221 |
Caracterização e biodisponibilidade de derivados de ácido elágico da jabuticaba (Myrciaria jaboticaba) / Characterization and bioavailability of ellagic acid derivatives from jaboticaba (Myrciaria jaboticaba).Marcela Roquim Alezandro 19 August 2013 (has links)
O ácido elágico é um composto fenólico presente em algumas frutas e sementes. As maiores fontes da dieta humana são as frutas conhecidas como berries, a romã e as nozes. Dentre as frutas nativas brasileira, a jabuticaba apresenta teores de ácido elágico comparáveis aos das berries. Além disso, a jabuticaba representa uma boa fonte de flavonoides e destaca-se pelo sabor apreciado e pelo grande número de frutos que oferece a cada floração. Dessa forma, os objetivos deste trabalho foram: caracterizar duas espécies de jabuticaba, Sabará e Paulista (Myrciaria jaboticaba (Vell.) Berg and Myrciaria cauliflora (Mart.) O. Berg), em diferentes estádios de maturação, assim como as frações polpa, casca e semente, quanto ao teor e perfil de flavonoides, ácido elágico livre e total, elagitaninos, proantocianidinas e capacidade antioxidante in vitro. Ainda, avaliar o efeito da administração de extrato bruto e/ou frações fenólicas da jabuticaba Sabará sobre o status antioxidante e perfil bioquímico de ratos Wistar diabéticos induzidos por estreptozotocina. As frações fenólicas de jabuticaba também foram testados em modelo de prevenção de obesidade e diabetes tipo 2 induzidas por dieta hiperlipídica em camundongos C57 Black 6. Também foi avaliado o efeito de extrato bruto e frações fenólicas da jabuticaba em culturas celulares de hepatócitos FAO, macrófagos J774.1 e músculo L6. A biodisponibilidade de derivados do ácido elágico também foi estudada, tanto em modelo in vitro de fermentação quanto in vivo em ratos Wistar. Os resultados demonstraram que existem diferenças nos teores de compostos bioativos entre as espécies, e entre os estádios de maturação. A variedade Sabará destacou-se em relação à capacidade antioxidante, teor de proantocianidinas e ácido elágico total, e por ser mais cultivada e consumida pela população, foi escolhida para continuar os estudos in vivo. Em culturas celulares, o tratamento com os extratos de jabuticaba foi capaz de inibir a produção de óxido nítrico em macrófagos e hepatócitos, e aumentou a captação de glicose em células musculares. Os animais diabéticos tratados com a jabuticaba apresentaram alterações do perfil lipídico plasmático, com reversão dos altos teores de colesterol total e triacilglicerídeos. Outros efeitos como a redução da peroxidação lipídica e aumento da capacidade antioxidante plasmática também foram observados. No modelo de prevenção de obesidade e diabetes tipo 2, o tratamento com os extratos fenólicos da jabuticaba melhorou a sensibilidade à insulina e a tolerância à glicose, mesmo diante do consumo de dieta hiperlipídica e incremento ponderal dos animais. O estudo da biodisponibilidade mostrou que os derivados do ácido elágico são metabolizados especialmente pela microbiota intestinal e seus derivados foram detectados no plasma, cólon, fígado, rins, músculo e cérebro dos animais. Estes resultados demonstraram que a jabuticaba pode ser considerada uma excelente fonte de compostos bioativos e o seu consumo pode ser associado à prevenção de alterações metabólicas causadas pelo diabetes e obesidade, como a dislipidemia e a resistência à insulina. / Ellagic acid is a phenolic compound present in several fruits and nuts. Walnuts and berries are some known sources. Among the Brazilian native fruits, jaboticaba shows ellagic acid content comparable to that of berries. In addition, jaboticaba is a good source of flavonoids and stands out due to its appreciated flavor and the large number of fruits produced in each flowering. In this way, this work aimed to characterize two species of jaboticaba, Sabará and Paulista (Myrciaria jaboticaba (Vell.) Berg and Myrciaria cauliflora (Mart.) O. Berg), in different ripening stages, as well as pulp, skin and seeds, in relation to the content and composition of flavonoids, free and total ellagic acid, ellagitannins, proanthocyanidins and in vitro antioxidant capacity. Besides, evaluate the effect of raw extract and solid-phase purified phenolic fractions from Sabará jaboticaba administration on antioxidante status and biochemical profile in streptozotocin-induced diabetic Wistar rats. The jaboticaba phenolic fractions were also tested on high-fat-diet-induced obesity and type 2 diabetes in C57BL/6 mice. The effect of phenolic fractions on glucose transport in L6 muscle cells and nitric oxide production in FAO hepatocytes and J774 macrophages were also assessed. The bioavailability of polyphenols from jaboticaba were studied using in vitro and in vivo methods. The results indicated that the phenolic compounds contents are different between the two species, and among the different ripening stages. Sabará species presented the highest amounts of proanthocyanidins and total ellagic acid, and the highest antioxidant capacity. For being the most cultivated and consumed, this species was chosen for the in vivo studies. In cell cultures, the jaboticaba extracts inhibited the nitric oxide production in macrophages and hepatocytes, and increased glucose uptake in L6 muscle cells. In streptozotocin induced diabetic animals, treatment with jaboticaba led to improvement in lipid profile, reducing the levels of total cholesterol and triacylglycerol. Reduction in lipid peroxidation and increase in antioxidant capacity were also observed. In high-fat-diet induced diabetic mice, the phenolic fractions improved insulin sensitivity and glucose tolerance, even when mice become obese. The bioavailability study revealed that the ellagic acid derivatives and other jaboticaba polyphenols were metabolized, especially by the colonic microbiota, and their metabolites were detected in plasma, colon, kidneys, liver, brain, muscle, and stomach. These results demonstrated that jaboticaba may be considered an excellent source of bioactive compounds, and its consumption can be related to reduced risk of metabolic disorders caused by diabetes and obesity, such as dyslipidemia and insulin resistance.
