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Justificação e acessibilidade : como e por que rejeitar o internalismo epistêmico? / Justification and accessibility : how and why to reject epistemic internalism?

Carvalho, Jéssica Franco de 07 April 2015 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Filosofia, 2015. / Submitted by Ana Cristina Barbosa da Silva (annabds@hotmail.com) on 2015-05-18T14:47:27Z No. of bitstreams: 1 2015_JessicaFrancodeCarvalho.pdf: 394755 bytes, checksum: d6faa6642940ca2176068e88b2db4b16 (MD5) / Approved for entry into archive by Guimaraes Jacqueline(jacqueline.guimaraes@bce.unb.br) on 2015-05-18T15:05:11Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2015_JessicaFrancodeCarvalho.pdf: 394755 bytes, checksum: d6faa6642940ca2176068e88b2db4b16 (MD5) / Made available in DSpace on 2015-05-18T15:05:11Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2015_JessicaFrancodeCarvalho.pdf: 394755 bytes, checksum: d6faa6642940ca2176068e88b2db4b16 (MD5) / O internalismo epistêmico e uma posição substantiva sobre a justificação epistêmica e, de maneira abrangente, sobre conceitos epistêmicos em geral, usualmente caracterizada em termos da adesão ao requisito de consciência. Esse requisito prescreve que uma crença e justificada somente se o agente tem consciência dos fatores que contribuem para a definição do status epistêmico da crença. Discutimos uma objeção posta por Michael Bergmann, que coloca em questão a efetividade de quaisquer perspectivas internalistas, e suas repercussões sobre diferentes alternativas, alegadamente internalistas; nomeadamente, o mentalismo e o disjuntivismo epistemológico. A objeção assume a forma de um dilema. Assim, se a consciência que o agente deve ter dos fatores que contribuem para a justificação da crença e forte – isto e, um tipo de consciência que envolve o agente conceber que um determinado fator e relevante para a justificação ou verdade da crença sustentada –, o internalismo e sujeito a um regresso que leva a uma conclusão cética, que possui repercussões amplas. Se a consciência que o agente deve ter dos fatores que contribuem para a justificação da crença e fraca – isto e, um tipo de consciência que não envolve o agente conceber que um determinado fator e relevante para a justificação ou verdade da crença sustentada –, o internalismo perde a motivação inicial de impor o requisito de consciência. Desse modo, em qualquer caso, o internalismo leva a conclusões indesejáveis e, portanto, deve ser rejeitado como uma posicao substantiva sobre a justificação. Defendemos que a objeção e parcialmente bem-sucedida e propomos algumas observações sobre o papel epistêmico que a exigência de acessibilidade cumpre no internalismo epistêmico. ________________________________________________________________________________ ABSTRACT / Epistemic internalism is a substantive position about epistemic justification and, in a comprehensive way, about epistemic concepts in general, usually characterized in terms of adherence to the awareness requirement. This requirement states that a belief is justified only if the agent is aware of the factors that contribute to the definition of the epistemic status of belief. We discussed an objection posed by Michael Bergmann, which calls into question the effectiveness of any internalist perspective and its effects on different alternatives allegedly internalist; in particular, mentalism and epistemological disjunctivism. The objection takes the form of a dilemma. Thus, if the awareness that the agent must have of the factors that contribute to the justification of belief is strong – that is, a type of awareness that involves the agent to conceive that a particular factor is relevant to the justification or truth of the belief held –, internalism is subject to a return that leads to a skeptical conclusion, which has wide repercussions. If the awareness that the agent must have of the factors that contribute to the justification of belief is weak – that is, a type of awareness that does not involve the agent to conceive that a particular factor is relevant to the justification or truth of sustained belief – internalism loses the initial motivation to impose the awareness requirement Thus, in any case, internalism leads to undesirable conclusions and therefore must be rejected as a substantive position about the justification. We argue that the objection is partly successful and we propose some observations about the epistemic role that the requirement of accessibility plays in epistemic internalism.
