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A dimensão subjetiva das relações de trabalho na economia solidáriaLima, Maria das Graças de 26 October 2011 (has links)
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Previous issue date: 2011-10-26 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / The current research substantiated by the Socio-Historical Psychology sought to
capture the subjective dimension of work relations from the current experiences of
solidarity economy in the urban context of the Metropolitan Region of São Paulo. We
tried to identify the extent to which elements of the subjective dimension (senses and
meanings, needs and motives) boost and strengthen or undermine and withhold the
development and consolidation of the Economic Solidarity Enterprises (SEEs).
This Research in Socio-Historical perspective considers the individual and
society, subjectivity and objectivity without dichotomies, such as parts of a whole,
which interact dialectically constituting and being constituted both procedurally, in
constant motion processing. Consistent with this approach this research is characterized
as a qualitative research is the methodology to investigate and analyze the human and
social phenomena in its dynamic process.
The procedures and instruments for data collection sought to contextualize the
social, economic, historical and cultural realities of the respondents surveyed and the
ESS as well as enabling an analysis of subjective aspects through the free expression of
the research participants, in which the main instrument used were open individual or
collective interviews according to the availability of research subjects.
The term "Subjective Dimension of Reality," coined by Furtado (2002) seeks to
explicit that reality is constituted by the set of social and historical realities in its
objective basis (economic and physical) and subjective bases (production values), from
the dialectic established between subjectivity and objectivity. The subjective dimension
of reality takes shape as a synthesis between the objective conditions and reveals how
the subjects interpret the reality to which they are and this way of interpreting reality is
also constitutive of reality and is inscribed in culture field.
The data analysis confirmed the initial hypothesis that the elements that
constitute the subjective dimension of reality can both stimulate and strenght as well as
undermine and delay the development and consolidation of the ESS / A presente pesquisa fundamentada pela Psicologia Sócio-Histórica buscou
apreender a dimensão subjetiva das relações de trabalho a partir das experiências atuais
da economia solidária no contexto urbano da Região Metropolitana de São Paulo.
Buscou-se identificar em que medida elementos constitutivos da dimensão subjetiva
(sentidos e significados, necessidades e motivos) impulsionam e fortalecem ou
prejudicam e impedem o desenvolvimento e consolidação dos Empreendimentos
Econômicos Solidários (EES).
A pesquisa na perspectiva Sócio-Histórica considera indivíduo e sociedade,
subjetividade e objetividade sem dicotomias, como partes de um todo, que interagem
dialeticamente constituindo e sendo constituídas simultaneamente de forma processual,
em constante movimento de transformação. Coerente com esta abordagem esta pesquisa
se caracteriza como uma pesquisa qualitativa que é a metodologia que permite
investigar e analisar os fenômenos humanos e sociais em seu processo dinâmico.
Os procedimentos e instrumentos para coleta de dados buscaram contextualizar a
realidade social, econômica, histórica e cultural dos entrevistados e dos EES
pesquisados bem como possibilitar uma análise de aspectos subjetivos através da livre
expressão dos participantes da pesquisa, para tanto o principal instrumento utilizado
foram entrevistas abertas individuais ou coletivas de acordo com a disponibilidade dos
sujeitos da pesquisa.
O termo Dimensão Subjetiva da Realidade , cunhado por Furtado (2002)
busca explicitar que a realidade é constituída pelo conjunto de relações sociais e
históricas, em suas bases objetivas (econômica e materiais) e em suas bases subjetivas
(produção de valores), a partir da dialética que se estabelece entre subjetividade e
objetividade. A dimensão subjetiva da realidade se configura como uma síntese entre as
condições objetivas e se revela pela forma como os sujeitos interpretam a realidade a
qual estão inseridos e esta forma de interpretar a realidade também é constitutiva da
realidade, e se inscreve no campo da cultura.