|
222 |
Novos aspectos da aÃÃo de drogas antiepilÃpticas: efeitos antioxidantes e modulaÃÃo dos sistemas colinÃrgico e dopaminÃrgico. / New aspects of antiepileptic drugs action: antioxidant effects and modulation of cholinergic and dopaminergic systems.Aline de Albuquerque Oliveira 15 July 2010 (has links)
CoordenaÃÃo de AperfeiÃoamento de Pessoal de NÃvel Superior / Conselho Nacional de Desenvolvimento CientÃfico e TecnolÃgico / Levetiracetam (LEV), nova droga antiepilÃptica, apresenta eficÃcia na terapia adicional das convulsÃes e em modelos experimentais. Clonazepam (CNZP) à um benzodiazepÃnico utilizado no tratamento de convulsÃes mioclÃnicas e crises generalizadas. Melatonina (MEL), hormÃnio pineal, demonstra atividade anticonvulsivante em diversos modelos animais. Objetivando investigar novos mecanismos relacionados aos efeitos dessas drogas, foi realizado estudo comparativo, a partir da anÃlise da influÃncia do prÃ-tratamento com LEV, CNZP ou MEL sobre o estresse oxidativo neuronal e sobre a modulaÃÃo de sistemas de neurotransmissÃo (colinÃrgico e dopaminÃrgico) durante as convulsÃes induzidas por pilocarpina (400mg/Kg; P400). Camundongos Swiss, machos, 25-30g receberam LEV, 200 mg/Kg, CNZP, 0,5mg/Kg ou MEL, 25mg/Kg, i.p., (doses escolhidas à partir de curvas dose-resposta) 30min antes de P400. Hipocampo e corpo estriado foram removidos para as anÃlises neuroquÃmicas. Experimentos in vitro, onde homogenatos cerebrais foram incubados com as drogas em estudo (50, 100 ou 200g/mL), tambÃm permitiram analisar alteraÃÃes no estresse oxidativo apÃs a induÃÃo de choque tÃrmico e, ainda, a densidade de receptores muscarÃnicos no hipocampo. Os estudos sobre os efeitos sobre o sistema de neurotransmissores colinÃrgicos demonstraram que o prÃ-tratamento com LEV, CNZP ou MEL causou reduÃÃo nos tremores induzidos por oxotremorina e elevou a atividade da acetilcolinesterase no hipocampo. LEV e CNZP alteraram o binding dos receptores muscarÃnicos hipocampais in vivo, revertendo a downregulation induzida por P400, e ensaios in vitro demostraram alteraÃÃo no binding muscarÃnico hipocampal pela prÃvia incubaÃÃo com LEV, CNZP ou MEL. Os ensaios de binding demonstraram, ainda, a downregulation dos receptores D2 hipocampais nos animais tratados LEV, CNZP ou prÃ-tratados com MEL antes de P400. As anÃlises para investigaÃÃo da atividade antioxidante de LEV e CNZP e do papel da aÃÃo antioxidativa da MEL na proteÃÃo contra as convulsÃes permitiram observar que a associaÃÃo com vitamina E potencializou os efeitos anticonvulsivantes de todas as drogas estudas. A administraÃÃo prÃvia de LEV, CNZP ou MEL, antes de P400, reverteu o aumento nos nÃveis de peroxidaÃÃo lipÃdica e nitrito-nitrato e normalizou a atividade da catalase e os nÃveis fisiolÃgicos do antioxidante glutationa em hipocampo e/ou corpo estriado. Nos experimentos de stress oxidativo in vitro, o aumento da peroxidaÃÃo lÃpÃdica, dos nÃveis de nitrito-nitrato e da atividade da catalase nos homogenatos cerebrais submetidos ao choque tÃrmico, foram alterados de forma significativa pela incubaÃÃo prÃvia com LEV, CNZP ou MEL, onde estas drogas foram capazes de reduzir os nÃveis de MDA, de nitrito-nitrato e, ainda, estabilizar a atividade da catalase, potencializando, assim, a atividade enzimÃtica antioxidante endÃgena e a capacidade de inativaÃÃo de radicais livres. Dessa forma, o estudo sugere uma aÃÃo moduladora, exercida por LEV, CNZP e MEL sobre o funcionamento dos sistemas muscarÃnico e dopaminÃrgico, em nÃvel central, como mecanismo alternativo para a proteÃÃo contra as convulsÃes no modelo de P400, bem como a participaÃÃo de propriedades antioxidantes diretas ou indiretas dessas drogas, atravÃs da capacidade de modificar a resposta ao estresse oxidativo neuronal. / Levetiracetam (LEV), nova droga antiepilÃptica, apresenta eficÃcia na terapia adicional das convulsÃes e em modelos experimentais. Clonazepam (CNZP) à um benzodiazepÃnico utilizado no tratamento de convulsÃes mioclÃnicas e crises generalizadas. Melatonina (MEL), hormÃnio pineal, demonstra atividade anticonvulsivante em diversos modelos animais. Objetivando investigar novos mecanismos relacionados aos efeitos dessas drogas, foi realizado estudo comparativo, a partir da anÃlise da influÃncia do prÃ-tratamento com LEV, CNZP ou MEL sobre o estresse oxidativo neuronal e sobre a modulaÃÃo de sistemas de neurotransmissÃo (colinÃrgico e dopaminÃrgico) durante as convulsÃes induzidas por pilocarpina (400mg/Kg; P400). Camundongos Swiss, machos, 25-30g receberam LEV, 200 mg/Kg, CNZP, 0,5mg/Kg ou MEL, 25mg/Kg, i.p., (doses escolhidas à partir de curvas dose-resposta) 30min antes de P400. Hipocampo e corpo estriado foram removidos para as anÃlises neuroquÃmicas. Experimentos in vitro, onde homogenatos cerebrais foram incubados com as drogas em estudo (50, 100 ou 200g/mL), tambÃm permitiram analisar alteraÃÃes no estresse oxidativo apÃs a induÃÃo de choque tÃrmico e, ainda, a densidade de receptores muscarÃnicos no hipocampo. Os estudos sobre os efeitos sobre o sistema de neurotransmissores colinÃrgicos demonstraram que o prÃ-tratamento com LEV, CNZP ou MEL causou reduÃÃo nos tremores induzidos por oxotremorina e elevou a atividade da acetilcolinesterase no hipocampo. LEV e CNZP alteraram o binding dos receptores muscarÃnicos hipocampais in vivo, revertendo a downregulation induzida por P400, e ensaios in vitro demostraram alteraÃÃo no binding muscarÃnico hipocampal pela prÃvia incubaÃÃo com LEV, CNZP ou MEL. Os ensaios de binding demonstraram, ainda, a downregulation dos receptores D2 hipocampais nos animais tratados LEV, CNZP ou prÃ-tratados com MEL antes de P400. As anÃlises para investigaÃÃo da atividade antioxidante de LEV e CNZP e do papel da aÃÃo antioxidativa da MEL na proteÃÃo contra as convulsÃes permitiram observar que a associaÃÃo com vitamina E potencializou os efeitos anticonvulsivantes de todas as drogas estudas. A administraÃÃo prÃvia de LEV, CNZP ou MEL, antes de P400, reverteu o aumento nos nÃveis de peroxidaÃÃo lipÃdica e nitrito-nitrato e normalizou a atividade da catalase e os nÃveis fisiolÃgicos do antioxidante glutationa em hipocampo e/ou corpo estriado. Nos experimentos de stress oxidativo in vitro, o aumento da peroxidaÃÃo lÃpÃdica, dos nÃveis de nitrito-nitrato e da atividade da catalase nos homogenatos cerebrais submetidos ao choque tÃrmico, foram alterados de forma significativa pela incubaÃÃo prÃvia com LEV, CNZP ou MEL, onde estas drogas foram capazes de reduzir os nÃveis de MDA, de nitrito-nitrato e, ainda, estabilizar a atividade da catalase, potencializando, assim, a atividade enzimÃtica antioxidante endÃgena e a capacidade de inativaÃÃo de radicais livres. Dessa forma, o estudo sugere uma aÃÃo moduladora, exercida por LEV, CNZP e MEL sobre o funcionamento dos sistemas muscarÃnico e dopaminÃrgico, em nÃvel central, como mecanismo alternativo para a proteÃÃo contra as convulsÃes no modelo de P400, bem como a participaÃÃo de propriedades antioxidantes diretas ou indiretas dessas drogas, atravÃs da capacidade de modificar a resposta ao estresse oxidativo neuronal. / Levetiracetam (LEV), a new antiepileptic drug, shows efficacy in the treatment of additional seizures and in experimental models. Clonazepam (CNZP) is a benzodiazepine used to treat myoclonic seizures and generalized seizures. Melatonin (MEL), the pineal hormone, shows anticonvulsant activity in several animal models. To investigate new mechanisms related to the effects of these drugs, comparative study was conducted, from the analysis of the influence of pretreatment with LEV, CNZP or MEL on the oxidative stress and neuronal modulation of neurotransmitter systems (cholinergic and dopaminergic) during seizures induced by pilocarpine (400mg/Kg; P400). Male Swiss mice, 25-30g received LEV, 200 mg / kg, CNZP, 0.5 mg / kg or MEL, 25mg/kg, ip (doses chosen from the dose-response curves) 30min before P400. Hippocampus and striatum were removed for neurochemical analysis. In vitro experiments, where brain homogenates were incubated with drugs under study (50, 100 ou 200g/mL) also allowed us to analyze changes in oxidative stress after induction of heat shock and also the density of