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O projeto OYE (2006) e a formação de professores de espanhol no Brasil: crise, desregulação e resistência(s) / El proyecto OYE (2006) y la formación de profesores Brasil: crisis, desregulación y resistencia(s)Cruz, Edilson da Silva 15 August 2016 (has links)
Este trabalho tem como objetivo descrever e analisar o Projeto OYE - Espanhol para professores, programa fruto de uma parceria entre Governo do Estado de São Paulo, Banco Santander, Portal Universia e Instituto Cervantes. Seu objetivo era capacitar professores da rede estadual para ministrar aulas de espanhol, visando a implementação da lei 11.161/05, que estabelecia a oferta obrigatória desta língua estrangeira como disciplina curricular do Ensino Médio. Partimos do conceito de campo, tal qual formulado por Bourdieu, como ferramenta de análise de constituição de um espaço disciplinar do espanhol para descrever as disputas e polêmicas que envolveram o anúncio, repercussão e desdobramentos desta proposta formativa. A existência de um mercado de formação docente nos possibilitou avaliar a perspectiva de cada grupo de agentes ou instituições envolvidas no OYE, a saber: a Secretaria de Estado da Educação de São Paulo (SEE), as instituições espanholas (IE) e os professores das universidades estaduais e outros profissionais que se opuseram à proposta. Dessa maneira, refletimos sobre dinâmicas e políticas que envolvem o lugar das universidades no Projeto OYE enquanto instituições responsáveis pela formação docente e preteridas pela SEE na citada parceria; as estratégias das instituições espanholas visando entrar no campo educativo e participar da elaboração e execução de políticas educativas; as ações do governo estadual paulista referentes à implementação da lei 11.161/05, considerando seu papel estatal de regulação dos processos educativos; a possibilidade de pensar a formação de professores como um momento que revela tensões relativas à entrada no campo de novos agentes. A partir da seleção de diversos textos públicos (cartas abertas, manifestos, projetos pedagógicos, pareceres legais, notícias veiculadas pela imprensa etc.), exploramos as práticas textuais e sociais que permeiam o OYE, permitindo-nos refletir sobre o alcance, consequências e alternativas a um mercado de formação docente pautado no discurso de culpabilização do professor e na centralidade de sua formação como estratégia para forjar a qualidade do ensino público. / Este trabajo tiene como objetivo describir y analizar el Proyecto OYE - Español para profesores, programa fruto de una asociación entre el Gobierno del Estado de São Paulo, Banco Santander, Portal Universia e Instituto Cervantes. Su objetivo era capacitar profesores de la red estadual para ministrar clases de español, pretendiendo la implementación de la ley 11.161/05, que establecía la oferta obligatoria de esta lengua extranjera como asignatura curricular de la Enseñanza Secundaria. Partimos del concepto de campo formulado por Bourdieu, como herramienta de análisis de la constitución de un espacio curricular del español, para describir las disputas y polémicas que involucraron el anuncio, repercusión y desdoblamientos de esta propuesta formativa. La existencia de un mercado de formación docente (SOUZA e SARTI, 2013) nos ha permitido evaluar la perspectiva de cada grupo de agentes o instituciones involucradas en el OYE, a saber: la Secretaría de Estado de Educación de São Paulo (SEE), las instituciones españolas (IE) y los profesores de las universidades estaduales y los demás profesionales que se opusieron a la propuesta. Así, reflexionamos sobre dinámicas y políticas que envuelven el lugar das universidades en el Proyecto OYE, como instituciones responsables por la formación docente y preteridas por la SEE en la citada asociación; las estrategias de las instituciones españolas objetivando entrar en el campo educativo y participar de la elaboración y ejecución de políticas educativas; las acciones del gobierno estadual paulista referentes a la implementación de la ley 11.161/05, considerando su papel estatal de regulación de los rocesos educativos; la posibilidad de pensar la formación de profesores como un momento que revela tensiones relativas a la entrada en el campo de nuevos agentes. A partir de la selección de diversos textos públicos (cartas abiertas, manifiestos, proyectos pedagógicos, pareceres legales, noticias vehiculadas por la prensa etc.), explotamos las prácticas textuales y sociales que traspasan el OYE y nos permiten reflexionar sobre el alcance, consecuencias y alternativas a un mercado de formación docente pautado en el discurso de culpabilidad del profesor y en la centralidad de su formación para establecer la calidad de la enseñanza pública.