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Isto não é só um jogo: videogames e construção de sentidos / This is not just a game: videogames and meaning making

Magnani, Luiz Henrique 11 September 2014 (has links)
O trabalho propõe uma análise de relações possíveis entre videogames e construção de sentidos, buscando discutir diferentes abordagens e perspectivas teóricas que possam contribuir no entendimento do videogame enquanto objeto de estudo acadêmico. Indo além de uma perspectiva que possa restringi-lo a um exemplar contemporâneo de uma noção mais abstrata de jogo, abordo-o enquanto um objeto epistêmico (KNORR CETINA 2001) participante de constelações de saberes (SANTOS ET AL 2005) que podem entrar em conflito entre si. Isso, em uma sociedade em que a primazia do prestígio de práticas e conhecimentos científicos é marcante. Para tanto, busco enfatizar mais especificamente ao menos duas outras dimensões do videogame: sua materialidade enquanto mídia contemporânea e sua potencialidade, enquanto artefato cultural, em gerar efeitos sociais e discursivos específicos. Dentro disso, pontuo elementos que ajudam a problematizar como a especificidade técnica, cultural e de linguagem presente no que se entende atualmente como videogame pode dar formas a saberes e sentidos construídos na contingência do uso de tal artefato por seus jogadores. Essa questão mais ampla se efetivou em estudos exploratórios por meio de duas formas de análise: a observação de registros escritos em um fórum de fãs de futebol a respeito, basicamente, de um simulador do esporte (o Football Manager); entrevistas com quatro participantes desse fórum que tinham ou tiveram no uso do videogame em questão uma prática corrente. Isso, tendo como norte, principalmente, os seguintes pontos: i) de que modo a experiência situada e específica com o videogame pode se tornar pública ou manifesta em outros contextos; ii) que relações o jogador pode perceber, defender ou estabelecer contrapondo saberes e sentidos surgidos de uma interação com o videogame com saberes mais canônicos e esperados em contextos públicos e comunitários do qual participa iii) qual a função ou efeito essas experiências com videogames quando compartilhadas em situações concretas, socialmente inseridas, mas que não a de sua prática podem vir a exercer em comunidades mais amplas (ou seja, que envolvam sujeitos que não são jogadores de videogame). Tais estudos indicam que o videogame é percebido e utilizado por seus jogadores como um espaço diferenciado do futebol profissional, que seu uso enquanto fonte de saber na comunidade analisada é concreto embora não seja consensualmente validado e que essa falta de consenso não o impede de ser uma forma de conhecimento defendida e utilizada por diversos membros do grupo, influenciando as opiniões e perspectivas em debate no espaço em questão. Assim, deve-se considerar que videogames podem ter papel na construção das realidades que envolvem o sujeito, o que não resulta em confusão entre a prática de interagir com videogames e a prática social em outros contextos / The aim of this research is to analyze potential connections between videogames and meaningmaking through the discussion of different approaches and theoretical perspectives that might contribute to the understanding of the videogame as an object of academic study. Rather than considering a perspective that restricts the videogame as a contemporary sample of a more abstract notion of a game, I approach it as an epistemic object (KNORR CETINA 2001) participant of constellations of knowledge (SANTOS ET AL 2005) that may conflict with each other; especially in a society where the primacy of scientific practices and knowledge is remarkable. Therefore, I emphasize two dimensions of the videogame: its materiality as contemporary media and its potentiality as a cultural artifact that generates specific social and discursive effects. Within this framework, I point out elements that help to problematize how the specificity of technical, cultural, and linguistic issues regarding the current understanding of videogames can frame knowledges and meanings constructed in the contingency of interaction among players. Exploratory studies were carried out on two forms of analysis: the observation of written records in a forum of football fans mainly regarding a simulator called Football Manager; and interviews with four participants of this forum who used the simulator in a common practice. This research focused mainly on the following points: i) how the situated and specific experience with the videogame can be transformed and presented as a public or manifest knowledge in other contexts; ii) what kind of links a player may recognize, stand up for, or establish among knowledges and meanings when interacting with the videogame, and on the other hand, with those knowledges understood as canonical or expected in this second context; iii) what role (or effect) these experiences play when they are shared in socially embedded concrete situations by people who are not videogame players. The research results showed that: although players and non-players participants of this community share a common sense of separation between experiences from the professional football world and the interaction with Football Manager, and also the practice with the simulator is not consensual, regarding it as a valid source of knowledge, it does not exclude this experience as a form of knowledge held and used by different group members, which influenced opinions and perspectives under discussion in the forum. As a result, it must be considered that videogames play a significant role in the construction of realities that surround players. However, this construction does not represent confusion to the players\' perception between the practice of interacting with videogames and the different social practices in other contexts
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Cientificismo, religiosidade e racismo nas representações dos mayas na Historia Antigua de Yucatán (1883)

Saraiva, Diogo de Lima 27 February 2018 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Humanas, Departamento de História, Programa de Pós-graduação em História, 2018. / Trata-se de um estudo das representações dos mayas yucatecos veiculadas na obra Historia Antigua de Yucatán (1883) de autoria de Crescencio Carrillo y Ancona, um importante historiador e membro do clero da Igreja Católica que se tornou Bispo de Yucatán em 1887. A partir de uma abordagem discursiva das representações, baseada em Foucault e Stuart Hall, procuramos entender a “política” de tais representações, atentando para o modo como elas se constituíram em matrizes e efeitos de imaginários, crenças religiosas, discursos científicos, comportamentos, práticas, relações étnico-raciais e projetos políticos da elite yucateca em relação aos indígenas da península na segunda metade do século XIX. Com o aporte teórico de uma série de textos ligados ao giro decolonial buscamos explicitar a importância do eurocentrismo e do racismo epistêmico na produção de um discurso histórico sobre o indígena yucateco nesse momento. Para tanto, investigamos as condições de produção da obra; os modelos, epistemologias e regras que nortearam sua elaboração, bem como os sentidos, significados, discursos, identidades, valores, crenças, conceitos, tendências historiográficas, concepções políticas e raciais que informam as suas representações dos antigos mayas. A percepção da historicidade dessas representações possibilita, no presente, processos de questionamento, transformação e desnaturalização de imagens que endossaram a exclusão, inferiorização e marginalização dos mayas na construção da nação mexicana. / A study of the representations of Yucatec Mayas in the Historia Antigua de Yucatán (1883), an important historian and member of the Catholic Church who became Bishop of Yucatán in 1887. Based on a discursive approach of representations, based on Michel Foucault and Stuart Hall, we have sought to understand the “politics” of these representations, focusing on the ways in which they affected and begot worldviews, religious beliefs, scientific discourse, behaviors, pracices, ethno-racial relations and the political projects of the Yucatec elite in relation to the indigenous population of the peninsula in the second half of the 19th century. With the theoretical support of a series of texts connected to the decolonial turn, we have highlighted the role eurocentrism and epistemic racism played in the production of historiographic discourse on indigenous peoples during this time. To do so, we have investigated the work’s conditions of production; the models, epistemologies and rules which guided its elaboration, and well as the meanings, discourses, identities, values, beliefs, concepts, trends and political and racial conceptions which informed his representations of the ancient mayas. The perception of the historicity of these representations allows us, in the present, to undertake procedures of questioning, transformation and de-naturalization of the images which endorsed the exclusion, inferiorization and marginalization of the mayas and oter indigenous people in the construction of Mexican nationhood.
