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Evolução estrutural e térmica de um batólito sin-cinemático no orógenos Neoproterozóico Araçuaí (leste do Brasil) / Structural and thermal evolution of a synkinematic batholith from the Neoproterozoic Araçuaí hot orogen (eastern Brazil)Mondou, Mathieu 20 October 2010 (has links)
A faixa Araçuaí, de idade neoproterozóica, caracteriza-se por apresentar em seu domínio alóctone, uma grande quantidade de intrusões magmáticas, uma crosta parcialmente fundida e rochas de facies granulítica, características de uma geoterma elevada, configurando trata-se de um orógeno quente. A suíte tonalítica Galiléia, alojada em metassedimentos, deformada no estado magmático, representa um grande batólito que influenciou de maneira significativa o comportamento mecânico desta crosta mediana. A Anisotropia de Suscetibilidade Magnética (ASM) medida nesse batólito e usada para um estudo de petrotrama, combinado com uma investigação detalhada sobre a mineralogia magnética, permitiu caracterizar o comportamento paramagnético da Suíte Galiléia e, adicionalmente, trazer informações sobre uma deformacão complexa em 3D. As estruturas observadas se desenvolveram em um magma viscoso resultado de uma combinação da tectônica tangencial induzidas por compressão e forças gravitacionais devido ao peso da crosta sobrejacente. A cinemática do batólito é compatível com aquela descrita para as rochas dúcteis da faixa. Datações U/PB em zircões e monazitas e 40Ar/39Ar em anfibólios, moscovitas e biotitas permitiram definir a evolução termal do batólito Galiléia e de seus metassedimentos hospedeiros e trazer informações sobre o período deformacional. O batólito Galiléia colocouse durante um importante evento magmático, termal e tectônico a ~ 580 Ma. A temperatura permaneceu alta durante os primeiros ~ 50Ma da evolução termal, promovendo uma deformação quase constante do batólito no estado magmático durante várias dezenas de milhões de anos. Tais condições de alta temperatura e cinemática deformacional, estável durante períodos prolongados de tempo, são característicos de orógenos quentes. A taxa de resfriamento vagarosa de ~ 10°C/Ma sugere que após ~500Ma a taxa de exumação foi muito lenta, provavelmente ocasionada apenas pela erosão. / The allochtonous domain of the Neoproterozoic Araçuaí belt involves large amounts of magma, widespread partial melting, granulitic facies and high geotherm, characterising this belt as a hot orogen. The Galiléia tonalitic suite, emplaced within host metasediments and deformed at magmatic state, represents a huge batholith that strongly influenced the mechanical behaviour of this middle crust. The anisotropy of magnetic susceptibility (AMS) measured through this batholith and used as a petrofabric proxy, combined to a detailed magnetic mineralogy investigation, permitted to characterize the paramagnetic behaviour of the Galiléia suite and therefore to highlight a complex 3D strain deformation. The observed structures developed within the viscous magma resulted from a combination of tangential tectonics induced by the compression, and gravitational forces arising from the load of the overlying crust. The kinematics of the batholith is compatible with that already described for ductile rocks of hot orogens. U/Pb dating on zircons and monazites together with 40Ar/39Ar dating on amphiboles, muscovites and biotites permitted to define the thermal evolution of the Galiléia batholith and its host metasediments and constrain the timing of the deformation. The Galiléia batholith emplaced during an important magmatic, tectonic and thermal event at ~580 Ma. Temperature remained high during the first ~50 Ma of the thermal evolution, promoting a seemingly constant deformation of the batholith at magmatic state during several tens of millions years. Such high temperature conditions and stable deformation kinematics during protracted periods of time are supposed to be characteristic of hot orogen. The slow cooling rate of ~10°C/Ma evidenced after ~500 Ma probably indicate a very slow exhumation probably only conducted by erosion.
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Tectônica da conexão do Cinturão Ribeira com a Faixa Araçuaí - Divisa Rio de Janeiro/Espírito Santo / Tectonic connection beetwen the Ribeira and Araçuaí Belts at the boundary of Rio de Janeiro and Espírito SantoKarniol, Tiago da Rocha 09 December 2008 (has links)
A investigação geológica-estrutural de duas seções transversais ao Cinturão Ribeira, no norte do Rio de Janeiro e sul do Espírito Santo, revela que a região caracteriza-se por um regime tectônico transpressivo, o qual pode ser reconhecido, principalmente, a partir da análise geométrica e cinemática dos elementos estruturais. Neste trecho do orógeno, observa-se uma curvatura das principais estruturas, de NE para NNE, relacionadas à articulação, a sul, com o lineamento de Além Paraíba. Essa geometria, em escala regional, pode ser relacionada a uma cinemática destral, considerando-se, como referência, o Cráton do São Francisco. Na seção Italva (RJ) - Muriaé (MG), as principais evidências da tectônica transpressiva referem-se à articulação entre zonas de cisalhamento de alto ângulo, predominantemente direcionais e com movimentação para SW, paralela ao orógeno, principalmente no seu setor oriental, e zonas de cisalhamento de ângulo intermediário com lineação frontal e movimentação extensional de topo para ESE. Na seção Marechal Floriano - Ibatiba (ES), as zonas de cisalhamento apresentam movimentação predominantemente oblíqua com componente direcional destral que refletem a propagação do fluxo tectônico para SSW, como pode ser observado, entre outras, na zona de cisalhamento de Guaçuí. Foram reconhecidas também estruturas sinistrais que podem representar indícios de uma movimentação antitética nessas zonas. Nas duas seções investigadas, a partição da deformação reflete-se na alternância entre zonas de máxima deformação, formadas por rochas tipicamente miloníticas, e zonas intermediárias de mais baixa deformação, onde predominam corpos de rochas intrusivas. Além disso, o padrão anastomosado, por vezes em leque, das estruturas planares, bem como sua complexa relação com os elementos lineares, é atribuído ao caráter transpressivo da deformação. Os granulitos com granada investigados na região no norte do Rio de Janeiro indicam um equilíbrio químico com temperatura entre 700 e 780 °C e pressão entre 7,9 e 9,3 kbar, resultado substancialmente superior aos intervalos de 600-670 °C e 5,7-6,7 kbar, obtidos para gnaisses de associações aluminosas, na porção leste da seção. Esse contraste nos resultados geotermobarométricos, consistentemente mais elevados considerando-se o centro dos minerais em relação às bordas, juntamente com a caracterização cinemática e as feições microestruturais são evidências da ocorrência, neste setor orogênico, de um processo de exumação mais acentuada no conjunto dos granulitos. Num regime transpressivo associado à colisão oblíqua de placas ou terrenos, esse processo pode ser explicado pela extrusão de porções da crosta inferior em regime dúctil, cinematicamente articuladas por zonas de cisalhamento extensionais, como as caracterizadas neste