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Custos de mudança: estimativas para o setor bancário brasileiro / Switching costs: estimates for the Brazilian banking industry

Silva, Mariana Oliveira e 29 April 2013 (has links)
Este trabalho analisa a magnitude dos custos de mudança no mercado de prestação de serviços do setor bancário brasileiro. Custos de mudança, ou switching costs, são custos percebidos pelos agentes econômicos quando eles trocam seus fornecedores. São a principal causa de lock-in (captura) dos clientes, podendo conferir certo grau de poder de mercado às firmas, com implicações importantes para a competitividade do mercado. A forte associação com a assimetria de informação sugere a relevância dos custos de mudança particularmente para o setor bancário. As estimativas obtidas neste trabalho, utilizando-se as informações contábeis dos bancos entre 2009 e 2011, sugerem que os custos de mudança são relevantes no mercado de depósitos. As evidências sugerem ainda que estes custos tendem a ser menores para os clientes dos bancos maiores, para as duas metodologias testadas. Também há indicação de que é significativa a parcela da participação de mercado de um banco que se deve à continuidade do relacionamento entre o banco e o cliente ao longo dos trimestres (efeito lock-in). / This study examines the switching costs\' empirical importance for the Brazilian banking services industry. Switching costs are costs economic agents sustain when they change suppliers. These are the leading cause for customer lock-in, in that they may grant the institutions some level of market power, thus carrying major implications for market competitiveness. The strong link with information asymmetry suggests how relevant switching costs are, especially for the banking industry. The estimates obtained in this study--by using the banks\' accounting information collected from 2009 to 2011--indicate there are substantial switching costs in the deposit market. The evidence, under both tested methodologies, also suggests that these costs tend to be lower for customers of larger banks. Additionally, there is indication that much of a bank\'s market share is due to its continued relationships with customers over the quarters (lock-in effect).
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Três ensaios sobre taxas de juros e spreads bancários no Brasil

Fabris, Maria Juliana Zeilmann January 2010 (has links)
O presente trabalho versa sobre taxas de juros e spreads bancários no Brasil a partir de 1995, com enfoque em diferentes questões que são abordadas em três ensaios. O primeiro trata da reorganização do Sistema Financeiro Nacional (SFN) – que se caracterizou por desregulamentação com maior concentração da atividade financeira e menor presença do Estado – e da evolução do mercado de crédito. O segundo apresenta taxas de juros e margens de intermediação financeira do Brasil, em perspectiva internacional comparada. O terceiro ensaio apresenta um modelo de determinação do spread bancário, a partir de variáveis microinstitucionais e macroeconômicas. / This paper deals with interest rates and bank spreads in Brazil since 1995, focusing on different issues that are presented in three essays. The first one deals with the reorganization of the Brazilian financial system - which is characterized by deregulation, concentration of activity and a lower presence of the state – and the evolution of the credit market. The second one presents interest rates and net interest margins of Brazil in international comparative perspective. The third one presents a model for determining the banking spread, from microinstitutional and macroeconomic variables.
