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Classificação e perfil fenotípico de cepas clínicas e ambientais do complexo Cryptococcus neoformans mantidas em banco de microrganismos. / Classification and phenotypic profile of clinical and environmental Cryptococcus neoformans complex strains maintened in stock culture.

Cardoso, Pedro Henrique Magalhães 26 July 2012 (has links)
Objetivando estudar o perfil fenotípico de leveduras mantidas em banco de microrganismos de Cryptococcus neoformans, 40 cepas de origem clínica e 44 de origem ambiental foram escolhidas aleatoriamente. As cepas passaram por tipagem bioquímica para diferenciação em C. neoformans e C. gattii, e dentre as cepas clínicas 90% foram tipadas como C. neoformans e 10% como C. gattii, já dentre as cepas ambientais 95,5% foram C. neoformans e 4,5% C. gattii. As cepas cepas que foram positivas no teste bioquímico para C. gattii passaram por tipagem molecular (PCR-RFLP) e verificou-se que apenas quatro cepas eram realmente C. gattii (VGII), e duas outras C. neoformans (VNI e VNIII). Quando estudado os fatores relacionados a virulência, todas as cepas tanto clínicas quanto ambientais foram produtoras de fosfolipase, sendo que cepas de origem clínica produziram essa enzima em maior quantidade. Todas as cepas tanto clínicas quanto ambientais foram produtoras da enzima protease e todas também apresentaram intensidade de cor da colônia ( melanização). Quando avaliado a espessura capsular in vitro todas apresentaram cápsula, das cepas clínicas, 67% apresentaram cápsula média e das ambientais 70%. Quando avaliado a sensibilidade aos antifúngicos pelo métodos E-test todas as cepas clínicas e ambientais foram sensíveis aos antifúngicos anfotericina B, cetoconazol, fluconazol, voriconazol e posoconazol. O itraconazol também foi testado e apresentou cepas sensíveis à droga, porém uma cepa clínica e duas ambientais tiveram classificação dose dependente. Destacamos que a fosfolipase poderia ser usada como um marcador fenotípico para o complexo Cryptococcus neoformans e uma correta identificação das culturas mantidas em banco de microrganismos é necessário. / Aiming to study the phenotypic profile of yeasts maintened in stock culture identified as Cryptococcus neoformans, 40 clinical and 44 environmental strains, were chosen ran domly. The strains had undergone biochemical typing for differentiation as C. neoformans and C. gattii. Among the clinical strains 90% were typed as C. neoformans and 10% as C. gattii, already among the environmental strains were 95,5% C. neoformans and 4,5% C. gattii. The strains thah were positive in biochemical test for C. gattii underwent molecular typing (PCR-RFLP) and found that only four strain were actually C. gattii (VGII) and two other C. neoformans (VNI and VNII). When the factors related to virulence were studied, both the clinical and environmental strains were phospholipase positive but the clinical strains produced a greater amount of this enzyme. All strains were both clinical and environmental production of protease and also showed an intensity colony color (melanization). When the thickness of the capsule was evaluated, all of it showed a capsule, from the clinical strains 67% had an average capsule and from environmental strains 70% had an average capsule. When assessed by sensitivity to antifungal by E-test method all clinical and environmental strains were sensitive to the anphotericine B, ketoconazole, fluconazole, voriconazole and posoconazole. Itraconazole was tested and the samples showed drug sensitive-strains. We point out that phospholipase production would be used as marked to C. neoformans complex and a correct identification of strains maintened in stock culture is necessary.
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Relação entre hipertensão intracraniana e quantificação de antifúngicos em líquor de pacientes com meningite criptococócica através de Cromatografia Líquida de Alta Performance-HPLC

Wirth, Fernanda January 2016 (has links)
Introdução: Dados sobre a relação entre a farmacocinética do fluconazol (FCZ) e anfotericina B (AMB) no líquido cefalorraquidiano (LCR) e a hipertensão intracraniana (HIC) não se encontram disponíveis na literatura. Objetivos: Avaliar a influência da pressão intracraniana na concentração dos antifúngicos AMB e FCZ no LCR de pacientes com meningite criptococócica internados no Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), no período de 1 ano. Métodos: Foram estudados 15 pacientes com meningite criptococócica durante os primeiros 14 dias de tratamento com AmB (1 mg/kg/dia) e FCZ (800 mg/dia). As amostras de LCR foram obtidas por meio de punções lombares de rotina realizadas nos dias 1, 7 e 14 da terapia antifúngica, respectivamente. Os valores das pressões intracranianas de abertura foram obtidos no momento de cada punção lombar. Os níveis de AmB e FCZ no LCR foram medidos pela metodologia de cromatografia líquida de alta performance (HPLC). A concentração inibitória mínima (CIM) para AmB, FCZ, voriconazol (VRZ) e flucitosina (5-FC) de cada isolado de Cryptococcus sp. foi realizada de acordo com o as normas descritas no documento M27-A3, do CLSI, publicado em 2008. Resultados: Entre os 15 pacientes incluídos no estudo, C. gattii foi isolado do LCR de 2 pacientes e C. neoformans foi isolado do LCR de 13 pacientes apresentaram. A condição de imunossupressão encontrada foi a AIDS, seguida de transplante de órgão sólido. Nove pacientes apresentaram cultura negativa de LCR no 14º dia de terapia antifúngica. Os níveis de AmB no LCR foram indetectáveis para a maioria das amostras de LCR durante os 14 dias de terapia antifúngica. Os níveis de FCZ no LCR aumentaram progressivamente do dia 1 ao dia 14 de terapia. Seis pacientes apresentaram HIC no dia 1, com variação da pressão de abertura entre 100 mmH2O e 650 mmH2O no respectivo dia. A pressão intracraniana não interferiu nas concentrações de FCZ no LCR. Não observamos correlação entre a HIC e as concentrações de AMB e FCZ no LCR de acordo com a correlação de Spearman (Spearman p= 0.122). Conclusão: São necessários mais estudos para avaliar o papel da HIC na eficácia terapêutica de diferentes agentes antifúngicos em pacientes com meningite criptococócica. / Introduction: Data considering the relationship between pharmacokinetics of fluconazole (FCZ) and amphotericin B (BPA) in cerebrospinal fluid (CSF) and intracranial hypertension (IH) are not available in the literature. Objectives: To evaluate the influence of intracranial pressure on the concentration of the antifungals AMB and FCZ in the CSF of patients with cryptococcal meningitis admitted at the Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), within a period of one year. Methods: Fifteen patients with cryptococcal meningitis were studied during the first 14 days of treatment with AmB (1 mg / kg / day) and FCZ (800 mg / day). CSF samples were obtained by means of routine lumbar punctures performed on days 1, 7 and 14 of antifungal therapy, respectively. The values of intracranial opening pressures were obtained at the time of each lumbar puncture. The levels of AmB and FCZ in the CSF were measured by high performance liquid chromatography (HPLC) methodology. The minimum inhibitory concentration (MIC) for AmB, FCZ, voriconazole (VRZ) and flucytosine (5-FC) of each isolate of Cryptococcus sp. was performed according to CLSI guideline M27-A3, published in 2008. Results: Among the 15 patients included in the study, C. gattii was isolated from the CSF of 2 patients and C. neoformans was isolated from the CSF of 13 patients presented. The immunosuppressive condition found was AIDS, followed by solid organ transplantation. Nine patients presented negative CSF culture on the 14th day of antifungal therapy. AmB levels in the CSF were undetectable for most of the CSF samples during the 14 days of antifungal therapy. CSF FCZ levels increased progressively from day 1 to day 14 of therapy. Six patients presented IH on day 1, with variation of the opening pressure between 100 mmH2O and 650 mmH2O on the respective day. Intracranial pressure did not interfere with CSF on FCZ concentrations. We did not observe a correlation between IH and the concentrations of AMB and FCZ in the CSF according to the Spearman correlation (Spearman p = 0.122). Conclusion: Further studies are needed to evaluate the role of IH in the therapeutic efficacy of different antifungal agents in patients with cryptococcal meningitis.