trabalho. Tomando como referência os dados apresentados, atribuídos a um regime de deformação transpressiva durante o Neoproterozóico, considera-se arbitrário o emprego do paralelo 21° Sul como limite entre a Faixa Araçuaí e o Cinturão Ribeira. As diferenças em relação à articulação cinemática, nas duas seções estudadas, indicam uma variação do quadro de deformação no sentido longitudinal. Essas diferenças podem ser compreendidas por mudanças das condições de contorno, como a geometria do bloco rígido e variações reológicas impostas por taxas variadas de fusão das rochas, que levaram a extrusão com preservação parcial de paragêneses granulíticas da crosta inferior no segmento estudado. / Litho-structural characterizations carried out on two transverse sections of the Neoproterozoic Ribeira Belt, in the north portion State of Rio de Janeiro and southern State of Espírito Santo, southeastern Brazil, show that it represents part of the transpressive dextral orogen related to the Central Mantiqueira Province. NNE-trending and steeply-dipping regional mylonitic belts describe a map-scale, S-C-like structure that is characterized by their deflection towards NE near the Além Paraíba shear zone. This geometry is consistent with oblique continental collision considering the São Francisco Craton as a reference. In the Italva (RJ) - Muriaé (MG) section, the shear zones on its eastern part present predominant top to SW, parallel-to-the-orogen, transpressive movements and top-down-to-ESE tectonics on the central-western part of the section related to intermediary-dipping shear zones with frontal lineation. The main shear zones on the Marechal Floriano - Ibatiba (ES) section describe oblique movements with dextral component and top-to-SW tectonic flow, as described in the Guaçuí shear zone. At some outcrops, sinistral structures may reflect antithetic movements on these zones. Lithological and structural control related to deformation partitioning lead to the formation of milonites and felsic mylonitic granulites in ductile shear zones, alternated with less deformed intermediate to basic granulites with charnockitic lenses. Indeed, the anastomosed geometry and fan-like pattern of planar structures, as well as the complex relation with linear elements, may be a result of the transpressive shear. The garnet granulites on the northern region of Rio de Janeiro present chemical equilibrium from 700 to 780 °C and from 7.9 to 9.3 kbar which is higher than the intervals of 600-670 °C and 5,8-6,7 kbar obtained for aluminous gneisses on the eastern portion of the section. These differences on geothermobarometric results, mostly higher considering the nuclei of minerals in relation to its borders, the kinematic characteristics and microstructural pattern of samples suggest a more elevated exhumation rate for the granulites in this orogenic segment. Considering a transpressive regime related to oblique tectonic plates or blocks collision, this process can be explained by the ductile extrusion of infracrustal portions as shown by extensional shear zones described in this work. Because of our investigations, we think that the limit of Ribeira and Araçuaí belts on parallel 21° South, as considered by some authors, is arbitrary. The contrasts on kinematics on both studied sections point to longitudinal variations of deformation path that may reflect boundary condition changes, like the geometry of the craton and rheologic transitions of rocks caused by differential partial melting, that lead to extrusion tectonics with partial preservation of granulitic parageneses on the investigated segment.
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Tectônica da conexão do Cinturão Ribeira com a Faixa Araçuaí - Divisa Rio de Janeiro/Espírito Santo / Tectonic connection beetwen the Ribeira and Araçuaí Belts at the boundary of Rio de Janeiro and Espírito SantoTiago da Rocha Karniol 09 December 2008 (has links)
A investigação geológica-estrutural de duas seções transversais ao Cinturão Ribeira, no norte do Rio de Janeiro e sul do Espírito Santo, revela que a região caracteriza-se por um regime tectônico transpressivo, o qual pode ser reconhecido, principalmente, a partir da análise geométrica e cinemática dos elementos estruturais. Neste trecho do orógeno, observa-se uma curvatura das principais estruturas, de NE para NNE, relacionadas à articulação, a sul, com o lineamento de Além Paraíba. Essa geometria, em escala regional, pode ser relacionada a uma cinemática destral, considerando-se, como referência, o Cráton do São Francisco. Na seção Italva (RJ) - Muriaé (MG), as principais evidências da tectônica transpressiva referem-se à articulação entre zonas de cisalhamento de alto ângulo, predominantemente direcionais e com movimentação para SW, paralela ao orógeno, principalmente no seu setor oriental, e zonas de cisalhamento de ângulo intermediário com lineação frontal e movimentação extensional de topo para ESE. Na seção Marechal Floriano - Ibatiba (ES), as zonas de cisalhamento apresentam movimentação predominantemente oblíqua com componente direcional destral que refletem a propagação do fluxo tectônico para SSW, como pode ser observado, entre outras, na zona de cisalhamento de Guaçuí. Foram reconhecidas também estruturas sinistrais que podem representar indícios de uma movimentação antitética nessas zonas. Nas duas seções investigadas, a partição da deformação reflete-se na alternância entre zonas de máxima deformação, formadas por rochas tipicamente miloníticas, e zonas intermediárias de mais baixa deformação, onde predominam corpos de rochas intrusivas. Além disso, o padrão anastomosado, por vezes em leque, das estruturas planares, bem como sua complexa relação com os elementos lineares, é atribuído ao caráter transpressivo da deformação. Os granulitos com granada investigados na região no norte do Rio de Janeiro indicam um equilíbrio químico com temperatura entre 700 e 780 °C e pressão entre 7,9 e 9,3 kbar, resultado substancialmente superior aos intervalos de 600-670 °C e 5,7-6,7 kbar, obtidos para gnaisses de associações aluminosas, na porção leste da seção. Esse contraste nos resultados geotermobarométricos, consistentemente mais elevados considerando-se o centro dos minerais em relação às bordas, juntamente com a caracterização cinemática e as feições microestruturais são evidências da ocorrência, neste setor orogênico, de um processo de exumação mais acentuada no conjunto dos granulitos. Num regime transpressivo associado à colisão oblíqua de placas ou terrenos, esse processo pode ser explicado pela extrusão de porções da crosta inferior em regime dúctil, cinematicamente articuladas por zonas de cisalhamento extensionais, como as caracterizadas neste trabalho. Tomando como referência os dados apresentados, atribuídos a um regime de deformação transpressiva durante o Neoproterozóico, considera-se arbitrário o emprego do paralelo 21° Sul como limite entre a Faixa Araçuaí e o Cinturão Ribeira. As diferenças em relação à articulação cinemática, nas duas seções estudadas, indicam uma variação do quadro de deformação no sentido longitudinal. Essas diferenças podem ser compreendidas por mudanças das condições de contorno, como a geometria do bloco rígido