A análise dos dados corroborou a hipótese inicial de que os elementos que
constituem a dimensão subjetiva da realidade podem tanto impulsionar e fortalecer
quanto prejudicar e impedir o desenvolvimento e consolidação dos EES
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A economia solidaria como politica publica : uma tendencia de geracao de renda e ressignificacao do trabalho no Brasil / The solidary economy as public policy: a tendency of generation of the income and resignification the word in the BrazilBarbosa, Rosangela Nair de Carvalho 14 October 2005 (has links)
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Previous issue date: 2005-10-14 / Esta pesquisa examina a política pública de economia solidária em processo de constituição no âmbito do Governo Federal brasileiro. Documentação e eventos envolvendo Secretaria Nacional de Economia Solidária, Fórum Brasileiro de Economia Solidária e Rede Brasileira de Sócio-Economia Solidária foram as principais fontes de investigação. Os sentidos sociais da política são abordados em relação às transformações do trabalho e a incapacidade histórica do segmento economia solidária independer das necessidades capitalistas. A cooperação democrática e a solidariedade entre trabalhadores é requerida nas narrativas demonstrando distinção com outras propostas de geração de renda não regulamentada. Todavia, não apresentam condições históricas para se contraporem a vida mercantil e tão pouco para ampliarem acesso aos fundos públicos. A mortalidade das cooperativas populares é recorrente em razão da dificuldade para integração mercantil. A pouca tradição formativa e informativa no tema entre os trabalhadores também é relacionada como um problema. A gestão da Secretaria Nacional se baseia principalmente na regulamentação das atividades, inventário das práticas existentes e fomento a limitadas ações produtivas. A inflexão na tradição das lutas sociais em detrimento do confronto público se expressa no material da pesquisa. Verifica-se ainda o fetiche da retórica sobre a liberdade e autonomia dos trabalhadores em atividades produtivas deslocadas das relações com empresas ou de trocas no mercado. Paradoxalmente, o apoio a economia solidária, esclarece a participação ativa do Estado na queda da perspectiva do emprego regulamentado, somando motivos para ampliação da inversão privada de riqueza na cena pública brasileira.
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Empreendimentos econômicos solidários: uma possibilidade de geração de trabalho e renda na perspectiva da inclusão social, Campinas/SP 2011 / Economical solidarity enterprises: a possibility of generating job and income in the perspective of social inclusion, Campinas/SP 2011Barbosa, Vera Suzart 20 October 2011 (has links)
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Previous issue date: 2011-10-20 / The propose of this dissertation is to study two economical solidarity enterprises in Campinas SP: Cooperativa de Reciclagem Tatuapé and the Estandarte de Artesanato Institution. The main objective was to analyze the experience of this two economical solidarity enterprise as a possibility of job and revenue production in order to reach a social inclusion. The work conception, social Exclusion/Inclusion and solidarity economy was adopted as a basic reference using Economy, Sociology, Social Psychology and Social Service in the classic and contemporary authors. As a hypothesis the two economical solidarity enterprises have already studied mean for their participants a possibility to generate job and revenue, it opens the social inclusion that has been constructed in different reach ways and steps. Methodologically the research discuss about a qualitative approach including bibliography, documents, field research and observation. The interview was made with six people from the research, four were from Cooperativa Tatuapé and two were from Grupo Estandarte. The result of this research could affirm the hypothesis considering the particularity of each enterprise, the experience means to the participants a possibility to generate work and revenue in a social inclusion that has been constructed in different steps of citizenship / A presente dissertação tem por objeto o estudo de dois Empreendimentos Econômicos Solidários no Município de Campinas/SP: a Cooperativa de Reciclagem Tatuapé e o Grupo Estandarte de Artesanato. O objetivo geral visou analisar as experiências desses dois empreendimentos econômicos solidários enquanto uma possibilidade de geração de trabalho e renda na perspectiva de inclusão social. Adotamos como referências básicas os conceitos de Trabalho Exclusão/Inclusão social e economia solidária, em autores de Economia, Sociologia, Psicologia Social e Serviço Social, clássicos e contemporâneos. Definiu-se como hipótese que os dois Empreendimentos Econômicos Solidários estudados significam, para seus participantes, uma possibilidade de geração de trabalho e renda na dimensão da inclusão social, ainda em construção, em estágios diferentes de abrangências de cidadania. Metodologicamente, a pesquisa fundamenta-se em uma abordagem qualitativa englobando levantamento bibliográfico, documental, pesquisa de campo e observação. Foi utilizada a entrevista semi-estruturada com seis sujeitos da pesquisa, sendo quatro da cooperativa Tatuapé e dois do Grupo Estandarte. Os resultados da pesquisa confirmaram a hipótese considerando as peculiaridades de cada empreendimento, isto é as experiências significam para os entrevistados uma possibilidade de geração de trabalho e renda na perspectiva da inclusão social ainda em construção e em estágios diferenciados de abrangência de cidadania
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Autogestão e economia solidária: limites e possibilidadesSguarezi, Sandro Benedito 15 December 2011 (has links)
