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Riscos psicossociais e assédio moral no contexto acadêmico / Psychosocial risk and moral harassent in the academic contextCaran, Vânia Cláudia Spoti 15 June 2007 (has links)
O Assédio Moral e os riscos psicossociais tem sido fonte de estudos de diversos pesquisadores no século XXI, mas ainda é pouco abordado pela Saúde do Trabalhador. Assédio Moral é tema complexo, de difícil abordagem, pois está inserido em um âmbito da violência caracterizada pela percepção muitas vezes apenas da própria vítima. Nesta pesquisa estabelecemos os objetivos de identificar a existência de Riscos Pscicossociais e Assédio Moral e suas repercussões entre os docentes de uma Instituição de Ensino Superior, além dos objetivos específicos de :identificar características do trabalho dos docentes, identificar a existência de riscos psicossociais/pressão no ambiente de trabalho, identificar as alterações à saúde dos docentes provocadas pelos riscos psicossociais/pressão no trabalho. O estudo foi de abordagem quantitativa, transversal e descritivo do qual foi apresentado o instrumento de pesquisa um questionário de 26 perguntas com questões sociodemográficas e ocupacionais, além de 2 questões norteadoras sobre os riscos psicossociais e o assédio moral baseadas na literatura existente. Constituíram-se como sujeitos da pesquisa uma amostra de 54 docentes, 62,79% em relação ao total, sendo em sua maioria 92% do sexo feminino, 64,80% casados e 37,03% entre as idades de 40 à 49 anos,do qual 81,50% graduados em enfermagem, em sua maioria formados nas décadas de 70 e 80.dos quais 63% estão em cargos de Professor Doutor com regime de trabalho de dedicação exclusiva, recebendo entre 12 à 14 salários mínimos vigentes,e destes 50 % admitiram exercício de cargos administrativos, dos quais também informaram exercer cargos de Assessoria e Consultoria. A maioria informou que sua opção pela academia foi devido á realização pessoal e a probabilidade de trabalhar com pesquisa onde destacaram maior realização profissional ao ministrar aulas e menor ao exercer trabalhos administrativos. Destes sujeitos 94,4% admitiram à existência de riscos psicossociais em seu ambiente de trabalho atribuídos à sobrecarga de trabalho, carga mental intensa, estresse, tempo, relações inter-pessoais, excesso de responsabilidade e falta de planejamento, 92,60% admitiram sofrer pressão no trabalho, e destes 87% disseram sentir a saúde afetada, relataram queixas de maior incidência como: estresse, ansiedade, insônia/dificuldades no sono, cefaléia e gastrite. Questionados sobre o Assédio Moral a maioria 38% disseram ser um problema comum na universidade, dos quais 22% disseram ter sido vítima contraponto 22% que alegaram nunca ter sido vítima de Assédio Moral, enquanto 32% disseram ter conhecimento de um colega que sofreu. Foram descritos vários casos dos quais muitos coincidentes com a literatura. Evidenciou-se que o local de trabalho está caracterizado pelo aspecto de demanda excessiva, pressão e competição que afeta à saúde dos docentes e propicia o ambiente propício a existência de riscos psicossociais e do Assédio Moral. / Psychosocial risks are constituted under factors or risks agents´ presence, at laboral environment, which alter workers´ wellness situation, resulting in their health damage. Among many psychosocial risks, we can find psychological violence or moral harassment that are understand as the intentional power use which are used against a person or a group, causing them: physical, mental, spiritual or moral alterations. This study intended to identify, among college professors, the existence of psychosocial risks in their laboral activities, in order to find out moral harassment occurrence in their laboral environment, and its repercussion between them. The study was transversal, descriptive and had a quantitative approach. It was developed in a public college institution; had 54 subjects as sample, which answered a previously validate data insurance form. As result, it was verified that these subjects are, in their majority, female, married, graduated between the 70´s - 80´s, PhD - who are working in full lecturing and research regime and receive as payment, an amount of 12 to 14 Brazilian wages. This majority admitted the psychosocial risks presence in their laboral environment, being reported as main factors: laboral excess, intense mental tasks, stress, work pressure, among other factors. All the presented health alterations are is, in their majority: stress, anxiety, sleeping disorder, migraine and gastritis. When inquired about the moral harassment existence, most subjects affirmed being a common problem at college, describing many coincidently situation in concomitance with the consulted literature. This harassment occurred in a horizontal and descendent form. College environment is a place where psychological violence is easily diagnosed, because of its competitive and rivalry environment. Possibly these situations are consequence of previous problems, not adequately solved and which have the tendency of emerging in serious situations. So, it is important a corporative effort in the universal identity seek, preserving the solidarity and equity values and observing the ethic limits established to the college life.