e variações reológicas impostas por taxas variadas de fusão das rochas, que levaram a extrusão com preservação parcial de paragêneses granulíticas da crosta inferior no segmento estudado. / Litho-structural characterizations carried out on two transverse sections of the Neoproterozoic Ribeira Belt, in the north portion State of Rio de Janeiro and southern State of Espírito Santo, southeastern Brazil, show that it represents part of the transpressive dextral orogen related to the Central Mantiqueira Province. NNE-trending and steeply-dipping regional mylonitic belts describe a map-scale, S-C-like structure that is characterized by their deflection towards NE near the Além Paraíba shear zone. This geometry is consistent with oblique continental collision considering the São Francisco Craton as a reference. In the Italva (RJ) - Muriaé (MG) section, the shear zones on its eastern part present predominant top to SW, parallel-to-the-orogen, transpressive movements and top-down-to-ESE tectonics on the central-western part of the section related to intermediary-dipping shear zones with frontal lineation. The main shear zones on the Marechal Floriano - Ibatiba (ES) section describe oblique movements with dextral component and top-to-SW tectonic flow, as described in the Guaçuí shear zone. At some outcrops, sinistral structures may reflect antithetic movements on these zones. Lithological and structural control related to deformation partitioning lead to the formation of milonites and felsic mylonitic granulites in ductile shear zones, alternated with less deformed intermediate to basic granulites with charnockitic lenses. Indeed, the anastomosed geometry and fan-like pattern of planar structures, as well as the complex relation with linear elements, may be a result of the transpressive shear. The garnet granulites on the northern region of Rio de Janeiro present chemical equilibrium from 700 to 780 °C and from 7.9 to 9.3 kbar which is higher than the intervals of 600-670 °C and 5,8-6,7 kbar obtained for aluminous gneisses on the eastern portion of the section. These differences on geothermobarometric results, mostly higher considering the nuclei of minerals in relation to its borders, the kinematic characteristics and microstructural pattern of samples suggest a more elevated exhumation rate for the granulites in this orogenic segment. Considering a transpressive regime related to oblique tectonic plates or blocks collision, this process can be explained by the ductile extrusion of infracrustal portions as shown by extensional shear zones described in this work. Because of our investigations, we think that the limit of Ribeira and Araçuaí belts on parallel 21° South, as considered by some authors, is arbitrary. The contrasts on kinematics on both studied sections point to longitudinal variations of deformation path that may reflect boundary condition changes, like the geometry of the craton and rheologic transitions of rocks caused by differential partial melting, that lead to extrusion tectonics with partial preservation of granulitic parageneses on the investigated segment.
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Evolução estrutural e térmica de um batólito sin-cinemático no orógenos Neoproterozóico Araçuaí (leste do Brasil) / Structural and thermal evolution of a synkinematic batholith from the Neoproterozoic Araçuaí hot orogen (eastern Brazil)Mathieu Mondou 20 October 2010 (has links)
A faixa Araçuaí, de idade neoproterozóica, caracteriza-se por apresentar em seu domínio alóctone, uma grande quantidade de intrusões magmáticas, uma crosta parcialmente fundida e rochas de facies granulítica, características de uma geoterma elevada, configurando trata-se de um orógeno quente. A suíte tonalítica Galiléia, alojada em metassedimentos, deformada no estado magmático, representa um grande batólito que influenciou de maneira significativa o comportamento mecânico desta crosta mediana. A Anisotropia de Suscetibilidade Magnética (ASM) medida nesse batólito e usada para um estudo de petrotrama, combinado com uma investigação detalhada sobre a mineralogia magnética, permitiu caracterizar o comportamento paramagnético da Suíte Galiléia e, adicionalmente, trazer informações sobre uma deformacão complexa em 3D. As estruturas observadas se desenvolveram em um magma viscoso resultado de uma combinação da tectônica tangencial induzidas por compressão e forças gravitacionais devido ao peso da crosta sobrejacente. A cinemática do batólito é compatível com aquela descrita para as rochas dúcteis da faixa. Datações U/PB em zircões e monazitas e 40Ar/39Ar em anfibólios, moscovitas e biotitas permitiram definir a evolução termal do batólito Galiléia e de seus metassedimentos hospedeiros e trazer informações sobre o período deformacional. O batólito Galiléia colocouse durante um importante evento magmático, termal e tectônico a ~ 580 Ma. A temperatura permaneceu alta durante os primeiros ~ 50Ma da evolução termal, promovendo uma deformação quase constante do batólito no estado magmático durante várias dezenas de milhões de anos. Tais condições de alta temperatura e cinemática deformacional, estável durante períodos prolongados de tempo, são característicos de orógenos quentes. A taxa de resfriamento vagarosa de ~ 10°C/Ma sugere que após ~500Ma a taxa de exumação foi muito lenta, provavelmente ocasionada apenas pela erosão. / The allochtonous domain of the Neoproterozoic Araçuaí belt involves large amounts of magma, widespread partial melting, granulitic facies and high geotherm, characterising this belt as a hot orogen. The Galiléia tonalitic suite, emplaced within host metasediments and deformed at magmatic state, represents a huge batholith that strongly influenced the mechanical behaviour of this middle crust. The anisotropy of magnetic susceptibility (AMS) measured through this batholith and used as a petrofabric proxy, combined to a detailed magnetic mineralogy investigation, permitted to characterize the paramagnetic behaviour of the Galiléia suite and therefore to highlight a complex 3D strain deformation. The observed structures developed within the viscous magma resulted from a combination of tangential tectonics induced by the compression, and gravitational forces arising from the load of the overlying crust. The kinematics of the batholith is compatible with that already described for ductile rocks of hot orogens. U/Pb dating on zircons and monazites together with 40Ar/39Ar dating on amphiboles, muscovites and biotites permitted to define the thermal evolution of the Galiléia batholith and its host metasediments and constrain the timing of the deformation. The Galiléia batholith emplaced during an important magmatic, tectonic and thermal event at ~580 Ma. Temperature remained high during the first ~50 Ma of the thermal evolution, promoting a seemingly constant deformation of the batholith at magmatic state during several tens of millions years. Such high temperature conditions and stable deformation kinematics during protracted periods of time are supposed to be characteristic of hot orogen. The slow cooling rate of ~10°C/Ma evidenced after ~500 Ma probably indicate a very slow exhumation probably only conducted by erosion.