muscarinic receptors in the hippocampus. Studies on the muscarinic modulation demonstrated that pretreatment with LEV, CNZP or MEL resulted in lower oxotremorina induced tremors and increased acetylcholinesterase activity in the hippocampus. LEV and CNZP altered the binding of hippocampal muscarinic receptors in vivo, reversing the P400-induced downregulation and in vitro tests showed changes in hippocampal muscarinic binding by previous incubation with LEV, CNZP or MEL. The binding assays also showed a downregulation of hippocampal D2 receptors in treated animals LEV, CNZP or pretreated with MEL before P400. Analyses to investigate the antioxidant activity of LEV and CNZP and role of antioxidative action of MEL in the protection against seizures propose that the association with vitamin E increased the anticonvulsant effects of all studied drugs. The prior administration of LEV, MEL or CNZP before P400, reversed the increased levels of lipid peroxidation and nitrite-nitrate and normalized the activity of catalase and the physiological levels of the antioxidant glutathione in the hippocampus and / or striatum. According to in vitro experiments, increased lipid peroxidation, levels of nitrite-nitrate and catalase activity in brain homogenates subjected to thermal shock were significantly altered by incubation with LEV, CNZP or MEL, where these drugs were able to reduce the levels of MDA, nitrite-nitrate, and also stabilize the activity of catalase, enhancing thus the endogenous antioxidant enzyme activity and the ability to inactivate free radicals.Thus, the study suggests a modulatory action exerted by LEV, CNZP and MEL on the functioning of muscarinic and dopaminergic systems in the central nervous system as an alternative mechanism to protect against seizures in the model P400, and the participation of direct and indirect antioxidant properties of these drugs, through the ability to modify the neuronal response to oxidative stress. / Levetiracetam (LEV), a new antiepileptic drug, shows efficacy in the treatment of additional seizures and in experimental models. Clonazepam (CNZP) is a benzodiazepine used to treat myoclonic seizures and generalized seizures. Melatonin (MEL), the pineal hormone, shows anticonvulsant activity in several animal models. To investigate new mechanisms related to the effects of these drugs, comparative study was conducted, from the analysis of the influence of pretreatment with LEV, CNZP or MEL on the oxidative stress and neuronal modulation of neurotransmitter systems (cholinergic and dopaminergic) during seizures induced by pilocarpine (400mg/Kg; P400). Male Swiss mice, 25-30g received LEV, 200 mg / kg, CNZP, 0.5 mg / kg or MEL, 25mg/kg, ip (doses chosen from the dose-response curves) 30min before P400. Hippocampus and striatum were removed for neurochemical analysis. In vitro experiments, where brain homogenates were incubated with drugs under study (50, 100 ou 200g/mL) also allowed us to analyze changes in oxidative stress after induction of heat shock and also the density of muscarinic receptors in the hippocampus. Studies on the muscarinic modulation demonstrated that pretreatment with LEV, CNZP or MEL resulted in lower oxotremorina induced tremors and increased acetylcholinesterase activity in the hippocampus. LEV and CNZP altered the binding of hippocampal muscarinic receptors in vivo, reversing the P400-induced downregulation and in vitro tests showed changes in hippocampal muscarinic binding by previous incubation with LEV, CNZP or MEL. The binding assays also showed a downregulation of hippocampal D2 receptors in treated animals LEV, CNZP or pretreated with MEL before P400. Analyses to investigate the antioxidant activity of LEV and CNZP and role of antioxidative action of MEL in the protection against seizures propose that the association with vitamin E increased the anticonvulsant effects of all studied drugs. The prior administration of LEV, MEL or CNZP before P400, reversed the increased levels of lipid peroxidation and nitrite-nitrate and normalized the activity of catalase and the physiological levels of the antioxidant glutathione in the hippocampus and / or striatum. According to in vitro experiments, increased lipid peroxidation, levels of nitrite-nitrate and catalase activity in brain homogenates subjected to thermal shock were significantly altered by incubation with LEV, CNZP or MEL, where these drugs were able to reduce the levels of MDA, nitrite-nitrate, and also stabilize the activity of catalase, enhancing thus the endogenous antioxidant enzyme activity and the ability to inactivate free radicals.Thus, the study suggests a modulatory action exerted by LEV, CNZP and MEL on the functioning of muscarinic and dopaminergic systems in the central nervous system as an alternative mechanism to protect against seizures in the model P400, and the participation of direct and indirect antioxidant properties of these drugs, through the ability to modify the neuronal response to oxidative stress.
|
223 |
Estudio de la capacidad antimutagénica del extracto acuoso de Baccharis articulata (Lam.) PersoonRodríguez, María de las Nieves Generosa 14 April 2014 (has links)
El objetivo de esta Tesis Doctoral fue realizar la caracterización química y tóxica así como analizar la mutagenicidad y antimutagenicidad del extracto acuoso de Baccharis articulata (Lam.) Persoon (EAB). B. articulata, conocida como “Carqueja”, es una hierba silvestre utilizada muy frecuentemente en la medicina folclórica popular en Argentina y Sudamérica. La infusión de carqueja es ampliamente consumida para el tratamiento de afecciones gastrointestinales por su capacidad antiespasmódica y colagoga, entre otras.
Mediante caracterización química por cromatografía líquida de fase inversa (RF-HPLC) se determinaron los compuestos fenólicos presentes en el EAB. Asimismo, se analizó la actividad antioxidante del EAB, por determinación de la concentración eficiente cincuenta (CE50) mediante la técnica de DPPH* (2, 2-fenil1-picril hidracilo) y se determinaron los porcentajes de inhibición del EAB frente al radical DPPH*. El análisis químico del EAB reveló que el polifenol mayoritario fue el ácido clorogénico. El contenido de ácido clorogénico en el EAB fué 2,05±0,11 mg/ml y su actividad antioxidante presentó un valor de CE50 de 101,86 µg/ml.
Los estudios de toxicidad, mutagenicidad y capacidad antimutagénica se realizaron mediante el Ensayo de Ames empleando las cepas testigo Salmonella typhimurium TA98 (mutante de corrimiento de marco de lectura) y TA100 (mutante de sustitución de bases). Los ensayos de toxicidad se llevaron a cabo por determinación de las unidades formadoras de colonias co-incubando el EAB con las cepas testigo para evaluar concentraciones no tóxicas. Los ensayos de mutagenicidad y antimutagenicidad se realizaron con diferentes concentraciones del EAB (1,0 y 10,0 mg/placa) las cuales se incubaron con diferentes concentraciones de mutágenos diagnóstico: 2-nitrofluoreno (2-NF), azida sódica (AZS), y 2-aminofluoreno (2-AF). Se implementó el método clásico de incorporación en placa y su modificación de pre-incubación. Para la evaluación de la antimutagenicidad se tomaron como parámetros los porcentajes de inhibición (%I) ejercidos por el EAB frente a la mutagenicidad inducida por los mutágenos diagnóstico (correspondiente al 100% de mutagenicidad).
Los resultados encontrados indicaron al aplicar el Ensayo de Ames, que el EAB no resultó tóxico ni mutagénico en las concentraciones ensayadas (1,0 y 10,0 mg/placa) y en las condiciones de diseño experimental propuestos.
El EAB presentó en el Ensayo de Ames aplicado un %I de 100% frente al mutágeno 2-AF al implementar el método de pre-incubación y con la cepa TA100, independiente de las concentraciones ensayadas (1,0 y 10,0 mg/placa). Los valores máximos de inhibición del EAB ejercidos en la cepa TA98 frente al 2-NF se obtuvieron con 10,0 mg/placa de EAB y el Ensayo de Ames, con el método de pre-incubación, siendo el %I de 91,0%. Frente a la AZS, la máxima inhibición se obtuvo, en el Ensayo de Ames, con el método de pre-incubación con un rango de %I de 40,0-41,0% para 1,0 y 10,0 mg/placa, respectivamente.
