21 |
Agricultura camponesa no território do agronegócio: um estudo sobre os sem terra de Serra Azul e Ribeirão Preto (SP) / Pastoral agricultural in the agrobusiness territory: a study on rural workers Sem Terra in Serrana and Serra Azul counties (SP)Freitas, Elisa Pinheiro de 25 September 2008 (has links)
Este trabalho trata da formação do assentamento Sepé Tiaraju entre os municípios de Serrana e Serra Azul e dos desdobramentos da luta pela terra na região de Ribeirão Preto. Nesse sentido, o objetivo foi demonstrar a recriação da agricultura camponesa numa área na qual a expansão da agricultura capitalista tornou-se dominante. Entretanto, com a atuação das agências de mediação da luta pela terra, como a FERAESP, MST e MLST, os assentamentos de reforma agrária constituem uma nova forma de uso do território. Esta pesquisa também privilegiou como se deu a construção de uma identidade positiva dos trabalhadores rurais Sem Terra que ao tornarem-se camponeses assentados conquistaram não apenas a terra de trabalho, mas uma identidade marcada pela dignidade e pela consciência dos direitos. Desse modo, as agências de mediação, ao mobilizarem, organizarem e formarem os trabalhadores rurais Sem Terra, favoreceram a superação dos estigmas sociais pelos quais esses trabalhadores eram marcados. Por fim, discutimos os dilemas que a agricultura camponesa enfrenta quando adentra o circuito mercantil e financeiro, ou seja, a sujeição ao capital comercial e financeiro. Desse modo, os camponeses assentados, mesmo com a posse da terra, continuam a enfrentar as imposições do mercado. Mas, a pesquisa mostra que a despeito da sujeição da renda da terra ao capital, os camponeses assentados tem assegurado a reprodução de uma agricultura de caráter camponês na área de agricultura capitalista ou no território do agronegócio. / This research deals with arrangement of Sepé Tiaraju settlement among Serrana and Serra Azul countys and the development of the fight for the land in Ribeirão Preto s region. In this sense, the objective was to demonstrate the pastoral agricultural recreation in a area that the expansion of the capitalist agricultural became dominate. Meanwhile, with the measurement agency performance of the fight for the land as FERAESP, MST and MLST the settlements of the agrarian reform constitute a new form of the territory usage. This research also favoured how was the process of the building of a positive identity of the rural workers sem terra when became rural setted accomplished not only the land for the work, but a identity marked by the dignity and conscience rights. This way, when the measurement agency organized and formed the rural workers sem terra it favoured the social stigma difficulty, that they were market. In short, we discuss the dilemmas that the pastoral agricultural faces when entersides the mercantile and financial circuit, that is, the subjection to the commercial and financial capital. This way, the settled rural, even with the ownership of the land, they continue to face the trade imposition. Yet, the research shows, in spite of, the income subjection from the land to the capital the settled rural have been asserted the reproduction of an agricultural with rural character related to the area of capitalism agricultural or in the agrobusiness territoriy.
|
22 |
Class-based structural violence in BritainJakopovic, Mladen January 2018 (has links)
This thesis identifies and analyses the major patterns of class-based structural violence (based on the differential access to class power) in some of the main areas of social organisation in Britain in the period from 1979 to 2010 (the period of neoliberal consolidation in Britain). It does this by pioneering the empirical operationalisation of a neo-Galtungian concept and typology of structural violence. Additionally, the thesis refines the theoretical lens on structural violence for the primary purpose of improving its ability to reach new insights in the process of the empirical analysis of class-based structural violence. These improvements are to a large extent based on a theoretical and typological synthesis of Galtung’s theory of structural violence with Amartya Sen’s conceptualisation of instrumental freedoms. To avoid a static examination of social structures, my work analyses the dynamics of various forms of structural violence in the analysed period understood as the dialectical interplay of structural and subjective agential factors. The extensive and sustained employment of the concept of class-based structural violence in this thesis through a number of specific case studies contributes to a more integrated understanding of the research problem and verifies the hypothesis about the existence of extensive and systemic class-based structural violence in Britain across several main dimensions of social life. My study also elucidates the character of this structural violence and some of the most prominent causal mechanisms by which it is reproduced. This initial cartography of class-based structural violence in Britain also identifies a number of new research questions in relation to the analysed topic.