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Caracterização geológica da Formação Capelinha como uma Unidade Basal do Grupo Macaúbas em sua Área Tipo, Minas Gerais.Castro, Marco Paulo de January 2014 (has links)
Programa de Pós-Graduação em Evolução Crustal e Recursos Naturais. Departamento de Geologia. Escola de Minas, Universidade Federal de Ouro Preto. / Submitted by Oliveira Flávia (flavia@sisbin.ufop.br) on 2015-01-21T18:38:47Z
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Previous issue date: 2014 / A Formação Capelinha é composta na região homônima por uma unidade basal predominantemente metapsamítica, formada por mica xistos, xistos quartzosos e quartzitos, puros ou micáceos, com magmatismo básico associado, e por uma unidade majoritariamente metapelítica, superior, composta por xistos peraluminosos granatíferos, às vezes com estaurolita e/ou cianita. No sentido de determinar o papel das rochas metabásicas e metassedimentares da Formação Capelinha na evolução do Orógeno Araçuaí, foram realizados estudos estratigráficos, estruturais, geoquímicos e geocronológicos (U-Pb em zircões ígneos através de LA-ICP-MS e Sm-Nd em rocha total). Os dados obtidos demonstram que a Formação Capelinha apresenta uma extensão territorial muito mais abrangente do que postulada na sua definição original. No atual estágio de conhecimento, verifica-se que a estruturação geral da Faixa de Dobramentos Capelinha (FDC) se assemelha a um cinturão de dobramentos assimétricos e invertidos, com a unidade inferior da Formação Capelinha se inserindo nos núcleos de anticlinais quilométricos. O acervo estrutural indica vergência para sul, contra o Bloco de Guanhães, onde a superfície de descolamento se revela na forma de uma falha de cinemática normal destral que separa as rochas arqueanas do Complexo Guanhães das rochas metassedimentares metamáficas Neoproterozóicas do Grupo Macaúbas. Três determinações geocronológicas pelo método U-Pb LA-ICP-MS nos quartzitos da unidade inferior indicam idade máxima de sedimentação em torno de 970 Ma. As análises litoquímicas realizadas a partir de amostras de rocha metabásica confirmam uma composição basáltica e afinidade toleítica da rocha gerada em ambiente continental intra-placa. Dados Sm-Nd indicam idade-modelo (TDM) no intervalo entre 1700 e 1500 Ma e εNd (956 Ma) variável entre -0,04 e -3,66. Os estudos geocronológicos U-Pb, feitos em cristais de zircão de duas amostras de anfibolito, revelam idade de cristalização magmática em ca. 956 Ma e idade de recristalização metamórfica em torno de 569 Ma. Todas as estruturas e a zoneografia metamórfica Barroviana clássica refletem o estágio colisional do orógeno Araçuaí. Uma determinação geocronológica pelo método U-Pb LA-ICP-MS realizada em xisto da unidade superior indica uma idade máxima de sedimentação em torno de 1123 Ma. Considerando as relações de contato, as características gerais dos anfibolitos da região de Capelinha e os dados geocronológicos obtidos para as unidades metassedimentares, a idade de cristalização magmática obtida (957±14 Ma) sugere um magmatismo sinsedimentar, contemporâneo ao estágio de rifteamento que levou a abertura da bacia Macaúbas no período Toniano, com a Formação Capelinha posicionando-se estratigraficamente na base do Grupo Macaúbas, como possível equivalente lateral das unidades pré-glaciais. ______________________________________________________________________________________________ / ABSTRACT: The Capelinha Formation, in the homonymous region, consists of a dominant metapsamitic basal unit formed by mica schists, quartz schists and quartzites, pure or micaceous, with lenses of metamafic rocks, and an upper metapelitic unit, mainly composed of peraluminous schists with garnet, staurolite and/or kyanite. In order to determine the role of the metabasic and metasedimentary rocks of the Capelinha Formation in the evolution of the Araçuaí orogen, stratigraphical, structural, geochemical, isotopical and geochronological studies were performed. The obtained data show that the Capelinha Formation presents a more comprehensive territorial extension than postulated in its original setting. At the current stage of knowledge, the Capelinha Fold Belt (CFB) resembles an inverted and asymmetric fold belt, with the lower unit inserted in the core of kilometric anticlines. The structural assets indicate tectonic vergence to the south, against the Guanhães Block, where detachment surface reveals itself as a normal fault with dextral kinematic component that separates the Archean rocks of the Guanhães Complex from metasedimentary and metamafic rocks that belong to the Neoproterozoic Macaúbas Group. Three geochronological determinations by U-Pb LA-ICP-MS method in the lower quartzite unit indicate a maximum age of sedimentation around 970 Ma. The metamafic rocks, metamorphosed to amphibolite facies, have tholeiitic basalt protoliths with a dominant within-plate signature, Sm-Nd TDM model ages ranging from 1700 to 1500 Ma and negative epsilon Nd (ƐNd (957 Ma) ranging from -0,04 to -3,66). U-Pb zircon ages for the amphibolites constraint magmatic crystallization at 957 Ma and metamorphic recrystallization at around 569 Ma. All the structures and the classic Barrowian metamorphic zoneography reflect the collisional stage of the Araçuaí orogen. A geochronological determination using U-Pb LA-ICP-MS method, performed on a peraluminous schist of the upper unit, indicates a maximum age of sedimentation around 1123 Ma. Based on the contact relationships, petrographic features and new geochronological studies, the Capelinha Formation can be related to the continental rift stage of the Macaúbas basin (precursor in the Araçuaí orogen), with synsedimentary magmatism, and may represent the lateral equivalent to the pre-glacial units developed during the Tonian time.
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Sedimentation, metamorphism and granite generation in a Back-Arc Region : the crustal processes recorded in the Ediacaran Nova Venécia Complex (Araçuaí Orogen, Southeast Brazil).Richter, Fabiana January 2015 (has links)
Programa de Pós-Graduação em Evolução Crustal e Recursos Naturais. Departamento de Geologia. Escola de Minas, Universidade Federal de Ouro Preto. / Submitted by Oliveira Flávia (flavia@sisbin.ufop.br) on 2015-05-20T20:28:50Z
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Previous issue date: 2015 / O Complexo migmatítico-graniulítico-granítico Nova Venécia (CNV), localizado no núcleo do Orógeno
Araçuaí (OA, 630-480 Ma), sudeste do Brasil, registra processos crustais anatéticos ocorridos no norte
da Província Mantiqueira durante a amalgamação Brasiliana-Pan Africana de Gondwana Ocidental. O
núcleo do OA compreende abundantes e volumosos granitoides tipo-S e –I (Supersuítes G1 a G5), que
são espacialmente e temporalmente associados a eventos metamórficos de alto grau no NVC. Este
estudo integra observações de campo, análises de química mineral, petrografia, geocronologia U-Pb LAICP-
MS de zircões e monazitas e modelagem termodinâmica, a fim de definir a evolução dos
migmatitos-granulitos do CNV, desde sua deposição até o metamorfismo de alto grau, e correlacionar a
história metamórfica com os vários episódios de magmatismo granítico (G1-G5). Sete populações
compõe a base de dados de zircões detríticos. A gama mais significativa de zircões detríticos
concordantes zircão são representados pelas duas populações mais jovens, variando 650-610 Ma. Isso
indica que a principal fonte do CNV é provavelmente o Arco Rio Doce, com contribuições menores de
fontes contemporâneas ao Arco Rio Negro. Populações mais velhas sugerem proveniência dos primeiros
registros do arco Rio Negro e de segmentos do OA relacionados a riftes de idades Criogeniana e
Toniana. O período de sedimentação do CNV é limitado entre a idade máxima de sedimentação em ca.
