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Estudos para composição do eu e do(s) outro(s): enunciação, polifonia e imagens discursivas na cartilha da Campanha Nacional O Petróleo Tem que Ser Nosso / Studies for the composition of self and other(s) : ennunciation, polyphony and discursive images in the booklet of the National Campaign The Oil Has To Be Our

Fábio Carlos de Mattos da Fonseca 03 December 2010 (has links)
O anúncio dos gigantescos campos do pré-sal brasileiro recolocou o petróleo no alvo dos holofotes. A propriedade desta imensa riqueza e as inevitáveis mudanças na legislação do setor são as principais questões que derivam deste fato. Com efeito, temos assistido a uma proliferação de discursos acerca do tema. Esta dissertação se insere num conjunto de reflexões que tomam o petróleo como objeto de interesse. Privilegiamos um espaço específico de produção discursiva, a saber, o instituído pela Campanha Nacional O Petróleo Tem que Ser Nosso. Um primeiro procedimento metodológico de coleta de dados possibilitou identificar que, entre os seus materiais de mobilização, ganha destaque a cartilha de massas do movimento, que desde julho de 2009 circula pelo território nacional. Inscritos numa perspectiva da Análise do Discurso de base enunciativa, cuidamos de construir uma reflexão sobre alguns dos modos de inscrição do(s) sujeito(s) no discurso. Nossas considerações acerca dos gêneros do discurso revelaram o hibridismo da cartilha; tal peculiaridade nos obrigou a construir dispositivos distintos de análise. Num primeiro memento, decidimos observar as marcas de pessoa, os marcadores temporais e espaciais, com vistas a identificar uma dada cenografia discursiva (Maingueneau, 1997) que nos remetesse às imagens dos coenunciadores; consideramos, num segundo momento, os discursos relatados (Bakhtin, 2006; Authier-Revuz, 1998 e outros) para compreender a polifonia inerente à cartilha. Nossa análise verificou de que maneira um regime de verdade e uma memória se instituem pela cenografia discursiva; a análise dos discursos relatados, com ênfase nos discursos direto, indireto e narrativizado, nos permitiu identificar, no agenciamento das vozes, um espaço de confronto entre formações discursivas divergentes / The announcement of the giant fields in the Brazilian pre-salt oil has put the target in the spotlight. The immense wealth and property of the inevitable changes in the legislation of the sector are the main issues arising from this fact. Indeed, we have witnessed a proliferation of discourses on the subject. This work is part of a set of reflections that take oil as an object of interest.We favor a specific space of discursive production, namely that introduced by the National Campaign The Oil Must Be Ours. A first methodological approach to data collection identified that, among its mobilization materials, is highlighted by the primer mass movement, which runs from July 2009 through the national territory. Subscribers perspective of discourse analysis based expository take care to build a reflection on some of the modes of entry (s) of subject (s) in the speech. Our considerations regarding the speech genres revealed hybridization of the primer, such peculiarity forced us to build devices for different analysis. In a first memento, we decided to observe the marks of a person, the temporal and spatial markers, in order to identify a particular scenery discursive (Maingueneau, 1997) which took us to images of coenunciadores; consider, second, the speeches reported (Bakhtin, 2006; Authier-Revuz, 1998 and others) to understand the polyphony inherent in the booklet. Our analysis shows how a regime of truth and memory are instituted for the scenography discourse, the discourse analysis reported, with emphasis on speeches direct, indirect and narrativised allowed us to identify, in the assemblage of voices, a place of confrontation between formations discursive differences
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Sexo e adolescência no início do novo milênio: discursos sobre sexualidade na revista Capricho / Sex and adolescence in the beginning of the new millennium: discourses about sexuality in Capricho magazine

Sergio Antonio da Silva Ribeiro 27 March 2006 (has links)