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Fatores prognósticos e perfil clínico-epidemiológico da meningoencefalite criptocócica : uma coorte retrospectiva

Azambuja, Aline Zimmermann de January 2017 (has links)
Introdução: A meningoencefalite criptocócica é uma doença oportunista causada pelo fungo encapsulado Cryptococcus sp. O quadro clínico é inespecífico e pode compreender cefaléia, febre e alteração do estado mental. A terapia recomendada é a combinação de anfotericina B e flucitosina por 14 dias (fase de indução), seguida de uma fase de consolidação com fluconazol. Os fatores associados a pior prognóstico incluem: alteração do estado mental, idade mais avançada e evidências de alta carga fúngica em líquor inicial. Estudos de coorte de pacientes com criptococose são escassos no Brasil. Objetivos: Identificar o perfil clínico-epidemiológico e fatores prognósticos de uma coorte de indivíduos com meningoencefalite criptocócica no Hospital de Clínicas de Porto Alegre, hospital terciário localizado na região sul do Brasil. Métodos: Estudo de coorte retrospectivo compreendido entre o período de janeiro de 2008 a outubro de 2015. Foram analisados as características clínico-epidemiológicas e os fatores associados à mortalidade dos pacientes internados com meningite criptocócica. Resultados: Foram identificados 79 pacientes com meningite criptocócica. A idade média dos pacientes foi 39,3±12,9 anos, variando de 5 a 67 anos. A maioria dos pacientes foi do sexo masculino (56,96%). A condição mais associada foi a infecção por HIV em 82,3% (n=65), sendo que 52,3% estavam em uso de terapia antirretroviral. A contagem mediana de linfócitos T CD4 foi de 34 céls/mm³. Cryptococcus neoformans correspondeu a 96,2% dos isolados em pacientes com meningite criptocócica. As manifestações clínicas mais comuns foram cefaléia, febre e alteração do estado mental. A pressão de abertura na punção lombar inicial variou de 30 a 130 cmH₂O. Achados em exame de imagem incluíram hidrocefalia e hipodensidades. Dilatação dos espaços de Virchow-Robin foram encontrados em apenas 2 pacientes (2,5%). A maioria dos pacientes dos pacientes (80%) recebeu anfotericina B e flucitosina como terapia de indução. A análise multivariada demonstrou que os fatores de pior prognóstico incluíram idade ≥ 50 anos, antígeno criptocócico no líquor ≥1:1000, proteínas ≥60 mg/dL em líquor de controle e admissão em unidade de terapia intensiva (UTI). Os fatores associados independentemente a mortalidade em 30 e 60 dias incluíram a presença de alteração do estado mental, déficit motor, antígeno criptocócico no líquor ≥1:1000 e admissão em UTI. A mortalidade geral, em 30 e 60 dias foi 41,9% 19,1% e 24,4%, respectivamente. 7 Conclusões: Em um hospital terciário no sul do Brasil, a criptococose meníngea ocorre predominantemente em adultos infectados pelo HIV. Na presença de febre, cefaléia e alteração do estado mental, os clínicos devem considerar um diagnóstico de criptococose meníngea para adultos infectados pelo HIV. Apesar do adequado tratamento antifúngico e do manejo da hipertensão intracraniana, a mortalidade foi alta. Os fatores de risco independentes para a mortalidade incluíram pacientes admitidos em UTI com estado mental alterado, proteína do líquor de controle elevada, títulos de antígeno criptocócico elevados no sangue e no líquor. / Background: Cryptococcal meningoencephalitis is an opportunistic disease caused by the encapsulated fungus Cryptococcus sp. Clinical findings are unspecific and may comprise headache, fever and altered mental status. The current recommended treatment is the combination of amphotericin B and flucytosine for 14 days (induction phase), followed by a consolidation period with fluconazole. Risk factors associated with death include: altered mental status, older age and evidence of high fungal burden at initial CSF examination. However, cohort studies are scant in Brazil. Objectives: Identification of clinical and epidemiological characteristics, and risk factors associated with mortality in a cohort of patients with cryptococcal meningoencephalitis admitted at a reference hospital in Brazil. Methods: A retrospective cohort study was conducted from January 2008 to October 2015 in a tertiary care hospital in Southern Brazil. Clinical and epidemiological characteristics, and risk factors associated with mortality were evaluated in patients with cryptococcal meningitis admitted to the hospital. Results: Seventy nine patients were identified. Mean age was 39,3±12,9 years. The age of the patients ranged from 5 to 67 years. Most of the patients were males (56,9%). The most common underlying condition was HIV infection 82,3% (n=65), and 52,3% of them were taking highly active antiretroviral therapy. The median CD4 count was 34 cells/mm³. Cryptococcus neoformans was the most common isolate (96%) identified in patients with cryptococcal meningitis. The most common clinical manifestations included headache, fever, and altered mental status. Initial opening intracranial pressures varied from 30 to 130 cm H20. CNS imaging abnormalities include hydrocephalus, and hypodensities. Widened Virchow- Robin spaces were described in only 2 patients (2.5%). The majority of the patients (80%) received amphotericin B, and flucytosine as induction therapy. Risk factors associated with mortality included age ≥ 50 years, CSF cryptococcal antigen ≥1:1000, CSF proteins ≥60 mg/dL in control lumbar puncture and ICU admission. Risk factors independently associated with death at 30 and 60 days included altered mental status, motor deficit, CSF cryptococcal antigen ≥1:1000 and ICU admission. Overall, 30 and 60-day mortalities were 41,9% 19,1% e 24,4%, respectively. Conclusions: In a terciary care hospital in Southern Brazil, meningeal cryptococcosis occurs predominantly in HIV infected individuals. In the presence of fever, headache and altered mental status, clinicians should consider a diagnosis of meningeal cryptococcosis for HIV 9 infected adults. Despite adequate antifungal treatment and management of intracranial hypertension, mortality was high. Independeted risk factors for mortality included patients admitted to ICU with altered mental status, elevated CSF protein, high blood and CSF cryptococcal antigen titers