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Assédio moral e violência psicológica: perspectiva dos trabalhadores em serviços de saúde filiados ao Sindisáude Passo Fundo, RS e regiãoRissi, Vanessa 03 April 2009 (has links)
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Previous issue date: 3 / Nenhuma / Este estudo analisa a compreensão que os trabalhadores empregados em serviços de saúde têm sobre o assédio moral no ambiente de trabalho. É um estudo exploratório, de natureza qualitativa e quantitativa. Foi realizado no Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Saúde - Sindisaúde, incluindo trabalhadores de serviços de saúde de Passo Fundo e outras cidades da região. Os dados foram obtidos por dois instrumentos: uma entrevista semiestruturada com perfil socioeconômico e demográfico e vivências de violência no trabalho, além de um questionário para caracterização do assédio moral. Participaram da pesquisa 13 profissionais, dentre Técnicos de Enfermagem, Auxiliares de Enfermagem, Auxiliares de Limpeza e Auxiliares de Cozinha. Os dados foram tratados por meio da análise de conteúdo temática e cálculos estatísticos simples. Identificou-se que a compreensão de assédio moral no trabalho, para os participantes do estudo, esteve fundamentada em dois eixos principais: 1) vivências que foram chamadas inadequada / This study examines the understanding that workers employed in health services have on mobbing in the workplace. It is an exploratory study of qualitative and quantitative approach. It was carried out in the Sindisaúde - Union of Employees in Institutions of Health, including health workers in Passo Fundo and other cities of the region. The data were obtained by two instruments: a semistructured interview with socioeconomic and demographic profile and experiences of violence at work, and a questionnaire to describe the harassment. Participated in the survey 13 professionals, among Nursing Technicians, Nursing Assistants, Cleaning Assistants and Assistants for the Kitchen. The data were processed by the analysis of thematic content and simple statistical calculations. It was identified that the understanding of mobbing at work, for the participants in the study, was based on two main axes: 1) experiences that were called inadequately of mobbing (76.92%), that included management practices by injury, managemen
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Assédio moral : uma violência estratégicaMartins, Wladimir 22 June 2010 (has links)
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Previous issue date: 2010-06-22 / Todas as atividades humanas são realizadas pelo fato de que os homens vivem juntos. A ação individual depende exclusivamente da presença de outros seres humanos. As realizações humanas são complexas e carregam características próprias do seu tempo. Um aspecto que permeia a história das realizações da humanidade e que insistentemente surpreende a própria espécie são os registros de ações violentas. A violência é um componente constante, detectado em qualquer momento da história; possui diversas representações com resultados invariavelmente danosos aos seres humanos. A violência assume, nas últimas décadas, uma roupagem inserida em um cenário já amplamente conhecido: a competição pela sobrevivência. O cenário está posto, a roupagem pode ser considerada nova, porém com nuances ainda a serem estudadas. A sociedade industrial, a nova roupagem, abriga, com suas organizações empresariais, o palco apropriado para que a violência praticada pelo homem sobre o homem se manifeste de modo inusitado. Dominação e violência são representações constantes nas organizações empresarias chamadas modernas. Do controle sobre os movimentos do corpo e da limitação da autonomia do pensamento no início do século XX, ao controle da vontade, do desejo e do inconsciente caracterizados no final do mesmo século e início do século atual, repetem-se, das mais variadas maneiras, sob as mais diversas razões, as ações violentas sobre o ser humano. Na ação do mais forte sobre o mais fraco é criada a relação de dependência usada para dominar, humilhar e expropriar a dignidade humana nas relações de trabalho constituídas sob a ideologia do êxito e da lucratividade ilimitada. Estudos específicos sobre a violência nas organizações constituem-se em uma