606 Ma e a intrusão dos primeiros granitóides sin-colisionais (ca. 593 Ma), ou seja, durante ca. 13 Ma.
Compilação dos dados disponíveis de U-Pb em zircão mostra que a maior parte dos granitoides G1 e G2
se cristalizaram contemporaneamente ao longo de um período de 15 Ma (595-570 Ma, com um pico a
575 Ma), interpretado como o período sin-colisional no OA. O período de pico metamórfico regional
no OA é limitado em 575-560 Ma, o que pode ser uma consequência de magma underplating G1 + G2.
Petrografia detalhada e análises de química mineral mostram diferentes assembléias de pico
metamórfico (regional) que contêm quantidades variáveis de granada, ortopiroxênio e cordierita
peritéticos e cordierite retrógrada. Sugerimos que essas diferenças são principalmente devidas a
parâmetros de composição dos protólitos, e não devidas a diferentes evoluções de P-T entre as amostras.
A química de rocha total neste estudo sugere que os protólitos do CNV eram grauvacas peraluminosas
contendo diferentes quantidades de componentes de matriz (isto é, porções pelíticas) e que as rochas de
alto-grau do CNV devem ter perdido melt para terem se tornado caracteristicamente restíticas. Isto é
corroborado pelo nosso conjunto de dados de zircões detríticos, que mostram diferentes contribuições
percentuais entre as 7 populações que compõem as amostras. Além disso, a modelagem termodinâmica
indica que todas as amostras modeladas registram um caminho P-T semelhante, desde condições PT de
metamorfismo regional de pico a 750-850 ° C e 5300-7500 bares (granulito, profundidades de ~ 25 km)
a condições de estabilidade das assembléias preservadas a 640- 800 ° C e 4500-6000 bares (transição
entre amfibolito superior a granulito, profundidades de ~ 18 km). Infere-se que o metamorfismo regional
de alto grau (575-560 Ma) deve ter afetado ambos os metassedimentos e granitos pré-existentes,
corroborado pelo fato de que ambos mostram feições anatéticas datadas em ca. 571 Ma. Os produtos da
fusão parcial em todo o OA poderia ser, pelo menos, parte dos granitóides contemporâneos àqueles
formados durante os períodos G2 (570-540 Ma) e G3 + G4 (540-525 Ma). O evento térmico póscolisional
G5 (520-480 Ma), relacionado ao colapso tectônico do OA, é registrado em metagrauvacas
(monazita U-Pb) e em granitos (monazita e zircão U-Pb) entre 507 e 495 Ma. Sugerimos que, a essa
altura, as metagrauvacas já haviam sido submetidas a alguma descompressão e arrefecimento, com base
em modelagem metamórfica, observações de campo e datação de um dique tardio não deformado que
intrude rochas do CNV (518 Ma). Infere-se que o evento termal pós-colisional G5, registrado por
abundantes intrusões de granitoides tipo-I em todo o OA, causou um segundo período de metamorfismo
de alto-grau a ca. 500 Ma. A principal característica deste evento em rochas metassedimentares é, além
das idades U-Pb em monazitas, um overprint parcial de Baixa Pressão-Alta Temperatura em assembléias
regionais de pico, gerando cordierita texturalmente tardia e espinélio hercinítico. Em nossas amostras,
este registro metamórfico limita-se a auréolas de contato. _____________________________________________________________________________________________________________ / ABSTRACT: The Nova Venécia migmatite-granulite-granite Complex (NVC) in the core of the Araçuaí Orogen (AO,
630-480 Ma), southeast Brazil, records anatectic crustal processes occurring in the northern Mantiqueira
Province during the Brasiliano-Pan African amalgamation of West Gondwana. The AO core comprises
abundant S- and I-type granitoids (G1 to G5 Supersuites) that are spatially and temporally associated
with high-grade metamorphic events in the NVC. This study integrates field-based observations, textural
and mineral chemistry analyses, zircon and monazite U-Pb LA-ICP-MS geochronology and
thermodynamic modeling in order to constrain the evolution of the NVC migmatites-granulites from
deposition to high-grade metamorphism, and to correlate the metamorphic history with the several
episodes of granite magmatism (G1-G5). Seven populations compose the NVC zircon detrital dataset.
The most significant range of concordant detrital zircon ages are obtained from the two youngest
populations, ranging from 650 to 610 Ma. This indicates the main NVC source is probably the Rio Doce
Arc, with minor contributions from sources contemporaneous to the Rio Negro Arc. Older populations
suggest provenance from the early Rio Negro arc and from Cryogenian and Tonian rift-related segments
of the AO. The period of NVC protolith sedimentation is bracketed between its maximum sedimentation
age at ca. 606 Ma and the intrusion of early syn-collisional granitoids (ca. 593 Ma), i.e. ca. 13 My.
Compilation of the available U-Pb data shows that the bulk of the G1 and G2 rocks crystalized
contemporaneously over a period of 15 Ma (595-570 Ma, with a peak at 575 Ma), interpreted to represent
the AO syn-collisional period. The period of peak regional metamorphism in the AO is constrained at
575-560 Ma, which may be a consequence of G1 + G2 magma underplating. Detailed petrography and
extensive mineral chemistry analyses show different (regional) peak metamorphic assemblages
containing variable amounts of peritectic garnet, orthopyroxene and cordierite, and retrograde cordierite.
We suggest these differences are mainly due to protoliths compositional parameters, and not due to
different P-T evolution among samples. Our whole-chemistry suggests that NVC protoliths were
peraluminous greywackes probably containing different amounts of matrix components (i.e. pelitic
portions) and that NVC high-grade metagreywackes must have lost melt to become restitic in character.
This is corroborated by our detrital zircon dataset showing different percentage contributions from 7
populations among samples. Moreover, thermodynamic modeling indicates that all modeled samples
record a similar P-T path, recording P-T conditions of peak regional metamorphism of 750-850 °C and
5300-7500 bars (granulite, depths of ~25 km) and stability of preserved assemblages of 640-800 °C and
4500-6000 bars (transition between upper amphibolite to granulite, depths of ~18 km). The high-grade
regional metamorphism (575-560 Ma) is inferred to have affected both metasediments and pre-existing
granites, as suggested by partial melting in both of sampled rock-types at ca. 571 Ma. The products of
partial melting throughtout the AO could be at least part of the granitoids contemporaneous to G2 (570-
540 Ma) and G3 + G4 (540-525 Ma) periods. The post-collisional G5 thermal event (520-480 Ma),
related to tectonic collapse of OA, is recorded in metagraywackes (monazite U-Pb) and granites
(monazite and zircon U-Pb) between 523 and 495 Ma. We infer that, by this time, the metagreywackes
had already undergone some decompression and cooling, based on metamorphic modeling, field
observations and dating an undeformed late dyke (518 Ma). The post-collisional G5 thermal event,
recorded by abundant granitic intrusions of I-type granitoids throughout the AO, is inferred to have
caused a second high-grade metamorphic event at ca. 500 Ma. In addition to monazite U-Pb ages, the
main record of this event in metasedimentary rocks is a partial LP-HT overprinting in regional peak
assemblages, with generation of texturally late cordierite and hercynitic spinel. In our samples, this
metamorphic record is limited to contact aureoles.