Asimismo, se evaluó la capacidad antioxidante, tóxica, mutagénica y antimutagénica del ácido clorogénico utilizando la misma metodología implementada para el EAB (DPPH* y el Ensayo de Ames). Los resultados mostraron que la capacidad antioxidante del ácido clorogénico resultó ser mayor que la del EAB con una CE50= 0,269 µg/ml. El ácido clorogénico mostró ser no tóxico y no mutagénico en el Ensayo de Ames, en las concentraciones ensayadas (0,05 y 0,50 mg/placa). Los estudios de antimutagenicidad del ácido clorogénico mostraron que los %I máximos frente a 2-AF se obtuvieron con la cepa TA98 (%I de 75,5) y con la cepa TA100 (%I de 84,0), ensayando 0,50 mg/placa de ácido clorogénico mediante el método de pre-incubación.
En base a estos resultados, se concluyó que el EAB y el ácido clorogénico poseen capacidad antioxidante y antimutagénica en los sistemas y condiciones experimentales aplicadas.
La comparación de la capacidad antimutagénica entre el EAB y el ácido clorogénico indicó que fue necesaria una concentración cinco veces mayor de ácido clorogénico contenido en la muestra de EAB para alcanzar una actividad antimutagénica similar a la observada en el EAB.
Se concluyó que la capacidad antimutagénica del EAB ocurría a través de un mecanismo antioxidante, influenciado por la presencia del ácido clorogénico y otros compuestos presentes en el mismo.
En base a los datos obtenidos y la bibliografía existente se propone que los efectos antimutagénicos ejercidos por el EAB frente a los mutágenos ensayados respondería a un mecanismo llamado “desmutágeno”, donde la inhibición ejercida por el extracto posiblemente ocurra previamente a que los agentes mutagénicos produzcan un daño total o parcial sobre el ADN.
Futuros estudios sobre los mecanismos moleculares implicados en el efecto antimutagénico ejercido por el EAB frente a diferentes mutágenos resultan necesarios y merecen ser estudiados en profundidad para dilucidar el posible mecanismo propuesto en la presente Tesis Doctoral a partir de observaciones realizadas en cepas bacterianas aplicando el Ensayo de Ames.
|
224 |
Caracterização química e avaliação da atividade antioxidante in vitro de noz macadâmia (Macadamia integrifolia, Maiden e Betche) submetida aos processos de secagem e de torra / Chemical characterization and evaluation of in vitro antioxidant capacity of dried and roasted macadamia nuts (Macadamia integrifolia, Maiden e Betche)Garcia, Paula da Costa 04 November 2010 (has links)
A macadâmia (Macadamia integrifolia) é considerada comercialmente uma das nozes mais importantes do mundo por seus atributos sensoriais e nutricionais. Dentre as etapas do beneficiamento desta noz, destacam-se a secagem e a torra como processos térmicos diretamente ligados a sua qualidade. Contudo, eles têm sido relacionados à diminuição da estabilidade oxidativa e da capacidade antioxidante de compostos bioativos, como os ácidos fenólicos. Sendo assim, o objetivo deste trabalho foi caracterizar e comparar a noz macadâmia submetida às etapas de secagem (crua) e de torra, quanto a composição química e sua atividade antioxidante in vitro. Os ensaios realizados para a composição centesimal demonstraram que não houve diferença (p<0,05) entre as amostras crua e torrada, exceto pela umidade e cinzas. Observou-se que macadâmia, cura ou torrada, é uma grande fonte de lipídeos (~77g/100g amostra). Não se verificou diferença no perfil dos ácidos graxos entre as amostras analisadas, prevalecendo monoinsaturados (~58g/100g amostra). Para a avaliação da atividade antioxidante, foram obtidos, das amostras cruas e torradas, os extratos etéreo (EE), alcoólico (EAlc) e aquoso (EAq) e as frações de ácidos fenólicos livre (AFL), esterificados solúveis (AFS) e insolúveis-ligados (AFI). Quanto ao teor de fenólicos totais, através do método com o reagente de Folin-Ciocalteau, o extrato que se destacou foi o EAq, tanto para macadâmia crua quanto para torrada, com os maiores valores em relação aos outros extratos, mas ainda foram menores que as frações. A macadâmia torrada obteve os maiores teores de fenólicos totais com AFL e AFS. A atividade antioxidante foi testada através dos métodos de redução do radical DPPH, de co-oxidação do sistema β-caroteno/ácido linoleico e de oxidação lipídica acelerada em Rancimat. No teste de redução do DPPH, a macadâmia crua foi mais eficiente que a torrada apenas no EE e na AFI. Já para o EAq, o EAlc, a AFL e a AFS, a macadâmia torrada apresentou as melhores porcentagens de redução. No sistema β-caroteno/ácido linoleico, os EAqs tiveram maiores porcentagens de inibição da oxidação que os demais extratos; todas as frações apresentaram porcentagens de inibição muito superiores às dos extratos, mesmo em concentrações menores. Notou-se também que houve queda na capacidade de inibição da oxidação do EE e das três frações (AFL, AFS e AFI), quando se comparam a amostra crua em relação à torrada. No ensaio em Rancimat, o EAlc foi o único, entre extratos e frações de ambas as amostras, a diferir significativamente do controle-negativo em sua ação protetora, entretanto não foi mais eficiente que o TBHQ, utilizado como controle-positivo. Neste estudo, a diferença de atividade entre os métodos ficou clara, contudo também se evidenciou que o tratamento térmico da torra é capaz de alterar a capacidade antioxidante dos compostos fenólicos presentes na macadâmia. / Macadamia (Macadamia integrifolia) is considered one of the most important nuts in the world for their nutritional and sensory attributes. In the macadâmia nut processing, drying and roasting steps stand out because they are thermal processes directly related with its quality. However, they have been associated to the decrease of oxidative stability and antioxidant activity of bioactive compounds such as phenolic acids. Therefore, the aim of this study was to characterize and compare the dried (raw) and roasted macadamia nuts, their chemical composition and in vitro antioxidant activity. The composition assays shown that there was no difference between raw and roasted samples of macadamia (p<0,05), except for moisture and ash. It was also observed that both samples are source of oil (~77g/100g macadamia). There was no difference (p<0,05) in the fatty acids profile of the samples, with the predominance of monounsaturated fatty acids (~58g/100g macadamia). For the evaluation of antioxidant activity, the ether (EE), alcoholic (EAlc) and aqueous (EAq) extracts and the free phenolic acids (AFL), soluble esterified acids (AFS) and insoluble-bound acids (AFI) fractions were obtained from raw and roasted samples. In the total phenolic content, by Folin-Ciocalteau method, the EAq stood out for raw and roasted macadamia nuts with a high content, compared with the other extracts, but it was lower than the acid phenolic fractions. The roasted macadamias showed the highest levels of total phenolics in AFL and AFS. The antioxidant activity was obtained by the methods of DPPH radical reduction, of β-carotene/linoleic acid co-oxidation system and accelerated lipid oxidation in Rancimat. In the DPPH test, raw macadamia reduced more efficiently than roasted only in EE and AFI. For the EAq, EAlc, AFL and AFS, the roasted macadamia nuts showed the best percentages of reduction. In β-carotene/linoleic acid system, EAqs of both samples showed similar results and had the highest percentage of oxidation inhibition than the other extracts. All of fractions showed much higher percentages of inhibition than extracts, even at lower concentrations. A decrease in the ability to inhibit oxidation of EE and the three fractions (AFL, AFS and AFI) was also noticed, when comparing the raw samples with the roasted. In Rancimat test, the EAlc was the only, of the extracts and fractions of both samples, witch differed significantly from negative control in its protective activity; however it was not more effective than TBHQ, used as positive control. In this study, the differences between the methods were noticeable, but it was also showed that the thermal treatment of the roasting was able to modify the antioxidant capacity of phenolic compounds in macadamia nuts.