|
23 |
The necessity of capitalist crises : theory and evidence from Greece, 2000-2012Patidis, Antonios January 2016 (has links)
No description available.
|
24 |
As contradições do espaço público na cidade de São Paulo: uma abordagem a partir do Minhocão e seus diferentes usos / The contradictions in the public space in the city of São Paulo: an approach from Minhocão and its different usagesOliveira, José Carlos de 18 March 2016 (has links)
Submitted by Filipe dos Santos (fsantos@pucsp.br) on 2016-08-02T13:20:51Z
No. of bitstreams: 1
Jose Carlos de Oliveira.pdf: 1590484 bytes, checksum: da6e5950e039a18d61bf7cfe776b003e (MD5) / Made available in DSpace on 2016-08-02T13:20:51Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Jose Carlos de Oliveira.pdf: 1590484 bytes, checksum: da6e5950e039a18d61bf7cfe776b003e (MD5)
Previous issue date: 2016-03-18 / This essay analyzes the different “appropriations” of Minhocão’s area, built as a road axis to
cars quick circulation and, more recently, appropriated for diverse usages, such as leisure,
mainly. São Paulo’s capitalist urbanization reached its peak in the 70s, mainly with the
market opening to cars industry. Nevertheless, since 1930, the implementation of an urban
management and planning model has produced deep socio-spatial impacts, such as a
fragmented urban web, the irradiation of urban areas to peripheral regions, the public area
privatization, the growth of socio-economic inequalities and spatial segregation. Minhocão,
built from this model, has become an emblematic piece of urban space submission to
highways culture, ideology that justifies the investment of most of public resources in
infrastructure towards individual transportation. By the end of the 80s decade, with the
inauguration of the new capitalism era, there were changes in the production system,
however, the socio-spatial impacts persisted in even more ample scales. In this period, the
ludic “appropriation” of Minhocão on Sundays and holidays started. It reunites a variety of
actors to the enjoyment of cultural events, sports practice and other leisure activities. On one
hand, the ludic “appropriation” enables the public space redemption as a place for social
conviviality and promotes the right to the city. On the other, it can also reproduce the
capitalist city’s demands. In order to develop this main hypothesis, we started from the
critic-dialectic benchmark and empiric research, of ethnographic bias, with Minhocão’s
users during the ludic activities. The authors who supported this analysis of public space and
the contradicting aspects of its different usages, in micro or macro structural scope, share a
common objective: the public space transformation, however resulting from diverse research
fields: architecture and urbanism, philosophy, urban sociology, history and politics. The
result of the theoretical analysis and the empiric research indicate that Minhocão reproduces
the capitalist city’s demands, however, as a place which reunites different groups for ludic
activities, can also promote new “appropriation” ways of the public space and the citizenship
participation in the diverse social actors / Esta dissertação analisa as diferentes “apropriações” do espaço do Minhocão, construído
como eixo viário para a circulação rápida do automóvel e, mais recentemente apropriado
para usos diversos, como o lazer, sobretudo. A urbanização capitalista de São Paulo atingiu
o ápice nos anos 70, sobretudo com a abertura do mercado para as indústrias do setor
automobilístico. Contudo, desde 1930, a implantação de um modelo de planejamento e
gestão urbanas produziu graves impactos socioespaciais, dentre os quais, um tecido urbano
fragmentado, o espraiamento da mancha urbana para regiões periféricas, a privatização do
espaço público, o crescimento das desigualdades socioeconômicas e a segregação espacial.