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Coordenação interinstitucional para o desenvolvimento local: um estudo em Araçuaí, Minas GeraisBorges, Ana Cristina Valente January 2008 (has links)
Made available in DSpace on 2009-11-18T18:56:33Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2008 / This essay aims to discuss local development under the prospect of coordinated intervention of multiple organizations, considering different thematic areas of action, different economic sectors and regions of origin; structured in different methodologies and owners of different social technologies field of expertises. Search to identify determinants, facilitators, and restrictive factors of cross sectorial and cross organizational coordination processes for a common purpose. The field research was conducted at a region of State of Minas Gerais, Brazil, where a group of 13 organizations that fit the profile described above, joined up to work jointly, facilitating the environment for local development. The region is between those with the lowest incomes in Brazil. The objective of this study was to verifry what extent the practices implemented by the organizations context (the municipality in question has population of less than 40.000 inhabitants), are contributing to the formation and / or strengthening of a local scene of more opportunities that compete for the quality of life of the population. To meet this goal were interviewd 52 citizens between representatives of organizations, the government, civil society and citizens directly benefit from the Sustainable Araçuaí iniciative, using the semi-structured interview. The result has been the relationship between partnerships determining factors, facilitators and restrictive labour, structured on a conceptual map, and the perception of the impact that these actions have caused coordinates the council from the perspective of the interviewees. / Esta dissertação tem como objetivo discutir o desenvolvimento local sob a perspectiva de intervenção coordenada de várias organizações, considerando serem estas oriundas de diferentes áreas temáticas de ação, diferentes setores econômicos e regiões de origem; estruturadas em diferentes metodologias de trabalho e, ainda, detentoras de expertise em diferentes tecnologias sociais. Busca identificar fatores determinantes, facilitadores e restritivos em processos de coordenação intersetorial e interorganizacional em prol de um objetivo comum. A pesquisa de campo foi realizada na cidade de Araçuaí, no Vale do Jequitinhonha, região do Estado de Minas Gerais, Brasil, onde um grupo de treze organizações que se encaixam no perfil acima descrito uniu-se para trabalhar em conjunto, promovendo iniciativas para o desenvolvimento local. A região está entre aquelas de mais baixa renda no Brasil. O estudo procurou verificar em que medida as práticas aplicadas pelas organizações nesse contexto (o município em questão tem população de menos de 40.000 habitantes) contribuem para a formação e/ou fortalecimento de um cenário local com mais oportunidades que concorram à qualidade de vida da população. Para atingir esse objetivo, foram entrevistados 52 cidadãos, dentre eles, representantes das organizações que integram a iniciativa, do poder público local, e cidadãos beneficiados diretamente pelo Programa Araçuaí Sustentável, utilizando a entrevista semi-estruturada. O resultado desse trabalho foi a estruturação de um mapa conceitual que indica a relação entre os fatores que determinam, facilitam e restringem o trabalho entre as organizações e a análise da percepção do impacto que essas ações coordenadas têm causado no município a partir da perspectiva dos entrevistados.
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Evolução tectono-metamórfica da formação São Tomé, Grupo Rio Doce, faixa Araçuaí / not availableKawata, Marcelo Takei 13 April 2018 (has links)
A presente dissertação apresenta uma investigação sobre a evolução tectono-metamórfica da Formação São Tomé, uma das unidades metassedimentares pertencente ao Grupo Rio Doce, no Orógeno Araçuaí. Essa unidade, de origem pelítica, ocorre em uma faixa com direção geral aproximadamente N-S, com vergência para NE, contrária ao cráton São Francisco neste setor do orógeno. Possui como litotipo principal quartzo-mica xisto, com proporções variadas de granada, estaurolita, sillimanita e plagioclásio. Duas fases deformacionais estão registradas através de uma foliação continua S1 do tipo clivagem de fratura e uma foliação S2 de clivagem de crenulação. As relações texturais indicam que parte das fases minerais se cristalizaram tanto durante o evento deformacional como em condições ausentes de tensão deviatórica, e registro de condições de pico metamórfico de 6 kbar e 650 °C. Os dados geocronológicos foram obtidos em monazita por meio de datações Th-UPb em microssonda eletrônica. Foram identificadas três populações distintas: (i) A população mais antiga de 641±32 Ma, 614±39 Ma e 607±47 Ma, a qual pode representar grãos detríticos de corpos ígneos, não mais aflorantes, relacionados a um possível estagio pré-colisional ou, tratar-se de monazitas metamórficas formadas em um primeiro evento térmico; (ii) População com idades intermediárias entre 560±32 Ma e 559±29 Ma, compatíveis com as idades do ápice metamórfico regional; (iii) População mais jovem de idades entre 501±28 Ma e 491±34 Ma, condizentes com a formação concomitante à geração dos corpos ígneos tardios. Ainda que não esteja esclarecido se essas idades estão relacionadas a eventos metamórficos distintos ou são reflexo da baixa taxa de resfriamento do orógeno, os três grupos de monazita com idades distintas estão bem estabelecidos. / The present dissertation presents an investigation on the tectono-metamorphic evolution of the São Tomé Formation, one of the metasedimentary units belonging to the Rio Doce Group, in the Araçuaí Orogen. This unit, of pelitic origin, occurs in a band with general direction approximately N-S, with vergence for NE, contrary to the São Francisco craton in this sector of the orogen. It has quartz-mica schist as main lithotype, with varying proportions of grarnet, staurolite, sillimanite and plagioclase. Two deformational phases are recorded through a continuous foliation S1 of the fracture cleavage type and a foliation S2 of crenulation cleavage. The textural relations indicate that part of the mineral phases crystallized both during the deformational event and in conditions absent of deviatore voltage, and record of metamorphic peak conditions of 6 kbar and 650 ° C. The geochronological data were obtained in monazite by means of Th-U-Pb dating in electron microprobe. Three distinct populations were identified: (i) The oldest population of 641 ± 32 Ma, 614 ± 39 Ma and 607 ± 47 Ma, which may represent detrital grains of igneous bodies, no longer outcrops, related to a possible pre- collisional or, being metamorphic monazites formed in a first thermal event; (ii) Populations with intermediate ages between 560 ± 32 Ma and 559 ± 29 Ma, compatible with regional metamorphic apex ages; (iii) Younger population between 501 ± 28 Ma and 491 ± 34 Ma, consistent with the formation concomitant with the generation of late igneous bodies. Although it is unclear whether these ages are related to distinct metamorphic events or are reflective of the low orogenic cooling rate, the three monazite groups of different ages are well established.
