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Fabrico de vigas compostasSantos, Albino José de Almeida January 2009 (has links)
Estágio realizado na Martifer - Construções Metalomecânicas, S.A. e orientado pelo Eng.º Pedro Duarte / Tese de mestrado integrado. Engenharia Mecânica. Faculdade de Engenharia. Universidade do Porto. 2009
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Preenchimento de cavidades provenientes de remoção de trinca em turbinas hidráulicas por meio do processo GMAW-PLázaro Plata, José Luis 13 May 2016 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Tecnologia, Departamento de Engenharia Mecânica, 2016. / Submitted by Fernanda Percia França (fernandafranca@bce.unb.br) on 2016-06-24T16:53:11Z
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2016_JoséLuisLázaroPlata.pdf: 23585258 bytes, checksum: 52df83be985d83e09983d0ecc5d5c575 (MD5) / Este trabalho apresenta um estudo sobre a estratégia de planejamento de deposição dos cordões de solda, a fim de permitir a utilização de soldagem robotizada para a tarefa de preenchimento da cavidade resultante da remoção de uma trinca. Portanto, quando se pensa em definir a estratégia necessária e a distribuição dos cordões de solda para o preenchimento da cavidade mediante o processo robotizado, surgem alguns problemas relacionados com a dependência da geometria da seção transversal do cordão em relação aos parâmetros e à posição de soldagem. Tal geometria influencia fortemente o número de cordões formadores de uma camada, assim como o número de camadas necessárias, tendo em conta que o processo de preenchimento é efetuado em camadas. Neste caso, o primeiro problema a ser enfrentado é a definição da distância entre os cordões laterais necessários para depositar uma camada de solda plana. O segundo problema é a altura da camada que resulta da distância selecionada entre os cordões paralelos dentro de uma camada. Nesse contexto, o presente trabalho aborda os dois problemas citados anteriormente através do desenvolvimento de um modelo estatístico que pode mapear as variações da seção geométrica do cordão em função dos parâmetros de soldagem no processo GMAW pulsado. A seguir, esta metodologia define a estratégia para determinar a trajetória dos cordões de solda de cada camada com a finalidade de realizar a avaliação geométrica da recuperação e qualidade do preenchimento. Resultados práticos do ponto de vista geométrico da estratégia de preenchimento, aplicada a uma cavidade semelhante àquela resultante da remoção de uma trinca passante, são apresentados com o objetivo de validar a metodologia proposta. _______________________________________________________________________________________________ ABSTRACT / This work presents a study on the bead deposition planning strategy in order to allow the use of robotic welding on the task of filling the crack removal cavity. Therefore, when thinking about defining the necessary sequence and the distribution of weld beads to fill the cavity with metal, such that the deposition process can be robotized, some problems arise related to the bead section geometry dependence on the welding parameters and on the welding position. Such geometry will strongly influence the number of layers of weld beads needed, considering that the filling process is carried out in layers. In this case, the first problem to be faced is the definition of the distance between parallel beads necessary for the deposition of a flat weld layer. The second problem is the layer thickness that results from the selected distance between parallel beads within a layer. This work, therefore, addresses the two previously cited problems by developing statistical models that can map the bead section geometry variations due to changes in welding parameters for the pulsed GMAW process. Then this methodology defines the strategy to determine the trajectory of weld beads of each layer in order to perform the geometric evaluation of the recovery and quality of the filling. Practical results of geometric point of view of the strategy of filling, applied to a cavity such as the one resulting from the removal of a crack are presented in order to validate the proposed methodology.
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Modelagem numérica do terreno na avaliação do volume admissível em canais de cordões de contorno niveladosGomes, Luciano Nardini [UNESP] 16 December 2009 (has links) (PDF)
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gomes_ln_dr_botfca.pdf: 919435 bytes, checksum: 21a680807df6222aa5f0029cc1b06f57 (MD5) / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) / Universidade Estadual Paulista (UNESP) / A ação de processos erosivos em áreas rurais constitui um dos principais problemas da agricultura mundial. A falta de ações conservacionistas nessas áreas, somadas às ações de intemperismo proporciona perda considerável de solos agricultáveis, prejuízo ambiental que é acrescido pela poluição e assoreamento dos rios. Na tentativa de potencializar a produção de alimentos e visando atender à demanda proporcionada pelo crescente aumento da população, técnicas como o cultivo mínimo e o plantio direto contribuem para que haja equilíbrio entre produção agrícola e o meio ambiente, interesse patente das gerações presente e futura. Contudo, notadamente em pequenas propriedades rurais, é comum ainda o uso de tecnologias convencionais, como implantação de cordões de contorno. Em pequena propriedade rural, em área de reforma de pastagem, foram locados quatro cordões de contorno utilizando trator e arado convencional. Com estação total foram realizados dois levantamentos planialtimétricos, logo após a construção dos cordões de contorno e decorridos doze meses. Os dados foram processados pelos softwares DataGEOSIS e LandDESKTOP, onde foram criados artifícios para o cálculo do volume admissível nos canais dos cordões de contorno nas duas épocas distintas com o objetivo de verificar a validade da modelagem numérica do terreno na caracterização da movimentação de solo nos canais. Com base na metodologia adotada foi possível concluir que o modelo numérico do terreno permitiu avaliar o volume de solo movimentado nas três feições de relevo estudadas (relevo natural à montante, fundo do canal e camalhão), quando se constatou que a diminuição da capacidade de acúmulo de águas pluviais nos cordões de contorno foi em média 20,76% em um ano. / The actions of the erosive process in rural areas constitutes one of the most serious problem in agriculture worldwide. The lack of conservationist actions in those areas added to the weathering actions led to a preoccupying agricultural soil loss, environmental damage increased by pollution and rivers sedimentation. To attempt to increase the food production and aiming to help the food demand due to the population increasing, techniques like minimum tillage and no tillage contribute to the equilibrium between agricultural production and environment, what is the interest of the current and future generations. However, mainly in small farms it is common the use of conventional techniques like the contour lines implantation. In an area of pasture reformation into a small farm, four contour lines were demarcated using a tractor and conventional plow. Using a total station were made two topographic survey just after the contour lines demarcation and after twelve months. The data were processed using the software DataGEOSIS and LandDESKTOP, where artifices were created to the calculation of the possible water volume into channels of contour lines for the two dates of surveying, aiming to verify the validity of numerical terrain model to the soil movement characterization into channels. Considering the methodology used was possible to conclude that the numerical terrain model allowed to evaluate the soil volume alteration in the three relief forms studied (natural relief above, channel bottom and soil ridge), when was verified that the water storage capacity into contour lines decreased in average 20,76 % in a year.