área recente de pesquisa. Há pouco mais de 20 anos, a violência nas relações de trabalho assume aspecto relevante em virtude do número crescente de casos registrados, com maior repercussão social. Denominada Assédio Moral ou psicoterror no trabalho, concretiza-se ao produzir danos ao psiquismo humano, prejudicando a saúde emocional, comprometendo-lhe a autoestima e a identidade. Neste sentido esta pesquisa pretende responder ao questionamento: A violência nas organizações denominada Assédio Moral é usada intencionalmente como estratégia de gestão para que resultados financeiros cada vez maiores sejam atingidos através da superação individual e coletiva dos trabalhadores? Parte-se do pressuposto que a acirrada competição empresarial produz um processo de crescimento obsessivo e sem regras. Com base nas premissas descritas por Maquiavel (1999), que afirma serem os fins desejados as razões que justificam os meios empregados para atingi-los, as organizações modernas utilizam-se estrategicamente da natural competitividade da espécie para atingirem os seus objetivos? Coagido, o trabalhador compete, supera-se, faz o que for preciso para manter-se empregado a partir do cenário construído pela empresa? Será esse cenário determinante para que a violência se constitua? Para lidar com essas questões foram realizadas seis (06) pesquisas semi-dirigidas com gerentes gerais de agências bancárias situadas na cidade de Santos que indicaram, de modo unânime, a necessidade de amenizarem as pressões e cobranças exercidas em seu dia a dia de modo tal que não afetem a equipe de funcionários que gerenciam. Além desse aspecto, também de modo unânime, afirmaram sentir-se constrangidos ao serem expostos publicamente no ranking de desempenho geral da região em que se situam, e, se pudessem, acabariam com essa prática. Afirmam também que seguem as regras impostas pela empresa e que não existe outro modo de agir se quiserem permanecer como empregados que são. A partir dos resultados da pesquisa identifica-se o ambiente criado, intencionalmente, no setor de trabalho amplamente favorável ao surgimento de comportamentos de assédio moral, já que possui diversas variáveis que podem desencadear comportamentos perversos por parte dos empregados da empresa.
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Violência ocupacional contra enfermeiros da Atenção Primária em Saúde / Occupational violence against Brazilian nurses of the primary health care systemBelo, Eduardo dos Reis 15 April 2015 (has links)
Submitted by Jean Medeiros (jeanletras@uepb.edu.br) on 2016-09-12T12:31:40Z
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Previous issue date: 2015-04-15 / Ministério da Educação de Timor-Leste / Objective: To determine the prevalence and risk factors for occupational violence against nurses in primary health care. Materials and Methods: A cross-sectional census study was developed between March and June 2014, using a quantitative approach with descriptive- analytic analysis. The study’s population comprised of 112 nurses working in teams of Family Primary Care Units and Primary Care Health Centers. Those nurses were asked to answer a questionnaire that addressed the socio-demographic information, the professional routine and the occupational violence faced (types, frequency and characteristics of perpetrators). Data were tabulated and analyzed descriptively and inferentially using the SPSS 22.0 software. The significance level was 5%. Results: Most of nurses are female (94.6%), aged between 34-43 years (38.4%), living with a partner (60.7%) and having a weekly workload of 40 hours (90.1 %). The prevalence of violence was 73.2%. Predominantly, occupational violence comprised of verbal violence (67.0%) and psychological harassment (bullying - 27.1%). Patients (81.1%) and caregivers (83.1%) were responsible for verbal violence, whilst the heads of teams (78.3%) and other health professionals (41.7 %) practiced bullying. The risk factors more frequently reported were the lack of safety in the workplace (73.2%) and the aggressive behavior of patients (67%). The occupational violence was not statistically associated with the gender, professional experience, experience at primary health care, weekly working hours, or working shift (p>0.05). The type of violence faced was not either statistically