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Evolução tectônica e reologia de uma crosta orogênica quente: o caso do Anatexito Carlos Chagas, Faixa Araçuaí (Leste do Brasil) / Tectonic evolution and rheology of a hot orogenic crust: the case of the Carlos Chagas anatexite, Araçuaí belt (Eastern Brazil)Cavalcante, Geane Carolina Gonçalves 21 November 2013 (has links)
A Faixa Araçuaí foi formada no Neoproterozóico a partir da colisão E-W entre os continentes Sul-Americano e Africano. Sua porção leste compreende uma extensa área migmatítica (~300 km de comprimento por 50-100 km de largura) onde afloram anatexitos e leucogranitos (unidade Carlos Chagas), kinzigitos e granulitos migmatizados, que provavelmente são o registro de uma ampla fusão parcial da crosta intermediária a inferior. Observações de campo associadas com evidências micro-estruturais indicam que a deformação ocorreu quando as rochas estavam incompletamente solidificadas. Estimativas de temperaturas sincinemáticas realizadas a partir do geotermômetro TitaniQ (titânio-em-quartzo) indicam que a temperatura mínima para a cristalização de cristais de quartzo é ~750°C. Tais temperaturas combinadas com composição química de leucossomas dos anatexitos sugerem que a viscosidade das rochas crustais foi reduzida para pelo menos 108 Pa s. Baixo valor de viscosidade associado às evidências de campo e de micro-estruturas são consistentes com a geração de no mínimo 30% de volume de magma durante a orogênese. Grandes quantidades de magma promovem um drástico enfraquecimento da resistência mecânica das rochas à deformação, e atestam que a crosta anatética do extremo leste da Faixa Araçuaí representa um análogo de litosferas quentes (hot orogen), tal como a Himalaiana. Investigação mineralógica detalhada permitiu caracterizar um comportamento dominantemente paramagnético para os anatexitos e ferromagnético para os granulitos. Medidas de orientação preferencial cristalográfica (OPC) a partir da técnica de EBSD (electron backscatter diffraction) revelam que a foliação magnética surge, sobretudo, a partir da orientação preferencial dos eixos [001] da biotita orientados perpendicularmente ao plano de fluxo. Contudo, dada a fraca anisotropia linear desse mineral, apenas uma secundária contribuição de sua subtrama foi observada para a origem da lineação magnética (k1). A correspondência entre os eixos [001] de feldspatos e k1 ocorre devido a OPC de pequenas inclusões de ilmenita que imitam a OPC de seus minerais hospedeiros. Correlação entre k1 da Anisotropia de Remanência Anistéretica (ARA) e k1 da Anisotropia de Suscetibilidade Magnética (ASM) demonstra que, na escala do espécime, a lineação magnética tem uma contribuição da anisotropia dos minerais ferromagnéticos. Assim sendo, a lineação magnética nos anatexitos é o resultado da combinação da trama cristalográfica de feldspatos e de biotita com o alinhamento preferencial de grãos ferromagnéticos. Medidas de ASM realizadas para recuperar a trama mineral e investigar o fluxo nos migmatitos revela um padrão de deformação complexo, no qual, em função das direções de lineação, especialmente, é possível caracterizar três setores estruturais. A porção norte (região estrutural 1) com foliações dominantemente sub-horizontais e lineação fortemente orientada na direção NW-SE representa uma região de escape tectônico que ocorre através de um fluxo horizontal de canal (channel flow). Fluxos de canais possivelmente resultam da atuação de forças gravitacionais (gravity-driven flow). O setor sul (regiões estruturais 2 e 3) com variadas direções de foliação (NE-SW, E-W e NW-SE) e lineações com caimentos para Norte e Oeste, provavelmente refletem um regime de fluxo influenciado, sobretudo, pela tectônica de convergência E-W (collision-driven flow). Ambos os setores sugerem que na escala regional o fluxo crustal registrado pelos migmatitos resulta de um regime de deformação que envolve forças gravitacionais, devido a carga topográfica da crosta superior sobreposta à crosta intermediária parcialmente fundida, com viscosidade baixa, e forças tectônicas, associadas à colisão entre os continentes Sul-Americano e Africano. / The Araçuaí belt was formed by the collision between South American and African protocontinents during the Neoproterozoic. Its eastern part consists of an extensive migmatitic area (~300 km long x 50-100 km wide) where crop out anatexites and leucogranites (Carlos Chagas unit), migmatitic kinzigites and granulites that probably are the record of a widespread partial melting of the middle to lower crust. Field observations associated with microstructural evidences indicate that the deformation occurred when the rocks were incompletely solidified. Synkinematic temperature estimates realized using the TitaniQ (titaniun-in-quartz) geotermomether suggest that the minimum temperature for the quartz crystallization is ~750°C. Such temperatures combined with bulk rock composition of leucosome in the anatexites suggest that the viscosity of crustal rocks was dropped to at least 108 Pa s. Low viscosity values associated with field and microstructural evidences are consistent with the generation of at least 30% volume of melt during the orogeny. The presence of large volumes of melt promotes a drastic weakening of the mechanical strength of rocks and suggests that the anatectic crust of the eastern Araçuaí belt represents an analogue of present day hot orogen such the Himalayas. Detailed mineralogy investigation permitted to characterize the paramagnetic behaviour of the anatexites and the ferromagnetic behaviour of the granulites. Crystallographic preferred orientation (CPO) measurements using the EBSD (Electron Backscatter Diffraction) technique reveal that the magnetic foliation results from the preferred orientation of the biotite [001] oriented normal to the flow plane. However, given the feeble linear anisotropy of this mineral, only a subsidiary contribution of its subfabric to the origin of the magnetic lineation (k1) was observed. Correspondence between [001] of feldspars and k1 is due to the CPO of small inclusions of ilmenite that mimic the CPO of their host minerals. Correlation between k1 of the Anisotropy of Anhysteretic Remanent Magnetization (AARM) and k1 of the Anisotropy of Magnetic Susceptibility (AMS) demonstrate that, at the specimen scale, the magnetic lineation has a contribution of the anisotropy of the ferromagnetic minerals. AMS measurements realized to recover the mineral fabric and investigate the migmatitic flow field revealed a complex strain pattern in which, considering the lineation trends, especially, it is possible to characterize three structural sectors. The north region (structural sector 1) with foliations dominantly sub-horizontal and lineation trending NW-SE is interpreted as a region of tectonic escape that may represent a horizontal channel flow. This oblique tectonic escape probably results from gravity forces (gravity-driven flow). The Southern region (structural sectors 2 and 3) with variable trending foliations (NE-SW, E-W and NW-SE) and lineation plunging to North and West, probably reflect a flow regime dominantly influenced by the E-W convergence of the African and South-American continents (collision-driven flow). Altogether, the characteristics of the various domains suggest that the deformation of the partially molten middle crust of the Araçuaí belt was the result of the combination of gravity forces due to the topographic load and tectonic forces due to the convergence between the African and South-American continents.
