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Quebra da barreira hematoencefalica pelo veneno da largata Lonomia obliqua e sua biodistribuição no figado, cerebro e rins em ratos : estudo histopatologico, ultraestrutural, morfometrico e imunohistoquimicoSilva, Gustavo Henrique da 26 August 2003 (has links)
Orientadores: Maria Alice da Cruz-Hofling, Stephen Hyslo / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciencias Medicas / Made available in DSpace on 2018-08-03T17:09:30Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2003 / Resumo: Envenenamentos humanos por lagartas da mariposa Lonomia obliqua (Saturniidae) que ocorrem no sul do Brasil produzem uma moderada resposta local (eritem~ edema e dor) e efeitos sistêmicos que incluem incoagulabilidade sangüíneo insuficiência renal e sérios acidentes hemorrágicos intracerebrais. Através de estudos quantitativos, histológicos, imunohistoquímicos e ultraestruturais foram analisadas as alterações morfológicas e a quebra da barreira hematoencefálica (BlIE) em ratos injetados intravenosamente (Lv.) com o veneno do extrato das espículas de L. obliqua (200 mglkg). Além disso, foi avaliada a biodistribuição do veneno no figado, rins e cérebro. Em relação à quebra de BlIE foram estudadas também cinco frações semipurificadas (Sephadex 075) do veneno (200 m glkg cada). Análises quantitativas morfológicas, imunohistoquímicas e ultraestruturais foram feitas 6, 18, 24 e 72 h após a injeção (p.L) Lv. do veneno e das fIações. A microscopia de luz mostrou que 6 h após o envenenamento havia edema cerebral, que diminuía em 72 h. Hemorragia intracerebral ocorreu apenas em um rato 24 horas após a injeção do veneno. A imunomarcação da proteína glial fibrilar ácida (OF AP) mostrou um aumento progressivo em sua expressão nos grupos de 6, 18, 24 e principalmente 72 h. A biodistribuição do veneno 6 e 18 h após injeção Lv. evidenciado pela imunohistoquímica mostrou que apenas no figado (6 h p.L) e nos rins (6 e 18 h p.i.) foram detectadas quantidades de veneno, o que não foi observado no cérebro. A quebra da BlIE, observada por microscopia eletrônica de transmissão, evidenciada pela passagem do traçador extracelular (nitrato de lantânio) através das células endoteliais do capilar cerebral. A ruptura da BlIE foi observado no cerebelo e no hipocampo 18 h após a injeção do veneno. Neste período, o cerebelo foi mais sensível ao veneno que o hipocampo, exibindo um número maior de vasos afetados. O número de capilares mostrando quebra foi menor após 72 h do que quando comparada ao grupo de 18 h. Nenhuma das fIações semi-purificadas aumentou significativamente a permeabilidade dos vasos. Estes resultados indicam que o. veneno de L. obliqua apresenta uma ação deletéria sobre a BlIE de ratos. O aumento na expressão da OF AP indica reatividade astrocitária provocada pela ação do veneno. A ausência de efeitos das frações semi-purificadas quando administradas separadamente, sugerem uma ação sinérgica dos componentes do veneno, podendo ser responsável pelos danos observados no Sistema Nervoso Central (SNC). A cinética da distribuição do veneno nos órgãos estudados está de acordo com o metabolismo de xenobióticos exercido pelo fígado e com a eliminação destes promovida pelos rins. A não detecção do veneno no cérebro, apesar da quebra da BHE, sugere que o veneno pode não entrar neste órgão nos períodos observados. Os distúrbios morfológicos permaneceram após a eliminação de veneno, explicando a longa duração dos sintomas do lonomismo / Abstract: Human envenoming by caterpillars of the saturniid moth Lonomia obliqua in southem Brazil produces a mild local response (erythema, some oedema, and pain) and systemic effects which include incoagulable blo~ renal failure and in severe accidents intracerebral hemorrhage. In this work, we used light and electron microscopy to investigate the morphological alterations in the brain and blood-brain barrier of rats injected intravenously with venom from L. obliqua spicules (200 mg/kg). Five semi-purified fractions ofvenom (200 mg/kg each) were also assayed. Quantitative morphological, ultrastructural and imunohistochemical analyses were done 6 to 72 h after the L v. injection of venom and its fractions. Light microscopy showed that 6 h after envenoming there was cerebral edema, which decreased by 72 h. Intracerebral hemorrhage occurred in only one rat 24 h after the injection of venom. The imunohistochemistry of the Glial Fibrillary Acidic Protein (GFAP) showed a progressive increase in its expression at 6, 18,24 and mainly 72 h. The venom biodistribution 6 and 18 h after Lv. injection (observed by imunohistochemistry) showed venom immunolabeling in the liver, 6 h post injection (p.L), and kidneys (6 and 18 h p.i.), however in the brain it was not possible to observe probably because the blood-brain barrier (BBB) specificity. BBB breakdown, assessed by transmission electron microscopy based on the passage of an extracellular tracer (lanthanum nitrate) between brain capillary endothelial cells, was observed in the cerebellum and hippocampus 18 h after venom injection. At this time, the cerebellum was more sensitive to the venom than the hippocampus, as shown by the greater number of Ieaky vessels. The number of capillaries showing breakdown was lower after 72 h than after 18 h. None of the semi-purified fractions significantly increased the number of Ieaky vesseIs. These results indicate that L. obliqua caterpillar venom has a deIeterious action on the rat BBB. The expression increase of GF AP astrocyte reactivity therefore that venom has a neurotoxic action. The Iack of effect of the venom fractions when administered alone suggests that a synergistic action of the venom components may be responsibIe for the damaf;!e in the Central Nervous System (CNS) after the whole venom injection. After 6 h for the liver and 18 h for the kidneys alI the venom brought by the systemic circulation seems to be entirely vanished from these organs, but morphological disturbances remained what explain the long lasting symptoms of the lonomism / Mestrado / Mestre em Farmacologia
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