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Contigência e imaginação em Blaise Pascal

Martins, Andrei Venturini 09 August 2006 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-25T19:20:42Z (GMT). No. of bitstreams: 1 ANDREI VENTURINI MARTINS.pdf: 2454937 bytes, checksum: 904d296ca6e5a924a4227c42ecb0c5a9 (MD5) Previous issue date: 2006-08-09 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / In this study we will try to corroborate the general hypothesis that we support, which says that the Adamic sin launches all humanity in a contingency state, which is, however, verified by the effects of the imagination. In the first chapter our concern is historical and, for this reason, we will initiate investigating the beginning of the controversy about the grace in the middle of century V. Saint Augustine will be our object of inquiry: we will deal with some mannering and literal changes of the bishop of Hipona in function of his conversion to the Christianism and his conception of the free will in the discussion with the Manicheans. Later, we will discern the concepts of the original sin and free will in Pelagio and Saint Augustine, in such a way to perceive how the Augustinian conception of the free will changes according to the different contexts that the doctor of grace is inserted. After that we will have a historical jump and will analyze the sprouting of the Jansenism, trying to identify how the discussion about the grace is retaken by the end of century XVI and during century XVII, for soon after that, point out Blaise Pascal, our object of study in this theological complaint, as well as the emergent philosophical quarrel in century XVII. In the second chapter we will analyze in a deeper way the theological aspect of Pascal s work, what will make possible to us to describe the human condition before and after the Adamic sin and to perceive the consequences of the sin for all humanity. One of them is the contingency, characterized by the lack of discernment between the truth and the falseness, so that the human knowledge of the world and about himself is immersed in the contingency, which would, however, reveal in a special way in the imagination, deceitful power that is not a mark of the truth nor of the falseness. Thus we will initiate our third and last chapter, in which we will punctuate the effects of the functioning imagination and will perceive that the reason, joined intrinsically to the imagination, when doing its job discloses the contingency. However, Pascal enhances that some experts in imagination make use of this power to persuade, to construct concepts, to produce laws and to keep the public space reasonably organized. That s the way we understand that the Adamic sin atavistically transmitted to all humanity causes the contingency that manifests itself in the effects of the deceitful power of the imagination / Neste trabalho procuraremos corroborar a hipótese geral que sustentamos, a saber, que o pecado adâmico lança toda humanidade em um estado de contingência, este porém, é verificado pelos efeitos da imaginação. No primeiro capítulo nossa preocupação é histórica e, por este motivo, iniciaremos investigando a raiz da polêmica sobre a graça em meados do século V. Santo Agostinho será nosso objeto de investigação: trataremos de algumas mudanças comportamentais e textuais do bispo de Hipona em função da sua conversão ao cristianismo e a sua concepção de livre arbítrio na discussão com os maniqueus. Depois, trataremos de discernir os conceitos de pecado original e livre arbítrio em Pelágio e Santo Agostinho, de modo que perceberemos como a concepção agostiniana de livre arbítrio muda em função dos diferentes contextos que o doutor da graça esta inserido. Em seguida daremos um salto histórico e analisaremos o surgimento do jansenismo, tentando identificar como a discussão sobre a graça é retomada no fim do século XVI e no século XVII, para logo em seguida situar Blaise Pascal, nosso objeto de estudo nesta querela teológica, assim como a discussão filosófica emergente no século XVII. No segundo capítulo analisaremos de maneira mais aprofundada o aspecto teológico da obra de Pascal, o que nos possibilitará descrever a condição humana antes e depois do pecado adâmico e perceber as conseqüências do pecado para toda humanidade. Uma delas é a contingência, caracterizada pela falta de discernimento entre a verdade e a falsidade, de modo que o conhecimento humano do mundo e de si está imerso na contingência, esta porém, manifestar-se-ia de maneira especial na imaginação, potência enganosa que não é marca da verdade nem da falsidade. Assim iniciaremos nosso terceiro e último capítulo, no qual pontuaremos os efeitos da imaginação em funcionamento e perceberemos que a razão, unida de maneira intrínseca à imaginação, ao realizar seu trabalho revela a contingência. Todavia, Pascal destaca que alguns versados em imaginação usam desta potência para persuadir, construir conceitos, produzir leis e manter o espaço público razoavelmente organizado. É desta maneira que entendemos que o pecado adâmico transmitido atavicamente a toda humanidade causa a contingência que se manifesta nos efeitos da potência enganosa da imaginação

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