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Frequência de Cryptococcus spp. e outras leveduras com potencial patogênico em excretas de aves silvestres em três munícipios do estado de São Paulo / Frequency of Cryptococcus spp. and other yeasts with pathogenic potential in excreta of wild birds in three municipalities of the state of São Paulo

Caldas, Cirlene da Cunha 28 September 2017 (has links)
Introdução: Nas últimas décadas, as infeções fúngicas invasivas por leveduras tornou-se um importante problema de saúde pública, dado sua incidência crescente relacionada ao aumento da população suscetível. O reconhecimento destes patógenos em aspectos como, distribuicão ambiental e caraterísticas fenotípicas, são pilares essenciais para sua vigilância e controle. Objetivo: Descrever a frequência dos agentes de criptococose e outras leveduras com potencial patogênico e comparar essa frequência em excretas de aves silvestres em três municípios do estado de São Paulo, com vistas a melhor conhecimento da distribuição desses agentes no ambiente, além de determinar o perfil de suscetibilidade in vitro a antifúngicos de uso clínico. Método: No período de 2 anos, aves silvestres foram identificadas em áreas de circulação de 3 municípios de São Paulo (Praia Grande, Santos e Rio Claro) e submetidas à coleta de excretas para isolamento de leveduras com potencial patogênico. Análise microscópica e macroscópica para classificação presuntiva de gênero foram realizados em todas as colônias de leveduras obtidas das amostras de excretas. A suscetibilidade dos isolados de leveduras aos antífúngicos: fluconazol, voriconazol e anfotericina B foi determinada segundo método de referência europeu (AFST-EUCAST). Análise de dados: Foi utilizada a regressão de Poisson com a opção robusta para estimar razões de prevalência e identificar variáveis associadas com os principais isolados identificados, com opção de cluster para agrupar os isolados por excreta. Foi avaliado o nível de concordância entre os dois métodos de identificação (fenotípico e MALDI-TOF), utilizando o coeficiente Kappa. Adicionalmente, foi estimada a correlação entre os MIC´s dos fármacos estudados no total de espécies identificadas, utilizando o coeficiente de correlação de Spearman. Resultados: Das 294 excretas coletadas, 42,2 por cento continham leveduras, incluindo espécies de Candida 62 por cento , seguido por Rhodotorula 16,4 por cento , Cryptococcus 10,4 por cento , Trichosporon 6,6 por cento e Pichia 2,7 por cento . Muitas espécies, verificadas em alta frequência, tem forte potêncial de causar infecção invasiva, como: C. parapsilosis stricto sensu, C. tropicalis, Clavispora lusitaniae, C. krusei, C. orthopsilosis, C. glabrata, C. laurenti, C. albicans, C. metapsilosis, C. nivariensis e Meyerozyma guilliermondii. A resistência ao fluconazol, voriconazol e anfotericina B ocorreu nesses isolados, sendo documentada uma forte correlação entre a susceptibilidade, principalmente entre os azois (fluconazol e voriconazol), no entanto, a correlação mesmo sendo menor também foi significativa entre esses fármacos e a anfotericina. De 13 espécies de aves silvestres dispersoras de leveduras, as de maior frequência foram: Sula leucogaster 26,2 por cento , Turdus leucomelas 17 por cento , Larus dominicanus 15 por cento , Thalasseus maximus 11,2 por cento , Thalasseus acuflavidus 5,4 por cento , Tangara sayaca 4,4 por cento , Turdus amaurochalinus 3,7 por cento , Sterna hirundinacea e Pitangus sulphuratus 2,7 por cento . Os gêneros identificados apresentaram associações entre local, estação do ano e espécies de aves. Conclusões: Dentre as principais espécies de aves estudadas, 3 eram de hábitos migratórios (Thalasseus maximus, Thalasseus acuflavidus e Sterna hirundinacea) o que permite inferir dispersão interamericana de leveduras patogênicas. Diversas espécies resistentes a antifúngicos foram descritas, pela primeira vez, em excretas de aves silvestres conferindo a este estudo o valor de contribuir para o conhecimento da epidemiologia das infecções fúngicas por leveduras. / Background: In recent decades, invasive yeast fungal infections have become an important public health problem, due to their increasing incidence related to the increase in the susceptible population. The recognition of these pathogens in aspects such as environmental distribution and phenotypic characteristics are essential pillars for their surveillance and control. Objective: To describe the frequency of cryptococcosis agents and other yeasts with pathogenic potential and to compare this frequency in excreta of wild birds in three municipalities of the state of São Paulo, with a view to a better knowledge of the distribution of these agents in the environment, in addition to determining the profile of in vitro susceptibility to antifungals for clinical use. Method: During two years, wild birds were identified in circulation areas of three municipalities of São Paulo (Praia Grande, Santos and Rio Claro) and were screened for yeasts with pathogenic potential. Microscopic and macroscopic analysis for presumptive genus classification were performed in all yeast colonies obtained from excreta samples. Susceptibility of yeast isolates to antifungals: fluconazole, amphotericin B and voriconazole was determined according to the European reference method (AFST-EUCAST). Data analysis: Poisson regression was used with the robust option to estimate prevalence ratios and to identify variables associated with the main isolates identified, with option of cluster to group the isolates by excreta. The level of agreement between the two identification methods (phenotype and MALDI-TOF) was evaluated using the Kappa coefficient. Additionally, the correlation was estimated between MICs of the drugs studied in total of species identified, using Spearman\'s correlation coefficients. Results: Of the 294 excreta collected, half contained yeasts, including Candida species (62 per cent ), followed by Rhodotorula (16.4 per cent ), Cryptococcus (10.4 per cent ), Trichosporon (6.3 per cent ) and Pichia (2.7 per cent ). Many species, verified at high frequency, have a strong potential to cause invasive infection, such as: C. parapsilosis stricto sensu, C. tropicalis, Clavispora lusitaniae, C. krusei, C. orthopsilosis, C. glabrata, C. laurentii, C. albicans, C. metapsilosis, C. nivariensis and Meyerozyma guilliermondii. Resistance to fluconazole, voriconazole and amphotericin B occurred in these isolates and a strong correlation was reported