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Isto não é só um jogo: videogames e construção de sentidos / This is not just a game: videogames and meaning making

Luiz Henrique Magnani 11 September 2014 (has links)
O trabalho propõe uma análise de relações possíveis entre videogames e construção de sentidos, buscando discutir diferentes abordagens e perspectivas teóricas que possam contribuir no entendimento do videogame enquanto objeto de estudo acadêmico. Indo além de uma perspectiva que possa restringi-lo a um exemplar contemporâneo de uma noção mais abstrata de jogo, abordo-o enquanto um objeto epistêmico (KNORR CETINA 2001) participante de constelações de saberes (SANTOS ET AL 2005) que podem entrar em conflito entre si. Isso, em uma sociedade em que a primazia do prestígio de práticas e conhecimentos científicos é marcante. Para tanto, busco enfatizar mais especificamente ao menos duas outras dimensões do videogame: sua materialidade enquanto mídia contemporânea e sua potencialidade, enquanto artefato cultural, em gerar efeitos sociais e discursivos específicos. Dentro disso, pontuo elementos que ajudam a problematizar como a especificidade técnica, cultural e de linguagem presente no que se entende atualmente como videogame pode dar formas a saberes e sentidos construídos na contingência do uso de tal artefato por seus jogadores. Essa questão mais ampla se efetivou em estudos exploratórios por meio de duas formas de análise: a observação de registros escritos em um fórum de fãs de futebol a respeito, basicamente, de um simulador do esporte (o Football Manager); entrevistas com quatro participantes desse fórum que tinham ou tiveram no uso do videogame em questão uma prática corrente. Isso, tendo como norte, principalmente, os seguintes pontos: i) de que modo a experiência situada e específica com o videogame pode se tornar pública ou manifesta em outros contextos; ii) que relações o jogador pode perceber, defender ou estabelecer contrapondo saberes e sentidos surgidos de uma interação com o videogame com saberes mais canônicos e esperados em contextos públicos e comunitários do qual participa iii) qual a função ou efeito essas experiências com videogames quando compartilhadas em situações concretas, socialmente inseridas, mas que não a de sua prática podem vir a exercer em comunidades mais amplas (ou seja, que envolvam sujeitos que não são jogadores de videogame). Tais estudos indicam que o videogame é percebido e utilizado por seus jogadores como um espaço diferenciado do futebol profissional, que seu uso enquanto fonte de saber na comunidade analisada é concreto embora não seja consensualmente validado e que essa falta de consenso não o impede de ser uma forma de conhecimento defendida e utilizada por diversos membros do grupo, influenciando as opiniões e perspectivas em debate no espaço em questão. Assim, deve-se considerar que videogames podem ter papel na construção das realidades que envolvem o sujeito, o que não resulta em confusão entre a prática de interagir com videogames e a prática social em outros contextos / The aim of this research is to analyze potential connections between videogames and meaningmaking through the discussion of different approaches and theoretical perspectives that might contribute to the understanding of the videogame as an object of academic study. Rather than considering a perspective that restricts the videogame as a contemporary sample of a more abstract notion of a game, I approach it as an epistemic object (KNORR CETINA 2001) participant of constellations of knowledge (SANTOS ET AL 2005) that may conflict with each other; especially in a society where the primacy of scientific practices and knowledge is remarkable. Therefore, I emphasize two dimensions of the videogame: its materiality as contemporary media and its potentiality as a cultural artifact that generates specific social and discursive effects. Within this framework, I point out elements that help to problematize how the specificity of technical, cultural, and linguistic issues regarding the current understanding of videogames can frame knowledges and meanings constructed in the contingency of interaction among players. Exploratory studies were carried out on two forms of analysis: the observation of written records in a forum of football fans mainly regarding a simulator called Football Manager; and interviews with four participants of this forum who used the simulator in a common practice. This research focused mainly on the following points: i) how the situated and specific experience with the videogame can be transformed and presented as a public or manifest knowledge in other contexts; ii) what kind of links a player may recognize, stand up for, or establish among knowledges and meanings when interacting with the videogame, and on the other hand, with those knowledges understood as canonical or expected in this second context; iii) what role (or effect) these experiences play when they are shared in socially embedded concrete situations by people who are not videogame players. The research results showed that: although players and non-players participants of this community share a common sense of separation between experiences from the professional football world and the interaction with Football Manager, and also the practice with the simulator is not consensual, regarding it as a valid source of knowledge, it does not exclude this experience as a form of knowledge held and used by different group members, which influenced opinions and perspectives under discussion in the forum. As a result, it must be considered that videogames play a significant role in the construction of realities that surround players. However, this construction does not represent confusion to the players\' perception between the practice of interacting with videogames and the different social practices in other contexts