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Análise comparativa da rentabilidade do setor bancário privado atuante no Brasil no período de 1997 a 2004 / Comparative analyses of the return on equity from the private banking sector that operates in Brazil in the period from 1997 to 2004

Jaime Gregorio 24 November 2005 (has links)
O objetivo desta dissertação foi investigar se a Rentabilidade sobre o Patrimônio Líquido (ROE) do setor bancário privado atuante no Brasil foi maior do que a dos setores não-financeiros privados no período de 1997 a 2004. Partiu-se de uma comparação geral para comparações mais detalhadas a fim de se chegar a respostas mais consistentes e verificar se o que vale para o todo vale para as partes que o compõem. Considerou-se tanto o ROE legal quanto o ROE ajustado pelos efeitos da inflação. Analisou-se também a rentabilidade dos cinco maiores bancos privados brasileiros comparativamente a seus pares de países desenvolvidos selecionados. Por fim, foi analisado se a rentabilidade auferida pelo setor bancário privado foi maior do que seu custo de capital próprio, ou seja, se seu spread econômico foi positivo.Utilizou-se, como medida para comparação, a média dos ROE’s e o seu desvio padrão. Para estimação do custo do capital próprio foi utilizado o CAPM tendo como benchmark as taxas dos EUA adaptadas ao risco Brasil. Os resultados da pesquisa evidenciaram que, na média, a rentabilidade do setor bancário privado foi maior do que a dos setores não-financeiros privados e apresentou menor volatilidade, tanto pelo ROE legal quanto pelo ROE ajustado pelos efeitos da inflação, neste caso, no entanto, as diferenças foram menores. Na comparação com os maiores bancos de países selecionados, evidenciou-se que o ROE médio dos maiores Bancos Privados brasileiros não destoa de seus pares de países desenvolvidos. Quanto à questão do spread econômico, considerou-se o ROE ajustado tanto pelo IGP-M quanto pelo IPCA. Em ambos os casos, o spread econômico do setor bancário privado só foi positivo em 1999. No período de 1997 a 2004, o spread econômico foi de –6,4%, quando se utilizou o IGP-M, e de -4,6%, quando se utilizou o IPCA. Concluindo, embora o setor bancário privado, na média, tenha apresentado Rentabilidade sobre o Patrimônio Líquido maior do que os setores privados não-financeiros privados, essa rentabilidade não foi suficiente para cobrir o custo do capital próprio. Dessa forma, na média, os Bancos não têm conseguido criar valor para os acionistas. / The objective of this thesis was to investigate if the return on equity (ROE) from the private banking sector that operates in Brazil was bigger than the non-financial private sectors in the period from 1997 to 2004. It began from a general comparison and evolved to more specific comparisons in order to reach more consistent answers and to analyze if what is true for the whole is true for the parts that complete it. It was considered both the legal ROE and the adjusted ROE by the inflation effects. It was also analyzed the ROE of the five largest Brazilian private banks comparatively to theirs peers from developed countries selected. At last, it was analyzed if the ROE of the private banking sector was bigger than its own capital cost, that is, if its economic spread was positive. It was used, as comparison measure, the average of the ROE’s and its standard deviation. The CAPM having as benchmark the USA rates adapted to the Brazil´s risk was used for estimating the cost of own capital. The results of the research showed that, on the average, the ROE of the private banking sector was bigger than the non-financial sectors and presented less volatility, as for the legal ROE as for the adjusted ROE by the inflation effects, in this case, however, the differences were lower. In the comparison with the biggest banks from selected countries, it was showed that the average ROE of the biggest Brazilian private banks wasn’t different from their developed countries peers. Regarding economic spread, it was considered as the ROE adjusted by the IGP-M as by the IPCA. In both cases the private banking sector economic spread was positive only in 1999. In the period from 1997 to 2004, the economic spread was –6,4%, when IGP-M was used, and –4,6%, when IPCA was used. To sum up, although the private banking sector, on the average, showed ROE bigger than the non-financial private sectors, this ROE was not enough to cover the own capital cost. In this way, on average, the banks have not created value for their stockholders.
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O impacto da informação contábil de empresas fechadas na percepção de risco dos analistas de crédito / The impact of accounting information of non listed companies in the risk\'s perception of credit analysts.