between susceptibility, mainly between azole (fluconazole and voriconazole), however, the correlation, even though it was lower, was also significant between these drugs and amphotericin. From 13 species of wild birds dispersing yeasts, the ones with the highest frequency were: Sula leucogaster 26,2 per cent , Turdus leucomelas 17 per cent , Larus dominicanus 15 per cent , Thalasseus maximus 11,2 per cent , Thalasseus acuflavidus 5,4 per cent , Tangara sayaca 4,4 per cent , Turdus amaurochalinus 3,7 per cent , Sterna hirundinacea e Pitangus sulphuratus 2,7 per cent . The identified genera presented associations between site, season of the year and species of birds. Conclusion: Among the main species of birds studied, 3 were of migratory habits (Thalasseus maximus, Thalasseus acuflavidus and Sterna hirundinacea), which allows inferring the inter - American dispersion of pathogenic yeasts. Several species resistant to antifungal were described for the first time in excreta of wild birds, conferring to this study the value of contributing to the knowledge of the epidemiology of fungal infections by yeasts.
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Avaliação da terapia com B(1-3) glucana associada ao fluconazol na criptococose experimental / Evaluation of ß (1-3) glucan therapy associated with fluconazole in experimental cryptococcosis

Faria, Renata Osório de January 2010 (has links)
A Criptococose é uma enfermidade micótica sistêmica, subaguda ou crônica, que acomete a cavidade nasal, tecidos paranasais e pulmões do homem, animais domésticos e silvestres, podendo disseminar-se para o sistema nervoso central, olhos, pele e outros órgãos. Considerando as dificuldades terapêuticas no tratamento da micose em pequenos animais, incluindo toxicidade, desenvolvimento de resistência aos antifúngicos tradicionalmente utilizados e longos períodos de tratamento da enfermidade, o estudo objetivou avaliar a eficácia do imunomodulador ß (1-3) glucana isoladamente e em associação ao fluconazol no tratamento da criptococose experimental. Foram utilizados 100 camundongos (Mus musculus), cepa UFPel, albinos, os quais foram divididos em cinco grupos de 20 animais. O tratamento dos animais com criptococose experimental foi iniciado sete dias após a inoculação. O grupo Controle (G1) foi tratado com 0,1 ml de água destilada estéril, o grupo Fluconazol (G2) com 5 mg/kg de fluconazol, o grupo Fluconazol associado a ß (1-3) glucana (G3) com 5 mg/kg de fluconazol associado a 0,5 mg de ß (1-3) glucana, o grupo Glucana dose I (G4) com 0,5 mg de ß (1-3) glucana e o grupo Glucana dose II (G5) recebeu 0,25 mg de ß (1-3) glucana. Após acompanhamento clínico durante as seis semanas de tratamento os animais foram eutanasiados e necropsiados para avaliação anatomopatológica dos órgãos, quantificação das unidades formadoras de colônias fúngicas (UFCs), retroisolamento e avaliação histopatológica. Nas avaliações clínicas o G3 foi sempre superior ao G1 e G2, sendo que na última avaliação clínica individual, os animais pertencentes ao G3 não apresentavam nenhum sintoma clínico. O G2 teve um menor número de órgãos afetados e de alterações macroscópicas, seguido pelo G3, sendo que no primeiro não foram observadas lesões em órgãos-alvo, como pulmão e cérebro. O grupo com maior número de lesões e órgãos afetados foi o G1. Nos parâmetros retroisolamento e UFCs, o G3 foi superior aos outros tratamentos, seguido pelo G2, sendo que o pior grupo, ou seja, aquele que teve um maior número de isolamentos e maior quantificação de UFCs foi o G1. Conforme os resultados obtidos os tratamentos G2 e G3 foram os mais eficazes para a remissão da criptococose experimental, no entanto, G3 apresentou uma superioridade na maioria dos parâmetros avaliados. Portanto, de acordo com os resultados obtidos, a associação de fluconazol ao imunomodulador ß (1-3) glucana pode ser uma alternativa benéfica em considerável quantidade de pacientes com criptococose. / Cryptococcosis is a systematic sub acute or chronic mycotic condition that affects the nasal cavity, paranasal tissues and the lungs of humans, as well as domestic and wild animals, which can spread to the central nervous system, skin, and other organs. Considering the therapeutic difficulties in treating this mycosis in small animals, which include toxicity, resistance towards traditionally used antifungals, and the extended treatment of this condition, this study aimed to evaluate the ß (1-3) glucan immunomodulator efficacy when used both alone and in association with fluconazole in the treatment of experimental cryptococcosis. One Hundred albino UFPel strain mice (Mus musculus), divided into five groups of 20 animals each, were used. The treatment of these animals with experimental cryptococcosis was started seven days following inoculation. The control group (G1) was treated with 0,1 ml sterile distilled water. The fluconazole group (G2) was treated with 5 mg/kg fluconazole; the fluconazole associated with ß glucan (1-3) group (G3) was treated with 5 mg/kg fluconazole associated with 0,5 mg ß (1-3) glucan ; the group glucan dose I (G4) was treated with 0,5 mg ß (1-3) glucan, and the group glucan dose II (G5) was administered 0,25 mg ß (1-3) glucan. After the six-week treatment clinical follow-up, the aimals were euthanized and necropsied for anatomopathological evaluation of organs, quantification of fungal colony-forming units (FCUs), retro isolation and histopathological evaluation. In clinical evaluations, G3 was always superior to G1 and G2, and in the last individual clinical evaluation, G3 animals did not show any clinical symptoms. G2 had a smaller number of affected organs and microscopic alterations, followed by G3. In G2, target organ lesions, such as those in the lungs and brain, were not found. Considering retro isolation and FCU parameters, G3 was superior to other treatments, followed by G2; the worst group, that is, the one with the highest isolation occurrence and greatest FCU quantification, was G1. According to the results obtained, treatments G2 and G3 were the most efficient in experimental cryptococcosis remission; however, G3 was superior in most parameters evaluated. Therefore, according to the results obtained, the association of fluconazole with the ß (1-3) glucan immunomodulator can be a beneficial alternative to a considerable number of cryptococcosis-bearing patients.