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Corpo e presença na Bíblia Sagrada / Body and presence in The Holy Bible

Cardoso, Dario de Araujo 25 August 2017 (has links)
Nesta tese, explicitamos os mecanismos de produção de sentido que discursivizam a Bíblia Sagrada como Palavra Revelada de Deus. Mostramos como o texto bíblico, na qualidade de enunciado marcado por pessoa, tempo e espaço definidos, constrói para si o sentido de discurso omnipessoal, omnitemporal e omniespacial promovendo o processo de significação e de permanência que o qualifica como texto fundador do cristianismo. Defendemos a tese de que o texto bíblico discursiviza de modo peculiar o mundo divino e seus atores e produz, em termos de presença, um impacto que mobiliza o enunciatário, como corpo sensível, a um fazer interpretativo que o sanciona e acolhe o conhecimento apresentado como Palavra Revelada de Deus. Dessa maneira, o discurso promove uma transformação no estado epistêmico do enunciatário e demanda dele uma resposta cognitiva e ética orientada pela axiologia cristã. Discutimos a formação e a delimitação do corpo actorial nas narrativas bíblicas do Evangelho de Lucas e em Atos dos Apóstolos. Utilizando o conceito de narratividade da enunciação, defendemos que esses textos constroem, por meio da enunciação enunciada, uma peculiar cena enunciativa em que o enunciador é o sujeito de uma performance que constitui o mundo divino, em que Deus é o arquienunciador e o Destinador transcendente. Esse movimento promove o estabelecimento de um contrato de veridicção também peculiar que faz com que o sobrenatural seja a expectativa do gênero e o meio de configuração e confirmação da presença divina. O deslocamento actancial do enunciador para um destinador compatível com a Palavra Revelada funda-se no conceito greimasiano de Destinador transcendente. Permeiam, pois, os movimentos de garimpo feito da discursivização da Palavra Revelada a Semiótica de raiz greimasiana e, a partir do instrumental da Semiótica tensiva, descrevemos os efeitos subjetais promovidos pela discursivização da presença divina no texto bíblico. O encadeamento de programas narrativos promove um ritmo assomo-resolução que mantém a tensão e o impacto sensível ao longo do texto. É um ritmo que gera também no enunciatário um esforço em busca da reorganização afetiva, o que é descrito como um pervir sensibilizado que ampara a transformação do estado epistêmico do sujeito. Por fim, entendemos ter comprovado que é possível e é viável examinar a Bíblia como um discurso entre outros, de modo que essa transformação epistêmica seja o fundamento para uma série de mudanças cognitivas e éticas que dão suporte a práticas cristãs como a própria leitura bíblica, a que sucedem a memorização de passagens, a participação em estudos bíblicos e sermões e a divulgação do conteúdo e da ética cristã a não crentes. / In this thesis we have specified the mechanisms of production of meaning that put The Holy Bible as discourse making it the Revealed Word of God. We show how the biblical text, as utterance marked by person, time and space set, builds for itself the sense of omni personal, omni temporal and omni spatial speech promoting the process of signification and residence that qualifies it as a founding text of Christianity. We defend the thesis that the biblical text put in discourse in a peculiar way the divine world and his actors and it produces, in terms of a presence, an impact that mobilizes the enunciatary, as sensitive body, to make the interpretive act that sanctions and receive the knowledge submited as Revealed Word of God. In this way, the discourse promotes a transformation in the epistemic state of enunciatary and demand a cognitive and ethical response guided by Christian axiology. We discuss the formation and delimitation of the actorial body in biblical narrative from the Gospel of Luke and the Acts of the Apostles. Using the concept of narrativity of enunciation, we demonstrate that, by means of the enunciate enunciation, this texts builds a peculiar enunciative scene in which the enunciator is the subject of a performance. This performance sets up the divine world where God is the arquienunciator and the Transcendent Destinador. This movement promotes the establishment of a peculiar veridiction contract that makes the supernatural to be installed as the expectation of the genre and the means of setting and confirming the divine presence. That actancial displacement of the enunciator to a destinator compatible with the Revealed Word is based on the greimasian concept of Transcendent Destinador. The moviments of minning done on the discourse of the Revealed Word permeate the greimasian semiotics and from the instrumental of the tensive semiotics, we describe the subjectals effects promoted by the constructed discourse of the divine presence in the biblical text. We demonstrate that the chaining of narrative programs promotes an astonishment-resolution rhythm that keeps the tension and the sensitive impact throughout the text. Its a rhythm who generates also in the enunciatary an effort in search of affective reorganization described as a sensibilized exercise that holds the transformation of the epistemic status of the subject. Finally, we understant to have confirm that is possible e viable to examine the Bible as a discourse among others, for what we show that this epistemic transformation is the basis for a series of cognitive and ethical changes that support Christian practices like reading the Bible, the memorization of passages, participating in Bible studies and sermons and the dissemination of Christian content and of ethics to non-believers.