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Previous issue date: 2011-12-15 / Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado do Mato Grosso / The socio-economic transformations of recent decades have brought consequences to the work world, influencing the direction of Brazil significantly. The State of Mato Grosso, was not immune to the impact of these transformations. The choice of current economic development model and the process of colonization promoted one of the most perverse concentration of income and land in the country. In addition, the State accumulated social, economic, cultural and environmental liabilities. In response to these problems solidarity economy came up based on self-management as an alternative to economic democratization. It has noticed that the social movements, through the social economy, are protagonists of a real and silent social transformation, paradigmatic and pragmatic. Silent because it is a transformation without guns, without violence, without exclusion. Paradigmatic because it demands from workers the transcendence from hetero-management to self-management and because it poses the challenge of democracy as a way of life. Pragmatic because it requires the advance of both internal and external organizational skills in every development creating strategic networks that enable the consolidation of this initiative. The research pursued the objective of identifying the limits and possibilities of self-management in solidarity economic enterprises (SEEs) in the state of Mato Grosso. The methodological approach was outlined by qualitative research because we understand that reality is socially constructed by the understandings that guide the way we investigate and it allows us to present the transcript of subjectivity in the process of knowledge construction. The main tools used were a literature review, unstructured interviews and participant observation at events and through on-site technical visits to enterprises. To broaden the understanding of the phenomenon, 30 interviews were conducted with representatives of the three segments that work in the field of social economy: Federal Government, Support and Development Entities (SDE) and Solidarity Economic Enterprises (SEEs). Based on these results we selected two reference projects of self-management for participative observation, one in the capital city and the other in the interior of the state. The analysis was organized on the basis of labor relations within the enterprise and the participation of the partners in decision-making process in these enterprises based on 14 indicators of self-management. The study results show the complexity involved in a polysemic concepts of solidarity economy and self-management and showed explicitly not only the differences and paradoxes on this phenomenon, but also indicate what the limits and possibilities of self-management for the construction of the solidarity economy. Among the limits we can highlight the lack of training, lack of self-management culture, lack of credit and the absence of a regulatory framework. It was also noted that the relations of self-management is limited to the internal relations of solidarity economic enterprises even though they relate with other social movements. Among the possibilities of self-management and solidarity economy, the rescue of self-esteem and dignity of the subjects of social economy stand out, the strong ability to include people, the pursuit of autonomy, empowerment and citizenship will manifest in these subjects to participate in decisions within and outside the enterprise. The commitment to build new working relationships, to fight for public policies that serve the industry and the willingness of the Movement to occupy and move in public spaces. Another possibility is the strong impact of these enterprises in local suatainable economic development and economic democratization process / As transformações sócio-econômicas das últimas décadas trouxeram consequências ao mundo do trabalho, influenciando os rumos do Brasil de forma significativa. O Estado de Mato Grosso, não ficou imune ao impacto dessas transformações. A opção pelo modelo de desenvolvimento econômico vigente e o processo de colonização promoveram um dos casos mais perversos de concentração fundiária e de renda no país. Além disso, o Estado acumulou passivos sociais, econômicos, culturais e ambientais. Em resposta a esses problemas surgiu a economia solidária com base na autogestão como uma alternativa para a democratização econômica. Observa-se que os movimentos sociais protagonizam através da economia solidária uma verdadeira transformação social silenciosa, paradigmática e pragmática. Silenciosa porque é uma transformação sem armas, sem violência, sem exclusão. Paradigmática porque exige dos trabalhadores a transcendência da heterogestão para a autogestão e coloca o desafio da democracia como modo de vida. Pragmática porque requer o avanço das competências organizativas, internas em cada empreendimento e externas criando redes estratégicas que possibilitem a consolidação dessa iniciativa. A pesquisa perseguiu o objetivo de identificar os limites e as possibilidades da autogestão em empreendimentos econômicos solidários (EES) no Estado de Mato Grosso. A linha metodológica foi delineada pela pesquisa qualitativa porque entende-se que a realidade é construída socialmente por compreensões que orientam o nosso modo de investigar e porque nos permite a transcrição das subjetividades presentes no processo de construção do conhecimento. As principais ferramentas utilizadas foram a pesquisa bibliográfica, a entrevista não-estruturada e a observação participante em eventos e através de visitas técnicas in loco aos empreendimentos. Para ampliar a compreensão do fenômeno foram realizadas 30 entrevistas com representantes dos três segmentos que atuam no campo da economia solidária: Estado, Entidades de Apoio e Fomento (EAF) e Empreendimentos Econômicos Solidários (EES). Com base nesses resultados foram selecionados dois empreendimentos de referência em autogestão para a observação participante, um na capital e outro no interior do Estado. A análise foi organizada a partir das relações de trabalho no interior dos empreendimentos e da participação dos sócios no processo de tomada de decisão nesses empreendimentos com base em 14 indicadores de autogestão. Os resultados do estudo mostram a complexidade que envolve de forma polissêmica os conceitos de economia solidária e autogestão e explicitaram não apenas as diferenças e os paradoxos que recobrem esse fenômeno, mas igualmente indicam quais os limites e as possibilidades da autogestão para a construção da economia solidária. Dentre os limites se destacam a falta de formação, a falta de cultura autogestionária, a falta de crédito e a ausência de um marco regulatório. Também se observou que as relações de autogestão limitam-se às relações internas dos empreendimentos econômicos solidários embora estes dialoguem com outros movimentos sociais. Dentre as possibilidades da autogestão e da economia solidária destaca-se: o resgate da auto-estima e da dignidade dos sujeitos da economia solidária, a forte capacidade de inclusão das pessoas, a busca da autonomia, da emancipação e da cidadania manifesta na vontade desses sujeitos de participar das decisões dentro e fora dos empreendimentos. O compromisso de construir novas relações de trabalho, de lutar por políticas públicas que atendam o setor e a disposição do Movimento de ocupar e avançar nos espaços públicos. Outra possibilidade é o forte impacto desses empreendimentos no desenvolvimento econômico local sustentável e no processo de democratização econômica