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Relação entre hipertensão intracraniana e quantificação de antifúngicos em líquor de pacientes com meningite criptococócica através de Cromatografia Líquida de Alta Performance-HPLC

Wirth, Fernanda January 2016 (has links)
Introdução: Dados sobre a relação entre a farmacocinética do fluconazol (FCZ) e anfotericina B (AMB) no líquido cefalorraquidiano (LCR) e a hipertensão intracraniana (HIC) não se encontram disponíveis na literatura. Objetivos: Avaliar a influência da pressão intracraniana na concentração dos antifúngicos AMB e FCZ no LCR de pacientes com meningite criptococócica internados no Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), no período de 1 ano. Métodos: Foram estudados 15 pacientes com meningite criptococócica durante os primeiros 14 dias de tratamento com AmB (1 mg/kg/dia) e FCZ (800 mg/dia). As amostras de LCR foram obtidas por meio de punções lombares de rotina realizadas nos dias 1, 7 e 14 da terapia antifúngica, respectivamente. Os valores das pressões intracranianas de abertura foram obtidos no momento de cada punção lombar. Os níveis de AmB e FCZ no LCR foram medidos pela metodologia de cromatografia líquida de alta performance (HPLC). A concentração inibitória mínima (CIM) para AmB, FCZ, voriconazol (VRZ) e flucitosina (5-FC) de cada isolado de Cryptococcus sp. foi realizada de acordo com o as normas descritas no documento M27-A3, do CLSI, publicado em 2008. Resultados: Entre os 15 pacientes incluídos no estudo, C. gattii foi isolado do LCR de 2 pacientes e C. neoformans foi isolado do LCR de 13 pacientes apresentaram. A condição de imunossupressão encontrada foi a AIDS, seguida de transplante de órgão sólido. Nove pacientes apresentaram cultura negativa de LCR no 14º dia de terapia antifúngica. Os níveis de AmB no LCR foram indetectáveis para a maioria das amostras de LCR durante os 14 dias de terapia antifúngica. Os níveis de FCZ no LCR aumentaram progressivamente do dia 1 ao dia 14 de terapia. Seis pacientes apresentaram HIC no dia 1, com variação da pressão de abertura entre 100 mmH2O e 650 mmH2O no respectivo dia. A pressão intracraniana não interferiu nas concentrações de FCZ no LCR. Não observamos correlação entre a HIC e as concentrações de AMB e FCZ no LCR de acordo com a correlação de Spearman (Spearman p= 0.122). Conclusão: São necessários mais estudos para avaliar o papel da HIC na eficácia terapêutica de diferentes agentes antifúngicos em pacientes com meningite criptococócica. / Introduction: Data considering the relationship between pharmacokinetics of fluconazole (FCZ) and amphotericin B (BPA) in cerebrospinal fluid (CSF) and intracranial hypertension (IH) are not available in the literature. Objectives: To evaluate the influence of intracranial pressure on the concentration of the antifungals AMB and FCZ in the CSF of patients with cryptococcal meningitis admitted at the Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), within a period of one year. Methods: Fifteen patients with cryptococcal meningitis were studied during the first 14 days of treatment with AmB (1 mg / kg / day) and FCZ (800 mg / day). CSF samples were obtained by means of routine lumbar punctures performed on days 1, 7 and 14 of antifungal therapy, respectively. The values of intracranial opening pressures were obtained at the time of each lumbar puncture. The levels of AmB and FCZ in the CSF were measured by high performance liquid chromatography (HPLC) methodology. The minimum inhibitory concentration (MIC) for AmB, FCZ, voriconazole (VRZ) and flucytosine (5-FC) of each isolate of Cryptococcus sp. was performed according to CLSI guideline M27-A3, published in 2008. Results: Among the 15 patients included in the study, C. gattii was isolated from the CSF of 2 patients and C. neoformans was isolated from the CSF of 13 patients presented. The immunosuppressive condition found was AIDS, followed by solid organ transplantation. Nine patients presented negative CSF culture on the 14th day of antifungal therapy. AmB levels in the CSF were undetectable for most of the CSF samples during the 14 days of antifungal therapy. CSF FCZ levels increased progressively from day 1 to day 14 of therapy. Six patients presented IH on day 1, with variation of the opening pressure between 100 mmH2O and 650 mmH2O on the respective day. Intracranial pressure did not interfere with CSF on FCZ concentrations. We did not observe a correlation between IH and the concentrations of AMB and FCZ in the CSF according to the Spearman correlation (Spearman p = 0.122). Conclusion: Further studies are needed to evaluate the role of IH in the therapeutic efficacy of different antifungal agents in patients with cryptococcal meningitis.
