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O ambiente deposicional da Formação Carajás e uma proposta de modelo evolutivo para a Bacia Grão Pará / The Carajás formation depositional environment and an evolntionary model pro posai for the Grão Pará BasinMACAMBIRA, Joel Buenano 20 August 2003 (has links)
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Previous issue date: 2003-08-20 / CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / Os grandes depósitos de ferro de Carajás pertencem à Formação Carajás, uma espessa (100-400m)
formação ferrífera bandada e laminada (jaspilito ), localizada no Estado do Pará, norte do Brasil. Esta
formação aflora quase continuamente por, pelo menos, 260km, em 60 depósitos, distribuídos em três
serras principais, São Félix, Leste e Carajás. A última é uma estrutura sinformal sub-dividida em serras
Sul e Norte. Este trabalho envolveu mapeamento, levantamento estratigráfico e amostragem para estudos
petrográficos, geoquímicos, isotópicos e geocronológicos na Serra Norte, onde a mineração está em
atividade e há bancadas e sondagens disponíveis.
Entre 2. 7 54 e 2. 7 44 Ma foram depositados, na razão de - 22m/Ma, níveis ( 4 J.lm a 3 cm) de chert
ou jaspe, alternados com magnetita-maghemita-hematita, a profundidades de 1 00-200m, localmente
afetados por correntes de fundo. Esse sedimento químico hidroplástico precipitou por supersaturação (Si)
e oxidação (Fe) a partir de águas de ressurgência, sendo que, sua base recebeu maior contribuição de
águas de fontes hidrotermais (L:REE=6,66; Eu*=3,54; (La/Yb),=l,52) que o topo (L:REE= 3,89;
Eu*=3,18; (La/Yb),==,66). Também, os teores de elementos maiores mostram maior variabilidade na
base que no topo. O jaspilito de Carajás tem duas vezes mais Ga (2lppm), Bi (6ppm) e Pb (18ppm) e sete
vezes mais Sb (7ppm) que a média mundial de rochas similares. A oxidação do Fe pode ter sido
promovida por atividade orgânica, evidenciada pelos delicados esferulitos de parede dupla e preservação
de kerogênio em siltitos de unidade pouco mais jovem. Uma localizada carbonatização hidrotermal afetou
o jaspilito, produzindo 1PC médio de --4,3 %op08 e dois grupos de õ180 (+24,9 a +15,4 e +12,8 a
+6,6%osMow ). São mínimos os registras de metamorfismo nessas rochas.
O trabalho regional, a compilação bibliográfica e as correlações da Formação Carajás com
unidades sobrejacentes das minas do Bahia e Azul permitem propor um modelo evolutivo para a Bacia
Grão Pará, iniciando com um rifteamento intracontinental, marcado por um vulcanismo basaltico
tholeiítico, com contaminação crusta! (2,76 Ga- U-Pb em zircão). O segundo estágio foi a deposição da
Formação Carajás sobre uma plataforma continental marinha, ampla, calma e influenciada pela
ressurgência de águas ricas em Fe e Si. Em um terceiro estágio, essa unidade foi recoberta por vulcânicas
associadas com sedimentação elástica (2,74 Ga - Pb-Pb em zircão). O quarto estágio compreende a
instalação de outro ambiente de plataforma continental onde se depositaram elásticas e carbonáticas (2,68
Ga- U-Pb em zircão). Inversão da Bacia e deposição fluvial fecham essa evolução. / The large Carajás iron ores belongs to the Carajás fonnation, which is a 1 00-400m thick banded
and laminated iron formation Gaspilite ), located at Pará state in North Brazil. This almost continuous
formation outcrops for at least 260km, in 60 ore deposits, distributed in three main ridges, São Felix, Leste
and Carajás. The last one is a sinformal structure sub-divided in South and North ridges. This work was
carried out on detailed mapping, stratigraphic raising and petrographic, geochemical, isotopic and
geochronological sampling of the North ridge, where the mining activity is currently running and bench
and drill-core are available.
Leveis ( 4 J.Ul1 to 3 cm) composed by chert or jasper alternated with magnetite-maghemite-hematite
was deposed between 2,754 and 2,744 Ma (22m/Ma) at depths of 100-200m, locally affected by bottom
currents. This hydroplastic chemical sediments precipitated by supersaturation (Si) and oxidation (Fe)
from upwelling waters where the base was richer in hydrothermal source waters (LREE=6,66; Eu*=3,54;
(La/Yb),=l,52) than the top (I:REE= 3,89; Eu*=3,18; (La/Yb),==,66). Besides, the major elements
content have more variability at base than top. The Carajás jaspilite have twice Ga (2lppm), Bi (6ppm),
Pb (18ppm) and seven times Sb (7ppm) than the world average for similar rocks. The Fe oxidation may
have be promoted by organic activity, attested by delicate double wall spherulites and kerogen
preservation in siltstones of a light younger unit. Local hydrothermal carbonatization has affected the
jaspilite producing 813C mean of -4.3%opoa and two groups of 8180 (+24,9 to +15,4 and +12,8 to
+6,6%osMow ). Otherwise, metamorphic imprints on this rocks are minimal.
Regional work, bibliographic compilation and correlations of the Carajás formation with
overlying units ofBahia and Azul mines leaves to propose a evolutionary model for the Grão Pará Basin,
initiated as a intracontinental rifting stage, marked by crusta! contaminated tholeiitic basalt volcanism
(2.76 Ga- U-Pb zircon ages). The second stage was the deposition ofthe Carajás formation over a wide,
quiet marine continental she1f, in:fluenced by upwelling of Fe-Si rich waters. In a third stage, the last was
recovered by volcanics associated with clastic sedimentation (2.74 Ga- Pb-Pb zircon ages). The fourth
stage comprises the installation of another continental shelf environment, where clastics and carbonate
rocks has deposed (2.68 Ga - U-Pb zircon ages). Basin inversion and fluvial deposition closes the
evolution.
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