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Escravos, selvagens e loucos: estudos sobre figuras da animalidade no pensamento de Nietzsche e Foucault

OLIVEIRA, Flavio Valentim de 27 February 2018 (has links)
Submitted by Rosana Moreira (rosanapsm@outlook.com) on 2018-07-31T19:56:33Z No. of bitstreams: 2 license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) Tese_EscravosSelvagensLoucos.pdf: 867136 bytes, checksum: 8a1c6da6d72a9f9a9111a5ffff8b3988 (MD5) / Approved for entry into archive by Aline Borges (aline@ufpa.br) on 2018-08-27T17:42:10Z (GMT) No. of bitstreams: 2 license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) Tese_EscravosSelvagensLoucos.pdf: 867136 bytes, checksum: 8a1c6da6d72a9f9a9111a5ffff8b3988 (MD5) / Made available in DSpace on 2018-08-27T17:42:10Z (GMT). No. of bitstreams: 2 license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) Tese_EscravosSelvagensLoucos.pdf: 867136 bytes, checksum: 8a1c6da6d72a9f9a9111a5ffff8b3988 (MD5) Previous issue date: 2018-02-27 / CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Este estudo é uma contribuição para a linha de pesquisa em epistemologia, especialmente a episteme educacional que dialoga com as teorias filosóficas. Seu objetivo geral é compreender o problema da educação (enquanto projeto civilizatório) como busca constante de assepsia, transcendência, evolução e superação da animalidade nos indivíduos. Seu objetivo específico é investigar três figuras da animalidade nas filosofias de Nietzsche e Foucault, a saber: o escravo, o selvagem e o louco. Para este propósito seguimos o método histórico-filosófico que procura reconstituir as fontes de leituras de ambos os filósofos e suas ressonâncias no debate atual. Em primeiro lugar, interpretamos o texto póstumo do jovem Nietzsche intitulado O Estado grego e algumas passagens Do governo dos vivos e O saber de Édipo de Foucault para expor o problema de como a democracia liberal dissimulou a vida escrava e de como a aleturgia grega desemboca na memória de escravos: ritual de verdade que indica a violenta relação entre saber, poder e animalidade trágica. Em segundo lugar, analisamos a figura do selvagem através da aproximação de algumas passagens de Humano, Demasiado Humano I com algumas constatações etnológicas de John Lubbock em sua obra clássica Origens da Civilização e a condição primitiva do homem e, posteriormente, a figura do filósofo cínico como selvagem, exposto em A coragem da verdade para, respectivamente, abordar a moralização da alma selvagem pelo ascetismo moderno e a relação entre ascese cínica e animalidade. Ainda nesta segunda parte da pesquisa, analisamos o fenômeno do cornarismo e dos aphrodisia: categorias que são abordadas em Crepúsculo dos Ídolos e História da sexualidade II: o uso dos prazeres e que tratam da relação problemática entre apetite e prazer, entre vício e animalidade. Finalmente, a terceira parte analisa a figura do louco e seu estatuto da animalidade, ora como figura de domesticação política nos delírios coletivos, chamado por Nietzsche em Além do bem e do mal como animal de rebanho, ora como experimento da liberdade patologizada na imagem do animal dócil e produtivo exposto em História da loucura. Nas três etapas investigativas desse estudo chegamos ao núcleo fundamental da tese que é explicitar a categoria da animalidade como fenômeno intimamente vinculado aos problemas entre vida escrava e vida democrática, entre natureza moral e prazeres vergonhosos, entre delírios de poder e bestialização do louco, ora como animal desviante, ora como experimento de animalidade na biopolítica. / This study is a contribution to the line of research in epistemology, especially the educational episteme that dialogues with philosophical theories. Its general objective is to understand the problem of education (as a civilization project) Its specific purpose is to investigate three figures of animality in the philosophies of Nietzsche‟s and Foucault‟s, namely, the slave, the savage and the madman. For this purpose we follow the historical-philosophical method that seeks to reconstitute the sources For this purpose we follow the historical-philosophical method that seeks to reconstitute the sources of readings of both philosophers and their resonances in the current debate. In the first place, we interpret the posthumous text of the young Nietzsche titled The Greek State and some passages From the Government of the Living and The knowledge of Oedipus of of how liberal democracy concealed the slave life and how the of how the Greek aleturgie ends in the memory of slaves: ritual of truth which indicates the violent relationship between knowledge, power and tragic animality.Secondly, we analyze the figure of the savage by approaching some passages of Human, Too Human I with some ethnological findings of John Lubbock in his classic work Origins of the Civilization and the primitive condition of the man and later the figure of the cynical philosopher as savage, set forth in The Courage of Truth for, respectively, to approach the moralization of the wild soul by modern asceticism and the relation between cynical asceticism and animality. Still in this second part of the research, we analyze the phenomenon of cornarism and aphrodisia: categories that are covered in Twilight of the Idols and History of Sexuality II: the use of pleasures and that deal with the problematic relationship between appetite and pleasure, between vice and animality. Finally, the third part analyzes the figure of the madman and his status of animality, now as a figure of political domestication in collective deliriums, called by Nietzsche in addition to good and evil as a herd animal, now as an experiment of freedom pathologized in the image of the docile and productive animal exposed in History of madness. In the three investigative steps of this study we arrive at the fundamental nucleus of the thesis that is to make explicit the category of animality as a phenomenon closely linked to the problems between slave life and democratic life, between moral nature and shameful pleasures, between delusions of power and bestiality of the madman, sometimes as a deviant animal, sometimes as an experiment of animality in biopolitics.

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