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Estado nutricional precoce e eletroestimulação cerebral no rato adulto: efeitos sobre a depressão alastrante corticalOLIVEIRA, Manuella Batista de 31 January 2008 (has links)
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Previous issue date: 2008 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / A eletroestimulação cortical repetitiva (ECr) aumenta a susceptibilidade à
depressão alastrante cortical (DAC) em ratos nutricionalmente normais (FREGNI, et al.,
2005). O presente trabalho investigou se as condições de lactação poderiam influenciar
os efeitos da ECr sobre a DAC. O estado nutricional foi manipulado durante o
aleitamento modificando-se o número de filhotes em cada ninhada, originando grupos
de lactação desfavorável (LD12), normonutrido (N6) e lactação favorável (LF3),
compostos por filhotes amamentados em ninhadas com 12, 6 e 3 lactentes,
respectivamente. Em outro grupo (D-DBR), a desnutrição foi induzida alimentando-se
as mães lactantes com dieta hipoprotéica ( Dieta Básica Regional , DBR, contendo 8%
de proteína). Do desmame (21 dias de idade) aos 60 dias, a dieta de manutenção do
biotério ( Labina , com 23% de proteína) foi oferecida a todos os filhotes. Nessa idade,
a DAC foi registrada em dois pontos de cada hemisfério cerebral por 2h (registro basal).
Em seguida, a ECr foi aplicada por 20 minutos no córtex esquerdo, por meio de um
eletrodo bipolar situado entre os eletrodos de registro da DAC. O registro da DAC
continuou por mais duas horas. A manipulação precoce do estado nutricional
influenciou, de maneira estatisticamente significante, os pesos corporais (o grupo DDBR
apresentou o menor peso e o grupo LF3 foi o mais pesado) e as velocidades de
propagação da DAC na vida adulta (LF3 < N6 < LD12 < D-DBR). Em todos os grupos,
a ECr aumentou a velocidade de propagação da DAC, no hemisfério estimulado [média
± epm, LF3 (14,65%±1,10), N6 (25,70%±5,05), LD12 (10,13%±1,70), D-DBR
(13,19%±1,02)] e, só no grupo LF3, também no hemisfério não-estimulado
(8,66%±1,38). A importância clínica da utilização desta técnica no tratamento de
distúrbios que envolvam a diminuição da excitabilidade cerebral, como acidentes
vasculares cerebrais, depressão maior e doença de Parkinson, tem sido destacada por
diversos autores (BENABID, 2003; FREGNI e PASCUAL-LEONE, 2007). Os efeitos
benéficos parece serem devidos ao aumento na excitabilidade cortical provocado pela
ECr. Mecanismos como o envolvimento de neurotransmissores e/ou íons e a geração de
potenciação de longo prazo poderiam explicar as modificações na velocidade da
DAC. Os resultados representam apoio científico para a compreensão dos efeitos da
estimulação elétrica em certas patologias neurais, associadas ou não a alterações
nutricionais durante o desenvolvimento cerebral, assim como para o uso da DAC como
modelo de estudo experimental destas abordagens terapêuticas, em associação com
condições nutricionais específicas prevalentes no período de desenvolvimento cerebral
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