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Evolução tectônica e reologia de uma crosta orogênica quente: o caso do Anatexito Carlos Chagas, Faixa Araçuaí (Leste do Brasil) / Tectonic evolution and rheology of a hot orogenic crust: the case of the Carlos Chagas anatexite, Araçuaí belt (Eastern Brazil)Geane Carolina Gonçalves Cavalcante 21 November 2013 (has links)
A Faixa Araçuaí foi formada no Neoproterozóico a partir da colisão E-W entre os continentes Sul-Americano e Africano. Sua porção leste compreende uma extensa área migmatítica (~300 km de comprimento por 50-100 km de largura) onde afloram anatexitos e leucogranitos (unidade Carlos Chagas), kinzigitos e granulitos migmatizados, que provavelmente são o registro de uma ampla fusão parcial da crosta intermediária a inferior. Observações de campo associadas com evidências micro-estruturais indicam que a deformação ocorreu quando as rochas estavam incompletamente solidificadas. Estimativas de temperaturas sincinemáticas realizadas a partir do geotermômetro TitaniQ (titânio-em-quartzo) indicam que a temperatura mínima para a cristalização de cristais de quartzo é ~750°C. Tais temperaturas combinadas com composição química de leucossomas dos anatexitos sugerem que a viscosidade das rochas crustais foi reduzida para pelo menos 108 Pa s. Baixo valor de viscosidade associado às evidências de campo e de micro-estruturas são consistentes com a geração de no mínimo 30% de volume de magma durante a orogênese. Grandes quantidades de magma promovem um drástico enfraquecimento da resistência mecânica das rochas à deformação, e atestam que a crosta anatética do extremo leste da Faixa Araçuaí representa um análogo de litosferas quentes (hot orogen), tal como a Himalaiana. Investigação mineralógica detalhada permitiu caracterizar um comportamento dominantemente paramagnético para os anatexitos e ferromagnético para os granulitos. Medidas de orientação preferencial cristalográfica (OPC) a partir da técnica de EBSD (electron backscatter diffraction) revelam que a foliação magnética surge, sobretudo, a partir da orientação preferencial dos eixos [001] da biotita orientados perpendicularmente ao plano de fluxo. Contudo, dada a fraca anisotropia linear desse mineral, apenas uma secundária contribuição de sua subtrama foi observada para a origem da lineação magnética (k1). A correspondência entre os eixos [001] de feldspatos e k1 ocorre devido a OPC de pequenas inclusões de ilmenita que imitam a OPC de seus minerais hospedeiros. Correlação entre k1 da Anisotropia de Remanência Anistéretica (ARA) e k1 da Anisotropia de Suscetibilidade Magnética (ASM) demonstra que, na escala do espécime, a lineação magnética tem uma contribuição da anisotropia dos minerais ferromagnéticos. Assim sendo, a lineação magnética nos anatexitos é o resultado da combinação da trama cristalográfica de feldspatos e de biotita com o alinhamento preferencial de grãos ferromagnéticos. Medidas de ASM realizadas para recuperar a trama mineral e investigar o fluxo nos migmatitos revela um padrão de deformação complexo, no qual, em função das direções de lineação, especialmente, é possível caracterizar três setores estruturais. A porção norte (região estrutural 1) com foliações dominantemente sub-horizontais e lineação fortemente orientada na direção NW-SE representa uma região de escape tectônico que ocorre através de um fluxo horizontal de canal (channel flow). Fluxos de canais possivelmente resultam da atuação de forças gravitacionais (gravity-driven flow). O setor sul (regiões estruturais 2 e 3) com variadas direções de foliação (NE-SW, E-W e NW-SE) e lineações com caimentos para Norte e Oeste, provavelmente refletem um regime de fluxo influenciado, sobretudo, pela tectônica de convergência E-W (collision-driven flow). Ambos os setores sugerem que na escala regional o fluxo crustal registrado pelos migmatitos resulta de um regime de deformação que envolve forças gravitacionais, devido a carga topográfica da crosta superior sobreposta à crosta intermediária parcialmente fundida, com viscosidade baixa, e forças tectônicas, associadas à colisão entre os continentes Sul-Americano e Africano. / The Araçuaí belt was formed by the collision between South American and African protocontinents during the Neoproterozoic. Its eastern part consists of an extensive migmatitic area (~300 km long x 50-100 km wide) where crop out anatexites and leucogranites (Carlos Chagas unit), migmatitic kinzigites and granulites that probably are the record of a widespread partial melting of the middle to lower crust. Field observations associated with microstructural evidences indicate that the deformation occurred when the rocks were incompletely solidified. Synkinematic temperature estimates realized using the TitaniQ (titaniun-in-quartz) geotermomether suggest that the minimum temperature for the quartz crystallization is ~750°C. Such temperatures combined with bulk rock composition of leucosome in the anatexites suggest that the viscosity of crustal rocks was dropped to at least 108 Pa s. Low viscosity values associated with field and microstructural evidences are consistent with the generation of at least 30% volume of melt during the orogeny. The presence of large volumes of melt promotes a drastic weakening of the mechanical strength of rocks and suggests that the anatectic crust of the eastern Araçuaí belt represents an analogue of present day hot orogen such the Himalayas. Detailed mineralogy investigation permitted to characterize the paramagnetic behaviour of the anatexites and the ferromagnetic behaviour of the granulites. Crystallographic preferred orientation (CPO) measurements using the EBSD (Electron Backscatter Diffraction) technique reveal that the magnetic foliation results from the preferred orientation of the biotite [001] oriented normal to the flow plane. However, given the feeble linear anisotropy of this mineral, only a subsidiary contribution of its subfabric to the origin of the magnetic lineation (k1) was observed. Correspondence between [001] of feldspars and k1 is due to the CPO of small inclusions of ilmenite that mimic the CPO of their host minerals. Correlation between k1 of the Anisotropy of Anhysteretic Remanent Magnetization (AARM) and k1 of the Anisotropy of Magnetic Susceptibility (AMS) demonstrate that, at the specimen scale, the magnetic lineation has a contribution of the anisotropy of the ferromagnetic minerals. AMS measurements realized to recover the mineral fabric and investigate the migmatitic flow field revealed a complex strain pattern in which, considering the lineation trends, especially, it is possible to characterize three structural sectors. The north region (structural sector 1) with foliations dominantly sub-horizontal and lineation trending NW-SE is interpreted as a region of tectonic escape that may represent a horizontal channel flow. This oblique tectonic escape probably results from gravity forces (gravity-driven flow). The Southern region (structural sectors 2 and 3) with variable trending foliations (NE-SW, E-W and NW-SE) and lineation plunging to North and West, probably reflect a flow regime dominantly influenced by the E-W convergence of the African and South-American continents (collision-driven flow). Altogether, the characteristics of the various domains suggest that the deformation of the partially molten middle crust of the Araçuaí belt was the result of the combination of gravity forces due to the topographic load and tectonic forces due to the convergence between the African and South-American continents.
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