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Sebastianismo e luta de raçasFerreira, Leonel da Costa January 2011 (has links)
Na aula de 21 de Janeiro de 1976, proferida no Collége de France, Michel Foucault faz uma breve referência ao Sebastianismo como exemplo de um discurso associado a uma contra-história. A alusão surge no contexto da análise das relações de poder e da discursividade subjacente à luta das raças. Trata-se de um discurso elaborado por autores como Coke ou Lilburne em Inglaterra e por Boulanvillier e Buat- Nançay em França, e cujo ponto de inteligibilidade é a divisão do corpo social e a consequente reactivação da guerra através de outros meios que não os do conflito armado. Este trabalho trata das condições de possibilidade do mito sebastianista e das suas metamorfoses. Não pretende apresentar uma delimitação categórica e definitiva daquilo que possibilitou o Sebastianismo no devir histórico, mas de uma proposta de confrontação entre grelhas de leitura que subjazem a um contexto político e cultural particular e a transfigurações discursivas e epistemológicas que não se restringiram à idiossincrasia nacional. Opondo-se ao discurso universal, totalizador, normativo e neutro da verdade jurídico-filosófica, o mito sebastianista assoma como a prédica do derrotado e do proscrito, põe em circulação a denúncia das injustiças cometidas e anuncia uma ordem outra. O Sebastianismo emerge, por conseguinte, não apenas como discurso desqualificado e estranho à tradição filosófica, mas afirma-se, sobretudo, como agente impulsionador das instituições e da ordem e como reactivação de uma guerra silenciosa no interior dos mecanismos de poder.
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Arqueologia(s) do poder : espaço público : um projecto político, antropológico e poiéticoBastos, Fernando José Rodrigues Evangelista Machado January 2010 (has links)
Tomando como referência a noção de poder e a forma da sua manifestação no exercício político ao longo da história do pensamento, procura-se, através de um atlas civilizacional pautado por autores de menção incontornável - sofistas, Platão, Aristóteles, S. Agostinho, T. More, Maquiavel, Campanella, Hobbes, J-J Rousseau, Hegel, Marx e Nietzsche - fazer uma arqueologia que seja capaz de desconstruir os artefactos teóricos que formatam as nossas idiossincrasias no espaço público. Arqueologia que, a partir de uma leitura política da filosofia desses autores, tem por objectivo compreender as dinâmicas contemporâneas que ocorrem no espaço público contemporâneo. Tendo em conta as soluções, ou utopias, que o passado convocou, pretende-se olhar as contradições e as tensões entre o individual e o social, entre o círculo totalitário e o horizonte democrático que vão eclodindo num espaço que confronta governantes e governados. A democracia ocidental assenta na ideia de um contrato social e político banalizado pelo tempo e pela história. Tal realidade, em certa medida, favoreceu o esquecimento dos seus princípios genésicos provocando uma clara separação, se não oposição, entre uma democracia formal e uma democracia que, ao incrustar-se no real, perde as suas referências teóricas, perde a sua forma e enraíza-se num poder, cuja vontade solipsista, é apenas expressão de quem o detém. Nesse sentido, a democracia, independentemente das suas formas, está instrumentalizada e esvaziada de sentido. A cidade, como espaço singular da vida dos homens e das suas organizações, impõe-se como limiar de situações-limite e do seu significado transformando-se, deste modo, como lugar privilegiado para uma semântica arqueológica. (...)