Eloane Naiara Lopes Fernandes 03 November 2010 (has links)
A presente pesquisa buscou verificar se a atribuição de rating por parte dos analistas de crédito é influenciada pelo grau de evidenciação contábil das empresas fechadas brasileiras e se os problemas referentes ao disclosure e qualidade das informações contábeis das empresas fechadas no Brasil afetam a captação de recursos no mercado bancário no Brasil (principal fonte) através do aumento da percepção de risco dessas empresas. Também foi verificado se o nível de conhecimento dos analistas de crédito em contabilidade impacta o processo de avaliação de risco das empresas fechadas, bem como a percepção dos analistas de crédito em relação ao papel do contador nesse processo. A pesquisa foi direcionada a um grupo de analistas que avaliam crédito de empresas fechadas, ou seja, sem obrigatoriedade de divulgação das demonstrações contábeis com faturamento entre R$ 300 milhões e R$ 1 bilhão (usualmente categorizada pelos bancos como carteira Corporate). Através da aplicação de um questionário a uma amostra intencional de analistas contendo assertivas baseadas na Escala Likert, foi possível coletar dados relativos à percepção e atitude de 64 analistas de crédito com variados níveis de experiência em avaliação de crédito. Esses dados foram analisados utilizando-se a estatística descritiva e cluster. Dentre os resultados da estatística descritiva, é válido ressaltar que os analistas recebem menos demonstrações contábeis do que gostariam, evidenciando uma situação de falta ou limitação de informações imposta pelas empresas aos analistas no processo de análise para concessão de crédito. Quanto à percepção em relação ao contador, algumas características negativas foram reforçadas pelos analistas, o que corroborou de outras pesquisas como de Hooper et al. (2009), relativas a percepção da comunidade quanto aos contadores que demonstraram no geral tenderem a ser negativas. Os analistas de crédito não perceberam o contador como profissional comunicativo e líder. Os resultados relativos a cluster evidenciaram a existência de dois grupos de analistas, cujas percepções e atitudes variaram com base no tempo de experiência em análise de crédito. Apesar de os analistas de ambos os clusters (mais experientes e menos experientes) acreditarem que sem um bom entendimento da situação financeira a análise de crédito é prejudicada, foram identificadas percepções diferentes em relação às demais assertivas. O cluster de analistas mais experientes tem maior disposição para atribuir uma pior classificação de risco às empresas fechadas em caso de acesso limitado ou acesso às demonstrações contábeis com baixa qualidade informacional. Através da correlação de Spearman foi possível verificar que os analistas mais experientes dão mais importância ao conhecimento em contabilidade e à utilização das demonstrações contábeis no entendimento da situação financeira das empresas. Válido ressaltar que esses analistas também possuem maior nível de conhecimento em contabilidade (correlação positiva entre tempo de experiência e acertos nas questões contábeis). Também foi possível verificar que os analistas de crédito mais experientes possuem maior disposição em premiar as empresas fechadas que têm melhor grau de evidenciação contábil em relação a outras, com a atribuição de melhores ratings (upgrade ou seja, arbitrariamente o analista atribui uma classificação de risco melhor). Essa disposição aumenta de forma significativa no caso das demonstrações contábeis serem submetidas aos auditores independentes, uma vez que a auditoria reforça a idéia de aumento da confiabilidade e qualidade das informações prestadas no processo de crédito. / The purpose of this research is to examine whether the assignment of ratings by credit analysts is influenced by the level of accounting disclosure of in Brazil and whether the problems concerning the disclosure and quality of accounting information of private firms in Brazil affect fundraising in banking market in Brazil (main source) by increasing the risk perception of these companies. It had been also verified whether the level of accounting knowledge of credit analysts impacts the process of risk assessment of private firms as well as the perception of credit analysts on the role of the accountant in the process. Study participants are a group of analysts who evaluate credit of private firms (no mandatory disclosure of financial statements) with revenues between $ 300 million and $ 1 billion (usually classified by banks as corporate). By applying a questionnaire to a purposive sample of analysts with varying levels of experience in credit assessment containing assertions based on Likert scale was possible to collect data on the perception and attitude of 64 credit analysts. These data were analyzed using descriptive statistics and cluster. Among the results of descriptive statistics, analysts obtain less financial reports than they would like to obtain, indicating a situation of lack or limitation of information imposed by companies to analysts in the credit process. Regarding the perception in relation to accountant some negative characteristics were reinforced by analysts, which corroborated with other researches as Hooper et al. (2009). Credit analysts had not perceived accountant as communicative and leader professional. The results for cluster presented the existence of two groups of analysts, whose perceptions and attitudes vary based on length of experience in credit analysis. Although analysts of both clusters (more experienced and less experienced) believe that credit analysis is impaired without a good understanding of financial report, it was identified different perceptions in relation to other claims. The cluster of more experienced analysts have greater willingness to assign a worst risk rating for private firms in case of limited access or access to the financial statements with low informational quality. According to Spearman correlation, more experienced analysts provide more importance to knowledge in accounting and the use of financial statements in understanding the financial situation of companies. Its worth to mention that these analysts also have a higher level of knowledge in accounting (positive correlation between length of experience and success in the accounting issues). It was also found that the most experienced credit analysts are more disposed to assign better risk rating to private firms (upgrade) with higher level of accounting disclosure in relation to others. This arrangement significantly increases if the financial statements are submitted to the independent auditors, since the audit reinforces the idea of increasing the reliability and quality of information provided in the credit process.
