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Validade e confiabilidade da ressonância magnética para o diagnóstico da rotura do tendão do subescapular / Validity and reliability of magnetic resonance imaging for the diagnosis of subscapularis tendon tearRamadan, Lucas Busnardo 19 September 2018 (has links)
INTRODUCÃO: A acurácia da ressonância magnetica (RM) para a detecção de rotura do subescapular apresenta ampla variação na literatura. Existem poucos estudos prospectivos e grande variação metodológica. Acredita-se que estas roturas sejam mais dificilmente diagnosticadas do que as posterossuperiores. O tendão do subescapular apresenta importância na biomecânica no ombro e sua rotura leva a prejuízo funcional. Uma ferramenta diagnóstica de boa acurácia é fundamental na prática clínica, influenciando o prognóstico e o planejamento cirúrgico. O objetivo deste estudo foi avaliar a validade da RM pre-operatória na identificação das roturas do subescapular, comparando os achados de imagem com os dados intra-operatórios de cirurgia artroscó pica. Como objetivo secundário, avaliamos a confiabilidade do método, por meio da concordância interobservador e intraobservador. MÈTODOS: Realizamos um estudo de acurácia diagnóstica comparando os achados da RM (teste índice) com os da artroscopia (teste de referência), em uma coorte prospectiva. Foram incluídos pacientes submetidos a artroscopia para tratamento de roturas do manguito rotador que houvessem realizado RM de alto campo magnético, sem uso de contraste. Foram excluídos casos de manipulacão cirúrgica pregressa no ombro, exames com artefatos de movimentação, indicação cirurgia por via aberta e intervalo entre a RM e procedimento cirúrgico superior a um ano. As imagens foram avaliadas por um cirurgião de ombro e dois radiologistas musculoesqueleticos, de maneira independente e cegos em relacão aos resultados da artroscopia, sendo reavaliadas apos 3 meses pelo cirurgião. Calculamos a validade (sensibilidade, especificidade, valor preditivo positivo, valor preditivo negativo e acurácia) e confiabilidade (concordancia inter e intraobservador) da RM em detectar roturas do subescapular. RESULTADOS: Avaliamos 200 ombros. A incidencia de roturas do subescapular foi de 69,5% (41,5% parciais e 28,0% transfixantes). O cirurgião de ombro apresentou sensibilidade de 51,1 a 59,0% e especificidade de 91,7% a 94,4%. Os radiologistas, 83,5 a 87,1% de sensibilidade e 41 a 45,9% de especificidade. A acura?cia variou de 60,5 a 73,0%. Os valores médios de sensibilidade, especificidade e acurácia foram 70,2%, 61,9% e 67,6%, respectivamente. A concordância interobservador foi moderada para a deteccao de roturas do subescapular (coeficiente kappa 0,463, IC 95% 0,383- 0,534, p < 0,001), assim como a intraobservador (coeficiente kappa 0,546, IC 95% 0,430-0,662, p < 0,001). Os pacientes com rotura do subescapular apresentaram maior incidencia de rotura e instabilidade do bíceps, maior degeneração gordurosa do subescapular e média de idade superior. As demais variáveis nao apresentaram diferenças estatisticamente significantes. CONCLUSAO: A RM de alto campo magneético sem contraste apresentou valores médios de sensibilidade, especificidade e acurácia de 70,2%, 61,9% e 67,6%, respectivamente. A sensibilidade foi superior nos radiologistas enquanto a especificidade no cirurgião de ombro. A concordância interobservador e intraobservador foi moderada / INTRODUCTION: The accuracy of magnetic resonance imaging (MRI) for the detection of subscapularis tear presents wide variation in the literature. There are few prospective studies and great methodological variation. It is believed that these tears are more difficult to diagnose than the posterosuperiores rotator cuff injuries. The subscapularis tendon has importance in the biomechanics in the shoulder and its rupture leads to functional impairment. A diagnostic tool of good accuracy is fundamental in clinical practice, influencing prognosis and surgical planning. The aim of this study was to evaluate the validity of preoperative MRI in the identification of the subscapularis tears, comparing the imaging findings with the intraoperative data of arthroscopic surgery. As a secondary objective, we evaluated the reliability of the method through interobserver