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Autogestão e economia solidária: limites e possibilidadesSguarezi, Sandro Benedito 15 December 2011 (has links)
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Previous issue date: 2011-12-15 / Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado do Mato Grosso / The socio-economic transformations of recent decades have brought consequences to the work world, influencing the direction of Brazil significantly. The State of Mato Grosso, was not immune to the impact of these transformations. The choice of current economic development model and the process of colonization promoted one of the most perverse concentration of income and land in the country. In addition, the State accumulated social, economic, cultural and environmental liabilities. In response to these problems solidarity economy came up based on self-management as an alternative to economic democratization. It has noticed that the social movements, through the social economy, are protagonists of a real and silent social transformation, paradigmatic and pragmatic. Silent because it is a transformation without guns, without violence, without exclusion. Paradigmatic because it demands from workers the transcendence from hetero-management to self-management and because it poses the challenge of democracy as a way of life. Pragmatic because it requires the advance of both internal and external organizational skills in every development creating strategic networks that enable the consolidation of this initiative. The research pursued the objective of identifying the limits and possibilities of self-management in solidarity economic enterprises (SEEs) in the state of Mato Grosso. The methodological approach was outlined by qualitative research because we understand that reality is socially constructed by the understandings that guide the way we investigate and it allows us to present the transcript of subjectivity in the process of knowledge construction. The main tools used were a literature review, unstructured interviews and participant observation at events and through on-site technical visits to enterprises. To broaden the understanding of the phenomenon, 30 interviews were conducted with representatives of the three segments that work in the field of social economy: Federal Government, Support and Development Entities (SDE) and Solidarity Economic Enterprises (SEEs). Based on these results we selected two reference projects of self-management for participative observation, one in the capital city and the other in the interior of the state. The analysis was organized on the basis of labor relations within the enterprise and the participation of the partners in decision-making process in these enterprises based on 14 indicators of self-management. The study results show the complexity involved in a polysemic concepts of solidarity economy and self-management and showed explicitly not only the differences and paradoxes on this phenomenon, but also indicate what the limits and possibilities of self-management for the construction of the solidarity economy. Among the limits we can highlight the lack of training, lack of self-management culture, lack of credit and the absence of a regulatory framework. It was also noted that the relations of self-management is limited to the internal relations of solidarity economic enterprises even though they relate with other social movements. Among the possibilities of self-management and solidarity economy, the rescue of self-esteem and dignity of the subjects of social economy stand out, the strong ability to include people, the pursuit of autonomy, empowerment and citizenship will manifest in these subjects to participate in decisions within and outside the enterprise. The commitment to build new working relationships, to fight for public policies that serve the industry and the willingness of the Movement to occupy and move in public spaces. Another possibility is the strong impact of these enterprises in local suatainable economic development and economic democratization process / As transformações sócio-econômicas das últimas décadas trouxeram consequências ao mundo do trabalho, influenciando os rumos do Brasil de forma significativa. O Estado de Mato Grosso, não ficou imune ao impacto dessas transformações. A opção pelo modelo de desenvolvimento econômico vigente e o processo de colonização promoveram um dos casos mais perversos de concentração fundiária e de renda no país. Além disso, o Estado acumulou passivos sociais, econômicos, culturais e ambientais. Em resposta a esses problemas surgiu a economia solidária com base na autogestão como uma alternativa para a democratização econômica. Observa-se que os movimentos sociais protagonizam através da economia solidária uma verdadeira transformação social silenciosa, paradigmática e pragmática. Silenciosa porque é uma transformação sem armas, sem violência, sem exclusão. Paradigmática porque exige dos trabalhadores a transcendência da heterogestão para a autogestão e coloca o desafio da democracia como modo de vida. Pragmática porque requer o avanço das competências organizativas, internas em cada empreendimento e externas criando redes estratégicas que possibilitem a consolidação dessa iniciativa. A pesquisa perseguiu o objetivo de identificar os limites e as possibilidades da autogestão em empreendimentos econômicos solidários (EES) no Estado de Mato Grosso. A linha metodológica foi delineada pela pesquisa qualitativa porque entende-se que a realidade é construída socialmente por compreensões que orientam o nosso modo de investigar e porque nos permite a transcrição das subjetividades presentes no processo de construção do conhecimento. As principais ferramentas utilizadas foram a pesquisa bibliográfica, a entrevista não-estruturada e a observação participante em eventos e através de visitas técnicas in loco aos empreendimentos. Para ampliar a compreensão do fenômeno foram realizadas 30 entrevistas com representantes dos três segmentos que atuam no campo da economia solidária: Estado, Entidades de Apoio e Fomento (EAF) e Empreendimentos Econômicos Solidários (EES). Com base nesses resultados foram selecionados dois empreendimentos de referência em autogestão para a observação participante, um na capital e outro no interior do Estado. A análise foi organizada a partir das relações de trabalho no interior dos empreendimentos e da participação dos sócios no processo de tomada de decisão nesses empreendimentos com base em 14 indicadores de autogestão. Os resultados do