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Análise das características dos sistemas de seguro de depósito: Brasil e algumas práticas internacionais / Analysis of the characteristics of the systems of safe from deposit: Brazil and some practical international

Luís Eduardo Mizu da Silva 05 September 2008 (has links)
As corridas bancárias são motivo de preocupação das autoridades monetárias desde pelo menos o início da década de 20. Isso se justifica pelos impactos que uma crise financeira sistêmica pode causar na economia, a partir da falência de bancos. A quebra de uma instituição financeira, ou ainda uma situação temporária de dificuldade para honrar compromissos imediatos, pode gerar desconfiança nos depositantes, pelo receio de perder suas economias, fazendo com que corram aos bancos para retirar seus recursos ali depositados. Essa situação pode se espalhar por todo o sistema bancário por meio de efeitodominó, em virtude do sentimento de pânico que os assola, levando a economia a um colapso. Para minimizar o temor e a desconfiança, preservando a estabilidade do sistema financeiro, é prudente se ter no sistema financeiro um mecanismo de proteção aos depositantes, cujo objetivo seja o de inibir o início de uma crise bancária. Esse mecanismo, aqui chamado sistema de seguro de depósito, é formado por um grupo de bancos que pagam um prêmio de seguro, com o objetivo de formar um grande fundo, cuja função é reembolsar os depositantes quando da quebra de um desses bancos participantes. Para que funcione apropriadamente, o sistema de seguro de depósito deve ter suas características bem delineadas, no intuito de minimizar a possibilidade de que atitudes, mais arriscadas por parte dos bancos e menos precavidas por parte dos depositantes, elevem o risco de quebra de um banco. Este estudo tem o objetivo de analisar, por meio de pesquisa exploratória, tais características, trazendo para a discussão contribuições teóricas e práticas recentes em matéria de mecanismos de seguro depósito no Brasil e no exterior, de modo a elencar os aspectos mais eficientes das características, que poderiam ser aproveitados com vistas a aprimorar o sistema de seguro depósito brasileiro, o FGC, Fundo Garantidor de Créditos, já que há previsão de regulamentá-lo via Lei Complementar ao artigo 192 da Constituição Federal de 1988. A análise das características trouxe como diferenciais em relação ao que já existe no FGC, a atribuição de maiores poderes e responsabilidades ao FGC, deixando de ser um simples intermediário para reembolso de depositantes, e o prêmio do seguro, cuja metodologia de cálculo poderia evoluir do método linear, igual para todos os bancos, para o ajustado ao risco incorrido por cada instituição participante. A ampliação dos poderes e responsabilidades poderia atribuir maior competência ao FGC para atuar em situações de insolvência bancária, imputando-lhe o papel de encontrar a melhor e mais eficiente solução, mas isso exigiria mudanças estruturais enormes na agência, especialmente quanto ao tamanho da equipe técnica. A tarefa de definir a forma de cálculo do prêmio de seguro é demasiadamente complexa, uma vez que a metodologia pode não ser simples, pois deveria atender a particularidades de diferentes tipos de bancos. Além disso, a tendência da regulação bancária brasileira caminha cada vez mais ao encontro das normas baseadas em princípios, não em regras, isto é, a regulação cada vez mais vai trabalhar o que deve ser feito pelas instituições financeiras, ao invés de como elas devem fazer. Essa dinâmica não permite a definição uma metodologia de cálculo único, que permita comparar o risco tomado de uma instituição com seus pares. / Bank runs concern monetary authorities at least since the beginning of the 1920\'s, due to the harming impacts a systemic financial crisis may cause on the whole economy, beginning after a bank failure. A bank disruption or just a temporary liquidity problem can generate mistrust on depositors, that fearing the loss of their savings would run to the bank to withdraw all their money. This situation may be spread all over the financial system in an accumulated effect caused by panic, leading to a collapse in the local economy. In the attempt to minimize the fear and mistrust, as well as to preserve the financial system stability, there must be a mechanism of depositor protection aiming to stop the starting up of a bank crisis. This mechanism, hereinafter called deposit insurance system, DIS, consists in the collection of an insurance premium by a group of banks in order to establish a fund that will refund depositors if one of the member banks fails. DIS must have its features well designed to work properly, and to avoid riskier attitudes from the banks and less caution from the depositors that could increase the chance of bankrupting. The purpose of this work is to research literature and international recent practices regarding DIS, in order to list the most efficient points which could be considered to improve the Brazilian DIS, named Fundo Garantidor de Créditos, FGC. Besides, the Brazilian Federal Constitution prescribes regulation of this matter by particular law, but this is still not accomplished. The analysis brought out some important issues which are not in course in the FGC such as the assignment of major powers and responsibilities to FGC, and the increment of its functions so that it turns out to be more than just a pay-box. Other important issue is the change in the methodology in which the deposit insurance premium is calculated, from a flat method to a risk adjusted one. The enlarging of powers and responsibilities could give FGC new attributions in the case of insolvent banks resolution, but it would certainly demand large modifications in FGC present structure, especially regarding technical staff. The task of establishing the insurance premium calculation is highly complex, since the methodology is supposed to achieve different kind of banks. Moreover, national banking regulation Moreover, national banking regulation tends to be more principles-based than rules-based, which means, it tends to specify what banks should do, not how they should do it. This dynamic does not allow the use of a unique methodology to calculate DIS, and imposing, as consequence, obstacles to the comparison of the risk taken by different institutions.
