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Eficiência do pré-escrutínio rápido, revisão aleatória de 10% e critérios clínicos de risco como métodos de controle interno da qualidade dos exames citopatológicos cervicais / Efficiency of rapid prescreening, 10% random review and review based on clinical risk criteria as methods of internal quality control of cervical smear testingTAVARES, Suelene Brito do Nascimento 06 September 2007 (has links)
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Previous issue date: 2007-09-06 / Cytopathology is an effective method of screening for cervical cancer; however, this
method has high rates of false-negative results (FNR). To reduce FNR, routine
measures of internal and external quality control are required in laboratories. The
10% random review of negative smears (R-10%) is the most commonly used
method; however, it is not effective in reducing FNR. Nevertheless, there is evidence
that the review of smears selected according to clinical risk factors (RCRF) and rapid
prescreening (RPS) of all smears present good results. This study evaluated the
performance of RPS, R-10% and RCRF as methods of internal quality control of
cervical smear testing. The sample was composed of a total of 6,135 cervical
smears from women who had attended Basic Health Clinics in Goiânia Goiás
between March 2006 and March 2007. The cytopathological results were classified
according to the 2001 Bethesda System. Initially, 6,135 smears were submitted to
RPS followed by routine scrutiny (RS). Following RS, smears classified as negative
were selected on the basis of clinical risk criteria, while 10% of all the smears were
selected randomly, both sets then being submitted to the respective reviews. Four
cytologists were responsible for RPS, RS, R-10% and RCRF, and three for reviewing
the abnormal and discordant smears from any of the reviews. The smears classified
as negative in RPS, RS, R-10% and RCRF were considered to have a final diagnosis
(FD) of negative. Smears considered suspect or unsatisfactory at RPS were
analyzed separately by two other cytologists. Smears considered abnormal or
unsatisfactory at RS, R-10% and/or RCRF were likewise reviewed. When the two
reviewing cytologists reached concordant diagnoses, these were considered the FD.
Discordant results were analyzed by a third cytologist and a consensus meeting was
held to define the FD. All stages of the study were performed blinded except for the
consensus meeting. Smears classified as negative at RS, which were suspect at RPS and/or considered abnormal at R-10% and RCRF and confirmed abnormal in
the FD, were considered FN results. Of the 6,135 smears, 5,522 were classified as
negative, 84 as unsatisfactory and 529 as abnormal in the FD. Sensitivity of RPS
was 63.0% for all abnormalities and 96.7% for high-grade squamous intraepithelial
lesion (HSIL) compared to RS. The sensitivity of RPS was 74.9% for all
abnormalities and 95.0% for HSIL compared to FD. The sensitivity of R-10% was
53.8% for all abnormalities when compared to FD. R-10% failed to detect any cases
of HSIL. The sensitivity of RCRF was 64.0% for all abnormalities and 75.0% for HSIL
compared to the FD. RPS identified an additional 132 (2.15%) abnormal smears,
whereas R-10% and RCRF identified an additional 7 (0.11%) and 32 (0.52%),
respectively. In conclusion, RPS is an effective method of internal quality control and
has better sensitivity than R-10% and RCRF for the detection of FN results. It also
allows the FN rate of the laboratory to be monitored and permits continuous
evaluation of the prescreening cytologist and the routine screening cytologist. / O exame citopatológico é um método eficiente para prevenir o câncer do colo do
útero, no entanto, apresenta altas taxas de resultados falso-negativos (RFN). Para
reduzir os RFN, são necessárias medidas de controle interno e externo da qualidade
na rotina dos laboratórios. O método de revisão aleatória de 10% dos esfregaços
negativos (R-10%) é o mais utilizado, no entanto, não é eficiente para reduzir os
RFN. Porém, há evidências de que a revisão dos esfregaços selecionados por
critérios clínicos de risco (RCCR) e o pré-escrutínio rápido (PER) apresentam bons
resultados. Esse estudo comparou o desempenho do PER, R-10% e RCCR como
métodos de controle interno da qualidade dos esfregaços cervicais. A casuística foi
constituída por 6.135 esfregaços citopatológicos cervicais de mulheres atendidas
nas Unidades Básicas de Saúde de Goiânia GO, no período de março de 2006 a
março de 2007. Os resultados citopatológicos foram classificados de acordo com o
Sistema de Bethesda 2001. Inicialmente 6.135 esfregaços foram submetidos ao PER
e em seguida ao escrutínio de rotina (ER). Após o ER os esfregaços classificados
como negativos foram selecionados com base em critérios clínicos de risco e
aleatoriamente 10% do total de esfregaços e submetidos às respectivas revisões.
Quatro citologistas foram responsáveis pelo PER, ER, R-10% e RCCR e três pelas
revisões dos esfregaços alterados e discordantes em qualquer revisão. Os
esfregaços com resultados negativos no PER, ER, R-10% e RCCR foram
considerados diagnóstico final (DF). Os esfregaços com resultados suspeitos ou
insatisfatórios, pelo PER, foram analisados separadamente por dois outros
citologistas. Também os esfregaços cujos resultados foram considerados alterados
ou insatisfatórios pelo ER, R-10% e/ou RCCR foram igualmente revisados. Quando
os dois citologistas revisores emitiram diagnósticos concordantes estes foram
considerados DF. Os resultados discordantes foram analisados por um terceiro
citologista e em uma reunião de consenso foi definido o DF. Todas as etapas do
estudo foram realizadas às cegas, exceto na reunião de consenso. Os esfregaços
classificados como negativos pelo ER que foram suspeitos pelo PER e/ou alterados
nas R-10% e RCCR e confirmados pelo DF foram considerados RFN. Dos 6.135
esfregaços, 5.522 foram classificados como negativos, 84 como insatisfatórios e 529
como alterados pelo DF. A sensibilidade do PER foi de 63,0% para todas as
anormalidades e de 96,7% para lesão intra-epitelial escamosa de alto grau (HSIL)
quando comparado ao ER. A sensibilidade do PER foi de 74,9% para todas as
anormalidades e de 95,0% para HSIL quando comparado ao DF. A sensibilidade da
R-10% foi de 53,8% para todas as anormalidades quando comparado ao DF e não
detectou nenhuma HSIL, enquanto a sensibilidade da RCCR foi de 64,0% para
todas as anormalidades e de 75,0% para HSIL quando comparado ao DF. O PER
acrescentou 132 (2,15%) esfregaços alterados, enquanto que a R-10% e a RCCR
acrescentaram sete (0,11%) e 32 (0,52%), respectivamente. Enfim, o PER é uma
alternativa eficiente de controle interno da qualidade, apresentando maior
sensibilidade que as R-10% e RCCR na detecção de RFN. Permite, ainda, monitorar
a taxa de RFN do laboratório, assim como avaliar continuamente o desempenho
tanto do pré-escrutinador quanto do escrutinador de rotina.
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