O Minhocão, construído a partir desse modelo, se tornou uma obra emblemática da
submissão do espaço urbano ao rodoviarismo, ideologia que justifica o investimento de
maior parte dos recursos públicos em infraestrutura voltada para o transporte individual. No
final da década de 80, com a inauguração da nova fase do capitalismo, houve mudanças no
modo de produção, no entanto, os impactos socioespaciais persistiram em escalas cada vez
mais amplas. Nesse período iniciou-se a “apropriação” lúdica do Minhocão aos domingos e
feriados. Ela reúne uma diversidade de atores para o usufruto de eventos culturais, práticas
esportivas e outras atividades de lazer. Se por um lado, a “apropriação” lúdica torna possível
o resgate do espaço público como lugar do convívio social e promove o direito à cidade, por
outro, também pode reproduzir as demandas da cidade capitalista. Para desenvolver essa
hipótese central, partimos do referencial crítico-dialético e da pesquisa empírica, de viés
etnográfico, com os usuários do Minhocão durante as atividades lúdicas. Os autores que
embasaram essa análise do espaço público e os aspectos contraditórios dos seus diferentes
usos, em âmbito micro ou macroestrutural, compartilham um objetivo comum: a
transformação do espaço público, embora oriundos de variados campos de pesquisa:
arquitetura e urbanismo, filosofia, sociologia urbana, história e política. O resultado da
análise teórica e da pesquisa empírica indica que o Minhocão reproduz demandas da cidade
capitalista, todavia, enquanto lugar que reúne diferentes grupos para atividades lúdicas, pode
também promover novas formas de “apropriação” do espaço público e a participação cidadã
de diversos atores sociais
|
25 |
O discurso do analista pode implicar alguma forma de resistência ao discurso capitalista? sobre a dimensão política da psicanálise freudo- lacaniana / The discourse of the analyst imply some form of resistance to the discourse of the capitalist? About the political dimension of the freud-lacanian psychoanalysisDias, Brendali 15 April 2016 (has links)
Submitted by Filipe dos Santos (fsantos@pucsp.br) on 2016-08-17T16:23:51Z
No. of bitstreams: 1
Brendali Dias.pdf: 1321857 bytes, checksum: cac3295c6bf4b3985d4047c8ebb3228c (MD5) / Made available in DSpace on 2016-08-17T16:23:51Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Brendali Dias.pdf: 1321857 bytes, checksum: cac3295c6bf4b3985d4047c8ebb3228c (MD5)
Previous issue date: 2016-04-15 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / The objective of this project was to think the political dimension of the freud-lacanian psychoanalysis, checking the possibility of the discourse of the analyst implying some form ofresistance to the discourse of the capitalist. The research was done through a study of the Freud-lacanian theory. Freud, in “Civilization and its Discontents”, claimed that the social bond was the main source of men’s suffering and that the conflict in the bond was impossible to be eliminated. In agreement with Freud, Lacan writes the XVII Seminar, “The other side of psychoanalysis”, formalizing 4 discourses as forms of social bond, namely: discourse of the master, discourse of the hysteric, discourse of the analyst and discourse of the university, as devices which present the forms of the subject’s enjoyment on the bond, always followed by an impossible of not being able to be completely fulfilled and of an impotence of relationship with the truth proposed by the discourses. Posteriorly, Lacan (1972, unpublished) delivers +1 discourse, discourse of the capitalist, proposed as the one which breaks the social bonds and puts the subject in a short circuit of enjoyment for the consumption of objects. Lacan used yet Marx political economy theory to think the capitalism in the contemporary society. To defend that the discourse of the analyst may imply some form of resistance to the discourse of the capitalist, we indicated the discourse of the hysteric, that by questioning the system through its symptom, and by meeting an analyst who replies from the place of object a, it is possible to promote a margin of freedom in relation to its structural alienation, which has its political dimension in the clinic, given that the subject of psychoanalysis is political. To think such possibility out of the clinic, we indicated the collective logic theory suggested by Lacan in his text about the logical time, as a possibility to promote a margin of freedom for the