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Fatores prognósticos e perfil clínico-epidemiológico da meningoencefalite criptocócica : uma coorte retrospectiva

Azambuja, Aline Zimmermann de January 2017 (has links)
Introdução: A meningoencefalite criptocócica é uma doença oportunista causada pelo fungo encapsulado Cryptococcus sp. O quadro clínico é inespecífico e pode compreender cefaléia, febre e alteração do estado mental. A terapia recomendada é a combinação de anfotericina B e flucitosina por 14 dias (fase de indução), seguida de uma fase de consolidação com fluconazol. Os fatores associados a pior prognóstico incluem: alteração do estado mental, idade mais avançada e evidências de alta carga fúngica em líquor inicial. Estudos de coorte de pacientes com criptococose são escassos no Brasil. Objetivos: Identificar o perfil clínico-epidemiológico e fatores prognósticos de uma coorte de indivíduos com meningoencefalite criptocócica no Hospital de Clínicas de Porto Alegre, hospital terciário localizado na região sul do Brasil. Métodos: Estudo de coorte retrospectivo compreendido entre o período de janeiro de 2008 a outubro de 2015. Foram analisados as características clínico-epidemiológicas e os fatores associados à mortalidade dos pacientes internados com meningite criptocócica. Resultados: Foram identificados 79 pacientes com meningite criptocócica. A idade média dos pacientes foi 39,3±12,9 anos, variando de 5 a 67 anos. A maioria dos pacientes foi do sexo masculino (56,96%). A condição mais associada foi a infecção por HIV em 82,3% (n=65), sendo que 52,3% estavam em uso de terapia antirretroviral. A contagem mediana de linfócitos T CD4 foi de 34 céls/mm³. Cryptococcus neoformans correspondeu a 96,2% dos isolados em pacientes com meningite criptocócica. As manifestações clínicas mais comuns foram cefaléia, febre e alteração do estado mental. A pressão de abertura na punção lombar inicial variou de 30 a 130 cmH₂O. Achados em exame de imagem incluíram hidrocefalia e hipodensidades. Dilatação dos espaços de Virchow-Robin foram encontrados em apenas 2 pacientes (2,5%). A maioria dos pacientes dos pacientes (80%) recebeu anfotericina B e flucitosina como terapia de indução. A análise multivariada demonstrou que os fatores de pior prognóstico incluíram idade ≥ 50 anos, antígeno criptocócico no líquor ≥1:1000, proteínas ≥60 mg/dL em líquor de controle e admissão em unidade de terapia intensiva (UTI). Os fatores associados independentemente a mortalidade em 30 e 60 dias incluíram a presença de alteração do estado mental, déficit motor, antígeno criptocócico no líquor ≥1:1000 e admissão em UTI. A mortalidade geral, em 30 e 60 dias foi 41,9% 19,1% e 24,4%, respectivamente. 7 Conclusões: Em um hospital terciário no sul do Brasil, a criptococose meníngea ocorre predominantemente em adultos infectados pelo HIV. Na presença de febre, cefaléia e alteração do estado mental, os clínicos devem considerar um diagnóstico de criptococose meníngea para adultos infectados pelo HIV. Apesar do adequado tratamento antifúngico e do manejo da hipertensão intracraniana, a mortalidade foi alta. Os fatores de risco independentes para a mortalidade incluíram pacientes admitidos em UTI com estado mental alterado, proteína do líquor de controle elevada, títulos de antígeno criptocócico elevados no sangue e no líquor. / Background: Cryptococcal meningoencephalitis is an opportunistic disease caused by the encapsulated fungus Cryptococcus sp. Clinical findings are unspecific and may comprise headache, fever and altered mental status. The current recommended treatment is the combination of amphotericin B and flucytosine for 14 days (induction phase), followed by a consolidation period with fluconazole. Risk factors associated with death include: altered mental status, older age and evidence of high fungal burden at initial CSF examination. However, cohort studies are scant in Brazil. Objectives: Identification of clinical and epidemiological characteristics, and risk factors associated with mortality in a cohort of patients with cryptococcal meningoencephalitis admitted at a reference hospital in Brazil. Methods: A retrospective cohort study was conducted from January 2008 to October 2015 in a tertiary care hospital in Southern Brazil. Clinical and epidemiological characteristics, and risk factors associated with mortality were evaluated in patients with cryptococcal meningitis admitted to the hospital. Results: Seventy nine patients were identified. Mean age was 39,3±12,9 years. The age of the patients ranged from 5 to 67 years. Most of the patients were males (56,9%). The most common underlying condition was HIV infection 82,3% (n=65), and 52,3% of them were taking highly active antiretroviral therapy. The median CD4 count was 34 cells/mm³. Cryptococcus neoformans was the most common isolate (96%) identified in patients with cryptococcal meningitis. The most common clinical manifestations included headache, fever, and altered mental status. Initial opening intracranial pressures varied from 30 to 130 cm H20. CNS imaging abnormalities include hydrocephalus, and hypodensities. Widened Virchow- Robin spaces were described in only 2 patients (2.5%). The majority of the patients (80%) received amphotericin B, and flucytosine as induction therapy. Risk factors associated with mortality included age ≥ 50 years, CSF cryptococcal antigen ≥1:1000, CSF proteins ≥60 mg/dL in control lumbar puncture and ICU admission. Risk factors independently associated with death at 30 and 60 days included altered mental status, motor deficit, CSF cryptococcal antigen ≥1:1000 and ICU admission. Overall, 30 and 60-day mortalities were 41,9% 19,1% e 24,4%, respectively. Conclusions: In a terciary care hospital in Southern Brazil, meningeal cryptococcosis occurs predominantly in HIV infected individuals. In the presence of fever, headache and altered mental status, clinicians should consider a diagnosis of meningeal cryptococcosis for HIV 9 infected adults. Despite adequate antifungal treatment and management of intracranial hypertension, mortality was high. Independeted risk factors for mortality included patients admitted to ICU with altered mental status, elevated CSF protein, high blood and CSF cryptococcal antigen titers
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Avaliação da terapia com B(1-3) glucana associada ao fluconazol na criptococose experimental / Evaluation of ß (1-3) glucan therapy associated with fluconazole in experimental cryptococcosis

Faria, Renata Osório de January 2010 (has links)
