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Perfil de risco cardiovascular de funcionários de banco estatal / Not availableChor, Dóra 27 May 1997 (has links)
Esta tese faz parte do \"Estudo das Condições de Saúde dos Funcionários do Banco do Brasil\", patrocinado pelas Caixas de Assistência e de Previdência dos Funcionários (CASSI e PREVI), tendo em vista a reformulação do conjunto da assistência à saúde oferecida aos bancários. Neste trabalho, investigamos a distribuição dos principais fatores de risco para doenças cardiovasculares, bem como a existência de padrões de hábitos e comportamentos, por meio da estimativa de prevalências e do estudo da ocorrência simultânea dos fatores de risco entre os funcionários ativos no Estado do Rio de Janeiro. Os dados foram coletados por meio de um estudo transversal, que utilizou questionário auto-preenchido no ambiente de trabalho. A população alvo foi constituída por funcionários das carreiras administrativa (bancários) e técnica (advogados, médicos e engenheiros), de onde sorteou-se amostra aleatória simples de 1183 funcionários, lotados em dois tipos de dependências do banco: Centros de Processamento de Serviços e Comunicações (CESEC) e órgãos da Direção Geral. Além dos dados coletados por intermédio do questionário, medidas diretas de peso, estatura e pressão arterial foram também tomadas de forma direta, em uma sub-amostra dos respondentes. A distribuição dos principais fatores de risco (fumo; consumo de álcool; sedentarismo; dieta rica em gorduras saturadas, colesterol e sal; sobrepeso/obesidade; hipertensão arterial; hipercolesterolemia) foi investigada segundo sexo, idade e escolaridade. Além disso, padrões típicos de comportamento, caracterizados pela ocorrência simultânea daqueles fatores, foram identificados por meio de técnica multivariada (análise de correspondência). A população estudada apresentou alto nível de escolaridade, já que cerca de 90% chegou a ingressar na universidade, e idade média de 38 anos. Os bancários reconhecem os principais fatores de risco para as doenças do coração. Mesmo assim, as prevalências estimadas são compatíveis com aquelas relatadas em outros grupos populacionais, chamando atenção, entre os bancários, a grande proporção de homens que apresentaram sobrepeso/obesidade e consumo de dieta rica em componentes pouco saudáveis. Padrão de aglomeração de hábitos e comportamentos mais saudáveis por um lado, e menos saudáveis por outro, foi identificado, caracterizando grupos com estilos de vida bem definidos. Diferenças importantes no perfil de risco cardiovascular foram observadas entre homens e mulheres, considerando-se hábitos e comportamentos, e também a prevalência de hipertensão, sobrepeso/obesidade e hipercolesterolemia. Assim, os homens constituíram o grupo de maior risco, não só pela maior prevalência da maioria dos fatores, considerados isoladamente, mas também por estarem associados à ocorrência simultânea daqueles fatores, caracterizando estilo de vida menos saudável. Além disso, escolaridade e idade também discriminaram grupos de risco.Os resultados sugerem ainda a inadequação do controle de hipertensão arterial, já que o diagnóstico dessa condição não parece determinar mudanças de comportamento, nem a adoção de tratamento específico pelo conjunto dos hipertensos (apenas 50% encontram-se em tratamento). Aspectos relativos à validade e confiabilidade dos dados são discutidos, bem como determinantes coletivos e individuais de estilos de vida distintos e de mudanças de comportamento na população. Ações que integrem Programa de Promoção da Saúde no Ambiente de Trabalho são sugeridas, apontando importante área de atuação para profissionais de Saúde Pública no Brasil. / This thesis is part of the \"Study on health conditions among Bank of Brazil employees\", sponsored by the employees\' social care and pension funds (CASSI and PREVI), which purpose was to establish a technical basis for the reformulation of health care provided to the bank employees. We investigated distribution of the main risk factors for cardiovascular disease and their simultaneous occurrence among active employees in the State ofRio de Janeiro. Data were gathered through a cross-sectional study utilizing a self-applied questionnaire filled out at the workplace. The target population consisted of Bank of Brazil employees from both administrative careers (i.e., bank workers proper) and professional careers (attomeys, physicians, and engineers), from which we drew a simple random sample of 1183 