subject in the social bond, therefore a counterpoint in relation to the elimination of conflicts in the society pursued by the discourse of the capitalist. Our issue keeps changed: would the discourse of the analyst make a collective logic possible, which would imply some form of resistance to the discourse of the capitalist? / O objetivo deste trabalho foi pensar a dimensão política da psicanálise freudo-lacaniana, verificando a possibilidade de que o discurso do analista implicar alguma forma de resistência ao discurso capitalista. A pesquisa se deu a partir de um estudo da teoria freudo-lacaniana. Freud, em “O mal-estar na cultura”, afirmou que o laço social era a principal fonte de sofrimento dos homens e que o conflito no laço era impossível de ser eliminado. Concordando com Freud, Lacan escreve o seminário XVII, “O avesso da psicanálise”, formalizando 4 discursos como formas de laço social, a saber: discurso do mestre, discurso da histérica, discurso do analista e discurso universitário, como dispositivos que apresentam os modos de gozo do sujeito no laço, sempre acompanhados de um impossível de não poderem se realizar plenamente e de uma impotência de relação com a verdade proposta pelos discursos. Posteriormente Lacan (1972, inédito) profere +1 discurso, o discurso capitalista, proposto como aquele que rompe com os laços sociais e coloca o sujeito em um curto-circuito de gozo pelo consumo de objetos. Lacan utilizou ainda a teoria da economia política de Marx para refletir sobre o capitalismo na sociedade contemporânea. Para defender que o discurso do analista possa implicar alguma forma de resistência ao discurso capitalista, apontamos o discurso da histérica, que ao questionar o sistema por meio de seu sintoma, e ao encontrar um analista que lhe responda do lugar de objeto a, é possível promover uma margem de liberdade em relação à sua alienação estrutural, o que tem sua dimensão política no consultório, dado que o sujeito da psicanálise é político. Para pensar tal possibilidade fora do consultório, apontamos a teoria da lógica coletiva indicada por Lacan em seu texto sobre o tempo lógico, como possibilidade de promover uma margem de liberdade para o sujeito no laço social, portanto um contraponto em relação à busca de eliminação dos conflitos da sociedade buscada pelo discurso capitalista. Após este trabalho, nossa questão persiste, porém reformulada: o discurso do analista poderia possibilitaria uma lógica coletiva que implicasse alguma forma de resistência ao discurso capitalista?
|
26 |
A proliferação do transtorno bipolar como paradigma do discurso capitalista / The proliferation of bipolar disorder as a paradigm of capitalist discourseMorais, Jamile Luz 07 April 2017 (has links)
Submitted by Filipe dos Santos (fsantos@pucsp.br) on 2017-04-19T12:01:46Z
No. of bitstreams: 1
Jamile Luz Morais.pdf: 2252268 bytes, checksum: 5cb0517617fa94617de137bd01a0aaab (MD5) / Made available in DSpace on 2017-04-19T12:01:46Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Jamile Luz Morais.pdf: 2252268 bytes, checksum: 5cb0517617fa94617de137bd01a0aaab (MD5)
Previous issue date: 2017-04-07 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / This thesis main objective was to understand, from the Lacanian psychoanalytic perspective,
the instrumental use of the bond in the capitalist discourse, taking as a reference the
proliferation of subjects that, according to the Diagnostic and Statistical Manual of Mental
Disorders (DSM), fall into the category that encompasses the Bipolar Affective Disorder. We
seek to build a critique around the diagnostic reason that supports and determines not only the
diagnosis of the disorder, but also its increasing trivialization. We start from the idea that the
popular discourse in the DSM, in its copulation with the capital, tries to frame the bond
foreclosing the subject of desire, thus taking away from them the mere possibility of building
a knowledge about their own uneasiness. We conceive the phenomenon of the proliferation of
the bipolar disorder diagnostic as a fact in the social field that has impacts on the subject of
desire and on the bonds they establish, working with the idea that the said propagation can be
understood as a paradigm of the capitalist discourse. We discuss how the bipolar signifier,
taken from the pseudoscientific discourse, arises as one of the masks of the subject's suffering
in society and how the multiplication of that disorder disguises the scission between subject