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O projeto OYE (2006) e a formação de professores de espanhol no Brasil: crise, desregulação e resistência(s) / El proyecto OYE (2006) y la formación de profesores Brasil: crisis, desregulación y resistencia(s)Edilson da Silva Cruz 15 August 2016 (has links)
Este trabalho tem como objetivo descrever e analisar o Projeto OYE - Espanhol para professores, programa fruto de uma parceria entre Governo do Estado de São Paulo, Banco Santander, Portal Universia e Instituto Cervantes. Seu objetivo era capacitar professores da rede estadual para ministrar aulas de espanhol, visando a implementação da lei 11.161/05, que estabelecia a oferta obrigatória desta língua estrangeira como disciplina curricular do Ensino Médio. Partimos do conceito de campo, tal qual formulado por Bourdieu, como ferramenta de análise de constituição de um espaço disciplinar do espanhol para descrever as disputas e polêmicas que envolveram o anúncio, repercussão e desdobramentos desta proposta formativa. A existência de um mercado de formação docente nos possibilitou avaliar a perspectiva de cada grupo de agentes ou instituições envolvidas no OYE, a saber: a Secretaria de Estado da Educação de São Paulo (SEE), as instituições espanholas (IE) e os professores das universidades estaduais e outros profissionais que se opuseram à proposta. Dessa maneira, refletimos sobre dinâmicas e políticas que envolvem o lugar das universidades no Projeto OYE enquanto instituições responsáveis pela formação docente e preteridas pela SEE na citada parceria; as estratégias das instituições espanholas visando entrar no campo educativo e participar da elaboração e execução de políticas educativas; as ações do governo estadual paulista referentes à implementação da lei 11.161/05, considerando seu papel estatal de regulação dos processos educativos; a possibilidade de pensar a formação de professores como um momento que revela tensões relativas à entrada no campo de novos agentes. A partir da seleção de diversos textos públicos (cartas abertas, manifestos, projetos pedagógicos, pareceres legais, notícias veiculadas pela imprensa etc.), exploramos as práticas textuais e sociais que permeiam o OYE, permitindo-nos refletir sobre o alcance, consequências e alternativas a um mercado de formação docente pautado no discurso de culpabilização do professor e na centralidade de sua formação como estratégia para forjar a qualidade do ensino público. / Este trabajo tiene como objetivo describir y analizar el Proyecto OYE - Español para profesores, programa fruto de una asociación entre el Gobierno del Estado de São Paulo, Banco Santander, Portal Universia e Instituto Cervantes. Su objetivo era capacitar profesores de la red estadual para ministrar clases de español, pretendiendo la implementación de la ley 11.161/05, que establecía la oferta obligatoria de esta lengua extranjera como asignatura curricular de la Enseñanza Secundaria. Partimos del concepto de campo formulado por Bourdieu, como herramienta de análisis de la constitución de un espacio curricular del español, para describir las disputas y polémicas que involucraron el anuncio, repercusión y desdoblamientos de esta propuesta formativa. La existencia de un mercado de formación docente (SOUZA e SARTI, 2013) nos ha permitido evaluar la perspectiva de cada grupo de agentes o instituciones involucradas en el OYE, a saber: la Secretaría de Estado de Educación de São Paulo (SEE), las instituciones españolas (IE) y los profesores de las universidades estaduales y los demás profesionales que se opusieron a la propuesta. Así, reflexionamos sobre dinámicas y políticas que envuelven el lugar das universidades en el Proyecto OYE, como instituciones responsables por la formación docente y preteridas por la SEE en la citada asociación; las estrategias de las instituciones españolas objetivando entrar en el campo educativo y participar de la elaboración y ejecución de políticas educativas; las acciones del gobierno estadual paulista referentes a la implementación de la ley 11.161/05, considerando su papel estatal de regulación de los rocesos educativos; la posibilidad de pensar la formación de profesores como un momento que revela tensiones relativas a la entrada en el campo de nuevos agentes. A partir de la selección de diversos textos públicos (cartas abiertas, manifiestos, proyectos pedagógicos, pareceres legales, noticias vehiculadas por la prensa etc.), explotamos las prácticas textuales y sociales que traspasan el OYE y nos permiten reflexionar sobre el alcance, consecuencias y alternativas a un mercado de formación docente pautado en el discurso de culpabilidad del profesor y en la centralidad de su formación para establecer la calidad de la enseñanza pública.
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