estudo mostram a complexidade que envolve de forma polissêmica os conceitos de economia solidária e autogestão e explicitaram não apenas as diferenças e os paradoxos que recobrem esse fenômeno, mas igualmente indicam quais os limites e as possibilidades da autogestão para a construção da economia solidária. Dentre os limites se destacam a falta de formação, a falta de cultura autogestionária, a falta de crédito e a ausência de um marco regulatório. Também se observou que as relações de autogestão limitam-se às relações internas dos empreendimentos econômicos solidários embora estes dialoguem com outros movimentos sociais. Dentre as possibilidades da autogestão e da economia solidária destaca-se: o resgate da auto-estima e da dignidade dos sujeitos da economia solidária, a forte capacidade de inclusão das pessoas, a busca da autonomia, da emancipação e da cidadania manifesta na vontade desses sujeitos de participar das decisões dentro e fora dos empreendimentos. O compromisso de construir novas relações de trabalho, de lutar por políticas públicas que atendam o setor e a disposição do Movimento de ocupar e avançar nos espaços públicos. Outra possibilidade é o forte impacto desses empreendimentos no desenvolvimento econômico local sustentável e no processo de democratização econômica
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Empreendimentos econômicos solidários: sistematização da experiência de formação da incubadora Co-Labora / Solidary economic enterprises: systematization of the formation experience of the Co-Labora incubatorBellissimo, Daniel Yacoub 07 November 2016 (has links)
As incubadoras universitárias têm se constituído nas principais universidades brasileiras desde o fim da década de 1990. Elas trabalham dentro da linha de economia solidária, no desenvolvimento de cooperativas populares ou empreendimentos econômicos solidários e, durante esse trabalho, enfrentam diversos desafios. Um deles é conseguir contribuir com tais empreendimentos em suas dimensões empresa - uma gestão atenta à qualidade do produto ou serviço, aos processos e operações para sua maior eficiência, à sua inserção no mercado e à melhor organização dos seus recursos financeiros e não-financeiros; e associativa - uma gestão atenta à importância de sua missão social, à manutenção de sua vitalidade associativa, aos processos para que a democracia prevaleça e ao seu enraizamento na comunidade e no seu setor de atuação de forma cooperativa. Este trabalho avaliou o desenvolvimento de uma incubadora recém-formada, nos seus dois anos iniciais, na USP campus Ribeirão Preto, com a análise voltada para sua estrutura, equipe, metodologia e atuação junto aos empreendimentos incubados, percebendo as condições favorecedoras e desafiadoras de uma incubação que de fato contribua com ambas as dimensões. O método utilizado foi o de sistematização de experiências, considerado apropriado para construir a linha do tempo da incubadora, constituir os principais marcos e eixos do trabalho realizado e promover a reflexão crítica dos fatos e experiências levantados. Os resultados indicam que houve dificuldade na integração entre as dimensões empresa e associativa na atuação junto aos grupos incubados, com destaque ou maior ênfase para uma dimensão ou outra ao longo do tempo, devido principalmente aos acúmulos da equipe com maior participação naquele momento. Além disso, a percepção dos membros da incubadora foi avaliada por meio de entrevistas estruturadas, e indicou que alguns creditam tal enfoque em uma dimensão ou na outra por conta das demandas do grupo naquele momento, outros para qual fosse a constituição e formação da equipe mais próxima do trabalho e ainda porque indivíduos específicos de cada grupo pudessem demandar abordagens distintas. Por fim, concluiu-se que a incubadora produziu efeitos positivos e negativos devido a essa dificuldade no equilíbrio entre ambas as dimensões nos trabalhos realizados e que, com essa informação, as incubadoras universitárias pelo país podem buscar maior integração entre elas e, assim, atingir através de seus trabalhos com os empreendimentos solidários maior eficiência econômica e felicidade humana. / The university incubators have been constituted in the main Brazilian universities since the end of the 1990s. They work within the solidarity economy line, in the development of popular cooperatives and solidarity economy enterprises, and during this work, face several challenges. One of them is their capability to achieve contributions to the solidarity enteprises in their company dimension - a careful management to product quality or service, processes and operations to their greater efficiency, its insertion in the market and the best organization of its financial and non-financial resources; and their associative dimension - a management attentive to the importance of its social mission, the maintenance of its associative vitality, processes that makes democracy prevails and its rootedness in the community and its industry, in a cooperative manner. This study evaluated the development of a newly formed incubator in its first two years, at USP campus Ribeirao Preto, with focused analysis of its structure, staff, methodology and performance with the incubated enterprises, realizing that favor and challenging conditions of an incubation that actually contribute to both dimensions. The method used was the systematization of experiences, considered appropriate to construct the time line of the incubator, constitute major milestones and axes of the work and promote critical reflection of the facts and experiences raised. The results indicate that there were difficulties in integration between the company and associative dimensions in performance with the incubated groups, highlighting or with greater emphasis on one dimension or another over time, mainly due to the accumulations of the team with greater participation at that time. Moreover, the perception of the members of the incubator was evaluated through structured interviews, and indicated that some credited an approach focused in one dimension or the other because of the demands of the group at that time, others for which was the establishment and training of staff nearest to the work and because specific individuals of each group might require different approaches. Finally, it was concluded that the incubator has had positive and negative effects due to the difficulty in balancing both dimensions in the performed work, and with this information, the university incubators around the country may seek greater integration between them and thus achieve, through their work with solidarity enterprises, greater economic efficiency and human happiness.