A Criptococose é uma enfermidade micótica sistêmica, subaguda ou crônica, que acomete a cavidade nasal, tecidos paranasais e pulmões do homem, animais domésticos e silvestres, podendo disseminar-se para o sistema nervoso central, olhos, pele e outros órgãos. Considerando as dificuldades terapêuticas no tratamento da micose em pequenos animais, incluindo toxicidade, desenvolvimento de resistência aos antifúngicos tradicionalmente utilizados e longos períodos de tratamento da enfermidade, o estudo objetivou avaliar a eficácia do imunomodulador ß (1-3) glucana isoladamente e em associação ao fluconazol no tratamento da criptococose experimental. Foram utilizados 100 camundongos (Mus musculus), cepa UFPel, albinos, os quais foram divididos em cinco grupos de 20 animais. O tratamento dos animais com criptococose experimental foi iniciado sete dias após a inoculação. O grupo Controle (G1) foi tratado com 0,1 ml de água destilada estéril, o grupo Fluconazol (G2) com 5 mg/kg de fluconazol, o grupo Fluconazol associado a ß (1-3) glucana (G3) com 5 mg/kg de fluconazol associado a 0,5 mg de ß (1-3) glucana, o grupo Glucana dose I (G4) com 0,5 mg de ß (1-3) glucana e o grupo Glucana dose II (G5) recebeu 0,25 mg de ß (1-3) glucana. Após acompanhamento clínico durante as seis semanas de tratamento os animais foram eutanasiados e necropsiados para avaliação anatomopatológica dos órgãos, quantificação das unidades formadoras de colônias fúngicas (UFCs), retroisolamento e avaliação histopatológica. Nas avaliações clínicas o G3 foi sempre superior ao G1 e G2, sendo que na última avaliação clínica individual, os animais pertencentes ao G3 não apresentavam nenhum sintoma clínico. O G2 teve um menor número de órgãos afetados e de alterações macroscópicas, seguido pelo G3, sendo que no primeiro não foram observadas lesões em órgãos-alvo, como pulmão e cérebro. O grupo com maior número de lesões e órgãos afetados foi o G1. Nos parâmetros retroisolamento e UFCs, o G3 foi superior aos outros tratamentos, seguido pelo G2, sendo que o pior grupo, ou seja, aquele que teve um maior número de isolamentos e maior quantificação de UFCs foi o G1. Conforme os resultados obtidos os tratamentos G2 e G3 foram os mais eficazes para a remissão da criptococose experimental, no entanto, G3 apresentou uma superioridade na maioria dos parâmetros avaliados. Portanto, de acordo com os resultados obtidos, a associação de fluconazol ao imunomodulador ß (1-3) glucana pode ser uma alternativa benéfica em considerável quantidade de pacientes com criptococose. / Cryptococcosis is a systematic sub acute or chronic mycotic condition that affects the nasal cavity, paranasal tissues and the lungs of humans, as well as domestic and wild animals, which can spread to the central nervous system, skin, and other organs. Considering the therapeutic difficulties in treating this mycosis in small animals, which include toxicity, resistance towards traditionally used antifungals, and the extended treatment of this condition, this study aimed to evaluate the ß (1-3) glucan immunomodulator efficacy when used both alone and in association with fluconazole in the treatment of experimental cryptococcosis. One Hundred albino UFPel strain mice (Mus musculus), divided into five groups of 20 animals each, were used. The treatment of these animals with experimental cryptococcosis was started seven days following inoculation. The control group (G1) was treated with 0,1 ml sterile distilled water. The fluconazole group (G2) was treated with 5 mg/kg fluconazole; the fluconazole associated with ß glucan (1-3) group (G3) was treated with 5 mg/kg fluconazole associated with 0,5 mg ß (1-3) glucan ; the group glucan dose I (G4) was treated with 0,5 mg ß (1-3) glucan, and the group glucan dose II (G5) was administered 0,25 mg ß (1-3) glucan. After the six-week treatment clinical follow-up, the aimals were euthanized and necropsied for anatomopathological evaluation of organs, quantification of fungal colony-forming units (FCUs), retro isolation and histopathological evaluation. In clinical evaluations, G3 was always superior to G1 and G2, and in the last individual clinical evaluation, G3 animals did not show any clinical symptoms. G2 had a smaller number of affected organs and microscopic alterations, followed by G3. In G2, target organ lesions, such as those in the lungs and brain, were not found. Considering retro isolation and FCU parameters, G3 was superior to other treatments, followed by G2; the worst group, that is, the one with the highest isolation occurrence and greatest FCU quantification, was G1. According to the results obtained, treatments G2 and G3 were the most efficient in experimental cryptococcosis remission; however, G3 was superior in most parameters evaluated. Therefore, according to the results obtained, the association of fluconazole with the ß (1-3) glucan immunomodulator can be a beneficial alternative to a considerable number of cryptococcosis-bearing patients.
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Estudo microbiológico: amostragem de Cryptococcus sp em São José do Rio Preto/SP

Barboza, Lílian Stefani [UNESP] 11 April 2011 (has links) (PDF)
Made available in DSpace on 2014-06-11T19:27:21Z (GMT). No. of bitstreams: 0 Previous issue date: 2011-04-11Bitstream added on 2014-06-13T18:31:22Z : No. of bitstreams: 1 barboza_ls_me_sjrp_parcial.pdf: 54066 bytes, checksum: 3901016bbfd3977caa34c67746541ca7 (MD5) Bitstreams deleted on 2015-08-28T16:08:50Z: barboza_ls_me_sjrp_parcial.pdf,. Added 1 bitstream(s) on 2015-08-28T16:09:56Z : No. of bitstreams: 1 000642588.pdf: 349486 bytes, checksum: eea3a5247c5cd27a996061bb9441acaa (MD5) / A criptococose é uma micose sistêmica que afeta principalmente o sistema nervoso central, causando meningite. Causada pela inalação de propágulos de fungos do gênero Cryptococcus sp, C neoformans acomete hospedeiros com imunodepressão celular, cujo maior contingente é representado por indivíduos com AIDS. A fonte principal de aquisição desta levedura são fezes de aves, principalmente pombos (Columba livia). C. gattii infecta indivíduos aparentemente imunocompetentes, sendo isolado principalmente em espécies de eucaliptos. C. albidus e C. laurentii aparece em casos de meningites, fungemias, pneumonias, abscessos pulmonares e infecções cutâneas. C.uniguttulatus é encontrado no trato gastrointestinal, fezes de pássaros e contaminante de leitos de animais e habitats de roedores. Termo-tolerância, parede celular, cápsula, adesão, e produção de enzimas são fatores importantes de virulência do gênero. São José do Rio Preto é a 5ª cidade entre os 100 municípios do estado de São Paulo em de casos de AIDS. Analisou-se morfologicamente e bioquimicamente 48 amostras clínicas e 155 ambientais. Amostras de líquor resultaram em 30 isolados da espécie C. neoformans, 17 de C. gattii e um de C. luteolus. Foram identificados 26 isolados de C.albidus, 22 de C. laurentii, 9 de C. neoformans, 5 de C. gattii e um de C.uniguttulatus nas amostras ambientais. A concentração inibitória mínima para antifúngicos foi determinada para todos os isolados