($) and knowledge (S2) in the capitalist discourse. The present thesis aimed, above all, to
restore not only the importance of the psychiatric clinic in the treatment of what is now called
"mental disorders" (especially bipolar disorder), but also how psychoanalysis, addressed to
the subject of desire (subject of the unconscious), stands in the context of a discourse
dominated by the logic of the DSM. We understand that the diagnosis in psychiatry should be
seen as an instrument rather than a goal, lest it will serve as a specialty in the service of
standardization and capital, labeling subjects who escape a presumably well-established rule,
more than actually work to reinsert these subjects into society / Esta tese teve como objetivo central compreender, a partir da perspectiva psicanalítica
lacaniana, o aparelhamento do laço no discurso capitalista, tomando como referência a
proliferação de sujeitos que, conforme o Manual Diagnóstico e Estatístico dos Transtornos
Mentais (DSM) são enquadrados na categoria que engloba o Transtorno Afetivo Bipolar
(TAB). Buscamos tecer uma crítica em torno da razão diagnóstica que sustenta e determina
não só o diagnóstico do transtorno, mas também sua crescente banalização. Partimos da ideia
segundo a qual o discurso em voga no DSM, em sua copulação com o capital, tenta forjar um
enquadramento de laço que foraclui o sujeito do desejo, expropriando-o, assim, da
possibilidade de construir um saber acerca do seu próprio mal-estar. Concebemos o fenômeno
da proliferação diagnóstica em torno do TAB como um fato no campo do social que, por
assim dizer, acarreta impactos sobre o sujeito do desejo e nos laços que estabelece,
trabalhando com a tese de que a dita propagação pode ser entendida como um paradigma do
discurso capitalista. Discutimos como o significante bipolar, tomado do discurso
pseudocientífico, surge como uma das máscaras do sofrimento do sujeito na sociedade e como
a multiplicação do referido transtorno mascara a cisão produzida entre o sujeito ($) e o saber
(S2) no discurso capitalista. A presente tese visou, antes de tudo, restituir não só a
importância da clínica psiquiátrica no tratamento do que hoje se chama “os transtornos
mentais” (especialmente em relação ao transtorno bipolar), mas também como a psicanálise,
dirigida ao sujeito do desejo (sujeito do inconsciente), insere-se nesse contexto, de um
discurso dominado pela lógica do DSM. Entendemos que o diagnóstico em psiquiatria deve
ser visto como um instrumento e não como uma meta, pois, se assim for, ele servirá mais
como uma especialidade serva de uma normalização e do capital, rotulando sujeitos que
fogem a uma regra pretensamente bem estabelecida, do que trabalhando a favor de (re)inserir
esses sujeitos na sociedade
|
27 |
Sobre a dominação e a emancipação na teoria crítica de Herbert Marcuse / About domination and emancipation in critical theory by Herbert MarcuseKlein, Stefan Fornos 22 September 2006 (has links)
Esta dissertação apresenta quatro textos de Herbert Marcuse, inéditos na língua portuguesa. Para introduzi-los, desenvolvo uma exposição acerca do modo como o autor, em sua teoria crítica da sociedade, aborda as questões da dominação e da emancipação. Em uma breve introdução ao percurso intelectual de Marcuse, aponto as principais questões a permear o seu pensamento, com destaque para sua postura crítica face ao debate do marxismo como teoria social e como prática política, presente em toda a sua obra. No item seguinte, exponho a análise dos principais sentidos sociais e culturais que caracterizam o avanço da racionalidade e da civilização tecnológicas, fundamentais para compreender o diagnóstico de Marcuse sobre a lógica da dominação no capitalismo organizado. Em seguida, contextualizo, sucintamente, a institucionalização do ensino e da pesquisa acadêmicas nos Estados Unidos e os processos correlatos de especialização das disciplinas científicas e de profissionalização do trabalho intelectual. Por fim, trato da questão dos sujeitos da emancipação, na interpretação de Marcuse, face à prática política dos movimentos contraculturais que emergiram durante os anos 1960, indicando algumas tensões presentes em suas posições e enfatizando a importância da teoria para a transformação social, que se expressa em seu conceito de educação \"política\" ou \"crítica\". Após essa exposição segue, em ordem cronológica, a tradução dos textos de Marcuse: uma entrevista