|
225 |
Análogos de micosporinas: síntese e avaliação de parâmetros farmacológicos e toxicológicos / Mycosporines analogues: synthesis and evaluation of pharmacological and toxicological parameters.Andreguetti, Daniel Xavier 06 December 2010 (has links)
Micosporinas são substâncias pertencentes a um grupo de compostos naturalmente encontrados em algas e fungos, que são utilizadas por estes organismos como mecanismo de defesa. São potentes bloqueadores químicos de radiação ultravioleta (UV), atuando principalmente na faixa espectral da radiação UVA, com absorção máxima variando entre 300 e 360 nm, dependendo de sua composição estrutural. Quimicamente, são caracterizadas por um cromóforo ciclohexenona ou ciclohexenimina conjugado com o nitrogênio substituinte de um aminoácido ou aminoálcool. Em alguns membros deste grupo também foi evidenciada uma moderada atividade antioxidante, podendo estes atuarem como antioxidantes naturais em organismos marinhos. Os processos sintéticos utilizados, com o objetivo de obtenção de forma não natural destas moléculas, se basearam em princípios de química verde e evitaram a utilização de solventes orgânicos bem como a produção de intermediários tóxicos. As reações envolvendo uma dicetona cíclica e diferentes aminoácidos foram testadas por diferentes metodologias \"verdes\". A partir destes processos foram obtidos 11 análogos das micosporinas, dos quais 9 tiveram seus potenciais farmacológicos e toxicológicos avaliados. Para verificação do potencial farmacológico das moléculas, foi determinado um espectro de absorção de radiação ultravioleta para cada um dos compostos, que posteriormente tiveram seus potenciais antioxidantes verificados através das atividades sequestrantes de radicais DPPH e de radical superóxido. Os espectros obtidos dos compostos demonstram uma absorção máxima variando de 255 a 309 nm para os diferentes compostos. No ensaio antioxidante de DPPH, dois compostos atingiram a IC50, em concentrações de 1,597 e 1,387 mM, e no ensaio de sequestro de radical superóxido, todos os compostos testados atingiram a IC50, em concentrações que variam de 0,204 a 1,164 mM. O potencial citotóxico das moléculas foi testado em culturas celulares de fibroblastos 3T3, através da incorporação das substâncias em diferentes concentrações e verificação de viabilidade celular, pelo método de redução de MTT, após exposição por 24 horas. O ensaio fototóxico procedeu da mesma forma, porém com a exposição das células a radiação ultravioleta concomitantemente à aplicação dos compostos. Os resultados obtidos demonstraram que nenhum dos compostos pode ser considerado citotóxico, porém um dos compostos é ativado com a exposição a radiação UVA, sendo assim, considerado fototóxico. / Mycosporines are substances belonging to a group of compounds naturally found in algae and fungi, which are used by these organisms as a defense mechanism. They are potent chemical blockers of ultraviolet radiation (UV), acting mainly in the spectral range of UVA, with maximum absorption ranging from 300 to 360 nm, depending on its structural composition. Chemically, they are characterized by a cyclohexenone or cyclohexenimine chromophore conjugated with the nitrogen substituent of an amino acid or an amino alcohol. Some mycosporines present a moderate antioxidant activity; in this case, they can act as natural antioxidants in marine organisms. Our synthesis was based on green chemistry principles and avoided the use of organic solvents and the production of toxic intermediates. The reactions involving a cyclic diketone and different amino acids were tested by different clean methods. Eleven mycosporines analogues were obtained. Nine of them had their pharmacological and toxicological potential evaluated. In order to verify the pharmacological potential of molecules, we determined the UV absorption spectrum of each mycosporine analogue. In addition, we evaluated their antioxidant activity by DPPH and superoxide radical scavenging potential methods. The compounds spectra show an absorption maximum ranging from 255 to 309 nm for different compounds. In the DPPH assay, two compounds reached the IC50 at concentrations of 1.597 e 1.387 mM. In the superoxide scavenging assay, all compounds tested reached the IC50 at concentrations ranging from 0.204 to 1.164 mM. The cytotoxic potential of these molecules was tested in cell cultures (3T3 fibroblasts) through the incorporation of different concentrations of the analogues and checking cell viability by MTT reduction method. The phototoxic test was conducted similarly, but adding the exposure of cells to UV radiation after addition of mycosporines analogues. The results showed that none of the compounds can be considered cytotoxic, but one of the compounds is activated by exposure to UVA radiation, becoming phototoxic.
|
226 |
Compostos fenólicos do cupuaçu (Theobroma grandiflorum) e do cupulate: composição e possíveis benefícios / Cupuassu\'s (Theobroma grandiflorum) and cupulate\'s phenolic compounds: chemical composition and possible benefitsPugliese, Alexandre Gruber 22 September 2010 (has links)
O cupuaçu é uma fruta nativa brasileira, com boa palatabilidade e grande potencial agroindustrial, seja na produção de polpa congelada, seja na de um produto análogo ao chocolate, o cupulate®. Polpas frescas de cupuaçu apresentaram composição centesimal e teor de fenólicos similares ao longo do ano, favorecendo sua industrialização. Esta regularidade também foi observada entre as distintas marcas avaliadas de polpa de cupuaçu congelada. Foi verificado, porém, diminuição de fenólicos, capacidade antioxidante e inibitória de α-amilase da polpa congelada em relação à polpa fresca. Esta enzima foi inibida pela polpa deste fruto; no cupulate não foi detectada nenhuma inibição de α-amilase ou de α-glicosidase. O cupulate apresentou, aproximadamente, metade da capacidade antioxidante, do teor de fenólicos e de proantocianidinas totais do chocolate. Apresentou, ainda, menor teor de proteínas e maior teor de lipídios que o chocolate. Os ácidos graxos presentes em maior quantidade na semente de cupuaçu, tanto fresca como processada (líquor), são o oléico e o esteárico. Os efeitos do processamento das sementes de cupuaçu assemelham-se àqueles observados no cacau: grande perda de umidade, aumento de lipídios, redução de carboidratos e do teor de polifenólicos. O decréscimo destes compostos ocorre, possivelmente, devido à sua condensação oxidativa, gerando taninos insolúveis de alto peso molecular. Os flavonóides identificados no cupuaçu foram catequina, epicatequina, theograndinas e glucuronídeos de isorhamnetina, quercetina e luteolina. Foram, ainda, identificados procianidinas até decâmeros na semente fresca de cupuaçu, já no líquor, devido à baixa concentração, somente até tetrâmeros. / Cupuassu is a brazilian native fruit, with good flavor and great industrial potential, either in the production of frozen pulps or in the manufacturing process of a chocolate-like food, the cupulate®. Cupuassu\'s fresh pulp showed similar chemical composition and phenolics content over the year, supporting its industrialization. This regularity was also observed between different brands of cupuassu frozen pulp. It was found, however, that the processed pulp has a decrease on phenolics content, antioxidant capacity and α-amylase inhibitory activity, in relation to the fresh pulp. This enzyme was inhibited by the fruit pulp. Cupulate, on the other hand, did not inhibit either α-amylase or α-glucosidase. This product showed, approximately, half of the antioxidant capacity, of the total phenolics content and of the total proanthocyanidins content found in the regular chocolate. Cupulate showed, also, less proteins content and more lipids content than chocolate. The most abundant fatty acids, either in the cupuassu\'s fresh seed or in the processed seed (liquor), were the oleic acid and stearic acid. The processing effects observed in the cupuassu\'s seeds were similar to those observed in cocoa processing, i.e. high moisture reduction, lipids increase, carbohydrate and phenolics content reduction. The phenolics decrease occurs, possibly, due to oxidative condensation, yielding unsoluble tannins of high molecular mass. The flavonoids identified on cupuassu were catechin, epicatechin, theograndins and glucuronides of isorhamnetin, quercetin and luteolin. Procyanidins up to decamers on the cupuassu\'s fresh seeds were also identified, but only up to tetramers on cupuassu\'s liquor, due to the their low concentration.
