliquiares de uma fase Dn-1 nos anfibólio-gabros. Pesquisou-se a origem das rochas metacarbonáticas, objeto de suspeita devido à aparente ausência de litotipos paraderivados na área e à ocorrência de feições de campo peculiares nestas rochas, como a sua forma em lentes semi-circulares concêntricas, brechação e texturas fluidais. Realizou-se o mapeamento geológico na escala 1:50.000 (semi-detalhe) de uma área de 240 Km2, além de estudos petrográficos, litogeoquímicos, de química mineral e de geoquímica isotópica (C e O). Relações de campo e o estudo petrográfico detalhado mostraram que as rochas metacarbonáticas ocorrem associadas às rochas metamáfico-ultramáficas, com formação de skarns tardios nas mesmas. Foi encontrado o primeiro registro de rochas de afinidade anortosítica na área, associadas às rochas metamáfico-ultramáficas. As rochas metacarbonáticas exibem relativamente baixos valores de Sr, Nb, La, Ce, Nd, ETR, anomalia negativa de Eu, que são interpretados como de origem sedimentar. Os valores de &#948;13CPDB e &#948;18OSMOW variam entre +0,3 e +17,2 de &#948;18OSMOW; e -3,8 e +8,0 de &#948;13CPDB (para N=30 amostras). Os dados de ETR normalizados para o Condrito mostram padrões ETR similares à média mundial dos padrões ETR de carbonatos marinhos. Os diagramas de elementos traços Sr/Zr versus Ti/Zr e Zr/Nb versus Zr mostram que processos de fusão parcial foram importantes na geração dos magmas basálticos que originaram as rochas metamáfico-ultramáficas da região estudada. Estes magmas foram provavelmente extraídos de um protólito de manto superior de composição lherzolítica, deixando no manto um resíduo harzburgítico. Estes magmas basálticos apresentam composição komatiítica e toleiítica, sugerindo altas taxas (%) de fusão parcial do manto lherzolítico. O estudo petrográfico mostrou para as rochas metamáfico-ultramáficas de Fagundes-Itatuba a presença de texturas simplectíticas e corona nos granada-piroxênio gabros, sugerindo condições de retrometamorfismo. A geotermometria usando o método dos teores de Zr em rocha total (Watson, 1987, modificado em 1995) mostrou temperaturas de cristalização em torno de 700-750ºC para os anfibólio-gabros, indicando condições metamórficas compatíveis com início de fácies granulítico ou limite entre os fácies anfibolito alto e granulito. Os resultados geotermobarométricos, utilizando os teores de Al na hornblenda para rochas cálcio-alcalinas (Schmidt, 1994) e geotermometria usando o par anfibólio cálcico-plagioclásio (Holland & Blundy, 1994) forneceram para as rochas de afinidade anortosítica valores de P entre 5,0 e 6,0 Kb e de T entre 775 e 785° C, compatíveis com início da fácies granulítica, ou limite entre as fácies anfibolito alto e granulito. Foram descobertas seis novas ocorrências de minério de ferro hospedado nas rochas metamáfico-ultramáficas. Os skarns da área possuem localmente sulfetos (pirita, pirrotita, e calcopirita), que podem indicar mineralizações metálicas de Cu e Au importantes

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