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Além da informalidade, aquém dos direitos: reflexões sobre o trabalho desprotegido / Beyond informality, below the rights: reflections on the unprotected labourFábio José Bechara Sanchez 31 August 2012 (has links)
Este trabalho busca compreender as formas de relações de trabalho que estão à margem do assalariamento e suas consequências e perspectivas para a relação entre estado e sociedade no que se refere ao mundo do trabalho. A literatura tradicionalmente chamou os trabalhadores envolvidos nestas formas de relações laborais de informais ou atípicos. Neste sentido, foram tradicionalmente compreendidos, tanto academicamente como politicamente, na chave da falta e da impossibilidade da política. Contudo, se é verdade que do ponto de vista das instituições tradicionais relativas ao mundo do trabalho (sindicatos, estado e suas formas jurídicas de regulação do trabalho) elas de fato ainda são estranhas e não nomeáveis senão pela falta, no contexto das transformações econômicas e políticas ocorridas na últimas décadas, estas formas de relações laborais são constitutivos tanto do atual modelo de acumulação como também criam novos campos de conflitos, e a partir deles estão buscando se organizar politicamente, construir identidade e colocar sua agenda para o trabalho. Buscou-se assim, na primeira parte deste texto, compreender o significado teórico e político que as formas de trabalho não assalariadas tiveram e tem para o mundo do trabalho. Na segunda parte, a partir de uma discussão centrada na chamada economia solidária, se busca compreender a emergência desta nova realidade e a constituição de novos sujeitos políticos no mundo do trabalho, com identidade e agenda próprias. Contudo, se por um lado, neste processo de constituição de novos sujeitos políticos, estas formas de trabalho e seus trabalhadores ficam além da informalidade, por outro, ainda não conseguiram ser reconhecidos, em sua relação com o estado, como sujeitos portadores de direitos. / This work aims to examine the non-wage based labour relations and understand its implications for the State and Society. These kinds of labour relations have been referred to as \"informal\" or \"non typical\". In this sense, they have been viewed academically and politically as lacking or unviable. However, if it is true that from the perspective of the traditional labour institutions (Unions, State, and the juridical forms of labour regulation) these labour relations are aliens and cannot be characterized but for absence of the key attributes that traditionally have defined labour, in the context of political and economical changes that took place in the past decades, these labour relations are an important part of the accumulation model and have generated new fields of conflict and have been trying to get politically organized, building identity and pushing forward with their agenda. The first part of the work focus on understanding the theoretical and political implications of the non wage based relations for labour relations in general. On the second part, based on a discussion around \"solidary economy\', we try to understand the emergence of this new reality and the development of new political subjects with their own agendas and identities. However, although these labour relations and its workers are not informal, they still not recognized in their relation with the State as having rights.