|
227 |
Influência do resveratrol na qualidade e na fertilidade do espermatozoide suíno refrigerado entre 15-17°C por 72 horas para inseminação artificial intrauterina / Influence of resveratrol on quality and fertility of cooled boar spermatozoa at 15-17ºC for 72 hours to intrauterine inseminationRigo, Victor Henrique Bittar 16 December 2016 (has links)
A preservação do sêmen suíno refrigerado para fins de inseminação artificial é a forma mais utilizada no mundo. Para tal, os espermatozoides são diluídos em meios que forneçam substratos para nutrir e proteger estas células. Porém, a faixa de temperatura de armazenamento do sêmen suíno refrigerado não é capaz de cessar completamente os mecanismos metabólicos dos espermatozoides, que em ambiente aeróbico da dose inseminante, produzem e liberam continuamente produtos do metabolismo do oxigênio. A ação das espécies reativas de oxigênio sobre o espermatozoide é uma das razões do declínio na população de células espermaticas estrutural e funcionalmente aptas à fertilizarem os gametas femininos. Portanto, a adição de um composto antioxidante ao meio diluidor poderia melhorar ou manter constante o número de espermatozoides viáveis ao longo do período de conservação da dose inseminante. Neste contexto, este trabalho objetivou verificar se a adição do antioxidante resveratrol geraria modificações positivas em parâmetros celulares relacionados à qualidade do sêmen suíno refrigerado à 15-17°C avaliados por sistema computadorizado da motilidade espermática e citometria de fluxo (experimento in vitro), e se este antioxidante melhoraria os índices de fertilidade na inseminação artificial intrauterina (IAIU) através da recuperação, contagem e identificação dos embriões (experimento in vivo). As concentrações testadas no experimento in vitro não superaram os resultados do tratamento controle (p<0,05), sendo a concentração de 1,0 mM prejudicial ao espermatozoide suíno (p<0,05). A utilização da concentração de 0,01 mM de resveratrol para inseminação das fêmeas suínas no experimento in vivo não apresentou efeito positivo nos índices de taxa de prenhez e fertilidade ajustada total (p>0,05), além de ter resultado em uma baixa taxa de embriões viáveis (p<0,05), quando comparados ao tratamento controle. Deste modo, pode concluir que não é indicado a adição do antioxidante resveratrol ao meio diluidor para inseminação artificial, uma vez que compromete a qualidade das células espermáticas do reprodutor suíno e impacta negativamente na fertilidade das fêmeas. / The preservation of chilled boar semen for artificial insemination is the most performed worldwide. For this, the sperm are extended in medium that provides substrates to nourish and protect these cells. However, the storage temperature range of chilled semen is not able to completely stop the metabolic mechanisms of sperm, which keeps producting and releasing oxygen reactive products in aerobic environment of insemination doses. The action of reactive oxygen species on the sperm is one of the reasons for decreasing sperm population with structural and functional capacity to fertilize the female gamete. Therefore, the addition of antioxidant compound to the extender medium could improve or maintain the number of viable spermatozoa throughout the conservation time of insemination doses. In this context, this work aimed to determine whether addition of antioxidant resveratrol would generate positive changes in cell parameters related to the quality of boar semen cooled to 15-17 °C assessed by computered analysis of sperm motility and flow citometry (in vitro experiment) and whether this antioxidant would improve fertility rates using intrauterine insemination (IUI) by the recovery, counting and embryos identification (in vivo experiment). The concentrations tested in vitro experiment have not exceed control treatment results (p <0.05), with the concentration of 1.0 mM being detrimental to the boar spermatozoa (p <0.05). The concentration of 0.01 mM of resveratrol used for gilts insemination in experiment in vivo has not shown positive effect on pregnancy rate and the total adjusted fertility (p> 0.05) and have resulted in a low rate viable embryos (p <0.05) compared to control. Thus, we conclued that the addition of resveratrol antioxidant in boar extender medium is not suitable for artificial insemination, once it compromises the quality of boar sperm cells and impairs on female fertility.
|
228 |
Mesocarpo do pequi (Caryocar villosum alb. pers.): incorporação em formulação de chocolate amargo com vista a agregação de valor nutricional / Mesocarp of pequi (Caryocar villosum alb. pers.): incorporation in bitter chocolate formulation with a view to aggregation of nutritional value.Lorenzo, Natasha Dantas 24 March 2017 (has links)
As perspectivas são promissoras para a exploração de espécies não tradicionais de frutas tropicais com compostos de interesse nutricional e capacidade antioxidante. Dentre as frutas que apresentam relevantes quantidades de nutrientes, podemos destacar o pequi (Caryocar villosum Alb. Pers.). Na sua forma in natura, possui concentrações expressivas de compostos fenólicos e carotenoides totais, principalmente na polpa, sendo o óleo extraído rico em ácidos graxos. Diversos estudos sobre o cacau relacionam sua alta capacidade antioxidante com sua grande concentração de compostos fenólicos. O objetivo deste estudo foi a utilização do mesocarpo do pequi liofilizado na incorporação em formulação de chocolate amargo com vista à agregação de valor nutricional. No mesocarpo do pequi liofilizado foi verificada a granulometria, biometria, composição centesimal, carotenoides e microscopia eletrônica de varredura. No óleo extraído do mesocarpo do pequi liofilizado foi avaliada a composição em ácidos graxos e colorimetria, bem como a qualidade e funcionalidade nos perfis lipídicos pelos índices de composição: índice de Aterogenicidade (I.A), índice de Trombogenicidade (I.T) e a razão hipocolesterolêmica e hipercolesterolêmica (H.H). Adicionou-se 1,5% de mesocarpo liofilizado na formulação de chocolate amargo determinando-se tamanho de partícula, índice de temperagem, parâmetros físico-químicos, reologia, análise térmica, capacidade antioxidante total pelos métodos de redução do ferro e DPPH, e determinação de fenólicos totais. Como resultado observou-se principalmente a presença dos ácidos graxos palmítíco (26,5 %), oleico (52,67 %) e linoleico (15,2 %) no óleo da polpa. Com a adição de 1,5 % de mesocarpo de pequi liofilizado não houve aumento significativo (p<0,05) do tamanho de partículas da massa do chocolate formulado, não aumentando sua viscosidade e a tensão inicial. A análise de fenólicos totais mostrou um aumento da concentração destes compostos na formulação de chocolate com adição do mesocarpo do pequi liofilizado (813,49 µg GAE.mL -1) em relação à formulação padrão de chocolate amargo (235,98 µg GAE.mL -1), mostrando o grande potencial que este fruto oferece. Na análise de atividade antioxidante, frente ao radical DPPH, houve um aumento da concentração de antioxidantes na formulação de chocolate com adição do mesocarpo do pequi liofilizado (151,65 mg/L) em relação à formulação padrão de chocolate amargo (158,87 mg/L). Na curva de resfriamento da manteiga de cacau encontrou-se o valor BCI (Buhler Crystallization Index) de 3,7 ± 0,00, sendo considerado adequado para produção de chocolates. Houve um aumento da temperatura inicial da temperagem e uma diminuição do tempo total do processo com a adição do óleo de pequi na massa do