associated with gender, marital status, professional experience, weekly working hours, or working shift (p>0.05). Conclusion: Occupational violence has high prevalence among Brazilian nurses working at primary health care system. Verbal violence is more prevalent and frequently practiced by patients. The lack of safety in the workplace is the main risk factor associated with occupational violence faced by nurses. / Objetivo: Determinar a prevalência e os fatores associados à violência ocupacional contra enfermeiros da atenção primária em saúde. Materiais e Métodos: Estudo censitário descritivo-analítico com abordagem quantitativa desenvolvida entre março e junho de 2014. A população do estudo compreendeu 112 enfermeiros atuantes nas equipes da Unidade Básica de Saúde da Família e dos Centros de Saúde do município de Campina Grande, PB. O instrumento de pesquisa consistiu de um questionário contendo informações sóciodemográficas (sexo, idade e situação conjugal), caracterização profissional (formação, tempo de profissão, carga horária semanal e turno de trabalho) e referente à violência ocupacional: I) frequência; II) tipo de violência (física, verbal, assédio moral e assédio sexual); III) agressor (identificação e sexo); IV) horário da agressão e V) fatores de risco. Os dados foram tabulados e analisados de forma descritiva e inferencial por meio do software SPSS 22.0. O nível de significância adotado foi de 5%. Resultados: A maioria dos enfermeiros é do sexo feminino (94,6%), com idade entre 34 e 43 anos (38,4%), vivem com companheiro (60,7%) e possuem carga horária semanal de 40 horas (90,1%). A prevalência de violência foi de 73,2%, predominando a violência verbal (67,0%) e o assédio moral (27,1%). Na violência verbal, os principais perpetradores foram os pacientes (81,1%) e acompanhantes (83,1%), enquanto que no assédio moral, os agressores foram os chefes (78,3%) e outros profissionais de saúde (41,7%). Os motivos mais reportados foram a falta de segurança no ambiente de trabalho (73,2%) e os pacientes serem violentos (67%). Não se observou associação estatisticamente significante entre sofrer violência com o sexo, o tempo de profissão, tempo de serviço, carga horária semanal e turno de trabalho (p>0,05). Também não foram verificadas diferenças significativas entre o tipo de violência sofrida e o sexo, estado civil, tempo de profissão, carga horária semanal e turno de trabalho (p>0,05). Conclusão: É elevada a prevalência de violência ocupacional entre os enfermeiros brasileiros, predominando a violência verbal. Os agressores são comumente os próprios pacientes e a falta de segurança no ambiente de trabalho foi o principal motivo relatado.
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O papel da cultura organizacional “Milícia de Bravos” na ocorrência do Assédio Moral – um estudo na Polícia Militar da BahiaMartins, Valmir Farias January 2006 (has links)
p. 1-168 / Submitted by Santiago Fabio (fabio.ssantiago@hotmail.com) on 2013-03-06T20:33:02Z
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Previous issue date: 2006 / O Assédio Moral é um fenômeno que se manifesta no mundo do trabalho
contemporâneo, apesar de sempre ter existido no universo das relações
ocupacionais. Concebe-se através de atos sistêmicos, nocivos e repetitivos que
atingem a moral do trabalhador e que podem trazer conseqüências a sua saúde.
Este estudo analisou a ocorrência do Assédio Moral na Polícia Militar do Estado da
Bahia – PMBA, e de suas principais conseqüências na Corporação. De forma
específica, buscou-se identificar os fatores organizacionais de propensão ao assédio
e associá-los a produção do desgaste psico-emocional. Trata-se de uma pesquisa
descritiva tipo estudo de casos. Foi realizada num contexto de trabalho funcionalpúblico
militar e desenvolvida em duas etapas interligadas. Na primeira etapa, foi
realizado o levantamento de dados mediante a pesquisa bibliográfica e a pesquisa
documental, o que proporcionou o estudo teórico e a descrição da Cultura
Organizacional da Corporação. Na segunda etapa, optou-se pela abordagem
empírica mediante o estudo de cinco casos ilustrativos de Assédio Moral ocorridos
na PMBA, que foram selecionados a partir de um universo de cinqüenta casos junto
a Corregedoria, a Auditoria Militar, a Justiça Comum e a Junta Militar de Saúde.