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"O uso do potencial expressivo da nova mídia pelos bancos de varejo: estudo de três casos" / "The use of the expressive power of new media by retail banks: a study of three cases"

Martin Jayo 24 June 2005 (has links)
O advento das tecnologias digitais e a difusão da "world wide web" (www) expandiram as atividades de comunicação pública em direção a um amplo leque de novos agentes publicadores, muito além do setor midiático tradicional. Nesse contexto, embora exista uma literatura numerosa e recente de estudos diagnosticando o uso dos recursos da nova mídia pelo setor midiático tradicional, tais estudos ainda inexistem para os novos agentes publicadores recém-surgidos, entre os quais o setor bancário brasileiro ocupa uma posição de destaque proporcionada por sua vocação, historicamente demonstrada, para o uso de tecnologia. Dessa forma, a dissertação se propõe a estudar como os bancos no Brasil – e em especial os que operam no mercado de varejo – se desempenham enquanto agentes publicadores de conteúdos na nova mídia. / The advent of digital technologies and the diffusion of the world wide web (www) have expanded the boundaries of massive communication activities towards a wide range of new players, much beyond the traditional media sector. Within this context, despite the existence of a recent, prolific literature diagnosing the use of new media resources by the traditional media sector, such analyses have not been developed yet for the range of newly appeared players, among which the Brazilian banking sector occupies a position of prominence due to its historically demonstrated technological vocation. Therefore, the dissertation is focused on studying how the banking institutions in Brazil, and especially those operating in the retail banking segment, perform their tasks as new media publishers.
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Trabalho bancário e fatores associados ao presenteísmo e ao absenteísmo / Bank work and factors associated to presenteeism and absenteeism

Simone Fabiane da Silva Sasaki 29 July 2013 (has links)
Introdução. Trabalhar doente é importante fator de risco para a saúde e preditor de absenteísmo por doença. No longo prazo, medidas de gestão de pessoas que objetivam reduzir as faltas por doença podem incentivar o presenteísmo. Além disso, a relação existente entre o presenteísmo e o absenteísmo por doença indica que reservar um tempo para se afastar do trabalho com o intuito de se tratar de um adoecimento pode ser considerada atitude de promoção de saúde. Objetivo. A presente pesquisa teve como objetivo estudar a relação entre presenteísmo e absenteísmo por doença em bancários. Procedimentos metodológicos. Os instrumentos de coleta de dados foram: entrevistas individuais semiestruturadas, questionário para a obtenção dos dados sociodemográficos, condições de saúde, estilo de vida, condições de trabalho e Índice de Capacidade para o Trabalho (ICT). Realizou-se a descrição e a análise de relatos de escriturários brasileiros sobre o trabalho bancário e os fatores relacionados ao tema. Para avaliação dos relatos obtidos com as entrevistas utilizou-se uma técnica de análise de conteúdo denominada Análise Temática. Os dados obtidos com o questionário foram analisados por estatística descritiva. Participaram do estudo treze escriturários que trabalham em agência bancária atendendo o público e quinze escriturários de departamentos internos do mesmo banco, com idade entre 28 anos e 64 anos, que trabalhavam pelo menos há um ano na empresa, em diferentes setores do departamento interno e em diferentes agências, com jornada semanal de trinta horas cada um. Resultados. Os resultados apontam que ocorre o presenteísmo entre os trabalhadores escriturários do banco pesquisado. A falta de funcionários apresentou-se como fator que favorece tanto o absenteísmo por doença quanto o presenteísmo entre os funcionários de agência. Políticas da empresa referentes a carreira, avaliação de desempenho e subdimensionamento de funcionários prevaleceram na decisão de ir ao trabalho mesmo estando doente. Conclusões. A pretensão de progredir na carreira foi preponderante entre os trabalhadores do departamento interno, o medo de ser mal avaliados foi apontado como motivo para ir trabalhar mesmo estando doente, revelando uma cultura do presenteísmo, em que a falta é evitada em um contexto de forte competição e a assiduidade transmite imagem positiva ou tem influência decisiva. Entre os funcionários de agência, prevaleceu a falta de funcionários como o principal motivo de comparecer ao trabalho mesmo doente. Políticas