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Nas malhas das redes de solidariedade familiar : um estudo sobre avós que cuidam ou criam netos em um bairro da zona norte de AracajuSilva, Candido de Jesus 24 September 2012 (has links)
Dans la société contemporaine, le phénomène des grands-parents éducateurs est totalement intégré aux relations familiales des couches populaires de la société, ce phénomène avait d ailleurs été déjà observé au cours de l histoire. Durant la période coloniale, il était commun de partager l habitation avec plusieurs générations d une même famille et de personne y étant attachées, comme le montrent les études d Antonio Candido et de Gilberto Freire. Actuellement, la cohabitation de trois générations dans une même habitation : parents, enfants, petits-enfants n est pas un phénomène commun, même si dans certains cas déterminés ce modelé persiste pour des raisons d ordre financières ou pour apporter de l aide aux membres les plus jeunes de la famille, ainsi que dans des situations de crise ou d instabilité émotionnelle. Ce travail cherche à comprendre comment se construit la notion de « grands-parents éducateurs » dans un milieu de changement social à partir de leurs vécus et leurs idées du monde. Nous avons comme toile de fond les questions du vieillissement et du cycle de la vie et essayons de percevoir les relations de parenté et de solidarité intergénérationnelle du point de vue des acteurs de cette recherche. / Este estudo teve como objetivo responder a uma questão básica, relacionada a um segmento específico da população, formado por avós que criam ou cuidam dos netos, coabitando de maneira permanente ou temporária uma mesma unidade residencial. A pergunta que despertava a curiosidade era: qual a representação que os avós atribuem ao fato de criarem seus netos? Como eles se vêem neste papel? O universo desta pesquisa é formado por pessoas que moram numa área da cidade denominada de Conjunto e Invasão do Almirante Tamandaré, localizada no Bairro Santos Dumont, na Zona Norte de Aracaju. Certamente, a originalidade não é a principal característica deste fenômeno, já que foi observado em outras épocas e tem recorrência em outros locais e segmentos sociais, notadamente entre as camadas mais pobres da população (mas, não somente entre elas). O que mais se sobressai nesta questão são as relações familiares. De que maneira se processa esse arranjo? Esta situação provoca uma relação de conflito entre os membros da família? Estas e outras perguntas, exigem, necessariamente, a inclusão de duas categorias sociológicas básicas, para compreender como se dão essas relações. A noção de solidariedade familiar e as relações de consangüinidade ou de caráter eletivo. Para responder a estas e outras perguntas e retratar esta realidade e as características que envolvem estas relações foi realizada uma pesquisa de campo, na qual foram entrevistadas dez avós-criadores, sendo oito (08) entrevistas com mulheres-avós e duas (02) com homens-avôs. O objetivo era compreender a dinâmica e as condições de vida dos sujeitos envolvidos nessas relações e as razões que levam à formação deste tipo de arranjo familiar, no universo das relações familiares contemporâneas. O que mais se evidenciou nessas relações foi a presença da mulher-avó, coabitando com filhos e netos, em condições de precariedade material, levadas pela necessidade de prestar apoio aos membros mais jovens da família, em situação de crise financeira ou instabilidade emocional. As mulheres que vivem a condição de avós criadoras, geralmente assumem o sustento e a manutenção da família, acarretando para elas maior responsabilidade ao mesmo tempo, que amplia a sua autoestima e assegura o respeito e a consideração dos membros da família. Como pano de fundo dessas discussões, estaremos analisando as trajetórias de vida dos agentes enfocados e refletindo sobre suas idéias de mundo e sobre questões relacionadas ao envelhecimento, aos ciclos de vida, as relações de parentesco e a solidariedade familiar.
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