and intraobserver agreement. METHODS: We performed a diagnostic accuracy study comparing MRI findings (index test) with those of arthroscopy (reference test), in a prospective cohort. We included patients submitted to arthroscopy for the treatment of rotator cuff tears that had undergone high magnetic field MRI without using contrast. Cases of previous surgical manipulation in the shoulder, exams with moving artifacts, indication for open surgery and interval between MRI and surgical procedure of more than one year were excluded. The images were evaluated by a shoulder surgeon and two musculoskeletal radiologists, independently and blinded to the results of arthroscopy, being reassessed after 3 months by the surgeon. We calculated the validity (sensitivity, specificity, positive predictive value, negative predictive value and accuracy) and reliability (inter- and intraobserver agreement) of MR in detecting subscapularis tears. RESULTS: We evaluated 200 shoulders. The incidence of subscapularis tears was 69.5% (41.5% partial and 28.0% transfixing). The shoulder surgeon showed sensitivity from 51.1 to 59.0% and specificity from 91.7% to 94.4%. The radiologists, 83.5 to 87.1% of sensitivity and 41 to 45.9% of specificity. Accuracy ranged from 60.5 to 73.0%. The mean values of sensitivity, specificity and accuracy were 70.2%, 61.9% and 67.6%, respectively. Interobserver agreement was moderate for the detection of subscapular tears (kappa coefficient 0.463, 95% CI 0.383-0.534, p < 0.001), as well as intraobserver agreement (kappa coefficient 0.546, 95% CI 0.430-0.662, p < 0.001). Patients with subscapular rupture had a higher incidence of biceps rupture and instability, greater fat subscapular degeneration, and higher mean age. The other variables did not present statistically significant differences. CONCLUSION: MRI of high magnetic field without contrast showed mean values of sensitivity, specificity and accuracy of 70.2%, 61.9% and 67.6%, respectively. Sensitivity was higher in radiologists while specificity in the shoulder surgeon. Interobserver and intraobserver agreement was moderate
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Validade e confiabilidade da ressonância magnética para o diagnóstico da rotura do tendão do subescapular / Validity and reliability of magnetic resonance imaging for the diagnosis of subscapularis tendon tearLucas Busnardo Ramadan 19 September 2018 (has links)
INTRODUCÃO: A acurácia da ressonância magnetica (RM) para a detecção de rotura do subescapular apresenta ampla variação na literatura. Existem poucos estudos prospectivos e grande variação metodológica. Acredita-se que estas roturas sejam mais dificilmente diagnosticadas do que as posterossuperiores. O tendão do subescapular apresenta importância na biomecânica no ombro e sua rotura leva a prejuízo funcional. Uma ferramenta diagnóstica de boa acurácia é fundamental na prática clínica, influenciando o prognóstico e o planejamento cirúrgico. O objetivo deste estudo foi avaliar a validade da RM pre-operatória na identificação das roturas do subescapular, comparando os achados de imagem com os dados intra-operatórios de cirurgia artroscó pica. Como objetivo secundário, avaliamos a confiabilidade do método, por meio da concordância interobservador e intraobservador. MÈTODOS: Realizamos um estudo de acurácia diagnóstica comparando os achados da RM (teste índice) com os da artroscopia (teste de referência), em uma coorte prospectiva. Foram incluídos pacientes submetidos a artroscopia para tratamento de roturas do manguito rotador que houvessem realizado RM de alto campo magnético, sem uso de contraste. Foram excluídos casos de manipulacão cirúrgica pregressa no ombro, exames com artefatos de movimentação, indicação cirurgia por via aberta e intervalo entre a RM e procedimento cirúrgico superior a um ano. As imagens foram avaliadas por um cirurgião de ombro e dois radiologistas musculoesqueleticos, de maneira independente e cegos em relacão aos resultados da artroscopia, sendo reavaliadas apos 3 meses pelo cirurgião. Calculamos a validade (sensibilidade, especificidade, valor preditivo positivo, valor preditivo negativo e acurácia) e confiabilidade (concordancia inter e intraobservador) da RM em detectar roturas do subescapular. RESULTADOS: