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A dinâmica da organização do espaço na região do baixo Mamanguape litoral norte do estado da ParaíbaCOSTA, Francisco Fábio Dantas da 31 January 2010 (has links)
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Previous issue date: 2010 / Universidade Estadual da Paraíba / O estudo da região não constitui privilégio único da ciência geográfica. No entanto, o geógrafo
vislumbra nessa categoria uma importante ferramenta para a apreensão da realidade, uma vez que a
mesma encerra valores e estilos de épocas, posturas filosóficas e ideológicas, tendências políticas,
níveis diferenciados do próprio processo de conhecimento técnico-científico, entre outros aspectos. Tal
condição ajuda a compreender a estagnação de algumas regiões e o dinamismo alcançado por outras,
ainda que elas façam parte de um mesmo território. Ela explica também o papel desempenhado por
importantes cidades que comandam a organização do espaço no interior das grandes regiões, a exemplo
das metrópoles e das megalópoles. Por fim, ela é imprescindível para o entendimento da complexa
trama que envolve os atores sociais, suas instituições, suas leis, suas vontades, suas necessidades e seus
desejos. A presente pesquisa tem como objetivo estudar a organização espacial na região do Baixo
Mamanguape, desde o período inicial de sua ocupação até os dias atuais, propondo uma TIPOLOGIA
DE FASES DA DINÂMICA REGIONAL com base nas alterações funcionais e morfológicas
identificadas. A partir da análise da literatura e da iconografia existentes; dos dados estatísticos
fornecidos pelo IBGE, FUNAI e FUNASA; das informações obtidas a partir do levantamento
cartográfico e também nos depoimentos colhidos nos trabalhos de campo, foi possível construir um
modelo teórico fundamentado em seis fases, a saber: Fase 1 o Litoral era habitado por grupos
indígenas tradicionais (Tabajaras e Potiguaras); Fase 2 o Litoral passou a ser visto como importante
reserva de matérias-primas; Fase 3 a região do Baixo Mamanguape foi forjada com base nas
atividades econômicas introduzidas pelos colonizadores (a cana-de-açúcar e a pecuária extensiva);
Fase 4 a crise política e econômica, o progresso técnico e a nova dinâmica regional; Fase 5 a
expansão recente da cultura da cana-de-açúcar e os seus impactos sobre a região (pós-1975); e Fase 6
a institucionalização de áreas de proteção ambiental. Com efeito, a experiência adquirida ao longo
desta pesquisa permitiu que nós fizéssemos algumas propostas para amenizar os problemas sociais e
ambientais da região. São elas: ampliação das políticas de reforma agrária; promoção de melhorias no
interior das aldeias em relação à habitação, ao saneamento básico, à saúde, à educação e à geração de
renda; revitalização da atividade industrial têxtil com base em pequenas e médias unidades de
produção, capazes de absorver expressivo contingente de trabalhadores; incentivo às práticas do
turismo sustentável, aproveitando as imensas potencialidades que a região oferece aos visitantes
(patrimônio cultural, arquitetônico e natural) e integrando as populações tradicionais nesses programas;
e favorecer o desenvolvimento racional da Área de Proteção Ambiental da Barra do Rio Mamanguape,
de modo que as populações possam usufruir das riquezas naturais existentes nesse vasto ecossistema
costeiro
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