de gestão de promoção à saúde devem ser reformuladas no sentido de prevenir os desfechos negativos associados ao presenteísmo e absenteísmo por doença entre trabalhadores bancários brasileiros / Introduction. Going to work sick is an important risk factor for health and a predictor of sickness absenteeism. In long-term, measures for managing people aimed to reduce sickness absence may encourage presenteeism. Furthermore, the relationship between presenteeism and sickness absenteeism shows that taking time off work in order to treat a disease can be considered an attitude of health promotion. Objectives. This research intended to study the relation between presenteeism and sickness absenteeism based on descriptions and analyses of reports of Brazilian bank clerks and the factors related to the issue. Methodological procedures. The instruments for data collection selected were individual semi-structured interviews, a questionnaire to gather sociodemographic data, health status, lifestyle and working conditions and the Work Ability Index (WAI). For assessing interviews reports, the analysis of Bardin and the technique of thematic analysis were used. Data obtained from the questionnaire were analyzed using descriptive statistics. The study included thirteen clerks who work in agency assisting clients and fifteen clerks working in internal department of the same bank, aged between 28 years and 64 years, who worked at least 1 year in the company, in different sectors of the internal department and at different agencies, with standard workweek of thirty hours. Results. Results indicate that occurs presenteeism among bank workers interviewed. Lack of staff was observed as a factor that favors both the sickness absenteeism and presenteeism among agency employees. Company policies regarding career, performance evaluation and staff undersizing prevailed in the decision to go to work even sick. Conclusions. Career advancement was prevalent among internal department workers. Fear of being mispriced was touted as reason to go to work despite being ill, revealing a \"culture of presenteeism\", in which the fault is avoided in a context of strong competition where attendance conveys a positive image or has a decisive influence. Among agency employees, lack of staff prevailed as the main reason for attending work even sick. Management policies for health promotion must be reformulated in order to prevent the negative outcomes associated with presenteeism and sick absenteeism among bank workers in Brazil
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Ensaios em microeconomia bancária / Essays in microeconomics of banking

Ana Carla Abrão Costa 23 July 2004 (has links)
O presente trabalho visa a analisar aspectos específicos da microeconomia bancária no que se refere à relação entre banco e consumidor. Três diferentes abordagens são adotadas. No primeiro capítulo a abordagem é teórica. Um modelo de equilíbrio geral com incerteza é desenvolvido, com o objetivo de analisar a relação depositante banco e as características do equilíbrio dos contratos de depósito bancários. Questões como eficiência e concentração são analisadas, tanto em um contexto estático quanto na relação de longo prazo entre bancos e depositante. Os resultados sugerem contratos de equilíbrio com características contingentes ao espaço de contratos factíveis e uma relação entre esforço eficiente do banco e não comprometimento pleno do depositante na relação de longo prazo. A segunda parte do trabalho se concentra em analisar empiricamente a relação entre banco e tomador de recursos e tem como objetivo contribuir com avanços metodológicos para a decomposição do spread bancário no Brasil. Para tanto, estima-se uma função custo multiproduto para o setor bancário brasileiro e calcula-se, a partir dela, os preços de Aumann-Shapley dos diversos produtos oferecidos pelos bancos. Essa aplicação da teoria de alocação de custos conjuntos à firma bancária permite que se faça a alocação dos custos administrativos de forma mais precisa, melhorando a decomposição do spread no Brasil. Além disso, novos avanços são conseguidos em termos de precisão por meio da ampliação da amostra e portanto pela correção de um grave viés de seleção presente na abordagem original do Banco Central. A terceira - e última - parte do trabalho faz uma discussão institucional dos sistemas de resolução de insolvências coorporativas e da relação destes com a decisão do banco de emprestar e portanto com o funcionamento do mercado de crédito. A motivação foi a de analisar um aspecto específico da relação banco tomador com impactos diretos sobre preço e volume