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Ba-Vi: da assistência à torcida: a metamorfose nas páginas esportivas

Leandro, Paulo Roberto 26 February 2013 (has links)
167 f. / Submitted by Cynthia Nascimento (cyngabe@ufba.br) on 2013-02-26T13:29:01Z No. of bitstreams: 1 Paulo Roberto Leandro.pdf: 4054329 bytes, checksum: 4c6c87f24a17c8cf82293979bd0ea0b0 (MD5) / Approved for entry into archive by Alda Lima da Silva(sivalda@ufba.br) on 2013-02-26T17:25:47Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Paulo Roberto Leandro.pdf: 4054329 bytes, checksum: 4c6c87f24a17c8cf82293979bd0ea0b0 (MD5) / Made available in DSpace on 2013-02-26T17:25:47Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Paulo Roberto Leandro.pdf: 4054329 bytes, checksum: 4c6c87f24a17c8cf82293979bd0ea0b0 (MD5) / Este estudo, de caráter qualitativo, discute a instituição da torcida de futebol nas páginas esportivas de jornais de Salvador, Bahia, Brasil, no período entre 1932 e 2011. O estudo constou de pesquisa bibliográfica e de campo, utilizando-se para a análise, uma coleção de 326 textos de cobertura de jogos entre Bahia e Vitória, confronto que ficou conhecido como “clássico Ba-Vi”. Os fragmentos de textos referentes à torcida de futebol e expressões correlatas foram analisados a partir das descrições observadas, e identificam, mediante o conceito de auto-imagem, a instituição de um perfil de torcedor, que corresponde à condição de replicante de um mesmo padrão. Os torcedores escolhem as cores que correspondem ao time, posicionam-se em um mesmo local e, por meio do consumo de indumentária e símbolos identificados a seu clube, sentem-se pertencentes à comunidade imaginada de seu clube formando uma só alma grupal. A torcida é identificada como este grupo capaz de alcançar uma sensação descrita como “delírio” pelos jornalistas e que corresponde a um êxtase da atitude de torcer coletivamente por um time de futebol. Esta instituição do perfil da torcida deu-se com a superação de um estágio inicial, chamado pelos jornais de “assistência” e que correspondia a uma plateia cordial, quieta e capaz de valorizar os princípios desportivos originais. Ao instituir-se como torcida, o grupo passa por uma metamorfose que corresponde a mutações também no estádio, no mercado, na imprensa, na arrecadação proveniente da venda de ingressos, na relação do torcedor com a arbitragem e na transformação do jogador em ídolo consagrado pelos torcedores. Esta metamorfose, contada pelo jornalista na condição de historiador do cotidiano, é também instituída pelo jornal, na medida em que o conteúdo das páginas esportivas é distribuído, nos dias seguintes aos jogos relatados, pelas empresas de comunicação, aos leitores que são também torcedores de futebol. Com base nos resultados da pesquisa, pode-se dizer que os jornais fazem parte da realidade que institui a torcida, no sentido de agentes transmissores de informações, valores e princípios de inegável influência para a formação do perfil do grupo. No limiar de mais uma mudança para um período provisoriamente designado de pós-torcida, sugere-se o aprofundamento, num estudo futuro, das questões relacionadas ao jornalismo esportivo e à torcida de futebol. / Universidade Federal da Bahia. Faculdade de Comunicação. Salvador-Ba, 2011.

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