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"Liberdade e necessidade: empresas de trabalhadores autogeridas e a construção sócio-política da economia" / Freedom and Necessity: self-management enterprises and the economics' socio-political constructionHenrique Zoqui Martins Parra 31 October 2002 (has links)
No plano teórico, ao problematizar a rígida sepação entre meios e fins, liberdade e necessidade, esta dissertação interroga sobre as possibilidades e os entraves à criação democrática no interior de relações de produção, que estão submetidas aos imperativos da esfera da reprodução. No plano empírico, as empresas de trabalhadores autogeridas, que surgiram a partir das transformações no mundo do trabalho no Brasil da década de 90, introduzem de forma contraditória elementos da ordem moral no seio das relações de trabalho. O que emerge do conflito entre a lógica gestionária e a lógica política? Quais são os dilemas que estão postos por essas experiências? Essas questões são analisadas em três dimensões: as relações de produção, os trabalhadores e o contexto socioeconômico em que as empresas autogeridas estão inseridas. Partindo das contradições (internas e externas) vividas pelas empresas autogeridas a discussão evidencia a própria constituição sócio-política do campo econômico e das condições de eficiência. Na parte final, o texto questiona a emergência das empresas autogeridas e da Economia Solidária a partir das seguintes encruzilhadas: a relação entre a criação de espaços democráticos e o processo de desregulamentação das relações de trabalho; a relação entre teoria e instituição do real; entre técnica e política, e ainda, entre ação de sobrevivência e ação criativa. A dissertação conclui afirmando que é justamente o fato das empresas autogeridas introduzirem uma descontinuidade na ordem gestionária da vida (não-política e não-humana), que cria a possibilidade de constituição de um espaço potencialmente democrático que pode ou não se realizar. / From a theoretical perspective, throughout a reflection on the rigid separation between ends and means, freedom and necessity, the following thesis intends to investigate the possibilities and the limits for democratic creation inside productive relations that are under the rules of the reproduction sphere. From the empirical perspective, the worker´s self-management enterprises - that arose from the 90´s Brazilian labor´s world transformation context introduce moral elements into the labor relation in a contradictory way. What does come out of conflict between the management and political logics? What are the dilemmas posed by those experiences? Those questions are analysed in three dimensions: production relations; workers, and the socioeconomic context that selfmanagment enterprises are embeded in. As the discussion departes from the contradictions (internal and external) lived by the self-management enterprises, it shows the economic field and the conditions of efficiency as a socio-political construction.The last part of the text interrogates self-management enterprises and Solidary Economy emergence from the following crossroads: the relation between the creation of democratic spaces and the labor relations de-regulation process; theory and reality construction; technique and politic, and between survival and creative actions. To conclude, the thesis proposes that is the very fact that self-management enterprises introduces a discontinuity into the lives´ management order (non-political, non-human) that creates the potential to constitute democratic spaces that might, or might not, be accomplished.
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De catadores de rua a recicladores cooperados: um estudo de caso sobre a formação e a gestão de uma cooperativa de reciclagemCoelho, Diego Bonaldo 13 March 2007 (has links)
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Previous issue date: 2007-03-13 / The present research analyses the way each person builds up and takes part into the solidary management process. It was tried to interpret the organize process of a kind of Solidary Economy which is insert into the pratical and theorical of the cooperativism and the Solidary Economy, taking into consideration the specific characteristics of these organizations, which break up with the economical matter, getting important political and social dimensions. It was chosen a recycling organization and the considered approach for the study of such fenomena was the qualitative one, developed trough the case study of interpretivist nature which used three collect data strategies: non-participative observation, interviews and document analysis. The field research permitted a kind of interpretation which takes into consideration three distinct moments of the case: its formation, construction and organizational dynamic experience. It was possible to conclude that the case presents insights and open doors to reflect about solidary enterprise not only for a possible action for the local development, but also as an organizational arrangement that influences social and political aspects of its workers. / O presente estudo analisa como os indivíduos constroem e vivenciam a gestão de um empreendimento solidário. Buscou-se interpretar o processo organizativo de um tipo de empreendimento que se insere no contexto prático e teórico do cooperativismo e da Economia Solidária, levando em consideração as características particulares dessas organizações, que rompem com a questão econômica, adquirindo importante dimensão social e política. A organização escolhida foi uma cooperativa de reciclagem e a abordagem adotada para estudo do fenômeno foi qualitativa, desenvolvida por meio de um estudo de caso de natureza interpretativista que usou três estratégias de coleta de dados: observação não-participante: entrevistas e análise de documentos. Os trabalhos de campo permitiram uma interpretação que leva em consideração três momentos específicos do caso: sua formação, construção e vivência da dinâmica organizacional. Concluiu-se que o caso apresenta insights e portas de entrada interessantes para se refletir sobre empreendimentos solidários, não apenas como uma ação viável para o desenvolvimento local, mas, principalmente, como um arranjo organizacional que influencia aspectos sociais e políticos da vida de seus trabalhadores.