chocolate em relação à formulação controle. A análise térmica indicou que o óleo de pequi suporta temperaturas de até 300 °C, e os chocolates até 50°C. Os índices de funcionalidade do óleo de pequi demostraram que o mesmo possui baixa capacidade de aterogenicidade (0,38), a relação poliinsaturado/ saturado apresentou-se na faixa indicada como benéfica à saúde (0,61), assim como o índice hipocolesterolêmico/ hipercolesterolêmico que se apresentou adequado (2,58). Concluindo-se que houve o aumento no potencial nutricional do chocolate com a adição da polpa de pequi liofilizada, sem alterar estatisticamente suas propriedades reológicas. / The perspectives are promisíng for the exploration of non-traditional species of tropical fruits with compounds of nutritional interest and antioxidant capacity. Among the fruits that present relevant amounts of nutrients, we can highlight pequi (Caryocar villosum Alb. Pers.). In its natural form, it has expressive concentrations of phenolic compounds and total carotenoids, mainly in the pulp, being the extracted oil rich in fatty acids. Several studies about cocoa relate its high antioxidant capacity to its high concentration of phenolic compounds. The objective of this study was the utilization of freeze-dried mesocarp of pequi in the incorporation on bitter chocolate formulation with a view to aggregating nutritional value. In the freeze-dried mesocarp of pequi was verified the granulometry, biometry, centesimal composition, carotenoids and scanning electron microscopy. In the extracted oil of freeze-dried mesocarp of pequi was evaluated the composition of fatty acids and colorimetry, as well the quality and the functionality in the lipids profile by the index of composition: Aterogenicity Index (A.I.), Thrombogenicity Index (T.I.) and hypocholesterolemic and hypercholesterolemic ratio (H.H.). It was added 1.5% of freeze-dried mesocarp in the formulation of bitter chocolate determining particle size, temper index, physico-chemical parameters, rheology, thermal analysis, total antioxidants capacity by reduction of iron and DPPH methods, and determination of total phenolics. As a result, it was observed the main presence of palmitic (26.5%), oleic (52.67%) and linoleic (15.2%) acids in the pulp of the oil. With the addition of 1.5 % of freeze-dried mesocarp of pequi there was no significant increase (p<0.05) in the particle size of the formulated chocolate mass, without increasing its viscosity and initial tension. The analysis of total phenolics showed an increase in the concentration of these compounds in the chocolate formulation with the addition of the freeze-dried mesocarp (813.49 µg GAE.mL-1) in relation to the standard bitter chocolate formulation (235.98 µg GAE.mL-1), showing the great potential that this fruit offers. In the analysis of antioxidant activity, against the radical DPPH, there was an increase in the concentration of antioxidants in the chocolate formulation with the addition of the freeze-dried mesocarp (151,65 mg/L) in relation to the standard bitter chocolate formulation (158.87 mg/L). In the cooling curve of cocoa butter it was found the BCI value (Buhler Crystallization Index) of 3.7 ± 0.00 being considered suitable for manufacturing of chocolates. It was occurred an increase of the initial temperature of tempering and a decrease of the total processes time with the addition of pequi Gil in the chocolate mass. The thermal analysis indicated that pequi Gil supports temperatures of up to 300°C, and the chocolates up to 50°C. The functional indexes of pequi Gil showed that it had a low atherogenic capacity (0.38), the polyunsaturated / saturated ratio was in the range indicated as beneficial to health (0.61), as well as the index hypocholesterolemic/ Hypercholesterolemic was adequate (2,58). It was concluded that there was an increase in the nutritional potential of the chocolate with the addition of lyophilized pequi pulp, without statistically altering its rheological properties.
|
229 |
Lesão renal aguda por glicerol: efeito antioxidante da Vitis Vinifera L. / Acute kidney injury by glycerol: antioxidant effect of Vitis Vinifera L.Martim, Elisabete Cristina de Oliveira 06 August 2007 (has links)
A Lesão Renal Aguda (LRA) é a complicação mais grave da rabdomiólise. Nessa síndrome, a liberação do pigmento heme desencadeia uma lesão que se caracteriza por vasoconstrição glomerular e toxicidade celular direta com componente oxidativo. A lesão oxidativa desencadeada é uma das linhas fisiopatológicas mais intrigantes. A renoproteção com antioxidantes tem demonstrado efeito satisfatório. As proantocianidinas são antioxidantes naturais encontrados no extrato da semente da uva. O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito antioxidante da Vitis vinifera (extrato da semente de uva) sobre a função renal de ratos submetidos à lesão por rabdomiólise. Foram utilizados ratos Wistar, adultos machos, pesando entre 250-300 gramas. A LRA foi induzida pela administração de glicerol 50% i.m (intramuscular). Os animais foram distribuídos em 4 grupos: grupo Salina (6ml/Kg de NaCl 0,9% via intraperitoneal (i.p) 1 vez ao dia), grupo Glicerol (6ml/Kg de glicerol i.m, cada região femoral recebeu 3ml/Kg de glicerol, 1 vez ao dia), grupo Vitis vinifera (3mg/Kg v.o por 5 dias) e grupo Glicerol+Vitis vinifera que recebeu Vitis vinifera por 5 dias antes do glicerol. Foram avaliados o marcador de lesão muscular (CK), a função renal (FR), a função tubular (FENa e FEK), o perfil oxidativo (peróxidos urinários-FOX-2 e MDA-TBARS) , a histologia e morfometria renal. O grupo Glicerol tratado com Vitis vinifera apresentou melhora da FR e tubular, redução dos níveis da peroxidação lipídica e melhora da histologia renal. Os resultados deste estudo confirmaram a proteção antioxidante, com repercussão histológica, da Vitis vinifera na LRA induzida por glicerol. / The Acute Kidney Injury (AKI) is the worst complication of rhabdomyolysis. In this syndrome, the delivery of heme pigment induces an injury that distinguishes itself by glomerular vasoconstriction and direct cellular toxicity with oxidative component. The oxidative injury is an intriguing one of the pathophysiological mechanism. The renoprotection with antioxidants has demonstrated satisfactory effect. The proanthocyanidins are natural antioxidants found in grape seed extract. The aim of this study was to evaluate the antioxidant effect of Vitis vinifera (grape seed extract) on the renal function of rats submitted to the injury by rhabdomyolysis. Wistar rats, male, adults, weight ranging from 250-300 g were used. The AKI was induced intramuscular (i.m.) administration of glycerol 50%. The animals were distributed in 4 groups: Saline group (6ml/Kg of NaCl 0,9% intraperitoneal (i.p) once a day), Glycerol group (6ml/Kg of glycerol i.m, each femoral region received 3ml/Kg of glycerol, once a day), Vitis vinifera group (3mg/Kg v.o by 5 days) and Glycerol+Vitis vinifera group that has received Vitis vinifera by 5 days before glycerol. Marker of muscular injury (CK), renal function (RF), the tubular function (FENa and FEK), the oxidative profile (urinary peroxides -FOX-2 and MDA-TBARS), the histological and kidney morphometric were evaluated. The Glycerol group treated with Vitis vinifera has shown improvements in RF and tubular, reduction of levels of lipid peroxidation and amelioration of kidney histology. The results of this study have confirmed the antioxidant protection, with histological repercussion of Vitis vinifera in AKI induced by glycerol.