ao periódico Pardon, realizada em 1968; uma entrevista ao semanário Der Spiegel, de 1969; uma conversa acadêmica com Hans Magnus Enzensberger, de 1970; e uma palestra, realizada em Frankfurt, em 1979. Os textos abordam, centralmente, duas questões candentes do debate da esquerda da época: as possibilidades da revolta contra a civilização tecnológica e de sua transformação radical. / This dissertation presents four texts by Herbert Marcuse, not yet translated into the portuguese language. To introduce them, I develop an exposition concerning the way in which the author, in his critical theory of society, approaches the questions of domination and emancipation. In a brief introduction to Marcuse\'s intellectual course of life, I point out the central questions which permeate his thinking, punctuating his critical stand in face of the debate of Marxism as social theory and as political practice, present throughout his whole work. In the next item, I expose the analysis of the main social and cultural meanings which characterize the advancement of technological rationality and civilization, fundamental to understand Marcuse\'s diagnosis about the domination logic of organized capitalism. Afterwards I contextualize, succinctly, the institutionalization of academic teaching and research in the United States and the correlative processes of specialization of scientific disciplines and professionalization of intellectual work. At last, I deal with the question of the subjects of the emancipation, in Marcuse\'s interpretation, in face of the political practice of the countercultural movements which emerged during the 1960s, pointing out some existing tensions in his positions and emphasizing the importance of theory for social transformation, which his concept of \"political\" or \"critical\" education expresses. After this exposition follows, in chronological order, the translation of Marcuse\'s texts: an interview to the magazine Pardon, which took place in 1968; an interview to the weekly Der Spiegel, of 1969; an academic conversation with Hans Magnus Enzensberger, of 1970; and a speech, given in Frankfurt, in 1979. The texts approach, centrally, two blazing questions of the leftist debate of the time: the possibilities of the revolt against the technological civilization and its radical transformation.
|
28 |
A educaÃÃo profissional destinada à juventude trabalhadora no governo Lula: anÃlise do Programa Projovem Trabalhador no Cearà / The professional education aimed at young workers in the Lula government: analysis Projovem Worker Program in CearÃGilson de Sousa Oliveira 10 April 2012 (has links)
Conselho Nacional de Desenvolvimento CientÃfico e TecnolÃgico / A emergÃncia da crise estrutural do capital promove no nÃvel planetÃrio uma sÃrie de mudanÃas que atinge de modo especial o mundo do trabalho e da produÃÃo, com graves consequÃncias para à classe trabalhadora. Desde entÃo, os trabalhadores passaram a conviver, com o um ânovoâ fenÃmeno: o desemprego. Esse, por sua vez, contribuiu para o aumento da pobreza e a segregaÃÃo social desses sujeitos. A juventude trabalhadora, sobretudo Ãquela dos paÃses perifÃricos, a exemplo do Brasil à a mais prejudicada com o surgimento desse fenÃmeno. Para a classe dominante, o desemprego de jovens trabalhadores està relacionado com a baixa escolaridade, falta de qualificaÃÃo e pouca experiÃncia profissional, fatores que justificam, inclusive, a adoÃÃo de programas e projetos de educaÃÃo e formaÃÃo profissional, a exemplo do Programa Projovem Trabalhador â Juventude CidadÃ. O objetivo deste trabalho à identificar as concepÃÃes que orientam a qualificaÃÃo profissional do referido Programa a fim de perceber seus limites e possibilidades para a inserÃÃo dos jovens no mercado de trabalho. Sob a luz do materialismo histÃrico-dialÃtico, o estudo procura discutir e desnudar a suposta relaÃÃo existente entre desemprego e baixa escolaridade, qualificaÃÃo profissional de jovens trabalhadores no Brasil e por fim, conclui que o referido Programa, assim como muitas aÃÃes voltadas para minimizar os altos Ãndices de desemprego entre os jovens das classes populares durante o octanato do governo Lula da Silva, alÃm de nÃo ter assegurado uma formaÃÃo profissional de qualidade, nÃo garantiu, tambÃm, a inserÃÃo dos cursistas no mercado formal de trabalho. Nesse sentido, a formaÃÃo e a inserÃÃo no mercado formal de trabalho, ainda continuam sendo bandeiras de lutas dos trabalhadores.