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Uso de agentes inteligentes no controle simultâneo da largura e do reforço dos cordões de solda no processo GMAW-S / Intelligent agents for simultaneously control of width and height of weld beads of GMAW-S processPinto Lopera, Jesús Emilio 28 March 2016 (has links)
Tese (mestrado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Tecnologia, Departamento de Engenharia Mecânica, 2016. / Submitted by Fernanda Percia França (fernandafranca@bce.unb.br) on 2016-06-24T15:46:47Z
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2016_JesusEmilioPintoLopera.pdf: 8122014 bytes, checksum: 6c1b283b2f3589e735731930ecfec908 (MD5) / Approved for entry into archive by Raquel Viana(raquelviana@bce.unb.br) on 2016-06-28T20:13:14Z (GMT) No. of bitstreams: 1
2016_JesusEmilioPintoLopera.pdf: 8122014 bytes, checksum: 6c1b283b2f3589e735731930ecfec908 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-06-28T20:13:14Z (GMT). No. of bitstreams: 1
2016_JesusEmilioPintoLopera.pdf: 8122014 bytes, checksum: 6c1b283b2f3589e735731930ecfec908 (MD5) / O processo de soldagem GMAW é um dos mais utilizado na produção industrial, devido, entre outras características, a seu alto grau de automação e a vantagem de se poder utilizar em diversas configurações com a maioria dos metais e ligas comerciais existentes. No caso da geometria dos cordões de solda no processo GMAW, diferentes pesquisas têm sido encaminhadas ao controle dos parâmetros operacionais que garantam as características geométricas requeridas, entre as mais importantes, a largura, o reforço e a penetração. Atualmente, diferentes modelos baseados em modelamento empírico ou em inteligência artificial são utilizados para controlar um parâmetro geométrico à vez. Este trabalho propõe uma estratégia que, independente de modelos predefinidos do processo, permite controlar simultaneamente a largura e o reforço dos cordões de solda no processo de soldagem GMAW no modo de transferência metálica por curto-circuito (GMAW-S). O controlador proposto é baseado em agentes inteligentes focados diretamente nas medições de largura e reforço dos cordões de solda. O monitoramento dos parâmetros geométricos é realizado em tempo real utilizando uma única câmera e diferentes metodologias de processamento digital de imagens. A avaliação da estabilidade do processo é realizada em tempo real e emprega-se para sair das regiões de instabilidade nas quais possa incorrer o processo durante a etapa de controle. A metodologia de monitoramento é avaliada como satisfatória utilizando o teste “t” para diferentes combinações de parâmetros de entrada. O tempo de processamento de cada imagem não supera os 3 ms, considerando-se adequado visando etapas de controle com uma taxa de amostragem de 100 Hz. Os resultados experimentais mostram que a implementação da estratégia de controle proposta é viável e consegue atingir simultaneamente diferentes valores de referência de largura e reforço dos cordões de solda. _______________________________________________________________________________________________ ABSTRACT / The GMAW process is widely used in industry due to, among others, its easer automation and high productivity. In the case of weld bead geometry in GMAW processes, different researches have been conducted to control operating parameters and to ensure required geometrical characteristics, among the most important: the width, the height and the penetration. Currently, different models, based on empirical modeling or artificial intelligence methodologies, are used to control individual geometric parameters. This work proposes a strategy that, regardless of predefined models, can simultaneously control the width and the height of the weld beads in GMAW-S process. The proposed control system is based on intelligent agents focus on measurements of the weld bead width and height. The geometric parameters monitoring is performed in real time using a single camera and different methods of digital image processing. The evaluation of process stability is performed in real time and employed to avoid the regions of instability in which may incur this process during the control stage. The monitoring methodology is assessed as satisfactory using the “t” test for different combinations of input parameters. The time of the image processing does not exceed 3 ms for each image and is considered appropriate to control steps, which use a 100 Hz sampling rate. The experimental results show that the implementation of the proposed control strategy is feasible in systems control without predefined model, achieving different width and height reference bead values.
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Evolução sedimentar quaternária da Ilha Comprida, estado de São Paulo / Quaternary sedimentary evolution of Ilha Comprida, São Paulo stateGuedes, Carlos Conforti Ferreira 28 September 2009 (has links)
A Ilha Comprida é a barreira arenosa mais extensa do litoral paulista. Possui 63 km de comprimento e 500 m a 5 km de largura, e estende-se acompanhando a linha de costa (orientação aproximada NE-SW) desde a desembocadura de Icapara até a de Cananéia. Esta barreira foi estudada com base em fotografias aéreas, parâmetros granulométricos, minerais pesados e datações por luminescência opticamente estimulada (LOE). Cinco fases de evolução da ilha puderam ser determinadas. A fase inicial corresponde à formação da barreira transgressiva, em aproximadamente 6000 anos A.P.. Nas quatro fases seguintes, duas componentes de crescimento, uma longitudinal e outra transversal, alternaramse em importância relativa. Da fase inicial até perto de 5000 anos A.P., a ilha apresentou crescimento acelerado tanto longitudinal (10,2 a 22,8 m/ano) como transversal (2,6 m/ano); durante este período, os cordões litorâneos identificados são de origem praial. De 5000 a 2000 anos A.P., a componente de crescimento transversal caiu a praticamente zero, enquanto a longitudinal teve taxa relativamente baixa (5,2 a 6,9 m/ano). De 2000 a 200 anos A.P., o bloqueio do crescimento longitudinal pelos morros perto de Iguape forçou intensa progradação transversal (até 0,5 m/ano) por grande parte da extensão da ilha. Durante essa fase, houve predomínio de adição de cristas praiais antes da Pequena Idade do Gelo (1450 a 1850 d.c) e de formação de cordões de dunas frontais após esse período. De 200 anos A.P. até o presente, superado o efeito de bloqueio à deriva longitudinal imposto pelos morros de Iguape, a ilha retomou a componente de crescimento longitudinal, acelerada pela abertura do Valo Grande. Este período é de taxas de progradação bastante variáveis ao longo da ilha, com maior regressão nas extremidades e transgressão na porção centro-sul. O empilhamento encontrado nas fácies marinhas, aflorantes junto a margem lagunar, é predominantemente regressivo. Possibilidades de sucessões transgressivas, encontradas somente na parte sul da ilha, e evidências geocronológicas reforçam a idéia de uma barreira transgressiva como fase inicial de sua formação. O empilhamento de fácies eólicas confirma o padrão de avanço das rupturas de deflação por sobre os cordões litorâneos mais interiores e antigos da ilha. As idades referentes ao maior período de atividade das rupturas de deflação são correlacionáveis com a Pequena