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Eolianitos de Fernando de Noronha : processos deposicionais e pós-deposicionaisSANTOS, Caroline Adler Ralho Rodrigues dos January 2002 (has links)
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Previous issue date: 2002 / O Arquipélago de Fernando de Noronha está localizado na Margem Continental Brasileira
e é hoje o que resta do alto de um grande vulcão oceânico extinto, com cerca de 60 km de
diâmetro no topo, e cuja base repousa sobre o assoalho oceânico a uma profundidade
aproximada de 4.000 m. Esta dissertação teve como objetivo principal à reconstituição dos
processos geológicos que deram origem aos biocalcarenitos eólicos do Arquipélago de
Fernando de Noronha. Os locais escolhidos para o desenvolvimento dessa pesquisa foram: a
Ponta das Caracas, Ilhota Chapéu de Sueste e Atalaia por apresentarem depósitos expressivos
de calcarenitos. Os resultados foram obtidos através das análises integradas de observações
de campo, seções delgadas, difratometria de Raios X (DRX), isótopos δ13C e δ18O e datações
C14. As seqüências carbonáticas exibem estruturas sedimentares tipicamente eólicas em todos
os perfis estudados. Estratificações cruzadas de grande porte, ausência de vegetação e clastos
com bom arredondamento e seleção caracterizam esses eolianitos como sendo paleodunas.
Nas seções delgadas os bioclastos marinhos, bem selecionados, dominam amplamente
caracterizando essas rochas, segundo Folk (1962) como bioesparito bem selecionado. A
DRX confirma a exclusiva presença de low Mg-calcite na fração carbonática, ilmenita e
magnetita como principais acessórios, e a não detecção de quartzo. Valores persistentemente
negativos de δO18 e δC13, observados em todos os perfis, apontam processos diagenéticos
tardios conduzidos por influência meteórica vadosa. As idades C14 (rocha total), que se
distribuem entre 42.000 a 22.000 BP, conforme a sucessão estratigráfica, expressam idades
mínimas, por incluírem grãos bioclásticos e a cimentação diagenética mais tardia. O conjunto
de resultados confirma que esses biomicritos correspondem a eolianitos na concepção de
Sayles, ou seja, rochas que foram transportadas e depositadas pelo vento, com características
típicas de paleodunas. A extensa formação de dunas em amplas áreas de antepraia, e a
diagênese em condições supratidais, são compatíveis com a acentuada regressão marinha e
exposição da plataforma insular, durante o Wisconsiniano
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