|
29 |
Sobre a dominação e a emancipação na teoria crítica de Herbert Marcuse / About domination and emancipation in critical theory by Herbert MarcuseStefan Fornos Klein 22 September 2006 (has links)
Esta dissertação apresenta quatro textos de Herbert Marcuse, inéditos na língua portuguesa. Para introduzi-los, desenvolvo uma exposição acerca do modo como o autor, em sua teoria crítica da sociedade, aborda as questões da dominação e da emancipação. Em uma breve introdução ao percurso intelectual de Marcuse, aponto as principais questões a permear o seu pensamento, com destaque para sua postura crítica face ao debate do marxismo como teoria social e como prática política, presente em toda a sua obra. No item seguinte, exponho a análise dos principais sentidos sociais e culturais que caracterizam o avanço da racionalidade e da civilização tecnológicas, fundamentais para compreender o diagnóstico de Marcuse sobre a lógica da dominação no capitalismo organizado. Em seguida, contextualizo, sucintamente, a institucionalização do ensino e da pesquisa acadêmicas nos Estados Unidos e os processos correlatos de especialização das disciplinas científicas e de profissionalização do trabalho intelectual. Por fim, trato da questão dos sujeitos da emancipação, na interpretação de Marcuse, face à prática política dos movimentos contraculturais que emergiram durante os anos 1960, indicando algumas tensões presentes em suas posições e enfatizando a importância da teoria para a transformação social, que se expressa em seu conceito de educação \"política\" ou \"crítica\". Após essa exposição segue, em ordem cronológica, a tradução dos textos de Marcuse: uma entrevista ao periódico Pardon, realizada em 1968; uma entrevista ao semanário Der Spiegel, de 1969; uma conversa acadêmica com Hans Magnus Enzensberger, de 1970; e uma palestra, realizada em Frankfurt, em 1979. Os textos abordam, centralmente, duas questões candentes do debate da esquerda da época: as possibilidades da revolta contra a civilização tecnológica e de sua transformação radical. / This dissertation presents four texts by Herbert Marcuse, not yet translated into the portuguese language. To introduce them, I develop an exposition concerning the way in which the author, in his critical theory of society, approaches the questions of domination and emancipation. In a brief introduction to Marcuse\'s intellectual course of life, I point out the central questions which permeate his thinking, punctuating his critical stand in face of the debate of Marxism as social theory and as political practice, present throughout his whole work. In the next item, I expose the analysis of the main social and cultural meanings which characterize the advancement of technological rationality and civilization, fundamental to understand Marcuse\'s diagnosis about the domination logic of organized capitalism. Afterwards I contextualize, succinctly, the institutionalization of academic teaching and research in the United States and the correlative processes of specialization of scientific disciplines and professionalization of intellectual work. At last, I deal with the question of the subjects of the emancipation, in Marcuse\'s interpretation, in face of the political practice of the countercultural movements which emerged during the 1960s, pointing out some existing tensions in his positions and emphasizing the importance of theory for social transformation, which his concept of \"political\" or \"critical\" education expresses. After this exposition follows, in chronological order, the translation of Marcuse\'s texts: an interview to the magazine Pardon, which took place in 1968; an interview to the weekly Der Spiegel, of 1969; an academic conversation with Hans Magnus Enzensberger, of 1970; and a speech, given in Frankfurt, in 1979. The texts approach, centrally, two blazing questions of the leftist debate of the time: the possibilities of the revolt against the technological civilization and its radical transformation.