Avaliamos 200 ombros. A incidencia de roturas do subescapular foi de 69,5% (41,5% parciais e 28,0% transfixantes). O cirurgião de ombro apresentou sensibilidade de 51,1 a 59,0% e especificidade de 91,7% a 94,4%. Os radiologistas, 83,5 a 87,1% de sensibilidade e 41 a 45,9% de especificidade. A acura?cia variou de 60,5 a 73,0%. Os valores médios de sensibilidade, especificidade e acurácia foram 70,2%, 61,9% e 67,6%, respectivamente. A concordância interobservador foi moderada para a deteccao de roturas do subescapular (coeficiente kappa 0,463, IC 95% 0,383- 0,534, p < 0,001), assim como a intraobservador (coeficiente kappa 0,546, IC 95% 0,430-0,662, p < 0,001). Os pacientes com rotura do subescapular apresentaram maior incidencia de rotura e instabilidade do bíceps, maior degeneração gordurosa do subescapular e média de idade superior. As demais variáveis nao apresentaram diferenças estatisticamente significantes. CONCLUSAO: A RM de alto campo magneético sem contraste apresentou valores médios de sensibilidade, especificidade e acurácia de 70,2%, 61,9% e 67,6%, respectivamente. A sensibilidade foi superior nos radiologistas enquanto a especificidade no cirurgião de ombro. A concordância interobservador e intraobservador foi moderada / INTRODUCTION: The accuracy of magnetic resonance imaging (MRI) for the detection of subscapularis tear presents wide variation in the literature. There are few prospective studies and great methodological variation. It is believed that these tears are more difficult to diagnose than the posterosuperiores rotator cuff injuries. The subscapularis tendon has importance in the biomechanics in the shoulder and its rupture leads to functional impairment. A diagnostic tool of good accuracy is fundamental in clinical practice, influencing prognosis and surgical planning. The aim of this study was to evaluate the validity of preoperative MRI in the identification of the subscapularis tears, comparing the imaging findings with the intraoperative data of arthroscopic surgery. As a secondary objective, we evaluated the reliability of the method through interobserver and intraobserver agreement. METHODS: We performed a diagnostic accuracy study comparing MRI findings (index test) with those of arthroscopy (reference test), in a prospective cohort. We included patients submitted to arthroscopy for the treatment of rotator cuff tears that had undergone high magnetic field MRI without using contrast. Cases of previous surgical manipulation in the shoulder, exams with moving artifacts, indication for open surgery and interval between MRI and surgical procedure of more than one year were excluded. The images were evaluated by a shoulder surgeon and two musculoskeletal radiologists, independently and blinded to the results of arthroscopy, being reassessed after 3 months by the surgeon. We calculated the validity (sensitivity, specificity, positive predictive value, negative predictive value and accuracy) and reliability (inter- and intraobserver agreement) of MR in detecting subscapularis tears. RESULTS: We evaluated 200 shoulders. The incidence of subscapularis tears was 69.5% (41.5% partial and 28.0% transfixing). The shoulder surgeon showed sensitivity from 51.1 to 59.0% and specificity from 91.7% to 94.4%. The radiologists, 83.5 to 87.1% of sensitivity and 41 to 45.9% of specificity. Accuracy ranged from 60.5 to 73.0%. The mean values of sensitivity, specificity and accuracy were 70.2%, 61.9% and 67.6%, respectively. Interobserver agreement was moderate for the detection of subscapular tears (kappa coefficient 0.463, 95% CI 0.383-0.534, p < 0.001), as well as intraobserver agreement (kappa coefficient 0.546, 95% CI 0.430-0.662, p < 0.001). Patients with subscapular rupture had a higher incidence of biceps rupture and instability, greater fat subscapular degeneration, and higher mean age. The other variables did not present statistically significant differences. CONCLUSION: MRI of high magnetic field without contrast showed mean values of sensitivity, specificity and accuracy of 70.2%, 61.9% and 67.6%, respectively. Sensitivity was higher in radiologists while specificity in the shoulder surgeon. Interobserver and intraobserver agreement was moderate
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