de empréstimos concedidos. Neste ponto, questões relacionadas a incentivos e eficiência emergem e são analisados tendo como pano de fundo a reforma do sistema legal de insolvência brasileiro, atualmente em curso. / The present work analyzes specific aspects of microeconomics of banking, concerning the relationship between financial intermediaries and non-financial agents. Three different approaches are adopted. In the first chapter the approach is theoretical. A model of general equilibrium with uncertainty is developed, analyzing the relationship between banks and depositors and the characteristics of the equilibrium deposit contracts. Efficiency and concentration issues are analyzed, in a static context and in a long-term relationship among banks and depositors. Results suggest that deposit contracts observed in equilibrium are contingent to the space of contract possibilities and that it exists a relationship between efficient effort exerted by the bank and no full commitment by depositors in a long term relationship. Chapter 2 makes an empirical analysis of the bank-borrower relationship, contributing with methodological improvements for the decomposition of banking spreads in Brazil. A multi-product cost function for the Brazilian banking industry is estimated and used to calculate the Aumann-Shapley prices for each of the defined banking products. That application of cost allocation to the banking firm allows a better allocation of administrative costs, improving on the original decomposition made by Brazilian Central Bank. Additionally, a more accurate decomposition results from the use of a larger sample and therefore the correction of a serious selection bias present in the original approach. The third chapter concentrates on an institutional discussion about insolvency resolution. The main motivation was the analysis of a specific aspect of the bank-borrower relationship and its impacts on price and volumes of loan concessions. At this point, incentives and efficiency issues emerge and are analyzed having the Brazilian legal system of insolvency reform, now in course, as a background.
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Entre a hegemonia e o despotismo: os programas de participação nos lucros ou resultados (PLR) no setor bancário / Between the hegemony and the despotism: the Profit Sharing (PS) plans in the banking sector

Wilson Emanuel Fernandes dos Santos 26 November 2012 (has links)
Esta pesquisa teve como objetivo principal discutir os programas de participação nos lucros ou resultados (PLR) no setor bancário brasileiro, sob a ótica da flexibilização das relações entre capital e trabalho, no contexto das mais recentes transformações promovidas pelo capitalismo avançado. A investigação compreendeu, primeiramente, uma pesquisa documental e bibliográfica sobre o processo de regulamentação da PLR no Brasil e a posterior generalização de seu uso. Após o que, foram descritos os modelos de PLR adotados pelo setor bancário brasileiro e também em um caso específico, desde sua instituição nos moldes contemporâneos em 1995, até 2011, comparando-os e evidenciando sua transformação. Através de entrevistas com representantes sindicais e especialistas, destacaram-se as posições e as estratégias adotadas pelos diferentes atores sociais em relação ao tema. Em seguida, empreendeu-se uma observação participante em uma grande empresa do setor, que se concentrou na operacionalização concreta da PLR no cotidiano, o que ocorre por meio dos programas de metas de resultados que vinculam seu pagamento ao desempenho. Os resultados da pesquisa apresentaram elementos despóticos, como diversas formas de controle que garantem a execução de tais programas, ao mesmo tempo em que se observou uma natureza hegemônica, tanto nos espaços estabelecidos de negociação sobre as regras da PLR como no apoio dos trabalhadores e na participação dos sindicatos, assinalando-se características de um regime despótico-hegemônico. A interpretação dos dados com base na teoria sobre a construção do consentimento de Burawoy permitiu uma identificação dos programas de PLR ao estado interno, com relação às instâncias de conciliação de interesses e de participação. Ao final, a articulação da adesão subjetiva a tais programas é compreendida pela inserção cada vez mais individualizada no processo de trabalho. / The present research aimed to discuss the Profit Sharing (PS) plans of the Brazilian banking sector using the perspective of a more flexible capital/labor relationship considering the most recent transformations caused by advanced capitalism. At first, a document and bibliographical investigation