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Corpo e presença na Bíblia Sagrada / Body and presence in The Holy Bible

Dario de Araujo Cardoso 25 August 2017 (has links)
Nesta tese, explicitamos os mecanismos de produção de sentido que discursivizam a Bíblia Sagrada como Palavra Revelada de Deus. Mostramos como o texto bíblico, na qualidade de enunciado marcado por pessoa, tempo e espaço definidos, constrói para si o sentido de discurso omnipessoal, omnitemporal e omniespacial promovendo o processo de significação e de permanência que o qualifica como texto fundador do cristianismo. Defendemos a tese de que o texto bíblico discursiviza de modo peculiar o mundo divino e seus atores e produz, em termos de presença, um impacto que mobiliza o enunciatário, como corpo sensível, a um fazer interpretativo que o sanciona e acolhe o conhecimento apresentado como Palavra Revelada de Deus. Dessa maneira, o discurso promove uma transformação no estado epistêmico do enunciatário e demanda dele uma resposta cognitiva e ética orientada pela axiologia cristã. Discutimos a formação e a delimitação do corpo actorial nas narrativas bíblicas do Evangelho de Lucas e em Atos dos Apóstolos. Utilizando o conceito de narratividade da enunciação, defendemos que esses textos constroem, por meio da enunciação enunciada, uma peculiar cena enunciativa em que o enunciador é o sujeito de uma performance que constitui o mundo divino, em que Deus é o arquienunciador e o Destinador transcendente. Esse movimento promove o estabelecimento de um contrato de veridicção também peculiar que faz com que o sobrenatural seja a expectativa do gênero e o meio de configuração e confirmação da presença divina. O deslocamento actancial do enunciador para um destinador compatível com a Palavra Revelada funda-se no conceito greimasiano de Destinador transcendente. Permeiam, pois, os movimentos de garimpo feito da discursivização da Palavra Revelada a Semiótica de raiz greimasiana e, a partir do instrumental da Semiótica tensiva, descrevemos os efeitos subjetais promovidos pela discursivização da presença divina no texto bíblico. O encadeamento de programas narrativos promove um ritmo assomo-resolução que mantém a tensão e o impacto sensível ao longo do texto. É um ritmo que gera também no enunciatário um esforço em busca da reorganização afetiva, o que é descrito como um pervir sensibilizado que ampara a transformação do estado epistêmico do sujeito. Por fim, entendemos ter comprovado que é possível e é viável examinar a Bíblia como um discurso entre outros, de modo que essa transformação epistêmica seja o fundamento para uma série de mudanças cognitivas e éticas que dão suporte a práticas cristãs como a própria leitura bíblica, a que sucedem a memorização de passagens, a participação em estudos bíblicos e sermões e a divulgação do conteúdo e da ética cristã a não crentes. / In this thesis we have specified the mechanisms of production of meaning that put The Holy Bible as discourse making it the Revealed Word of God. We show how the biblical text, as utterance marked by person, time and space set, builds for itself the sense of omni personal, omni temporal and omni spatial speech promoting the process of signification and residence that qualifies it as a founding text of Christianity. We defend the thesis that the biblical text put in discourse in a peculiar way the divine world and his actors and it produces, in terms of a presence, an impact that mobilizes the enunciatary, as sensitive body, to make the interpretive act that sanctions and receive the knowledge submited as Revealed Word of God. In this way, the discourse promotes a transformation in the epistemic state of enunciatary and demand a cognitive and ethical response guided by Christian axiology. We discuss the formation and delimitation of the actorial body in biblical narrative from the Gospel of Luke and the Acts of the Apostles. Using the concept of narrativity of enunciation, we demonstrate that, by means of the enunciate enunciation, this texts builds a peculiar enunciative scene in which the enunciator is the subject of a performance. This performance sets up the divine world where God is the arquienunciator and the Transcendent Destinador. This movement promotes the establishment of a peculiar veridiction contract that makes the supernatural to be installed as the expectation of the genre and the means of setting and confirming the divine presence. That actancial displacement of the enunciator to a destinator compatible with the Revealed Word is based on the greimasian concept of Transcendent Destinador. The moviments of minning done on the discourse of the Revealed Word permeate the greimasian semiotics and from the instrumental of the tensive semiotics, we describe the subjectals effects promoted by the constructed discourse of the divine presence in the biblical text. We demonstrate that the chaining of narrative programs promotes an astonishment-resolution rhythm that keeps the tension and the sensitive impact throughout the text. Its a rhythm who generates also in the enunciatary an effort in search of affective reorganization described as a sensibilized exercise that holds the transformation of the epistemic status of the subject. Finally, we understant to have confirm that is possible e viable to examine the Bible as a discourse among others, for what we show that this epistemic transformation is the basis for a series of cognitive and ethical changes that support Christian practices like reading the Bible, the memorization of passages, participating in Bible studies and sermons and the dissemination of Christian content and of ethics to non-believers.