Este trabalho tem por objetivo explorar e descrever as estratégias discursivas adotadas pela mídia quanto ao tema sexualidade na adolescência. Apresentamos nas considerações iniciais a nossa motivação para a presente pesquisa, que se deu a partir de um comercial estadunidense sobre o uso de camisinha como método anticoncepcional e preventivo contra doenças sexualmente transmissíveis, exibido em aulas de conversação em inglês para alunos do Ensino Médio de dois colégios particulares tradicionais do Rio de Janeiro. Diante do grande interesse dos alunos adolescentes sobre o tema sexualidade, verificamos, através de questionários enviados a eles, ser a seção Sexo da revista CAPRICHO a mais lida por esses jovens. Logo depois, tecemos breves considerações sobre a concepção de adolescente, por ser este a quem a mídia se dirige. Para isso, centramos nossa atenção nos seguintes pontos que tangem ao adolescente: a sexualidade na pós-modernidade, o campo da linguagem e a alteridade. Em seguida, no capítulo metodológico, descrevemos o percurso da pesquisa, que inclui os seguintes pontos: escolha da revista CAPRICHO, de periodicidade quinzenal, publicada pela Editora Abril, como fonte dos discursos sobre o debate em questão; caracterização geral dessa revista; processo de seleção dos artigos relevantes ao objetivo mencionado; definição da categoria de análise; delimitação do corpus propriamente dito. Nossa perspectiva teórica é a da Análise do Discurso de base enunciativa, com ênfase nos conceitos de dialogismo, de alteridade discursiva, de gêneros do discurso e de discurso relatado, segundo definição de Maingueneau e Authier-Revuz, marca lingüística relevante no discurso do veículo midiático em questão. Quanto à análise que conduzimos, verificamos que as estratégias discursivas adotadas pela revista CAPRICHO na seção Sexo ao longo do nosso corpus sofrem uma descontinuidade. A revista, que antes dava a voz a especialistas que legitimam saberes para o adolescente leitor, passa agora a trazer as vozes de fontes outras, que não a dos especialistas que antes respaldavam a seção. Como resultado, foi possível refletir sobre posições enunciativas identificadas nesse corpus específico, que a mídia tem insistido em educar os adolescentes, quanto ao que fazer com seus corpos, com sua sexualidade. Observamos, contudo, que o fato de ser informativo, não significa que seja adequado, científico, saudável. / This dissertation aims at exploring as well as describing the strategies adopted by the media concerning the theme sexuality in adolescence found in the section Sexo in the CAPRICHO magazine. Our main concern is to identify the key to the linguistic aspects found in its corpus. Furthermore, we shall observe the Reported Speech as a linguistic category mostly found in the section Sexo in CAPRICHO magazine. In analyzing the utterances in Reported Speech, we seek to identify the voices that lie behind the discourse from the specialists and other sources.
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Estudos para composição do eu e do(s) outro(s): enunciação, polifonia e imagens discursivas na cartilha da Campanha Nacional O Petróleo Tem que Ser Nosso / Studies for the composition of self and other(s) : ennunciation, polyphony and discursive images in the booklet of the National Campaign The Oil Has To Be Our

Fábio Carlos de Mattos da Fonseca 03 December 2010 (has links)
O anúncio dos gigantescos campos do pré-sal brasileiro recolocou o petróleo no alvo dos holofotes. A propriedade desta imensa riqueza e as inevitáveis mudanças na legislação do setor são as principais questões que derivam deste fato. Com efeito, temos assistido a uma proliferação de discursos acerca do tema. Esta dissertação se insere num conjunto de reflexões que tomam o petróleo como objeto de interesse. Privilegiamos um espaço específico de produção discursiva, a saber, o instituído pela Campanha Nacional O Petróleo Tem que Ser Nosso. Um primeiro procedimento metodológico de coleta de dados possibilitou identificar que, entre os seus materiais de mobilização, ganha destaque a cartilha de massas do movimento, que desde julho de 2009 circula pelo território nacional. Inscritos numa perspectiva da Análise do Discurso de base enunciativa, cuidamos de construir uma reflexão sobre alguns dos modos de inscrição do(s) sujeito(s) no discurso. Nossas considerações acerca dos gêneros do discurso revelaram o hibridismo da cartilha; tal peculiaridade nos obrigou a construir dispositivos distintos de análise. Num primeiro memento, decidimos observar as marcas de pessoa, os marcadores temporais e espaciais, com vistas a identificar uma dada cenografia discursiva (Maingueneau, 1997) que nos remetesse às imagens dos coenunciadores; consideramos, num segundo momento, os discursos relatados (Bakhtin, 2006; Authier-Revuz, 1998 e outros) para compreender a polifonia inerente à cartilha. Nossa análise verificou de que maneira um regime de verdade e uma memória se instituem pela