employees, allocated at two types of bank facilities: the Services and Communication Processing Centers (CESEC) and departaments under the General Administration. Direct measurements of weight, height, and arterial blood pressure were also performed in a sub-sample of respondents. Distribution of the main risk factors was investigated by gender, age, and level of education. In addition, typical behavior patterns, characterized by the simultaneous occurrence of such factors, were identified using a multivariate technique (analysis of correspondence). The population we studied had a high level of education, given that some 90% had at least commenced university sudies.Mean age was 38 years. The bank employees were familiar with the main risk factors for heart disease. Even so, estimated prevalences were similar to those reported for other population groups: smoking: 31,1%; daily alcohol consumption: 10%; sedentarism: 57,4%; diet rich in saturated fats, cholesterol, and salt: 18,6%; overweight/obesity: 34,7%; high blood pressure: 18,4%; and hypercholesterolemia: 24,6%. We identified a pattem of clustering of healthier habits and behaviors on one side and less healthy ones on the other, thus characterizing groups with well-defined life-styles. Important differences were observed between the respective cardiovascular risk profile for men and women: men constituted a higher risk group, not only because of the higher prevalence of the majority of the factors considered separately, but also because simultaneous occurrence of factors was associated with them. In addition to gender, education and age also distinguished risk groups. In addition, results suggest that high blood pressure control is inadequate, since diagnosis of this condition does not appear to lead to either changes in behavior or the adoption of specific treatment by hypertensive individuais as a whole (only 50% of whom were under treatment). We discuss aspects pertaining to data validity and reliability, as well as the collective determinants of life-style and behavior changes in population groups. We suggest measures to be included in health promotion programs at the workplace, identifying an important area for action by public heath professionals in Brazil.
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Perfil de risco cardiovascular de funcionários de banco estatal / Not availableDóra Chor 27 May 1997 (has links)
Esta tese faz parte do \"Estudo das Condições de Saúde dos Funcionários do Banco do Brasil\", patrocinado pelas Caixas de Assistência e de Previdência dos Funcionários (CASSI e PREVI), tendo em vista a reformulação do conjunto da assistência à saúde oferecida aos bancários. Neste trabalho, investigamos a distribuição dos principais fatores de risco para doenças cardiovasculares, bem como a existência de padrões de hábitos e comportamentos, por meio da estimativa de prevalências e do estudo da ocorrência simultânea dos fatores de risco entre os funcionários ativos no Estado do Rio de Janeiro. Os dados foram coletados por meio de um estudo transversal, que utilizou questionário auto-preenchido no ambiente de trabalho. A população alvo foi constituída por funcionários das carreiras administrativa (bancários) e técnica (advogados, médicos e engenheiros), de onde sorteou-se amostra aleatória simples de 1183 funcionários, lotados em dois tipos de dependências do banco: Centros de Processamento de Serviços e Comunicações (CESEC) e órgãos da Direção Geral. Além dos dados coletados por intermédio do questionário, medidas diretas de peso, estatura e pressão arterial foram também tomadas de forma direta, em uma sub-amostra dos respondentes. A distribuição dos principais fatores de risco (fumo; consumo de álcool; sedentarismo; dieta rica em gorduras saturadas, colesterol e sal; sobrepeso/obesidade; hipertensão arterial; hipercolesterolemia) foi investigada segundo sexo, idade e escolaridade. Além disso, padrões típicos de comportamento, caracterizados pela ocorrência simultânea daqueles fatores, foram identificados por meio de técnica multivariada (análise de correspondência). A população estudada apresentou alto nível de escolaridade, já que cerca de 90% chegou a ingressar na universidade, e idade média de 38 anos. Os bancários reconhecem os principais fatores de risco para as doenças do coração. Mesmo assim, as prevalências estimadas são compatíveis com aquelas relatadas em outros grupos populacionais, chamando atenção, entre os bancários, a grande proporção de homens que apresentaram sobrepeso/obesidade