|
30 |
Estado e desenvolvimento na Amaz?nia: a inclus?o amaz?nica na reprodu??o capitalista brasileira. / State and developmente in the Amaz?nia: the Amazonian inclusion in the Brazilian capitalist reproduction.Marques, Gilberto de Souza 19 December 2007 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-28T20:13:48Z (GMT). No. of bitstreams: 1
2007 - Gilberto de Souza Marques01.pdf: 6936487 bytes, checksum: da6af1b8e12aaf5b615c8d3b2acd96b5 (MD5)
Previous issue date: 2007-12-19 / Coordena??o de Aperfei?oamento de Pessoal de N?vel Superior / Amaz?nia experienced a crisis in its economy caused by the decadence in the production of
rubber occured from 1911. The federal government actions concerning the Amaz?nia region
remained modestly until the 50 s. From this decade the government actions began to change
and to be intensified in the 60 s and, mainly, in the 70 s with the military governments. Thus,
a national project was constituted reaching Amaz?nia as a producer of natural products,
mainly minerals, aiming the international consumption. Once the big projects were done, the
important decisions concerning the regional development were arranged outside the region, in
the brazilian State association, great private national capital and mutinational capital. In this
way, the questions for the necessities of the brazilian capitalist accumulation were answered.
During this process, Sudam and the regional bourgeoisie were displaced from the the center of
the decisions concerning Amaz?nia, being at the edge of the process. Thus, differently from
the common idea, we do not believe that we should look for a crisis of the model of
development and planning of the Amaz?nia, and so for Sudam, only in the 80 s and 90 s. The
reasons that are capable to explain the situation can be found mainly in the national project
defined for Amaz?nia during the earlier decades, particularly in the 70 s. The insertion of
Amaz?nia in the brazilian capitalist development represented a project, above others reasons,
aiming the capital and, regarding several aspects, in a more conservative way than the way
known as conservative national modernization. / A Amaz?nia viveu uma crise em sua economia desde que a produ??o de borracha entrou em
decad?ncia a partir de 1911. As a??es estatais federais em rela??o ? regi?o se mantiveram em
propor??es modestas at? os anos 1950. Desta d?cada em diante a a??o estatal come?a a mudar
e ? intensificada na d?cada de 1960 e, principalmente, nos anos 1970 com os governos
militares. Constituiu-se, ent?o, um projeto nacional para a Amaz?nia que a colocou como
produtora de produtos naturais, destacadamente minerais e voltados para o mercado
internacional. Com os grandes projetos as decis?es importantes sobre o desenvolvimento
regional foram tomadas fora da regi?o, na associa??o Estado brasileiro, grande capital privado
nacional e capital multinacional. Respondia-se assim ?s necessidades da acumula??o
capitalista brasileira. Neste processo a Sudam e a burguesia regional foram deslocadas do
centro de decis?es sobre a Amaz?nia, ficando ? margem do mesmo. Assim, diferentemente da
id?ia comum, n?o acreditamos que devamos buscar a crise do modelo de desenvolvimento e
planejamento amaz?nico e da pr?pria Sudam somente nos anos 1980-1990. Suas raz?es
explicativas est?o assentadas principalmente no projeto nacional definido para a Amaz?nia
nas d?cadas anteriores, particularmente nos anos 1970. A inser??o amaz?nica no
desenvolvimento capitalista brasileiro representou um projeto, antes de tudo, voltado para o
capital e, em muitos aspectos, apresentou uma face mais conservadora que a chamada
moderniza??o conservadora nacional.
|
Page generated in 0.0774 seconds