about the implementation of PS in Brazil and its subsequent generalization was carried out. Later, PS models adopted by the Brazilian banking sector as well as a specific case are described, since their implementation according to the modern standards in 1995, until 2011 and then compared thus revealing their changes. Interviews with specialists and trade union representatives evidenced the different positions and strategies concerning the theme adopted by the different players involved. Subsequently, participant observation was conducted at a large banking institution, focusing on how PS works on a daily basis, showing that it takes place using targets and results plans linking remuneration to performance. Research results point to despotic elements, such as different forms of control that guarantee that such programs be enforced. It also shows the hegemonic nature of such programs, not only during established arenas for negotiations with regards to PS rules but also concerning employees support and their participation in unions, which reveal traits of a hegemonic-despotic regime. The interpretation of the data on the basis of the Burawoys theory about the manufacturing of consent made it possible to identify PS plans with an internal state, as far as instances of interest and participation conciliation are concerned. Lastly, subjective compliance with such programs is understood by the increasingly individualized features of the labor process.
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Subjetividade em tempos de reestruturação produtiva do trabalho bancário e programa de apoio à demissão voluntária

Bessi, Vânia Gisele January 2003 (has links)
A presente dissertação discute o Programa de Apoio à Demissão Voluntária – PADV – como uma ferramenta central da gestão de pessoas, em tempos de reestruturação produtiva do trabalho bancário. Trata-se de um estudo de caso que contou com um total de cento e doze sujeitos, assim distribuídos: cento e quatro sujeitos dos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, que aderiram à terceira edição do referido programa, cinco gestores desses sujeitos e três funcionários da área de recursos humanos da empresa. A coleta de dados deu-se através de questionário, entrevistas individuais semi-estruturadas e fontes documentais. Analisaram-se os dados quantitativos com uso do software Sphinx e os dados qualitativos por meio da análise de conteúdo à luz do referencial teórico de autores como Pelbart em relação a aspectos da subjetividade; Chanlat e Enriquez em relação à gestão; e Dejours em relação ao sofrimento e prazer no trabalho. Os resultados da pesquisa indicam que, por ocasião do PADV, ocorre uma intensa atuação da empresa no sentido de desfazer a expectativa cultural e socialmente construída de um emprego que proporciona aos sujeitos boas condições financeiras e vínculo empregatício estável através dos tempos. A construção da adesão ao PADV, se dá pela forma como o mesmo é divulgado para o grupo de funcionários e pela utilização de estratégias por parte da empresa e dos gestores, visando levar os sujeitos à adesão. As estratégias empresariais referem-se ao valor da Vantagem Financeira Extra – VFE, ao decréscimo diário da VFE, à disseminação de boatos que apontam para a diminuição dos valores pagos a título de VFE, aos escritos apresentados no manual de divulgação do PADV; e as estratégias individuais utilizadas pelos gestores referem-se à realização de reunião com os funcionários e divulgação do número de pessoas e cargos a serem reduzidos na unidade, à retirada de cargo em comissão, à não delegação de atividades para o sujeito e à supressão do horário para estudo. A adesão imediata ao PADV é apresentada aos funcionários como uma oportunidade de garantia de benefícios que se tornam cada vez mais escassos a cada nova edição, instalando um sentimento generalizado de medo da adesão sob pressão. A adesão é compreendida pelos funcionários como uma oportunidade de abandonar um ambiente de trabalho gerador de pressão e estresse. O PADV caracteriza-se como uma ferramenta central da gestão de pessoas que as trata como números, reduz custos através da diminuição do número de funcionários e marca a passagem de uma cultura de estabilidade e segurança para uma cultura de instabilidade e insegurança. Os processos de reestruturação produtiva do trabalho caracterizam-se como construtores de modos de subjetivação e como cenário fecundo para a implantação dos PADVs, como alternativa para aqueles sujeitos que passam a um consumo de subjetividade via processo de singularização.

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