Idade do Gelo e permitem sugerir intensificação de incursões de frentes frias na região durante esse período. O contraste entre tipos de cordões litorâneos, praiais formados antes da Pequena Idade do Gelo versus de dunas frontais formados após esse período, é indicativo de que as condições de vento permanecem intensificadas desde então. A utilização de índices de minerais pesados permitiu a identificação dos fatores e processos que controlam a assembléia mineralógica. Os índices RZi (rutilo e zircão) e THi (turmalina e hornblenda) indicam a contribuição do rio Ribeira de Iguape, com aporte sedimentar concentrado no nordeste da Ilha Comprida. O índice TZi (turmalina e zircão) responde aos processos de seleção hidráulica do transporte sedimentar, cuja variação espacial reforça a hipótese de duas células de deriva litorânea longitudinal com divergência no centrosul da ilha, já sugerida com base em resultados granulométricos e dados de campo. A principal derivação primária dos minerais pesados são as rochas presentes na bacia de drenagem do rio Ribeira de Iguape. É provável também a contribuição dos sedimentos estocados na plataforma continental, disponíveis para serem retrabalhados pelas correntes de deriva litorânea. A combinação de análise granulométrica e estudo de minerais pesados demonstra-se consistente na determinação de padrões de transporte sedimentar, com indicações de forte controle dos resultados pela seleção hidráulica e aerodinâmica. O protocolo SAR (Single-Aliquot Regenerative-Dose) utilizado para datações por LOE demonstrou-se aplicável aos sedimentos da Ilha Comprida, tanto eólicos como marinhos rasos, com idades compatíveis com as curvas do nível relativo do mar mais aceitas e coerentes com relação à progradação da linha de costa e ao empilhamento sedimentar. / The Ilha Comprida island is the largest sandy barrier of São Paulo Coast. The island is 63 km long and 500 m to 5 km wide. It extends following the coast (approximately NE-SW direction) from the Icapara inlet to the Cananéia inlet. This barrier was studied using aerial photographs, grain-size parameters, heavy minerals analysis and optically stimulated luminescence dating (OSL). Five evolutionary phases could be determined. The initial phase corresponds to the transgressive barrier at approximately 6000 years B.P.. In the next four phases, two growth components, longitudinal and transversal, occur with variable importance. From the initial phase to 5000 years B.P. the island had accelerated growth, both longitudinal (10.2 to 22.8 m / year) and transverse (2.6 m / year). During this period the identified coastal ridges have beach origin. From 5000 to 2000 years B.P. the transverse component of growth fell to almost zero while the longitudinal component was relatively low (5.2 to 6.9 m / year). From 2000 to 200 years B.P. the hills near Iguape blocked the longitudinal component and forced intense progradation (up to 0.5 m / year) for the most island length. In this phase there was a predominance of beach ridges formation before the Little Ice Age (AD 1450 to 1850) and of foredune ridges formation after this period. From 200 years B.P. until the present the blockade imposed by the Iguape hills ceased and the island reassumed the longitudinal component, accelerated by the opening of a artificial channel (Valo Grande) in the Ribeira de Iguape River. This period has variable progradational rates through the island, with regression in the extremities and transgression in mid-south. The marine facies succession that outcrops besides lagoon margin is predominantly regressive. Possibilities of transgressive facies succession were found only in the southern half of the barrier. Geochronology evidences reinforce the hypothesis of transgressive barrier for the initial phase of the island. The aeolian facies succession confirms the onshore advance of the blowouts onto the inner and older beach ridges. The ages for the most blowout activity are correlated with the Little Ice Age suggesting intensification of cold fronts incursions. The contrast between ridges types, beach ridges formed before the Little Ice Age versus foredune ridges formed after this age, is indicative that the wind conditions are intensified since then. The use of heavy-minerals paired indices allowed the identification of factors and processes that control their assemblage. The RZi (rutile and zircon) and THi (tourmaline and hornblende) show the contribution of the Ribeira de Iguape River sediment supplied in northeastern of the Ilha Comprida. The TZi (tourmaline and zircon) responds to the hydraulic sorting process showing. It indicates a sediment transport pattern with divergence of drift cells in the mid-south region, which is consistent with grain-size and field data. The sediment supply from Ribeira de Iguape River is interpreted both as a direct source and as an indirect source by inner continental shelf and alongshore drifts. The combination of grain-size and heavy-mineral analysis demonstrate to be reliable in determining sediment transport patterns, with indications of their control by hydraulic and aerodynamic sorting. The Single-Aliquot Regenerative-Dose procedure (SAR) used for OSL dating demonstrates to apply to the Ilha Comprida sediments, both wind and shallow marine ones. The ages are consistent with the more acceptable relative sea level curves and with the coastal ridges and stratigraphic succession.
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Evolução sedimentar quaternária da Ilha Comprida, estado de São Paulo / Quaternary sedimentary evolution of Ilha Comprida, São Paulo stateCarlos Conforti Ferreira Guedes 28 September 2009 (has links)
A Ilha Comprida é a barreira arenosa mais extensa do litoral paulista. Possui 63 km de comprimento e 500 m a 5 km de largura, e estende-se acompanhando a linha de costa (orientação aproximada NE-SW) desde a desembocadura de Icapara até a de Cananéia. Esta barreira foi estudada com base em fotografias aéreas, parâmetros granulométricos, minerais pesados e datações por luminescência opticamente estimulada (LOE). Cinco fases de evolução da ilha puderam ser determinadas. A fase inicial corresponde à formação da barreira transgressiva, em aproximadamente 6000 anos A.P.. Nas quatro fases seguintes, duas componentes de crescimento, uma longitudinal e outra transversal, alternaramse em importância relativa. Da fase inicial até perto de 5000 anos A.P., a ilha apresentou crescimento acelerado tanto longitudinal (10,2 a 22,8 m/ano) como transversal (2,6 m/ano); durante este período, os cordões litorâneos identificados são de origem praial. De 5000 a 2000 anos A.P., a componente de crescimento transversal caiu a praticamente zero, enquanto a longitudinal teve taxa relativamente baixa (5,2 a 6,9 m/ano). De 2000 a 200 anos A.P., o bloqueio do crescimento longitudinal pelos morros perto de Iguape forçou intensa progradação transversal (até 0,5 m/ano) por grande parte da extensão da ilha. Durante essa fase, houve predomínio de adição de cristas praiais antes da Pequena Idade do Gelo (1450 a 1850 d.c) e de formação de cordões de dunas frontais após esse período. De 200 anos A.P. até o presente, superado o efeito de bloqueio à deriva longitudinal imposto pelos morros de Iguape, a ilha retomou a componente de crescimento