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Obediência ou transgreção? Eis a questão! Crenças de professores de língua inglesa de cursos livres sobre a utilização do livro didáticoSouza, Arthur Manoel Cavalcante de 09 1900 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Letras, Departamento de Línguas Estrangeiras e Tradução, 2007. / Submitted by Luis Felipe Souza (luis_felas@globo.com) on 2008-11-19T17:10:05Z
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Dissertacao_2007_ArthurManoelCavalcante.pdf: 554158 bytes, checksum: 247a432daacb87d30180a315b5ece547 (MD5) / Este estudo objetivou a investigação das crenças sobre o livro didático de duas professoras experientes dentro de uma mesma instituição de ensino. A instituição tem investido cada vez mais em tecnologia de ponta, como um diferencial de mercado. Essa instituição também tem substituído os livros didáticos publicados por editoras internacionais por livros didáticos publicados por editora própria. O objetivo desta pesquisa foi investigar o impacto que a adoção de tais materiais próprios tem causado no corpo docente da instituição. Para tanto, foram convidadas duas professoras para participar de um estudo de caso em que teriam que: a) responder a um questionário sobre crenças; b) ceder uma entrevista a respeito das respostas do questionário; c) ter duas de suas aulas observadas na íntegra pelo pesquisador; d) preparar os planos de aula referentes a essas duas aulas; e e) ceder
entrevistas referentes aos eventos ocorridos durante as aulas observadas. O estudo identificou que uma das professoras tinha um perfil mais "obediente" em relação ao livro
didático e ao manual do professor, evitando fazer alterações. Ela também demonstrou estabelecer uma relação de inferioridade e de "senhor-escravo" com o autor do livro
didático, sempre seguindo as suas orientações e não se considerando apta a julgar e/ou avaliar as atividades propostas. A outra professora demonstrou ter um perfil mais "transgressor" em relação ao livro didático e ao manual do professor, fazendo alterações, omissões e adições sempre que julgava necessário, o que justificava segundo as necessidades dos alunos. Ela demonstrou estabelecer uma relação de igualdade com o autor do livro didático, "dialogando" com as atividades propostas, mantendo o que julgava adequado e modificando o que julgava necessário. O estudo conclui que ser "obediente" em relação ao livro didático pode estar relacionado a reificá-lo, o que implica a perda da habilidades desenvolvidas durante anos e a perda da noção do todo. Por sua vez, ser
"transgressor" em relação ao livro didático não necessariamente significa desrespeitá-lo ou desprezá-lo. Pelo contrário: o estudo demonstra que essa postura "transgressora" é reflexo de uma relação madura e autônoma do professor com o "autor" do livro, em que o
profissional se coloca na posição de interlocutor.
__________________________________________________________________________________________ ABSTRACT / This study aimed at the investigation of two experienced teachers’ beliefs about the coursebook within the same institution. The institution in question has increasingly invested in high technology, as a market diferential. This institution has also substituted the coursebooks published internationally for coursebooks published by its own publishing company. The aim of the present study was to investigate the impact that the adoption of such locally produced materials has caused on the teachers in the institution. In order to do so, two teachers were invited to participate in a case study in which they were asked to: a) answer a questionnaire on beliefs; b) give an interview on the answers given in the questionnaire; c) have two of their classes fully observed by the researcher; d) prepare the lesson plans correspoding to those lessons; and e) give interviews on the events that took place during the lessons observed. The study identified that one of the teachers had a more
“obedient” profile in relation to the coursebook and to the teacher’s guide, and she avoided changing the coursebook. She also demonstrated to have established an inferiority and
master-slave” relationship with the coursebook, always following its guidelines and not considering herself able to judge and/or assess the activitties proposed. The other teacher demonstrated to have a more “transgressive” profile in relation to the coursebook and to the teacher’s guide, altering, omitting and adding to the coursebook whenever she found it necessary, which she justified according to the students’ needs. She demonstrated to have established an equality relationship with the coursebook, “dialoguing” with the activities proposed, keeping what she found to be adequate and changing what she found necessary. The study concluded that “obedient” by the coursebook may be related to reifying it, which implies the loss of abilities developed through the years and the loss of the notion of the whole process. In turn, “rebelling” against the coursebook does not necessarily mean desrespecting or despising it. On the contrary: the study demonstrates that this
"transgressive” posture is the reflex of a mature and autonomous relationship between the teacher and the coursebook’s “author”, in which the professional places him/herself in the place of an interlocutor.
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