|
230 |
Análise química e atividades antioxidante e citotóxica de amostras de própolis de alecrim / Chemical characterization and antioxidant and citotoxic activities from alecrim propolisSilva, Caroline Cristina Fernandes da 16 October 2008 (has links)
A própolis é uma mistura complexa de substâncias, constituída por ceras de abelhas e resinas de plantas. Sua coloração e textura são bastante variáveis, e a composição química difere com o local onde está localizada a colméia. As abelhas utilizam a própolis para selar aberturas na colméia, como revestimento interno, manutenção de um ambiente asséptico, entre outros propósitos. Suas propriedades farmacológicas são conhecidas há tempos, sendo que, dentre as principais, pode-se citar a ação antimicrobiana, a antiinflamatória, a antioxidante e a citotóxica. O presente trabalho teve como objetivos principais a caracterização química, por meio do doseamento de fenóis, ceras e flavonóides, de seis amostras de própolis verde, provenientes de Minas Gerais e do Paraná, e a identificação por CG/EM e CLAE/EM de algumas substâncias presentes nas amostras. Além disso, foram testados os extratos brutos metanólicos e as frações hexânicas, clorofórmicas, metanólicas e de acetato de etila das amostras, quanto à atividade citotóxica em embriões de ouriço-do-mar, e quanto à atividade antioxidante. A caracterização química ocorreu através da quantificação do teor de ceras, por gravimetria, que variou de 38,79 a 104,6 mg/g. Os teores de fenóis totais foram obtidos através de reação colorimétrica com o reagente Folin-Ciocalteau (λ 760 nm) e variou de 132,69 a 187,57 mg/g. A quantificação de flavonas e flavonóis ocorreu através da reação com AlCl3 (λ=420 nm), variando de 15,17 a 40,42 mg/g. Os teores de flavanonas e isoflavonas foram quantificados através da reação com a dinitrofenilhidrazina (λ=486 nm), sendo obtidos os valores de 11,95 a 18,91 mg/g. Os perfis cromatográficos mostraram-se bastante semelhantes, sendo identificadas 35 substâncias, predominando os derivados prenilados do ácido ρ-cumárico, ácidos cafeoilquínicos e alguns flavonóides. As atividades antioxidantes seguiram os métodos de redução do radical livre DPPH (2,2-difenil-1-picrilhidrazila, λ= 517 nm) e o sistema β-caroteno/ácido linoléico (λ= 470 nm). Os resultados obtidos pelo primeiro método variaram de 10,50 a 18,56% (25 µg/mL), e pelo segundo método a variação foi de 71,2 a 84,1% (1 mg/mL). Alta atividade antioxidante, nas mesmas concentrações, também foi verificada nas frações de hexano, clorofórmio, acetato de etila e metanol, nos dois métodos. Possíveis relações entre a atividade antioxidante e os teores de fenóis e flavonas e flavonóis foram testadas através de correlação linear, pelo método dos mínimos quadrados, assumindo como significantes valores de R2 > 0,5. Verificou-se uma correlação positiva significativa entre a atividade antioxidante e os teores de fenóis no método do DPPH (R2 = 0,835). Essa correlação, entretanto, não foi observada no sistema β-caroteno/ácido linoléico (R² = 0,450). Quanto ao teor e flavonas e flavonóis, observou-se uma correlação positiva significativa tanto no método do DPPH (R2 = 0,783) quanto no sistema ρ-caroteno/ácido linoléico (R2 = 0,693). A ausência de correlação com o método de descoloração do β-caroteno e a presença de atividade antioxidante em frações de menor polaridade sugere que substâncias solúveis em solventes menos polares estejam atuando como antioxidantes nas própolis estudadas. As atividades citotóxicas foram testadas em embriões de ouriço-do-mar Lytechinus variegatus e foram caracterizadas principalmente pela inibição da primeira clivagem dos ovos recém-fertilizados, demonstrando um efeito anti-mitótico. Foi utilizada a concentração de 32 μg/mL de extrato para os testes, e a atividade variou de 97,33 a 100%. Na mesma concentração, verificou-se alta atividade nas frações de acetato de etila (100%), e baixa nas frações de metanol (< 5%); nas frações de hexano e clorofórmio a atividade foi bastante variável (4,33 a 98,5% e 2 a 92,5%, respectivamente). Os resultados sugerem a presença de substâncias com potencial citotóxico e, possivelmente, antitumoral, importantes para o desenvolvimento de novos tratamentos para o câncer. Por meio das PCA e PCO concluiu-se que as própolis coletadas em Minas Gerais diferem entre si, inclusive entre aquelas de mesma localização. As amostras coletadas no Paraná se mostraram muito semelhantes nas duas análises. Houve, entretanto, diferenças significativas entre as amostras A-D, coletadas em Minas Gerais, e aquelas, E e F, coletadas no Paraná. / Propolis is a complex mixture of substances derived from bee products and plant resins. Propolis color and texture vary widely and chemical composition is dependent on the hive locality. Bees use propolis to seal openings in the hive and to line it internally, which help keeping the environment aseptic. Propolis properties in medicine has been known since ancient times, and more recently activities such as antimicrobial, anti-inflammatory, antioxidant and cytotoxic have been demonstrated. The present work aimed to characterize chemically six samples of green propolis produced in the states of Minas Gerais and Paraná and identify their constituents by GC/MS and HPLC/MS. In addition, this investigation aimed to evaluate cytotoxic and antioxidant activities of the crude hexane, chloroform, ethyl acetate and methanol extracts of all samples. Chemical characterization was carried out by the determination of the contents of wax, total phenols and flavonoids. Wax content was determined by extracting the waxes with chloroform, followed by purification with cold methanol and gravimetric determination. Wax contents varied from 28.79 to 104.6 mg/g. Total phenols were determined with the Folin-Ciocalteau reagent and. Values obtained varied in the range 132.69 - 187.57 mg/g. Flavone and flavonol contents combined were determined by the AlCl3 method and values obtained varied from 15.72 to 40.42 mg/g. Contents of flavanones and isoflavones combined were determined by the dinitrophenylhydrazine method, values varying in the range 11.95 -18.91. Chromatographic patterns were similar for all samples, with the predominance of derivatives of ρ-coumaric acid, caffeoylquinic acids and few flavonoids. Antioxidant activity determination followed the methods of the free radical DPPH (2,2-diphenyl-1-picrihydrazyl) and the β-carotene/linoleic acid. Results relative the former method and the crude methanol extract at 25 g/mL, results varied from 10.50 to 18.56%; regarding the latter method and the crude methanol extract at 1 mg/ml, results varied in the range 71.2 - 84.1%. High antioxidant activities at the same concentrations and using both methods were observed with the hexane, chloroform, ethyl acetate and methanol fractions. Relationships between antioxidant activity and contents of total phenols and flavonoids of the crude methanol extract were tested by means of linear correlation and the minimum square method, assuming as significant values of R2 > 0.5. Positive significant correlation was observed between antioxidant activity and total phenol contents determined with the DPPH method (R2 = 0.835). No significant correlation was obtained, however, with the β-carotene/linoleic acid method (R2 = 0.450). As to the flavone plus flavonol content, positive correlation was obtained with both DPPH and β-carotene/linoleic acid methods (R2 = 0.783 and 0.693, respectively). No correlation with the β-carotene discoloration method and high antioxidant activity of fractions obtained with low polarity solvents suggest that lipophylic chemical constituents exert antioxidant activity in analyzed samples. Cytotoxic activities of crude methanol extracts at 32 μg/mL were determined using sea urchin (Lytechinus variegatus) embryos, taking into account mainly the inhibition of the first cleavage of recently fertilized eggs, which characterize an anti-mitotic effect. Values obtained varied in the range 97.33 - 100%. At the same concentration, high activities were obtained with the ethyl acetate fraction (100%) and low activities with methanol fraction (< 0.5%). Regarding hexane and chloroform fractions, values varied widely (4.33 - 98.5% and 2 92.5%, respectively). Based on chemical composition, PCA and PCO analyses were carried out aiming the establishment of affinities among the six propolis samples. The results indicate that the samples from Minas Gerais differ significantly from those of Paraná The two samples of Paraná are very similar; however, significant differences exist among the four samples of Minas Gerais, even among samples from the same locality.
|
Page generated in 0.0782 seconds