Como critérios para seleção dos casos ilustrativos, foram considerados a
repercussão interna, a intensidade dos distúrbios psico-emocionais, a
disponibilidade de informações e as possibilidades de acesso aos envolvidos. Assim,
foram analisadas peças e demais documentos processuais, além de entrevistas com
os envolvidos. Os resultados apontaram que a Cultura Organizacional da Polícia
Militar da Bahia, denominada historicamente de “Milícia de Bravos”, reúne elementos
que podem constituir uma propensão para o Assédio Moral, tais como o caráter
militar e funcional público, as condições inadequadas de trabalho, o desgaste psicoemocional
e a inexistência de regulação, o que promove conseqüências negativas à
sua rotina ocupacional. Finalmente, em face dos resultados e limites desta
investigação, sugere-se a continuidade dos estudos para a sua ampliação. / Salvador
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A disciplina jurídica do assédio moral na relação de emprego: aspectos configurativos e de reparação desse fenômeno social.Barros, Renato da Costa Lino de Goes January 2009 (has links)
Submitted by Edileide Reis (leyde-landy@hotmail.com) on 2013-04-17T15:00:47Z
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Previous issue date: 2009 / Esta dissertação tem como objeto de estudo a disciplina jurídica do assédio moral na relação de emprego com foco em seus aspectos configurativos bem como em sua reparação. Busca este trabalho inicialmente trazer algumas considerações acerca da perspectiva civil-constitucional da dignidade da pessoa humana partindo-se do conceito trazido por Kant. Analisa-se também o direito do trabalho como instrumento que preserva esta dignidade diante do conflito de interesses existentes no ambiente laboral. Neste cenário o assédio moral no ambiente de trabalho deve ser entendido como um fenômeno social que atinge diretamente a dignidade do trabalhador sendo portanto necessário um aprofundamento na sua análise diante da ausência de leis federais específicas sobre a matéria. Para a construção desta disciplina jurídica sobre o assédio moral adentrou-se em seus aspectos configurativos partindo-se da análise de conceitos já existentes na doutrina bem como na jurisprudência. Ademais fez-se mister a verificação da presença de elementos comuns em todas as hipóteses de assédio moral. Visando ainda mais a sua particularização foram expostas as diversas modalidades deste fenômeno bem como relatadas atitudes que apesar de apresentarem certa similitude não configuram o assédio moral. Outros aspectos tratados dizem respeito aos efeitos do assédio moral sobre quatro óticas quais sejam a do empregado assediado a do empregado assediador a do empregador e a da coletividade. Foi feito também um paralelo da legislação francesa com a realidade brasileira em razão dessa lei ter sido a pioneira em todo o mundo. Sobre os aspectos reparatórios cumpre informar que inicialmente figurou como preocupação desse estudo trazer as linhas gerais acerca da responsabilidade civil. Outrossim buscou-se evidenciar as particularidades acerca da prova do assédio moral evidenciando uma postura preferencial acerca das presunções frente à inversão do ônus da prova. Por fim tratou-se da política preventiva e de combate a este fenômeno. / Salvador
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Estudo epidemiológico sobre assédio moral no trabalho e transtornos mentais comuns em trabalhadores do setor de serviçosSales, Eliane Cardoso January 2009 (has links)
Submitted by Maria Creuza Silva (mariakreuza@yahoo.com.br) on 2013-05-14T13:47:26Z
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Previous issue date: 2009 / Esta tese apresenta o resultado da investigação sobre assédio moral no trabalho e Transtornos Mentais Comuns TMC entre trabalhadores de uma empresa do setor de serviços, especializada em serviços de limpeza. Nesta pesquisa foram desenvolvidos três estudos em forma de artigos. O primeiro de corte transversal, de caráter exploratório, para análise da prevalência de assédio moral no trabalho na população estudada. Foram identificadas também, condições de maior vulnerabilidade social entre os sujeitos expostos ao assédio moral. A definição de caso foi feita a partir do uso do Questionário de Atos Negativos QuAN, uma versão brasileira do Negative Acts Questionnaire NAQ, a partir da referência de exposição semanal ou diária. O segundo artigo, correspondeu a um estudo exploratório realizado a partir da aplicação do QuAN, com vistas a analisar os atos negativos mais frequentemente relatados e as médias de respostas positivas aos atos, conforme o status sócio-demográfico e ocupacional dos trabalhadores. Apresentou-se ainda, o perfil dos sujeitos considerados perpetradores. O terceiro estudo, com