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Dano eleitoral: an??lise econ??mica da responsabiliza????o por dano moral coletivo do governante cassadoAndrade, Thiago Lemos de 23 November 2016 (has links)
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Previous issue date: 2016-11-23 / This work investigates, from an economic perspective, the liability for collective nonpecuniary
damages of rulers whose elective mandates are revoked by virtue of committing
electoral offense. Underlying the constitutional and legal rules that commands repetition of
elections in the event of vacancy in the elected office, there can be seen a trade-off between
collective wealth and political representation. Based in these parameters, it is possible to build
up a function to assess the deficit of social welfare caused by illegitimately elected candidates
taking office and exercising the mandates. This deficit, which corresponds to the economic
definition of damages, despite sometimes having a pecuniary component - given the expenses
necessary to repeat the elections -, always has a non-pecuniary element, consisting precisely
in the partial or total frustration of the political preference for direct democratic
representation. As civil liability only fulfills its internalization function in that it promotes
perfect compensation, damages payable by the illegitimate officials must encompass a portion
to compensate society for that non-pecuniary damages. Moreover, as the collective nonpecuniary
damages in discussion, unlike the material damages, has not a fixed amount, but
escalates during the time in which the illegitimate officials hold the power - or prevent
legitimate ones to hold it -, the compensation also increases due to time. This makes the
liability for non-pecuniary damages to have a deterrent effect over purely procrastinatory
behavior by defendants in mandate revocation lawsuits. Procrastinatory behavior that, under a
regime of civil liability limited to pecuniary damages, is a strongly dominant strategy. / Este trabalho investiga, sob uma perspectiva econ??mica, a possibilidade de
responsabilizarem-se por dano moral coletivo os governantes cujos mandatos sejam cassados
por cometimento de infra????o eleitoral. Subjacente ??s normas constitucionais e legais que
disciplinam a repeti????o de elei????es em caso de vac??ncia nos cargos eletivos majorit??rios,
vislumbra-se um trade-off entre riqueza coletiva e representa????o pol??tica. A partir de tais
par??metros, constr??i-se uma fun????o capaz de captar o d??ficit de bem-estar social provocado
pelo exerc??cio de mandatos por governantes ilegitimamente eleitos. Esse d??ficit, o equivalente
econ??mico do dano, malgrado possa eventualmente ter um componente patrimonial ??? dados
os vultosos gastos em que o Estado incorre para repetir o pleito ???, sempre tem um elemento
n??o pecuni??rio, consistente justamente na frustra????o parcial ou total da prefer??ncia pol??tica
por representa????o democr??tica direta. Como a responsabilidade civil, enquanto instrumento
jur??dico de internaliza????o dos custos externos de atividades consideradas nocivas, s?? cumpre
sua fun????o na medida em que promove perfect compensation, a indeniza????o devida pelo
governante infrator precisa compreender uma parcela destinada a compensar a sociedade pelo
dano extrapatrimonial (ou moral) por ela experimentado. De resto, como o dano moral
coletivo em quest??o, diferentemente do dano material, n??o ?? fixo, agravando-se
proporcionalmente ao tempo em que o governante ocupa ilegitimamente o poder ??? ou impede
que um governante leg??timo o ocupe ???, a indeniza????o tamb??m aumenta em fun????o desse
tempo. Isso faz com que a responsabiliza????o investigada tenha potencial dissuas??rio
relativamente a comportamentos processuais puramente procrastinat??rios por parte de
governantes infratores sujeitos a a????es judiciais de cassa????o de mandato. Comportamentos
procrastinat??rios que, sob um regime de responsabilidade civil limitada ao dano material,
configura estrat??gia fortemente dominante.
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