longitudinal, acelerada pela abertura do Valo Grande. Este período é de taxas de progradação bastante variáveis ao longo da ilha, com maior regressão nas extremidades e transgressão na porção centro-sul. O empilhamento encontrado nas fácies marinhas, aflorantes junto a margem lagunar, é predominantemente regressivo. Possibilidades de sucessões transgressivas, encontradas somente na parte sul da ilha, e evidências geocronológicas reforçam a idéia de uma barreira transgressiva como fase inicial de sua formação. O empilhamento de fácies eólicas confirma o padrão de avanço das rupturas de deflação por sobre os cordões litorâneos mais interiores e antigos da ilha. As idades referentes ao maior período de atividade das rupturas de deflação são correlacionáveis com a Pequena Idade do Gelo e permitem sugerir intensificação de incursões de frentes frias na região durante esse período. O contraste entre tipos de cordões litorâneos, praiais formados antes da Pequena Idade do Gelo versus de dunas frontais formados após esse período, é indicativo de que as condições de vento permanecem intensificadas desde então. A utilização de índices de minerais pesados permitiu a identificação dos fatores e processos que controlam a assembléia mineralógica. Os índices RZi (rutilo e zircão) e THi (turmalina e hornblenda) indicam a contribuição do rio Ribeira de Iguape, com aporte sedimentar concentrado no nordeste da Ilha Comprida. O índice TZi (turmalina e zircão) responde aos processos de seleção hidráulica do transporte sedimentar, cuja variação espacial reforça a hipótese de duas células de deriva litorânea longitudinal com divergência no centrosul da ilha, já sugerida com base em resultados granulométricos e dados de campo. A principal derivação primária dos minerais pesados são as rochas presentes na bacia de drenagem do rio Ribeira de Iguape. É provável também a contribuição dos sedimentos estocados na plataforma continental, disponíveis para serem retrabalhados pelas correntes de deriva litorânea. A combinação de análise granulométrica e estudo de minerais pesados demonstra-se consistente na determinação de padrões de transporte sedimentar, com indicações de forte controle dos resultados pela seleção hidráulica e aerodinâmica. O protocolo SAR (Single-Aliquot Regenerative-Dose) utilizado para datações por LOE demonstrou-se aplicável aos sedimentos da Ilha Comprida, tanto eólicos como marinhos rasos, com idades compatíveis com as curvas do nível relativo do mar mais aceitas e coerentes com relação à progradação da linha de costa e ao empilhamento sedimentar. / The Ilha Comprida island is the largest sandy barrier of São Paulo Coast. The island is 63 km long and 500 m to 5 km wide. It extends following the coast (approximately NE-SW direction) from the Icapara inlet to the Cananéia inlet. This barrier was studied using aerial photographs, grain-size parameters, heavy minerals analysis and optically stimulated luminescence dating (OSL). Five evolutionary phases could be determined. The initial phase corresponds to the transgressive barrier at approximately 6000 years B.P.. In the next four phases, two growth components, longitudinal and transversal, occur with variable importance. From the initial phase to 5000 years B.P. the island had accelerated growth, both longitudinal (10.2 to 22.8 m / year) and transverse (2.6 m / year). During this period the identified coastal ridges have beach origin. From 5000 to 2000 years B.P. the transverse component of growth fell to almost zero while the longitudinal component was relatively low (5.2 to 6.9 m / year). From 2000 to 200 years B.P. the hills near Iguape blocked the longitudinal component and forced intense progradation (up to 0.5 m / year) for the most island length. In this phase there was a predominance of beach ridges formation before the Little Ice Age (AD 1450 to 1850) and of foredune ridges formation after this period. From 200 years B.P. until the present the blockade imposed by the Iguape hills ceased and the island reassumed the longitudinal component, accelerated by the opening of a artificial channel (Valo Grande) in the Ribeira de Iguape River. This period has variable progradational rates through the island, with regression in the extremities and transgression in mid-south. The marine facies succession that outcrops besides lagoon margin is predominantly regressive. Possibilities of transgressive facies succession were found only in the southern half of the barrier. Geochronology evidences reinforce the hypothesis of transgressive barrier for the initial phase of the island. The aeolian facies succession confirms the onshore advance of the blowouts onto the inner and older beach ridges. The ages for the most blowout activity are correlated with the Little Ice Age suggesting intensification of cold fronts incursions. The contrast between ridges types, beach ridges formed before the Little Ice Age versus foredune ridges formed after this age, is indicative that the wind conditions are intensified since then. The use of heavy-minerals paired indices allowed the identification of factors and processes that control their assemblage. The RZi (rutile and zircon) and THi (tourmaline and hornblende) show the contribution of the Ribeira de Iguape River sediment supplied in northeastern of the Ilha Comprida. The TZi (tourmaline and zircon) responds to the hydraulic sorting process showing. It indicates a sediment transport pattern with divergence of drift cells in the mid-south region, which is consistent with grain-size and field data. The sediment supply from Ribeira de Iguape River is interpreted both as a direct source and as an indirect source by inner continental shelf and alongshore drifts. The combination of grain-size and heavy-mineral analysis demonstrate to be reliable in determining sediment transport patterns, with indications of their control by hydraulic and aerodynamic sorting. The Single-Aliquot Regenerative-Dose procedure (SAR) used for OSL dating demonstrates to apply to the Ilha Comprida sediments, both wind and shallow marine ones. The ages are consistent with the more acceptable relative sea level curves and with the coastal ridges and stratigraphic succession.
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Sedimentologia, cronologia e dinâmica progradacional das planícies costeiras de Campos Verdes e Ji (Laguna, SC) / Sedimentology, chronology and progradational dynamics of the coastal plains of Campos Verdes and Ji (Laguna, state of Santa Catarina, southern Brazil)Tanaka, Ana Paula Burgoa 08 October 2010 (has links)