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Sobre a possibilidade de um conteúdo estreito numa teoria bi-dimensional epistêmica / The possibility of a narrow content in a two-dimensional epistemic theory

Carolina Ignacio Muzitano 28 February 2012 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / O bi-dimensionalismo epistêmico é a tese de que os estados mentais de um indivíduo tem uma dupla divisão, tendo, então, um conteúdo amplo e um conteúdo estreito. Um conteúdo amplo é aquele cuja determinação depende em parte de propriedades extrínsecas ao sujeito: ou seja, é aquele que possui relação com o mundo externo ao sujeito, seja físico ou social. Já o conteúdo estreito é o conteúdo plenamente determinado por propriedades intrísecas ao sujeito, sem precisar recorrer a nada externo. Este conteúdo estreito será, de acordo com o bi-dimensionalismo de Jackson e de Chalmers, o conteúdo representativo de um estado mental, dado através de descrições sobre aquilo que o sujeito sabe e acredita sobre o mundo ao seu redor. O objetivo desta dissertação ao tratar sobre esta forma de bi-dimensionalismo é o de apresentá-lo como uma possível resposta para dois problemas gerados pela afirmação externalista de que nomes próprios e termos de tipos naturais são designadores rígidos e pela afirmação de que todo conteúdo de um estado mental é amplo. Estes dois problemas são a incompatibilidade do conteúdo amplo com o acesso privilegiado e a sua incompatibilidade com o papel explicatório que estados mentais intencionais parecem ter em relação aos comportamentos de um indivíduo, pois, se os indivíduos não possuem um acesso privilegiado aos conteúdos dos seus estados mentais, tal conteúdo amplo não poderá ser visto como sendo um causalmente relevante para os seus comportamentos. Contudo, os argumentos apresentados pelo externalismo semântico parecem ainda convincentes demais para considerar tais consequências como sendo um bom motivo para se abandonar a tese externalista. Além disso, vários exemplos do funcionamento da linguagem (como os casos do uso de nomes próprios e termos de espécies naturais) parecem indicar que o externalismo semântico é correto. Assim, neste trabalho, analisarei a teoria bi-dimensional à luz das afirmações externalistas sobre o significado e sobre a individuação dos conteúdos dos estados mentais, ou seja, como podendo ser uma teoria que, além de ser uma capaz de fornecer uma resposta viável para estes dois problemas, é também compatível com o conteúdo amplo da forma como é afirmado pelo externalismo. / The epistemic two-dimensionalism is the thesis that the mental states of a person have double division, possessing, therefore, a broad content and a narrow content. A broad content is the one whose determination depends partially on properties extrinsic to the individual: i.e., it is the one which is related to the world external to the individual, be it physical or social. On the other hand, the narrow content is the one completely determined by properties intrinsic to the individual, without the need of anything external. This narrow content is, according to Jacksons and Chalmers two-dimensionalism, the representative content of a mental state, presented through description of what the individual knows of and believes in the world around him. The objective of this dissertation dealing with this form of two-dimensionalism is to present it as a possible answer to two problems generated by the externalist affirmative that proper names and natural kind terms are rigid designators and the affirmative that all content in a mental state is broad. These two problems are the incompatibility of the broad content and the privileged access and its incompatibility with the explanatory role that intentional mental states seem to have regarding a persons behavior, for if people have no privileged access to the content of their mental states, such broad content cannot be seen as being causally relevant to their behaviors. However, the arguments presented by semantic externalism still seem too convincing to consider such consequences as being enough reason to all-together abandon the externalist thesis. Besides, a number of examples of languages functioning (as the use of proper names and natural kind terms) seem to point to the fact that semantic externalism is correct. Therefore, in this work, I shall analyze the two-dimensional theory under the light of externalist affirmatives on the meaning and on the individuation of the content of mental states, i.e., as being a thesis that not only is able to provide a viable answer to these two problems, but also is compatible with broad content as regarded by externalism.
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Sobre a possibilidade de um conteúdo estreito numa teoria bi-dimensional epistêmica / The possibility of a narrow content in a two-dimensional epistemic theory

Carolina Ignacio Muzitano 28 February 2012 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / O bi-dimensionalismo epistêmico é a tese de que os estados mentais de um indivíduo tem uma dupla divisão, tendo, então, um conteúdo amplo e um conteúdo estreito. Um conteúdo amplo é aquele cuja determinação depende em parte de propriedades extrínsecas ao sujeito: ou seja, é aquele que possui relação com o mundo externo ao sujeito, seja físico ou social. Já o conteúdo estreito é o conteúdo plenamente determinado por propriedades intrísecas ao sujeito, sem precisar recorrer a nada externo. Este conteúdo estreito será, de acordo com o bi-dimensionalismo de Jackson e de Chalmers, o conteúdo representativo de um estado mental, dado através de descrições sobre aquilo que o sujeito sabe e acredita sobre o mundo ao seu redor. O objetivo desta dissertação ao tratar sobre esta forma de bi-dimensionalismo é o de apresentá-lo como uma possível resposta para dois problemas gerados pela afirmação externalista de que nomes próprios e termos de tipos naturais são designadores rígidos e pela afirmação de que todo conteúdo de um estado mental é amplo. Estes dois problemas são a incompatibilidade do conteúdo amplo com o acesso privilegiado e a sua incompatibilidade com o papel explicatório que estados mentais intencionais parecem ter em relação aos comportamentos de um indivíduo, pois, se os indivíduos não possuem um acesso privilegiado