desenho tipo corte transversal, de caráter confirmatório objetivou verificar a associação entre assédio moral no trabalho e Transtorno Mentais Comuns. Para estabelecer a variável dependente utilizou-se o Self Report Questionnaire-20 SRQ-20. Os resultados das análises procedidas nos três artigos, apontam para uma prevalência elevada de assédio entre os trabalhadores, compatível com achados de pesquisas de base populacional. Os atos negativos direcionados ao campo profissional foram referidos mais frequentemente. Observou-se por fim, uma forte associação entre assédio moral no trabalho e transtornos mentais comuns, mesmo quando ajustada por fatores sócio-demográficos e ocupacionais. Evidenciou-se que o tempo na empresa pode implicar em maiores chances dos indivíduos assediados apresentarem TMC. A discussão sobre a ocorrência e o impacto do assédio moral no trabalho na saúde mental dos trabalhadores deve ser fomentada com vista à busca de soluções para um problema que já se delineia como questão de saúde pública no Brasil. / Salvador
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Assédio moral no trabalhoNunes, Thiago Soares January 2011 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro Sócio-Econômico. Programa de Pós-Graduação em Administração / Made available in DSpace on 2012-10-26T07:00:15Z (GMT). No. of bitstreams: 1
288978.pdf: 2945241 bytes, checksum: e91ace4b97f5023d1d10b21f487a2a99 (MD5) / O assédio moral no trabalho pode ser definido como repetidos comportamentos, ações e práticas hostis, dirigidos a um ou mais trabalhadores de forma consciente ou inconsciente, que podem trazer danos à integridade psíquica ou física do indivíduo, além de interferir no desempenho e no ambiente de trabalho. A violência expressa nessas ações e comportamentos hostis faz parte das relações humanas desde os tempos mais remotos, ou seja, a violência moral pode ser considerada tão antiga quanto o próprio trabalho. Entretanto, é nos últimos anos que passa a ser considerada uma forma de violência perversa e que repercute no conjunto biopsicossocial do trabalhador e objeto de estudo de pesquisadores. Apesar do destaque na mídia, os trabalhadores ainda desconhecem o tema, sua definição e características. Do mesmo modo, devido à sutileza das violências, as hostilidades muitas vezes são vistas como brincadeiras normais do ambiente de trabalho, que podem até ultrapassar este meio. Doravante, há ambientes de trabalho que podem ser considerados mais propensos à ocorrência desse problema pelas circunstâncias da própria organização, como é o caso do setor do ensino/educação. As práticas violentas nestes ambientes não estão relacionadas diretamente à produtividade, mas à recusa de diferenças e às disputas de poder. Uma vez que aquele que detém o poder, formal e/ou informal, ou faz parte de um grupo dominante dita as normas e regras de comportamento. O presente trabalho teve como lócus de análise a Universidade Federal de Santa Catarina, uma instituição que completou 50 anos de existência, a qual necessita de medidas de prevenção, combate e divulgação ao assédio moral no trabalho na instituição. Mediante este contexto, esta pesquisa teve como objetivo analisar as características de assédio moral no trabalho identificadas pelos servidores da Universidade Federal de Santa Catarina. Para os fins a que se propõe esta pesquisa, os procedimentos metodológicos seguiram uma abordagem descritiva, caracterizando-se ainda como pesquisa aplicada, estudo de caso, pesquisa bibliográfica e documental, tendo uma abordagem quantitativa e qualitativa. O universo desta pesquisa foi a Universidade Federal de Santa Catarina, sendo que as unidades de análise foram os servidores docentes e técnico-administrativos desta instituição. Portanto, para a coleta de dados foi disponibilizado um questionário em formato online, o qual foi divulgado pelo NPD e sindicatos, além do envio de e-mails pelo pesquisador. A população acessível, respondente do questionário online foi de 279 servidores. Posteriormente a resposta do questionário, foram realizadas 7 entrevistas com pesquisados que se disponibilizaram a detalhar as situações vividas/vivenciadas e/ou conhecidas. Em relação à análise dos dados, as informações provenientes do questionário online foram analisadas seguindo uma abordagem de análise quantitativa, utilizando-se técnicas descritivas de análise, já as entrevistas foram analisadas por meio da análise de conteúdo. As conclusões desta pesquisa permitiram identificar que 4,6% dos respondentes são vítimas semanalmente ou diariamente de situações que envolvem a deterioração proposital das condições de trabalho, 5,1% sofrem de isolamento e recusa de comunicação, 3,7% são alvos de situações de atentado contra dignidade e 1,4% são vítimas de