Localizadas no litoral sul de Santa Catarina, as planícies costeiras holocênicas de Campos Verdes e Ji caracterizam-se por séries truncadas de cordões litorâneos alternados a campos de dunas livres. Constituem exemplo de planícies formadas em um mesmo contexto regional, porém sob condições distintas quanto ao caráter hidrodinâmico: área semiprotegida de retrobarreira (Campos Verdes) versus tômbolo de mar aberto (Ji). A meta deste trabalho é construir modelos de evolução sedimentar para estas duas planícies com base em fotointerpretação, granulometria, minerais pesados, idades LOE, cálculo de taxas de progradação e simulação computacional. A comparação visa contribuir para a compreensão dos processos formadores ou remodeladores de planícies de cordões em geral e definir o caráter, se autocíclico ou alocíclico, de cada mecanismo no caso em estudo. O desenvolvimento destas planícies teria começado durante a desaceleração da subida de NRM, pouco antes do nível máximo holocênico, alcançado por volta de 5 ka AP. A partir de padrões de transporte e retrabalhamento sedimentar deduzidos com base em estatísticas da distribuição granulométrica (tamanho médio, seleção, assimetria), combinadas com variação dos índices de minerais pesados (iINS, iMET, iZTR, iTZ, iHT, iRZ), infere-se progradação da planície de Campos Verdes para norte, com componente de crescimento longitudinal para oeste, e da planície do Ji para leste, com componente longitudinal para norte. A distribuição dos minerais pesados deve-se em parte a mudança/aproximação, no decorrer do tempo, da fonte representada pelo delta do Tubarão, com entrada crescente de sedimentos menos maturos no sistema. A evolução da planície de Campos Verdes foi dividida em cinco estágios cronológicos: anterior a 4912±270 anos AP (1); de 4199±347 a 2763±205 anos (2); de 2763±205 a 2816±193 anos (3); de 2816 ± 193 a 1946 ± 141 anos (4); e desde 1946 ± 141 anos até o presente (5); com taxas de progradação de 1,07, 0,35, 3,45, 0,76 m/a e indeterminada, respectivamente. O estágio 4 compreende fase de estabilização de dunas eólicas, com lobo deposicional datado em 2255±123 anos, e o estágio 5 inclui fase de reativação deflacionar, com duna parabólica faminta datada de 711±64 anos. Para a planície do Ji, definiram-se cinco estágios cronológicos: anterior a 2794±151 anos (1); de 2794±151 a 2537±140 anos (2); de 2537±140 a 1031±35 (3); de 1031±35 a 831±43 anos (4); e desde 751±43 anos até o presente (5). As taxas de progradação calculadas para os últimos quatro estágios foram de 2,26, 0,28, 1,47 e 1,24 m/a, respectivamente. A fase de estabilização de dunas da geração eólica 3, datada em 1346±73 anos, aconteceu durante o estágio 3. Campos de dunas transgressivos ainda ativos iniciaram seu desenvolvimento durante o estágio 5. O crescimento das duas planícies ocorreu em anti-fase, com alternância entre duas situações: a situação 1 caracteriza-se por predominância de deriva litorânea rumo NE, relacionada a incursões mais freqüentes de frentes frias e massa de ar polar na região; a situação 2 corresponde a dominância de deriva litorânea rumo SW, sob maior ação da massa tropical Atlântica e menor freqüência de incursões de frentes frias. Um boom na progradação de ambas as planícies, registrado por volta de 2700 anos AP, pode estar relacionado à ocorrência de um dos eventos climáticos de escala milenar do Holoceno, o evento Bond 2, caracterizado na região por aumento pontuado de umidade e precipitação e, por extensão, de aporte fluvial. O desenvolvimento ou reativação de dunas do estágio 5 em Campos Verdes pode estar ligado à intensificação dos ventos durante outro evento de escala milenar, a Pequena Idade do Gelo. Fluxos da ordem de 104 m3/ano foram obtidos em simulação estocástica de um cenário geral de trocas de sedimentos entre compartimentos (eg. praia e campo de dunas) no Ji. Na simulação condicionada por variáveis climáticas, observa-se que o transporte eólico, com desenvolvimento de campos de dunas, pode ocorrer mesmo durante períodos chuvosos (precipitação média superior a 400mm), desde que os fluxos eólicos sejam dez vezes maiores que os obtidos na simulação do cenário geral. / The Holocene strandplains of Campos Verdes and Ji (south coast of Santa Catarina, southern Brazil) are characterized by truncated sets of beach ridges alternated with eolian dune fields. They represent examples of neighbor coastal plains formed under the same regional context, but under different hydrodynamic contexts: in a sheltered back-barrier embayment (Campos Verdes) and in an open sea tombolo (Ji). The aim of this work is to construct evolutionary models of sedimentation for both plains based in photointerpretation, grain-size, heavy minerals, OSL ages, calculation of progradation rates and computer simulation. The comparative analysis allows the explanation of the origin of processes responsible for the development of the plains defining whether the mechanisms are autocyclic or alocyclic. Both plains would have begun during the deceleration of the RSL rise, just before the achievement of the Holocene highstand, approximately at 5 ky BP. Patterns of transport and sedimentary reworking based on statistics of grain-size distribution (mean grain-size, standard deviation and skewness) combined with variation of heavy minerals indices (INSi, METi, ZTRi, TZi, HTi, RZi) show northwards progradation with a longitudinal growth component towards west for Campos Verde and progradation towards east with an alongshore growth component towards north for Ji. The heavy mineral distribution is mainly linked to the shift and approximation of the main fluvial source area (Tubarão delta) with an input of less mature sediments into the system. The evolution of Campos Verdes was divided into five chronologic stages: before 4912±270 yr (1); from 4199±347 to 2763±205 anos (2); from 2763±205 to 2816±193 anos (3); from 2816 ± 193 to 1946 ± 141 anos (4); and from 1946 ± 141 anos until present (5); with progradation rates of 1.07, 0.35, 3.45, 0.76 m/yr and undetermined, respectively. A phase of dune stabilization happened during stage 4, indicated by a depositional lobe dated in 2255±123yr and another phase of dune reactivation occurred during stage 5, indicated by a starved parabolic dune dated in 711±64 yr. Five chronologic stages were defined for Ji: before 2794 ± 151 yr (1); from 2794 ± 151 to 2537 ± 140 yr (2); from 2537 ± 140 to 1031±35 (3); from 1031 ± 35 to 831 ± 43 yr (4); and from 751 ± 43 yr until present (5). The progradation rates determined for the last four stages are 2.26, 0.28, 1.47 and 1.24 m/yr. A phase of stabilization of eolian generation 3 was dated in 1346±73yr, within the stage 3. Eolian trangressive dune fields, that are still active, began its development during stage 5. The progradation rates (growth) of the plains show an anti-phase pattern linked to the alternation between two situations: one where there is predominance of net longshore drift towards NE, with frequent cold front incursions and more intense action of polar air mass; and another with the predominance of net longshore drift towards SW with more active tropical Atlantic air mass and less frequent cold front incursions. There was a progradational boom ca. 2700 yr with higher progradation rates in both plains, which might be linked to the occurrence of a millennial Holocene climate change, the Bond event 2, responsible for the punctual humidity and precipitation increase. Dune development or reactivation during stage 5 in Campos Verdes might be linked to an occurrence of another millennial Holocene climate event, the Little Ice Age. Eolian fluxes with magnitude of 104 m3/yr were obtained using stochastic simulation of a general scenario of sediment exchange between stocks (eg. beach and dune field) for Ji. In simulation conditioned by climatic variables, it is possible to observe that the development of dune fields can occur during rainy periods (mean precipitation above 400m) as long as the eolian fluxes are ten times greater than that ones obtained in the general scenario.