aos conteúdos dos seus estados mentais, tal conteúdo amplo não poderá ser visto como sendo um causalmente relevante para os seus comportamentos. Contudo, os argumentos apresentados pelo externalismo semântico parecem ainda convincentes demais para considerar tais consequências como sendo um bom motivo para se abandonar a tese externalista. Além disso, vários exemplos do funcionamento da linguagem (como os casos do uso de nomes próprios e termos de espécies naturais) parecem indicar que o externalismo semântico é correto. Assim, neste trabalho, analisarei a teoria bi-dimensional à luz das afirmações externalistas sobre o significado e sobre a individuação dos conteúdos dos estados mentais, ou seja, como podendo ser uma teoria que, além de ser uma capaz de fornecer uma resposta viável para estes dois problemas, é também compatível com o conteúdo amplo da forma como é afirmado pelo externalismo. / The epistemic two-dimensionalism is the thesis that the mental states of a person have double division, possessing, therefore, a broad content and a narrow content. A broad content is the one whose determination depends partially on properties extrinsic to the individual: i.e., it is the one which is related to the world external to the individual, be it physical or social. On the other hand, the narrow content is the one completely determined by properties intrinsic to the individual, without the need of anything external. This narrow content is, according to Jacksons and Chalmers two-dimensionalism, the representative content of a mental state, presented through description of what the individual knows of and believes in the world around him. The objective of this dissertation dealing with this form of two-dimensionalism is to present it as a possible answer to two problems generated by the externalist affirmative that proper names and natural kind terms are rigid designators and the affirmative that all content in a mental state is broad. These two problems are the incompatibility of the broad content and the privileged access and its incompatibility with the explanatory role that intentional mental states seem to have regarding a persons behavior, for if people have no privileged access to the content of their mental states, such broad content cannot be seen as being causally relevant to their behaviors. However, the arguments presented by semantic externalism still seem too convincing to consider such consequences as being enough reason to all-together abandon the externalist thesis. Besides, a number of examples of languages functioning (as the use of proper names and natural kind terms) seem to point to the fact that semantic externalism is correct. Therefore, in this work, I shall analyze the two-dimensional theory under the light of externalist affirmatives on the meaning and on the individuation of the content of mental states, i.e., as being a thesis that not only is able to provide a viable answer to these two problems, but also is compatible with broad content as regarded by externalism.
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CETICISMO E ANTICETICISMO: UM ESTUDO A PARTIR DO PRINCÍPIO DE FECHAMENTO EPISTÊMICO / SKEPTICISM AND ANTI-SKEPTICISM: A STUDY BASED ON THE PRINCIPLE OF EPISTEMIC CLOSURE

Zarth, Fernando Henrique Faustini 30 August 2012 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / The identification and analysis of epistemic principles have enabled significant gains in the study of skepticism in recent decades; this does not mean that we are near a consensus about which principles should be accepted. Taking p for any proposition that we normally accept to be known, like here is a hand , and h for a skeptical scenario such p is not true, but just a illusion projected in my mind , the skeptical argument can be formalized as follows: (1) If S knows that p, then S knows that ~h; (2) S doesn t know that ~h, then (3) S doesn t know that p. The first chapter of this text presents a comprehensive analysis of this argument, where is pointed out that its cogency can be defended from a valid version of the epistemic closure principle. The second chapter deals with the antiskeptical strategy advocated by Fred Dretske, which attempts to refute the skeptic arguing against its first premise, by rejecting the closure principle. At the end of this chapter, it is argued that the Dretske's arguments fail to fulfill their goal, collapsing in the face of relevant objections. Finally, the third chapter examines the answer to the skeptic presented by Peter Klein. Based on a more sophisticated understanding of the epistemic closure principle, Klein suggests that the skeptic cannot build a plausible argument for (2). It is argued that this analysis of the problem is adequate and resists criticism of his objectors. / A identificação e a análise de princípios epistêmicos têm possibilitado ganhos significativos no estudo do ceticismo nas últimas décadas; contudo isso não significa que estejamos próximos de um consenso sobre quais princípios devam ser aceitos. Entendendo p como qualquer proposição que geralmente admitiríamos saber, como aqui há uma mão , e h como algum cenário cético incompatível com a verdade de p, tal como p não é verdade mas apenas uma ilusão projetada em minha mente , o argumento cético é comumente assim formalizado: (1) Se S sabe que p, então S sabe que ~h; (2) S não sabe ~h, logo, (3) S não sabe que p. O primeiro capítulo desta dissertação é destinado à análise detalhada das premissas desse argumento, onde é apontado que sua cogência pode ser mantida a partir da defesa de uma versão válida do princípio de fechamento epistêmico. O segundo capítulo trata da estratégia anticética defendia por Fred Dretske, que busca refutar o ceticismo atacando sua primeira premissa, rejeitando o princípio de fechamento. Ao término deste capítulo, é defendido que os argumentos de Dretske falham no cumprimento de seu objetivo, sucumbindo frente a importantes objeções. Finalmente, no terceiro capítulo, discorre-se sobre a resposta para o cético apresentada por Peter Klein. Partindo de uma compreensão mais sofisticada do princípio de fechamento epistêmico, Klein sinaliza que o cético não consegue construir um argumento plausível para (2). Defende-se que essa análise do problema é adequada e resiste às críticas de seus objetores.