cenografia discursiva; a análise dos discursos relatados, com ênfase nos discursos direto, indireto e narrativizado, nos permitiu identificar, no agenciamento das vozes, um espaço de confronto entre formações discursivas divergentes / The announcement of the giant fields in the Brazilian pre-salt oil has put the target in the spotlight. The immense wealth and property of the inevitable changes in the legislation of the sector are the main issues arising from this fact. Indeed, we have witnessed a proliferation of discourses on the subject. This work is part of a set of reflections that take oil as an object of interest.We favor a specific space of discursive production, namely that introduced by the National Campaign The Oil Must Be Ours. A first methodological approach to data collection identified that, among its mobilization materials, is highlighted by the primer mass movement, which runs from July 2009 through the national territory. Subscribers perspective of discourse analysis based expository take care to build a reflection on some of the modes of entry (s) of subject (s) in the speech. Our considerations regarding the speech genres revealed hybridization of the primer, such peculiarity forced us to build devices for different analysis. In a first memento, we decided to observe the marks of a person, the temporal and spatial markers, in order to identify a particular scenery discursive (Maingueneau, 1997) which took us to images of coenunciadores; consider, second, the speeches reported (Bakhtin, 2006; Authier-Revuz, 1998 and others) to understand the polyphony inherent in the booklet. Our analysis shows how a regime of truth and memory are instituted for the scenography discourse, the discourse analysis reported, with emphasis on speeches direct, indirect and narrativised allowed us to identify, in the assemblage of voices, a place of confrontation between formations discursive differences
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Um estudo sobre o emprego de vírgula antes de oração completiva no português europeu clássico : sintaxe, discurso e gramática normativa / A study about the use of comma before completive clause in classical portuguese : syntax, discourse and prescriptive grammar

Yano, Cynthia Tomoe, 1985- 22 August 2018 (has links)
Orientador: Charlotte Marie Chambelland Galves / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Estudos da Linguagem / Made available in DSpace on 2018-08-22T03:43:13Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Yano_CynthiaTomoe_M.pdf: 1425568 bytes, checksum: 4e23bdff6f9157ebb8d5279dd5e237e5 (MD5) Previous issue date: 2013 / Resumo: O presente trabalho tem como objetivo compreender melhor o funcionamento do sistema de pontuação do português europeu do período do século XVI ao século XIX, focalizando a análise do emprego da vírgula antes de oração completiva verbal e oração completiva nominal. A escolha desses contextos de uso da vírgula não foi fortuita e se deu por duas razões: primeiro, pela dificuldade dos gramáticos, até o início do século XVIII, em definir as diferenças entre as orações completivas e as relativas restritivas e explicativas e, portanto, o uso de vírgula nesses tipos de construções também, e segundo, pela variação no uso de vírgula que se observa em textos literários escritos e publicados na época. Para a análise foi realizada a leitura de gramáticas e tratados de ortografia publicados do século XVI ao XIX e foi selecionado um corpus composto por quatorze textos de autores portugueses nascidos no mesmo período, do século XVI ao XIX, no qual foram realizadas buscas por todas as sentenças em que ocorrem os tipos de construções citados acima, precedida e não precedida por vírgula, com o auxílio da ferramenta de busca Corpus Search. Todos os dados, posteriormente, foram classificados segundo dois critérios: o primeiro de acordo com o ano e a presença ou não de vírgula antes da oração completiva, e o segundo de acordo com a presença ou não de um elemento interpolado entre o verbo e a oração completiva. Após a análise dos resultados, observou-se que a maioria dos dados tinha como verbo regente um verbo dos tipos de discurso, de pensamento ou de opinião, típicos de discurso relatado. Isso levou à hipótese e à confirmação de que a vírgula possuía mais uma função: de introduzir discurso relatado, além das descritas pelos gramáticos e ortografistas, que foi corroborada pelo fato de haver, nos mesmos textos, ocorrências com os mesmos verbos seguidos de dois pontos, que tem como função primeira introduzir citações e discursos indiretos na escrita. Além disso, notou-se