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Sedimentologia, cronologia e dinâmica progradacional das planícies costeiras de Campos Verdes e Ji (Laguna, SC) / Sedimentology, chronology and progradational dynamics of the coastal plains of Campos Verdes and Ji (Laguna, state of Santa Catarina, southern Brazil)Ana Paula Burgoa Tanaka 08 October 2010 (has links)
Localizadas no litoral sul de Santa Catarina, as planícies costeiras holocênicas de Campos Verdes e Ji caracterizam-se por séries truncadas de cordões litorâneos alternados a campos de dunas livres. Constituem exemplo de planícies formadas em um mesmo contexto regional, porém sob condições distintas quanto ao caráter hidrodinâmico: área semiprotegida de retrobarreira (Campos Verdes) versus tômbolo de mar aberto (Ji). A meta deste trabalho é construir modelos de evolução sedimentar para estas duas planícies com base em fotointerpretação, granulometria, minerais pesados, idades LOE, cálculo de taxas de progradação e simulação computacional. A comparação visa contribuir para a compreensão dos processos formadores ou remodeladores de planícies de cordões em geral e definir o caráter, se autocíclico ou alocíclico, de cada mecanismo no caso em estudo. O desenvolvimento destas planícies teria começado durante a desaceleração da subida de NRM, pouco antes do nível máximo holocênico, alcançado por volta de 5 ka AP. A partir de padrões de transporte e retrabalhamento sedimentar deduzidos com base em estatísticas da distribuição granulométrica (tamanho médio, seleção, assimetria), combinadas com variação dos índices de minerais pesados (iINS, iMET, iZTR, iTZ, iHT, iRZ), infere-se progradação da planície de Campos Verdes para norte, com componente de crescimento longitudinal para oeste, e da planície do Ji para leste, com componente longitudinal para norte. A distribuição dos minerais pesados deve-se em parte a mudança/aproximação, no decorrer do tempo, da fonte representada pelo delta do Tubarão, com entrada crescente de sedimentos menos maturos no sistema. A evolução da planície de Campos Verdes foi dividida em cinco estágios cronológicos: anterior a 4912±270 anos AP (1); de 4199±347 a 2763±205 anos (2); de 2763±205 a 2816±193 anos (3); de 2816 ± 193 a 1946 ± 141 anos (4); e desde 1946 ± 141 anos até o presente (5); com taxas de progradação de 1,07, 0,35, 3,45, 0,76 m/a e indeterminada, respectivamente. O estágio 4 compreende fase de estabilização de dunas eólicas, com lobo deposicional datado em 2255±123 anos, e o estágio 5 inclui fase de reativação deflacionar, com duna parabólica faminta datada de 711±64 anos. Para a planície do Ji, definiram-se cinco estágios cronológicos: anterior a 2794±151 anos (1); de 2794±151 a 2537±140 anos (2); de 2537±140 a 1031±35 (3); de 1031±35 a 831±43 anos (4); e desde 751±43 anos até o presente (5). As taxas de progradação calculadas para os últimos quatro estágios foram de 2,26, 0,28, 1,47 e 1,24 m/a, respectivamente. A fase de estabilização de dunas da geração eólica 3, datada em 1346±73 anos, aconteceu durante o estágio 3. Campos de dunas transgressivos ainda ativos iniciaram seu desenvolvimento durante o estágio 5. O crescimento das duas planícies ocorreu em anti-fase, com alternância entre duas situações: a situação 1 caracteriza-se por predominância de deriva litorânea rumo NE, relacionada a incursões mais freqüentes de frentes frias e massa de ar polar na região; a situação 2 corresponde a dominância de deriva litorânea rumo SW, sob maior ação da massa tropical Atlântica e menor freqüência de incursões de frentes frias. Um boom na progradação de ambas as planícies, registrado por volta de 2700 anos AP, pode estar relacionado à ocorrência de um dos eventos climáticos de escala milenar do Holoceno, o evento Bond 2, caracterizado na região por aumento pontuado de umidade e precipitação e, por extensão, de aporte fluvial. O desenvolvimento ou reativação de dunas do estágio 5 em Campos Verdes pode estar ligado à intensificação dos ventos durante outro evento de escala milenar, a Pequena Idade do Gelo. Fluxos da ordem de 104 m3/ano foram obtidos em simulação estocástica de um cenário geral de trocas de sedimentos entre compartimentos (eg. praia e campo de dunas) no Ji. Na simulação condicionada por variáveis climáticas, observa-se que o transporte eólico, com desenvolvimento de campos de dunas, pode ocorrer mesmo durante períodos chuvosos (precipitação média superior a 400mm), desde que os fluxos eólicos sejam dez vezes maiores que os obtidos na simulação do cenário geral. / The Holocene strandplains of Campos Verdes and Ji (south coast of Santa Catarina, southern Brazil) are characterized by truncated sets of beach ridges alternated with eolian dune fields. They represent examples of neighbor coastal plains formed under the same regional context, but under different hydrodynamic contexts: in a sheltered back-barrier embayment (Campos Verdes) and in an open sea tombolo (Ji). The aim of this work is to construct evolutionary models of sedimentation for both plains based in photointerpretation, grain-size, heavy minerals, OSL ages, calculation of progradation rates and computer simulation. The comparative analysis allows the explanation of the origin of processes responsible for the development of the plains defining whether the mechanisms are autocyclic or alocyclic. Both plains would have begun during the deceleration of the RSL rise, just before the achievement of the Holocene highstand, approximately at 5 ky BP. Patterns of transport and sedimentary reworking based on statistics of grain-size distribution (mean grain-size, standard deviation and skewness) combined with variation of heavy minerals indices (INSi, METi, ZTRi, TZi, HTi, RZi) show northwards progradation with a longitudinal growth component towards west for Campos Verde and progradation towards east with an alongshore growth component towards north for Ji. The heavy mineral distribution is mainly linked to the shift and approximation of the main fluvial source area (Tubarão delta) with an input of less mature sediments into the system. The evolution of Campos Verdes was divided into five chronologic stages: before 4912±270 yr (1); from 4199±347 to 2763±205 anos (2); from 2763±205 to 2816±193 anos (3); from 2816 ± 193 to 1946 ± 141 anos (4); and from 1946 ± 141 anos until present (5); with progradation rates of 1.07, 0.35, 3.45, 0.76 m/yr and undetermined, respectively. A phase of dune stabilization happened during stage 4, indicated by a depositional lobe dated in 2255±123yr and another phase of dune reactivation occurred during stage 5, indicated by a starved parabolic dune dated in 711±64 yr. Five chronologic stages were defined for Ji: before 2794 ± 151 yr (1); from 2794 ± 151 to 2537 ± 140 yr (2); from 2537 ± 140 to 1031±35 (3); from 1031 ± 35 to 831 ± 43 yr (4); and from 751 ± 43 yr until present (5). The progradation rates determined for the last four stages are 2.26, 0.28, 1.47 and 1.24 m/yr. A phase of stabilization of eolian generation 3 was dated in 1346±73yr, within the stage 3. Eolian trangressive dune fields, that are still active, began its development during stage 5. The progradation rates (growth) of the plains show an anti-phase pattern linked to the alternation between two situations: one where there is predominance of net longshore drift towards NE, with frequent cold front incursions and more intense action of polar air mass; and another with the predominance of net longshore drift towards SW with more active tropical Atlantic air mass and less frequent cold front incursions. There was a progradational boom ca. 2700 yr with higher progradation rates in both plains, which might be linked to the occurrence of a millennial Holocene climate change, the Bond event 2, responsible for the punctual humidity and precipitation increase. Dune development or reactivation during stage 5 in Campos Verdes might be linked to an occurrence of another millennial Holocene climate event, the Little Ice Age. Eolian fluxes with magnitude of 104 m3/yr were obtained using stochastic simulation of a general scenario of sediment exchange between stocks (eg. beach and dune field) for Ji. In simulation conditioned by climatic variables, it is possible to observe that the development of dune fields can occur during rainy periods (mean precipitation above 400m) as long as the eolian fluxes are ten times greater than that ones obtained in the general scenario.