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Pensamento abissal, colonialidade e as artes visuais em Cuiabá

Sanchez, Daniel Pellegrim 20 March 2015 (has links)
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De acordo com Aníbal Quijano (2000), a colonialidade é parte constitutiva da matriz colonial de poder e resulta de uma classificação racial/étnica seguida de hierarquização que se impõe à população mundial e que atua em diversos âmbitos, planos e dimensões, inclusive materiais e subjetivos, da escala e existência social cotidiana. O chamado racismo epistêmico, por sua vez, refere-se à hierarquia de dominação onde os conhecimentos produzidos por sujeitos ocidentais são considerados como superiores aos conhecimentos produzidos por sujeitos não ocidentais. Na arte, essas hierarquizações se dão por meio dos dualismos ―erudito‖ e ―popular‖, ―regional‖ e ―universal‖, entre outros, como também através de categorizações como arte primitiva, naïf, bruta, artesanal, étnica, cabocla, esquisita etc. Em Cuiabá não há nenhum curso de graduação em artes visuais, mas há uma grande quantidade de artistas autodidatas ("populares"); existem poucos equipamentos culturais e, em geral, administra-se o setor com baixo orçamento, quase sem políticas de intercâmbio. A falta de interesse do setor público somada ao direcionamento decorativo ou "espetacular" que o setor privado designa para as artes visuais no circuito local geram obstáculos intransponíveis para alguns artistas, instituindo um mundo à parte, de isolamento, invisibilidade ou, como disse Aníbal Quijano, "um beco sem saída" para aqueles que miram uma trajetória dentro instituições, equipamentos, eventos, circuitos autorizados/oficiais. Circuitos que, salvo algumas exceções, veem o ―sul do mundo‖ como menos capaz, subalterno no que concerne aos seus saberes, técnicas e artes. No que tange ao Brasil, essa hierarquia, com seus valores e procedimentos, é reproduzida internamente nas relações entre o circuito de arte de São Paulo e Rio de Janeiro com as outras cidades do país. Inspirados pelo conceito de pensamento único de Milton Santos, denominamos o circuito autorizado/oficial de trajeto único. O paradigma cuiabano das artes, por isso mesmo, gera inúmeras inquietações e angústias que estão a exigir esforços de decolonização e legitimação de modos outros da produção visual. Com isso, propomos, na esteira de Mignolo, conduzir ações orientadas por pensamentos de resistência, por noções como a de "pensamento de fronteira", de "desobediência epistêmica" e de "aesthesis decolonial", que venham desenganchar-nos da obrigatoriedade de trilhar o trajeto único do circuito hegemônico, nos reposicionando, redefinindo, ou seja, constituindo pluri-trajetórias em circuitos outros. / Articulated with the idea of Boaventura de Sousa Santos that modern Western thinking is an abysmal thought, this work proposes to verify the possible persistence of coloniality devices, divisions of social reality and epistemological dominance in the visual arts in Cuiabá, discussing issues related to racism, exploitation and other forms of violence or dehumanization. Additionally, aims to provide theoretical frameworks and tools for the ongoing construction of concepts, relationships and networks to be used to enhance and build decolonial aesthesis and subjectivities. This work is constituted by the study of the notions of coloniality and coloniality of the art, as well as by the investigation of this phenomenon in the art circuit in Cuiabá. According to Anibal Quijano (2000), coloniality is constitutive of the colonial matrix of power and results from a racial/ethnic classification followed by hierarchy that is imposed on the world's population and which operates in several spheres, planes and dimensions, including materials and subjectives of social scale and existence. The so-called epistemic racism, in turn, refers to the hierarchy of domination where the knowledge produced by Western individuals is considered as superior to knowledge produced by non-Western individuals. In art, these hierarchizations occur through the dualisms "classical" and "popular", "regional" and "universal", among others, as well as through categorizations as primitive, naive, crude, handmade, ethnic, cabocla, weird art etc. In Cuiabá there is no undergraduate degree in visual arts, but there are a lot of ("popular") self-taught artists; there are few cultural equipment and generally the sector is administered with low budget, almost without exchange policies. The lack of interest of the public sector plus the decorative direction or "spectacular" that the private sector refers to the visual arts in the local circuit g enerate insurmountable obstacles for some artists, establishing a world apart, of isolation, invisibility or, as Aníbal Quijano said, "a dead end" for those that target a trajectory within institutions, equipment, events, authorized/official circuits. Circuits that, with some exceptions, see the "South of the world" as less able, subaltern with respect to their knowledge, techniques and arts. With regard to Brazil, this hierarchy, with its values and procedures, is reproduced internally in the relations between the Sao Paulo and Rio de Janeiro art circuit with the other cities of the country. Inspired by the concept of the ―single thought‖ of Milton Santos, we call the authorized/official circuit by single path. The cuiabano paradigm of arts generates many concerns and anxieties that are demanding efforts of decolonization and legitimation of other visual production modes. Thus, we propose, in the wake of Mignolo, to conduct actions guided by resistance thoughts, notions such as "border thinking", of "epistemic disobedience" and "decolonial aesthesis", which will unhook us from the obligation to tread the single path of the hegemonic circuit, repositioning us, redefining, or constituting multi-paths in circuits others.

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