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Efeitos da economia solidária sobre a geração de renda e a redução da pobreza: um estudo de dados nacionaisKuyven, Patricia Sorgatto 19 April 2016 (has links)
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Previous issue date: 2016-04-19 / Nenhuma / Este trabalho se propõe a contribuir para o estudo da Economia Solidária (ES) ao avaliar o seu potencial enquanto alternativa para geração de trabalho e renda, e como fator de redução da pobreza e da miséria no Brasil. O cenário brasileiro apresenta expressiva redução da proporção de pessoas em condição de pobreza nos últimos dez anos. No entanto, esta redução, até o momento, é derivada principalmente de programas de transferência de renda. Desse modo, o país encontra-se ávido por uma estratégia na qual pessoas em estado de pobreza tenham, no acesso ao trabalho, a autonomia para afastar de si e de sua família as incertezas quanto aos recursos necessários para sua sobrevivência. Esta tese emprega técnicas quantitativas de análise para fazer uma avaliação dos impactos da economia solidária sobre a geração de renda entre os trabalhadores de empreendimentos econômicos solidários distribuídos no território nacional. Duas hipóteses são aventadas neste estudo: i) a atuação no EES gera um acréscimo na renda dos sócios; ii) há cenários alternativos para a ES, nos quais poderia ser reduzida a ocorrência de pobreza e pobreza extrema, pela geração de trabalho e renda. É empregada uma metodologia na qual a revisão bibliográfica abarca questões relacionadas aos indicadores de renda e pobreza dos brasileiros, fatores relevantes na geração de renda entre trabalhadores, além de descrever o panorama da economia solidária no país, incluindo seus principais traços e sentidos. Realizou-se uma pesquisa de campo para obtenção de informações junto a uma amostra de 2.895 sócios de empreendimentos solidários nas cinco regiões brasileiras. Com base nos resultados da pesquisa de campo com sócios e nos dados do II Mapeamento Nacional de Empreendimentos Econômicos Solidários, realizado pela SENAES, são elucidadas as peculiaridades e os atributos deste público. Análises comparativas foram produzidas com o objetivo de compreender as nuances entre os trabalhadores brasileiros e aqueles específicos da ES; essa etapa serviu-se dos microdados da PNAD/IBGE para descrever os trabalhadores do mercado tradicional. Um conjunto de fatores socioeconômicos, demográficos e decorrentes da racionalidade dos empreendimentos econômicos solidários é testado com o propósito de compor um modelo empírico que determina quais fatores explicam a renda dos sócios de EES. O modelo obtido por análise de regressão múltipla propicia a construção e avaliação de cenários de atuação da ES visando à observação de variadas condicionantes para a geração de renda. A equação de regressão presta-se como instrumento para o desenvolvimento de um simulador de renda para trabalhadores de empreendimentos econômicos solidários de diferentes perfis. A simulação torna exequível o reconhecimento de condições de atuação da ES que proporcionam avanços na geração de renda de seus sócios. Os resultados do estudo apontam que a ES contribui de forma significativa para a geração de renda de forma superior ao mercado de trabalho tradicional, especialmente em segmentos frequentemente desfavorecidos: mulheres, pessoas de cor não branca, trabalhadores do campo e, pessoas com baixa escolaridade. Desse modo, a ES é posta como uma alternativa efetiva para redução dos índices de pobreza e miséria no território nacional. / This thesis aims to contribute to the study of the Solidarity Economy (SE) to assess its potential as an alternative means for generating jobs and income and may cooperate for the reduction of poverty and misery in Brazil. The Brazilian scenario shows a expressive reduction in the proportion of people in poverty in the last ten years. However, this reduction, so far, has derived mainly from income transfer programs. Thus, the country is eager for a strategy in which people in poverty have access to work, autonomy to rule themselves and their family, making sure they have the necessary skills to achieve the resources needed for their survival. This thesis employs quantitative analysis techniques to assess the impact of solidarity economy on the generation of income among workers from solidarity economic enterprises distributed throughout the country. Two hypotheses are approached in this study: i) performance in EES generates an increase in income for the partners; ii) there are alternative scenarios for the ES, in which the incidence of poverty and extreme poverty could be reduced, generating employment and income. It used a methodology in which a literature review covers issues related to indicators of income and poverty of Brazilians, relevant factors in the generation of income between workers, in addition to describing the panorama of the solidarity economy in the country, including its main features and directions. We conducted a field survey to obtain information from a sample of 2,895 members of solidarity enterprises in the five Brazilian regions. Based on field research results with partners and the data of the Second National Mapping of Solidarity Economic Enterprises conducted by SENAES, the peculiarities and attributes of the public are elucidated. Comparative analyzes were made in order to understand the nuances of Brazilian workers and those specific to the SE, step which made use of micro data from PNAD/IBGE to describe workers in the traditional market. A set of socioeconomic and demographic factors moreover the rationality stemming factors from the solidarity economic enterprises is tested for the purpose of composing an empirical model that determines which factors explain the income of the SEE partners. The model obtained by multiple regression analysis provides the construction and evaluation of SE's operating scenarios for the observation of various conditions for generating income. The regression equation lends itself as a tool for developing an income simulator for workers from solidarity economic enterprises who present different profiles. The simulation makes
possible the recognition of the SE higher education performance conditions that provide advances in generating income for its partners. The study results show that the SE contributes significantly to the generation of income in a superior manner to the traditional labor market, especially in often-disadvantaged segments: women, non-white people, rural workers and people with low education. Thus, the SE is set as an effective alternative for reducing poverty rates and misery in the country.
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