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Contribuição das características clínicas, hormonais e radiológicas para o diagnóstico diferencial dos tumores de ovário produtores de andrógenos e hipertecose do estroma ovariano em mulheres na pós-menopausa / Contribution of clinical features, hormonal profile and radiological studies in the differential diagnosis of the virilizing ovary tumor and ovarian stromal hyperthecosis of postmenopausal womenYance, Viviane dos Reis Vieira 02 August 2016 (has links)
Introdução: Hiperandrogenemia associada a sinais clínicos de virilização na mulher após a menopausa é uma condição rara e pouco estudada. Os tumores ovarianos secretores de andrógenos (TOSA) e a hipertecose do estroma ovariano (HPT) são as etiologias mais frequentes de hiperandrogenismo nesta faixa etária. A diferenciação entre estas duas condições é difícil, pois as manifestações clínicas são semelhantes e caracterizadas por hirsutismo, alopecia androgênica, clitoromegalia, hipertrofia muscular e agravamento da voz. O perfil hormonal das mulheres pós-menopausadas com TOSA e HPT pode não ser um parâmetro ideal para discriminar estas duas condições. Além disso, os estudos de imagem podem não caracterizar com precisão estas lesões ovarianas. Devido às dificuldades, em estabelecer o diagnóstico diferencial entre TOSA e HPT, a ooforectomia bilateral é a terapêutica indicada para as mulheres menopausadas com diagnóstico de hiperandrogenismo de origem ovariana; embora na HPT o tratamento clínico com análogo do hormônio liberador de gonadotrofinas (aGnRH) possa ser uma opção terapêutica eficaz. Objetivos: O nosso objetivo foi avaliar a contribuição das características clínicas, do perfil hormonal e dos exames radiológicos para o diagnóstico diferencial entre TOSA e HPT em mulheres na pós-menopausa. Métodos: Trinta e quatro mulheres pós-menopausadas, na faixa etária de 52 a 80 anos de idade, que foram encaminhadas à Unidade de Endocrinologia do Hospital das Clinicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, entre 1999 e 2013 por hiperandrogenismo clínico e com diagnóstico histológico de TOSA (13 mulheres) e HPT (21 mulheres) foram avaliadas retrospectivamente. Os diagnósticos histológicos foram revisados e confirmados por um único patologista com experiência em patologia ginecológica. Os dados clínicos de hiperandrogenismo, o perfil hormonal (T, E2, LH, FSH) e as imagens radiológicas pélvicas (Ultrassom transvaginal e Ressonância Magnética, RM) foram obtidos a partir da revisão de prontuários médicos. Resultados: Em relação aos dados da história clínica, não houve diferença significativa entre os dois grupos de pacientes para nenhuma das variáveis clínicas analisadas, exceto para o número de gestações, que foi significantemente maior no grupo com TOSA. Os sinais clínicos de hiperandrogenismo, especialmente agravamento da voz (p < 0,001) e hipertrofia muscular (p = 0,01), foram mais prevalentes no grupo de pacientes com TOSA do que o grupo de HPT. Embora na análise dos parâmetros hormonais, os pacientes do grupo com TOSA tenham apresentado níveis mais elevados de T e E2 e níveis mais baixos de gonadotrofinas (p < 0,01 e p <0,01, respectivamente) do que o grupo de pacientes com HPT, uma grande sobreposição nos níveis hormonais foi observada entre os pacientes dos dois grupos. A RM de pelve apresentou uma boa acurácia para diferenciar os TOSAs da HPT em mulheres pós-menopausadas com hiperandrogenismo. Conclusão: Neste grupo de pacientes, as características que mais contribuíram para o diagnóstico diferencial entre TOSA e HPT foram o agravamento da voz e a hipertrofia muscular, os níveis séricos de testosterona e gonadotrofinas e a presença de nódulo ovariano na RM de pelve. Embora a associação das características clínicas, hormonais e radiológicas contribua para a elaboração de uma hipótese diagnóstica fundamentada, a análise histopatológica continua a ser o padrão ouro para o diagnóstico diferencial de hiperandrogenismo de origem ovariana em mulheres na pós-menopausa / Introduction: The presence of virilizing signs associated to high serum of androgen levels in postmenopausal women is a rare and poorly understood condition. Virilizing ovarian tumors (VOT) and ovarian stromal hyperthecosis (OH) are the most common hyperandrogenism etiologies in the postmenopausal women. The differential diagnosis between the two conditions is often difficult, because they present similar clinical features such as hirsutism, androgenic alopecia, clitoromegaly, muscle hypertrophy and deepening of the voice. The hormonal profile of postmenopausal women with VOT and OH may not be the optimal discriminating factor between these two conditions. Moreover, imaging may not accurately characterize these ovarian lesions. Due to the difficulties in establishing the differential diagnosis between VOT and OH, bilateral oophorectomy is the treatment of choice in postmenopausal women with hyperandrogenism of ovarian origin. However, the treatment with gonadotropin-releasing hormone analogue (GnRHa) might be an effective therapy in women with OH. Objectives: Our aim was to evaluate the contribution of clinical features, hormonal profile and radiological studies in the differential diagnosis between VOT and OH in postmenopausal women. Methods: Thirty-four postmenopausal women ranging from 52 to 80 years of age with clinical hyperandrogenism referred to the Endocrinology Unity of Hospital das Clinicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, between 1999 and 2013, with diagnosis of VOT (13 women) and OH (21 women) were evaluated retrospectively. Histological diagnoses were reviewed and confirmed by a single pathologist with expertise in gynecologic pathology. Clinical hyperandrogenism data, hormonal status (T, E2, LH, FSH) and the pelvic images (Transvaginal sonography and Magnetic Resonance Image- MRI) findings were obtained from medical records. Results: No clinical data evaluated in the study was significantly different between the two groups of patients. A higher number of pregnancies in the VOT group was observed, which was statistically different from the OH group. The clinical signs of hyperandrogenism, especially deepening of the voice (p < 0.001) and muscle hypertrophy (p = 0.01), were more prevalent in the VOT\'s than OH\'s group. Although, the VOT\'s group showed higher T and E2 levels and lower gonadotropins levels than the OH\'s group (p < 0.01 and p < 0.01, respectively), a great overlap in the hormone levels occur between VOT and OH patients. Pelvic MRI presented a good accuracy to differentiate these two conditions in hyperandrogenic postmenopausal women. Conclusion: In this group of patients, the main features to the differential diagnosis between VOT and OH were deepening of the voice and muscle hypertrophy, serum levels of testosterone and gonadotropins and presence of ovarian nodule in the pelvic MRI. Although the association of clinical, hormonal and radiological features contributes to the differential diagnosis between these two conditions, histopathological analysis remains the gold standard for the differential diagnosis of ovarian hyperandrogenism in post menopausal women