violência verbal, física ou sexual. Cerca de 27,6% dos pesquisados se identificaram como vítimas de assédio moral. Destes, 70,1% são vítimas de 2 ou mais agressores, que em sua maioria são colegas de trabalho (45,5%) e superiores hierárquicos (44,2%) do sexo masculino (41,6%). Apenas 24,7% dos pesquisados que se identificaram como vítimas afirmaram que prestaram queixa, formal ou informal, que de forma geral foram #ignoradas# ou não resultaram em nada. As principais consequências identificadas pelas vítimas no que tange aos efeitos psíquicos e físicos foram: estresse, desânimo, desmotivação, distúrbio de sono, depressão, baixa autoestima, perturbação/problemas físicos, dores de cabeça, aumento de peso, dores musculares e no peito. Além destes, outros efeitos foram a diminuição da produtividade, vontade de largar o cargo ou se aposentar, conflitos conjugais e outros. No que diz respeito às políticas ou práticas de prevenção e combate ao assédio moral, 47,7% dos participantes afirmaram que a prática do assédio no ambiente universitário é comum e 56,3% não sabem se existem orientações aos funcionários acerca da temática. Bem como, 81,4% afirmaram que durante sua vida na instituição os treinamentos e capacitações realizadas não abordaram esta temática. A existência de uma política ou práticas de prevenção e combate ao assédio moral desenvolvida pela instituição não é constatada por 80,6% dos pesquisados. Entretanto, 34,1% relacionam que a criação e aplicação de uma política ou prática de prevenção e combate ao assédio já é o começo para combater este mal. A existência do assédio moral na instituição é algo concreto, entretanto, a sua divulgação ainda é baixa, pois apenas 24,7% afirmaram ter conhecimento da divulgação do tema na instituição. Doravante, é necessário não somente a divulgação da temática na UFSC, mas também a criação e aplicação de políticas e medidas de prevenção e combate que garantam a efetividade de todo o processo, seguindo o princípio da isonomia, onde todos são tratados de forma igual. Com o desenvolvimento destas políticas e a divulgação do tema, a instituição poderá inibir e diminuir a ocorrência desta violência que não prejudica apenas a vítima, mas toda a comunidade universitária
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Vivências de violência no mundo do trabalho a partir de relatos de trabalhadoresEngelman, Fernanda January 2015 (has links)
Este estudo buscou compreender os processos de assédio moral no ambiente de trabalho, bem como o modo como as pessoas assediadas vivenciam essa situação. Como base teórica, os principais temas abordados foram Assédio Moral, Assédio Organizacional e Violência Psicológica. Para atender o objetivo foi realizada uma pesquisa qualitativa exploratória. O método utilizado foi o de estudo de casos múltiplos, onde cada um dos seis entrevistados foi um caso. As entrevistas semiestruturadas foram realizadas com seis trabalhadores de locais e de áreas diferentes, escolhidos intencionalmente pela pesquisadora através de indicações. O conteúdo das entrevistas foi analisado através da técnica de analise de conteúdo. Com a análise dos seis casos pode-‐se perceber que o assédio ocorre por uma combinação de fatores que se sobrepõem. Não é possível apontar uma única causa, são situações que vão se sobrepondo e é isso que dá a dimensão do assédio, a continuidade, a repetição no tempo. Portanto, a presença de assédio não necessariamente corresponde à repetição de um mesmo fato no tempo, pois conforme se pode observar o sofrimento, na verdade, se dá como o somatório de inúmeras humilhações. / This study aimed to gain knowledge about moral harassment at work and about how those people who experience this situation deal with it. The theoretical bases comprised the concepts and literature on moral harassment, workplace harassment and psychological violence. In order to meet the objectives of the study, an exploratory qualitative research was conducted. The method used was multiple cases study, where each one of the six respondents was a case. The semi-‐structured interviews were conducted with six workers from distinct workplaces and labor sectors. Respondents were intentionally chosen by the researcher through indications. The content of the interviews was analyzed using content analysis technique. Findings suggest that harassment occurs as a result of a combination of overlapping factors – no single cause can be pointed to its occurrence. Situations build up and this is what amounts to harassment – the continuity, repetition of harsh practices over time. Therefore, harassment does not necessarily correspond to the repetition of a same fact in time, because, as the stdy has shown, the suffering actually occurs as the sum of countless humiliations.