e consumo de dieta rica em componentes pouco saudáveis. Padrão de aglomeração de hábitos e comportamentos mais saudáveis por um lado, e menos saudáveis por outro, foi identificado, caracterizando grupos com estilos de vida bem definidos. Diferenças importantes no perfil de risco cardiovascular foram observadas entre homens e mulheres, considerando-se hábitos e comportamentos, e também a prevalência de hipertensão, sobrepeso/obesidade e hipercolesterolemia. Assim, os homens constituíram o grupo de maior risco, não só pela maior prevalência da maioria dos fatores, considerados isoladamente, mas também por estarem associados à ocorrência simultânea daqueles fatores, caracterizando estilo de vida menos saudável. Além disso, escolaridade e idade também discriminaram grupos de risco.Os resultados sugerem ainda a inadequação do controle de hipertensão arterial, já que o diagnóstico dessa condição não parece determinar mudanças de comportamento, nem a adoção de tratamento específico pelo conjunto dos hipertensos (apenas 50% encontram-se em tratamento). Aspectos relativos à validade e confiabilidade dos dados são discutidos, bem como determinantes coletivos e individuais de estilos de vida distintos e de mudanças de comportamento na população. Ações que integrem Programa de Promoção da Saúde no Ambiente de Trabalho são sugeridas, apontando importante área de atuação para profissionais de Saúde Pública no Brasil. / This thesis is part of the \"Study on health conditions among Bank of Brazil employees\", sponsored by the employees\' social care and pension funds (CASSI and PREVI), which purpose was to establish a technical basis for the reformulation of health care provided to the bank employees. We investigated distribution of the main risk factors for cardiovascular disease and their simultaneous occurrence among active employees in the State ofRio de Janeiro. Data were gathered through a cross-sectional study utilizing a self-applied questionnaire filled out at the workplace. The target population consisted of Bank of Brazil employees from both administrative careers (i.e., bank workers proper) and professional careers (attomeys, physicians, and engineers), from which we drew a simple random sample of 1183 employees, allocated at two types of bank facilities: the Services and Communication Processing Centers (CESEC) and departaments under the General Administration. Direct measurements of weight, height, and arterial blood pressure were also performed in a sub-sample of respondents. Distribution of the main risk factors was investigated by gender, age, and level of education. In addition, typical behavior patterns, characterized by the simultaneous occurrence of such factors, were identified using a multivariate technique (analysis of correspondence). The population we studied had a high level of education, given that some 90% had at least commenced university sudies.Mean age was 38 years. The bank employees were familiar with the main risk factors for heart disease. Even so, estimated prevalences were similar to those reported for other population groups: smoking: 31,1%; daily alcohol consumption: 10%; sedentarism: 57,4%; diet rich in saturated fats, cholesterol, and salt: 18,6%; overweight/obesity: 34,7%; high blood pressure: 18,4%; and hypercholesterolemia: 24,6%. We identified a pattem of clustering of healthier habits and behaviors on one side and less healthy ones on the other, thus characterizing groups with well-defined life-styles. Important differences were observed between the respective cardiovascular risk profile for men and women: men constituted a higher risk group, not only because of the higher prevalence of the majority of the factors considered separately, but also because simultaneous occurrence of factors was associated with them. In addition to gender, education and age also distinguished risk groups. In addition, results suggest that high blood pressure control is inadequate, since diagnosis of this condition does not appear to lead to either changes in behavior or the adoption of specific treatment by hypertensive individuais as a whole (only 50% of whom were under treatment). We discuss aspects pertaining to data validity and reliability, as well as the collective determinants of life-style and behavior changes in population groups. We suggest measures to be included in health promotion programs at the workplace, identifying an important area for action by public heath professionals in Brazil.
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