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Contribuição das características clínicas, hormonais e radiológicas para o diagnóstico diferencial dos tumores de ovário produtores de andrógenos e hipertecose do estroma ovariano em mulheres na pós-menopausa / Contribution of clinical features, hormonal profile and radiological studies in the differential diagnosis of the virilizing ovary tumor and ovarian stromal hyperthecosis of postmenopausal womenViviane dos Reis Vieira Yance 02 August 2016 (has links)
Introdução: Hiperandrogenemia associada a sinais clínicos de virilização na mulher após a menopausa é uma condição rara e pouco estudada. Os tumores ovarianos secretores de andrógenos (TOSA) e a hipertecose do estroma ovariano (HPT) são as etiologias mais frequentes de hiperandrogenismo nesta faixa etária. A diferenciação entre estas duas condições é difícil, pois as manifestações clínicas são semelhantes e caracterizadas por hirsutismo, alopecia androgênica, clitoromegalia, hipertrofia muscular e agravamento da voz. O perfil hormonal das mulheres pós-menopausadas com TOSA e HPT pode não ser um parâmetro ideal para discriminar estas duas condições. Além disso, os estudos de imagem podem não caracterizar com precisão estas lesões ovarianas. Devido às dificuldades, em estabelecer o diagnóstico diferencial entre TOSA e HPT, a ooforectomia bilateral é a terapêutica indicada para as mulheres menopausadas com diagnóstico de hiperandrogenismo de origem ovariana; embora na HPT o tratamento clínico com análogo do hormônio liberador de gonadotrofinas (aGnRH) possa ser uma opção terapêutica eficaz. Objetivos: O nosso objetivo foi avaliar a contribuição das características clínicas, do perfil hormonal e dos exames radiológicos para o diagnóstico diferencial entre TOSA e HPT em mulheres na pós-menopausa. Métodos: Trinta e quatro mulheres pós-menopausadas, na faixa etária de 52 a 80 anos de idade, que foram encaminhadas à Unidade de Endocrinologia do Hospital das Clinicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, entre 1999 e 2013 por hiperandrogenismo clínico e com diagnóstico histológico de TOSA (13 mulheres) e HPT (21 mulheres) foram avaliadas retrospectivamente. Os diagnósticos histológicos foram revisados e confirmados por um único patologista com experiência em patologia ginecológica. Os dados clínicos de hiperandrogenismo, o perfil hormonal (T, E2, LH, FSH) e as imagens radiológicas pélvicas (Ultrassom transvaginal e Ressonância Magnética, RM) foram obtidos a partir da revisão de prontuários médicos. Resultados: Em relação aos dados da história clínica, não houve diferença significativa entre os dois grupos de pacientes para nenhuma das variáveis clínicas analisadas, exceto para o número de gestações, que foi significantemente maior no grupo com TOSA. Os sinais clínicos de hiperandrogenismo, especialmente agravamento da voz (p < 0,001) e hipertrofia muscular (p = 0,01), foram mais prevalentes no grupo de pacientes com TOSA do que o grupo de HPT. Embora na análise dos parâmetros hormonais, os pacientes do grupo com TOSA tenham apresentado níveis mais elevados de T e E2 e níveis mais baixos de gonadotrofinas (p < 0,01 e p <0,01, respectivamente) do que o grupo de pacientes com HPT, uma grande sobreposição nos níveis hormonais foi observada entre os pacientes dos dois grupos. A RM de pelve apresentou uma boa acurácia para diferenciar os TOSAs da HPT em mulheres pós-menopausadas com hiperandrogenismo. Conclusão: Neste grupo de pacientes, as características que mais contribuíram para o diagnóstico diferencial entre TOSA e HPT foram o agravamento da voz e a hipertrofia muscular, os níveis séricos de testosterona e gonadotrofinas e a presença de nódulo ovariano na RM de pelve. Embora a associação das características clínicas, hormonais e radiológicas contribua para a elaboração de uma hipótese diagnóstica fundamentada, a análise histopatológica continua a ser o padrão ouro para o diagnóstico diferencial de hiperandrogenismo de origem ovariana em mulheres na pós-menopausa / Introduction: The presence of virilizing signs associated to high serum of androgen levels in postmenopausal women is a rare and poorly understood condition. Virilizing ovarian tumors (VOT) and ovarian stromal hyperthecosis (OH) are the most common hyperandrogenism etiologies in the postmenopausal women. The differential diagnosis between the two conditions is often difficult, because they present similar clinical features such as hirsutism, androgenic alopecia, clitoromegaly, muscle hypertrophy and deepening of the voice. The hormonal profile of postmenopausal women with VOT and OH may not be the optimal discriminating factor between these two conditions. Moreover, imaging may not accurately characterize these ovarian lesions. Due to the difficulties in establishing the differential diagnosis between VOT and OH, bilateral oophorectomy is the treatment of choice in postmenopausal women with hyperandrogenism of ovarian origin. However, the treatment with gonadotropin-releasing hormone analogue (GnRHa) might be an effective therapy in women with OH. Objectives: Our aim was to evaluate the contribution of clinical features, hormonal profile and radiological studies in the differential diagnosis between VOT and OH in postmenopausal women. Methods: Thirty-four postmenopausal women ranging from 52 to 80 years of age with clinical hyperandrogenism referred to the Endocrinology Unity of Hospital das Clinicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, between 1999 and 2013, with diagnosis of VOT (13 women) and OH (21 women) were evaluated retrospectively. Histological diagnoses were reviewed and confirmed by a single pathologist with expertise in gynecologic pathology. Clinical hyperandrogenism data, hormonal status (T, E2, LH, FSH) and the pelvic images (Transvaginal sonography and Magnetic Resonance Image- MRI) findings were obtained from medical records. Results: No clinical data evaluated in the study was significantly different between the two groups of patients. A higher number of pregnancies in the VOT group was observed, which was statistically different from the OH group. The clinical signs of hyperandrogenism, especially deepening of the voice (p < 0.001) and muscle hypertrophy (p = 0.01), were more prevalent in the VOT\'s than OH\'s group. Although, the VOT\'s group showed higher T and E2 levels and lower gonadotropins levels than the OH\'s group (p < 0.01 and p < 0.01, respectively), a great overlap in the hormone levels occur between VOT and OH patients. Pelvic MRI presented a good accuracy to differentiate these two conditions in hyperandrogenic postmenopausal women. Conclusion: In this group of patients, the main features to the differential diagnosis between VOT and OH were deepening of the voice and muscle hypertrophy, serum levels of testosterone and gonadotropins and presence of ovarian nodule in the pelvic MRI. Although the association of clinical, hormonal and radiological features contributes to the differential diagnosis between these two conditions, histopathological analysis remains the gold standard for the differential diagnosis of ovarian hyperandrogenism in post menopausal women
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