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Assédio moral e saúde no trabalho do servidor público do judiciário : implicações psicossociaisArenas, Marlene Valerio dos Santos January 2013 (has links)
Várias são as formas de sofrimento e violência no ambiente de trabalho que repercutem na saúde física e mental do trabalhador. Essa violência ocorre, entre outras manifestações perversas e sutis, pelo assédio moral, com danos indeléveis à saúde do trabalhador, podendo chegar a induzi-lo ao suicídio. Assédio moral é um problema que evolui e se propaga em vários setores das organizações, prejudicando o ambiente de trabalho. Além da repercutir na saúde da vítima de assédio, também representa um custo alto para a organização em que se manifesta. Esse problema se torna mais sério no serviço público, onde o ambiente de trabalho é propício, com condições suficientes para evolução e proliferação, em virtude do grande número de servidores e pela estabilidade adquirida após estágio probatório, tanto da vítima como do agressor, podendo o problema perdurar por anos. O Poder Judiciário enfrentou uma crise de credibilidade, por ser considerado ineficiente, lento e sem transparência. Visando resolver tal problema, foi criado o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que estabelece prazos para cumprimento de metas e pode estar contribuindo para situações de assédio. Admitindo-se possíveis práticas de assédio moral no Poder Judiciário de um Estado no Norte do País, como se manifesta esse assédio e quais as consequências legais e psicossociais na vida dos seus servidores? Em busca dessa resposta, nesta tese foram abordadas as relações e a organização do trabalho, as relações de subordinação, de poder, abuso de poder, abuso de autoridade, poder disciplinar e poder hierárquico. Caracteriza-se como um estudo de caso, quali/quanti em que foi feita uma pesquisa tipo survey, e também, entrevistas com os que aceitaram participar da segunda fase as quais foram interpretadas por meio da análise de conteúdo. A survey foi realizada utilizando a rede existente no Poder Judiciário do Estado. A baixa participação dos 2551 servidores pode ser atribuído ao tema proposto e o temor de se exporem. Constatou-se que dos 198 questionários respondidos, 67% de declararam sofrer ou terem sofrido assédio moral. Predomina maior assédio entre os servidores com até três anos de serviço e os de cargo em extinção com escolaridade superior a função que ocupam. O assédio independe do sexo do servidor. A frequência do assédio é diária ou várias vezes por semana e por um longo tempo. O tipo de assédio é o descendente e misto, ocorre mais com os que não ocupam cargo na carreira As práticas de assédio que mais se destacam são por cumprimento de metas, sobrecarga de trabalho, desrespeito e humilhações a que é submetido o servidor. / There are many forms of suffering and violence in the workplace that impact on physical and mental health worker. This violence occurs, among other perverse and subtle manifestations, by harassment, with indelible damage to workers' health, reaching induce him to suicide. Harassment is a problem that develops and spreads in various sectors of organizations, harming the environment. Besides the impact on the health of the victim of harassment, also represents a high cost to the organization in which it manifests itself. This problem becomes more serious in the public service, where the work environment is conducive with sufficient conditions for evolution and proliferation, due to the large number of servers and the stability gained after probation, both the victim and the perpetrator, and may the problem persists for years. The judiciary faced a crisis of credibility for being considered inefficient , slow and non-transparent. Aiming to solve this problem, we created the National Council of Justice ( CNJ ) establishing deadlines for achievement of goals and may be contributing to harassment . Assuming possible harassment practices in the judiciary of a state in the north of the country , as manifested this harassment and what the legal and psychosocial consequences in the lives of their servers? In pursuit of this response, this thesis were addressed relations and the organization of work, relationships, power, abuse of power, abuse of authority, disciplinary power and hierarchical power. Characterized as a case study, quality/quantity that was made a survey research, and also interviews with those who agreed to participate in the second phase which were interpreted using content analysis. The survey was conducted using the existing network in the judiciary of the state. The low participation of 2551 servers can be assigned to the proposed theme and the fear of being exposed. It was found that of the 198 responses, 67 % reported suffering from or have suffered harassment. Predominates greater harassment between servers with up to three years of service and the job with higher education endangered the position they hold. Harassment depend on the sex of the server. The frequency of the harassment is daily or several times a week and for a long time. The harassment is the descendant and mixed occurs more with those who do not occupy any post in the career of harassment practices that stand out are to fulfill goals , work overload , disrespect and humiliation that is submitted to the server.
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