também que, a partir do século XVIII, há uma queda progressiva na porcentagem de ocorrências com orações completivas precedidas por vírgula. Apesar do que as gramáticas da época mostram e alguns estudos, como o de Rocha (1997), afirmam, o modo de empregar a vírgula teria sofrido modificações desde a primeira metade do século XVIII, e não a partir do século XVII e nem mais tarde, a partir da segunda metade do século XVIII. Outro resultado interessante a que se chegou com este estudo, ainda que não seja categórico, foi o de que a variação no uso da vírgula entre uma oração completiva e o verbo que a rege nos textos quinhentistas e seiscentistas, embora à primeira vista pareça aleatória, poderia ter como motivação a presença ou não de um elemento seguindo o verbo. A análise pareceu mostrar que, quando não há nenhum elemento interpolado a preferência é pela não colocação de vírgula antes da oração completiva e quando há um elemento, a colocação de vírgula é mais frequente. Já quanto aos textos setecentistas e oitocentistas, foram poucos os casos com vírgula encontrados e desses, a maioria apresenta uma configuração bastante diferenciada, ou com uma oração relativa, uma oração parentética ou um vocativo, que devem obrigatoriamente ser isolados por pontuação, ou são ambíguos, podendo a oração completiva ser interpretada como complemento do verbo que a precede imediatamente ou como complemento ou adjetivo do verbo ou nome da oração anterior / Abstract: The objective of this study is to gain a better understanding of how the punctuation system of European Portuguese worked from 16th to 19th centuries, focusing on the analysis of the use of the comma before completive clauses selected by verb and noun. These contexts of use of the comma were chosen for two reasons: first, because of the difficulty the grammarians had in defining the differences between completive clauses and restrictive and explicative relative clauses and, therefore, the use of the comma in these contexts; and second, because of the variation in the use of the comma in literary texts written and published in the same period of time. For the analysis, we read grammars and orthography treatises published from 16th to 19th centuries and built a corpus composed of fourteen texts written by Portuguese authors born in the same period of time, in which we searched for all the sentences with a completive clause preceded or not by a comma with the help of the program Corpus Search. All data collected were, afterwards, classified according to two criteria: the author's birth year and whether there was a comma before the completive clause and whether there was an element interpolated between the verb and the completive clause. After analyzing the results, we observed that in most of the data the regent verb was a verb of discourse, thought or opinion, typical of reported speech. That led to the hypothesis that the comma had one more function, besides the one described by grammarians and orthographists: to introduce reported speech. That hypothesis was corroborated by the fact that in the same texts there are instances of the same type of verbs followed by a colon, whose main function is to introduce quotations and indirect speech in written texts. Moreover, we also noticed that from the 18th century on the percentage of instances of a completive clause preceded by a comma declines progressively. Besides what grammars and some works, like Rocha (1997), say, it seems that the use of the comma changed in the first half of the 18th century, and not from the 17th century on nor later, from the second half of the 18th century on. Another interesting result of this research, even though it is not categorical, was that the variation in the use of the comma between a completive clause and the regent verb in the 15th and 16th century texts is not random, but could be motivated by the presence or not of an element following the verb. The analysis showed that when there wasn't an element interpolated, the preference was not to put a comma before the completive clause, and when the element was present, the use of the comma was more frequent. In the 18th and 19th centuries texts only a few data with comma were found, of which most have a relative clause, a parenthetical clause or a vocative that must be isolated by a comma, after the verb, or are ambiguous and the completive clause may be interpreted as a complement of the preceding verb or as a complement or adjective of the verb of noun of the preceding clause / Mestrado / Linguistica / Mestra em Linguística

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