por meio do teste de microdiluição em caldo padronizado pelo NCCLS. Os resultados obtidos mostraram resistência à anfotericina B e itraconazol nas cepas clínicas de C. neoformans e C. gattii, e as cepas de C.albidus e C. laurentii apresentaram resistência a 5-fluorcitosina, itraconazol e anfotericina B / Cryptococcosis is a systemic mycosis that mainly affects the central nervous system, causing meningitis. Caused by inhalation of seedlings of fungi of the genus Cryptococcus sp, C. neoformans affects hosts with immunosuppression cellular, whose largest contingent is represented by individuals with AIDS. The main source of acquiring this yeast is feces of birds, especially pigeons (Columba livia). C. gattii infects individuals apparently immunocompetent, being isolated mainly in species of eucalyptus. C. albidus and C. laurentii appear in cases of meningitis, nosocomial fungemia, pneumonia, lung abscesses and skin infections. C. uniguttulatus is found in the gastrointestinal tract and feces of birds and contaminant of beds of animals and habitats of rodents. Thermo-tolerance, cell wall, capsule, accession, and production of enzymes are important factors in the virulence of the genus. São José do Rio Preto is the 5th city among the 100 cities in the state of São Paulo in cases of AIDS. We analyzed morphologically and biochemically 48 clinical samples and 155 environmental. Liquor samples resulted in 30 isolates of the species C. neoformans, 17 of C. gattii and one of C. luteolus. We identified 26 isolates of C. albidus, 22 of C. laurentii, 9 of C. neoformans, 5 of C. gattii and one of C. uniguttulatus in environmental samples. The minimal inhibitory concentration for antifungal agents was determined for all isolates by means of the test of broth microdilution standardized by the NCCLS. The results obtained showed resistance to amphotericin B and itraconazole in clinical strains of C. neoformans and C. gattii, C. albidus and C. laurentii exhibited resistance to 5-fluorocytosine, itraconazole and amphotericin B
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Relação entre hipertensão intracraniana e quantificação de antifúngicos em líquor de pacientes com meningite criptococócica através de Cromatografia Líquida de Alta Performance-HPLC

Wirth, Fernanda January 2016 (has links)
Introdução: Dados sobre a relação entre a farmacocinética do fluconazol (FCZ) e anfotericina B (AMB) no líquido cefalorraquidiano (LCR) e a hipertensão intracraniana (HIC) não se encontram disponíveis na literatura. Objetivos: Avaliar a influência da pressão intracraniana na concentração dos antifúngicos AMB e FCZ no LCR de pacientes com meningite criptococócica internados no Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), no período de 1 ano. Métodos: Foram estudados 15 pacientes com meningite criptococócica durante os primeiros 14 dias de tratamento com AmB (1 mg/kg/dia) e FCZ (800 mg/dia). As amostras de LCR foram obtidas por meio de punções lombares de rotina realizadas nos dias 1, 7 e 14 da terapia antifúngica, respectivamente. Os valores das pressões intracranianas de abertura foram obtidos no momento de cada punção lombar. Os níveis de AmB e FCZ no LCR foram medidos pela metodologia de cromatografia líquida de alta performance (HPLC). A concentração inibitória mínima (CIM) para AmB, FCZ, voriconazol (VRZ) e flucitosina (5-FC) de cada isolado de Cryptococcus sp. foi realizada de acordo com o as normas descritas no documento M27-A3, do CLSI, publicado em 2008. Resultados: Entre os 15 pacientes incluídos no estudo, C. gattii foi isolado do LCR de 2 pacientes e C. neoformans foi isolado do LCR de 13 pacientes apresentaram. A condição de imunossupressão encontrada foi a AIDS, seguida de transplante de órgão sólido. Nove pacientes apresentaram cultura negativa de LCR no 14º dia de terapia antifúngica. Os níveis de AmB no LCR foram indetectáveis para a maioria das amostras de LCR durante os 14 dias de terapia antifúngica. Os níveis de FCZ no LCR aumentaram progressivamente do dia 1 ao dia 14 de terapia. Seis pacientes apresentaram HIC no dia 1, com variação da pressão de abertura entre 100 mmH2O e 650 mmH2O no respectivo dia. A pressão intracraniana não interferiu nas concentrações de FCZ no LCR. Não observamos correlação entre a HIC e as concentrações de AMB e FCZ no LCR de acordo com a correlação de Spearman (Spearman p= 0.122). Conclusão: São necessários mais estudos para avaliar o papel da HIC na eficácia terapêutica de diferentes agentes antifúngicos em pacientes com meningite criptococócica. / Introduction: Data considering the relationship between pharmacokinetics of fluconazole (FCZ) and amphotericin B (BPA) in cerebrospinal fluid (CSF) and intracranial hypertension (IH) are not available in the literature. Objectives: To evaluate the influence of intracranial pressure on the concentration of the antifungals AMB and FCZ in the CSF of patients with cryptococcal meningitis admitted at the Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), within a period of one year. Methods: Fifteen patients with cryptococcal meningitis were studied during the first 14 days of treatment with AmB (1 mg / kg / day) and FCZ (800 mg / day). CSF samples were obtained by means of routine lumbar punctures performed on days 1, 7 and 14 of antifungal therapy, respectively. The values of intracranial opening pressures were obtained at the time of each lumbar puncture. The levels of AmB and FCZ in the CSF were measured by high performance liquid chromatography (HPLC) methodology. The minimum inhibitory concentration (MIC) for AmB, FCZ, voriconazole (VRZ) and flucytosine (5-FC) of each isolate of Cryptococcus sp. was performed according to CLSI guideline M27-A3, published in 2008. Results: Among the 15 patients included in the study, C. gattii was isolated from the CSF of 2 patients and C. neoformans was isolated from the CSF of 13 patients presented. The immunosuppressive condition found was AIDS, followed by solid organ transplantation. Nine patients presented negative CSF culture on the 14th day of antifungal therapy. AmB levels in the CSF were undetectable for most of the CSF samples during the 14 days of antifungal therapy. CSF FCZ levels increased progressively from day 1 to day 14 of therapy. Six patients presented IH on day 1, with variation of the opening pressure between 100 mmH2O and 650 mmH2O on the respective day. Intracranial pressure did not interfere with CSF on FCZ concentrations. We did not observe a correlation between IH and the concentrations of AMB and FCZ in the CSF according to the Spearman correlation (Spearman p = 0.122). Conclusion: Further studies are needed to evaluate the role of IH in the therapeutic efficacy of different antifungal agents in patients with cryptococcal meningitis.

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