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O discurso de legitimação racional do poder moralizador e repressivoSantos, Rogerio Dultra dos January 2000 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Jurídicas. / Made available in DSpace on 2012-10-17T11:05:26Z (GMT). No. of bitstreams: 0Bitstream added on 2014-09-25T16:26:31Z : No. of bitstreams: 1
176652.pdf: 5924061 bytes, checksum: 64375f11a8877d7bbb5f697f20a08768 (MD5) / Análise do processo de constituição discursiva do [sistema político] que compõe o [Estado moderno] . Identifica, no conjunto teórico-político do filósofo inglês [Thomas Hobbes] (1588-1679), a fonte da legitimação [racional] do [poder] [repressivo] e [moralizador] do [Estado] a partir de um núcleo discursivo centrado na finalidade de pacificação e [segurança] derivado da institucionalização de um processo de [sociabilidade] , fundada no [contratualismo] . O trabalho divide-se em três capítulos: inicialmente, estabelece-se de que forma o processo de transmissão [retórica] da política se realiza na [filosofia] do autor, identificando-se primeiramente o [método historiográfico] -derivado de uma predileção pelo historiador grego [Tucídides] - e posteriormente a idéia de um [método científico] da política como instrumentos privilegiados de [doutrinação política] popular, os quais objetivam a [unidimensionalização] da [subjetividade] para a adequação ao modelo político identificado como ideal pelo autor; em um segundo momento, analisa-se os fundamentos do [discurso] que identifica uma única possibilidade de constituição social e a dinâmica desta moralização coletiva, justificada através da normalização das [paixões humanas] ; no último capítulo, define-se os pretextos discursivos para a sedimentação jurídico-moral deste modelo da política -nos termos traçados no [Leviatã] - a simbologia necessariamente moderna e instrumental do aparelho estatal hobbesiano e a formalização jurídica do processo repressivo e moralizador através da [autorização].
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Qual é o lógos da aísthesis no Teeteto?Santos, Gislene Vale dos 24 October 2012 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Filosofia, Florianópolis, 2010 / Made available in DSpace on 2012-10-24T23:34:21Z (GMT). No. of bitstreams: 1
286992.pdf: 1084686 bytes, checksum: b24ffc7fab9bc4a1ed311e6dc3a4d1b7 (MD5) / A aísthesis é, neste estudo, tematizada a partir do pensamento de Platão, prioritariamente no diálogo Teeteto. A letra platônica, neste diálogo, se move em busca da resposta à questão tí estin epistéme? Três são as perspectivas elaboras a ela; a saber, aísthesis, aléthès dóxa e aléthès dóxa metá logou, todas insuficientes para o arremate da questão. Nessa insuficiência é construída a dissertação, acompanhando as respostas e extraindo delas o que seja aísthesis para cada uma; almejamos, com isso, ultrapassar a identificação entre epistéme, aísthesis e a teoria protagórica oferecida na primeira resposta à questão. Essa ultrapassagem é demarcada pela postura do lógos na sua relação com a aísthesis. Desde ele a aísthesis é rearticulada no corpo do diálogo, fornecendo as dóxai decorrentes dessa relação: aléthès dóxa e pseudes dóxa. O intuito do trabalho não é cunhar o que seja conhecimento (epistéme), antes, sua contraparte mais elementar - a aísthesis -, esta compreendida desde o pensamento platônico que vige no Teeteto.
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O legado filosófico de B. F. SkinnerBatista, Thiagus Mateus January 2007 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas. Programa de Pós-Graduação em Filosofia. / Made available in DSpace on 2012-10-23T03:10:57Z (GMT). No. of bitstreams: 1
247093.pdf: 546142 bytes, checksum: b3fca3f78abb365ec73905449f69779d (MD5) / O behaviorismo radical é a filosofia da Análise Experimental do Comportamento. Definindo a perspectiva behaviorista dessa maneira, Skinner privilegiou a investigação dos fundamentos epistemológicos da Psicologia. Contudo, a literatura crítica tem negligenciado esse ponto central, pois é como Filosofia da Psicologia que a perspectiva behaviorista radical demonstra mais claramente sua natureza e relevância. A investigação mais detalhada do behaviorismo radical se justifica na medida em que permite o desenvolvimento da Psicologia como a ciência do comportamento e o refinamento da avaliação epistemológica dos temas envolvidos. Para tanto, neste trabalho, são apresentadas as influências filosóficas iniciais sofridas por Skinner e incorporadas no behaviorismo radical; a concepção geral de Skinner acerca do que é Ciência, sendo um dos fatores mais importantes, a responsabilidade dos cientistas pela aplicação do conhecimento científico; as críticas de Skinner sobre a metodologia de pesquisa formalista e a defesa de uma abordagem empírica; a concepção de teoria científica defendida por Skinner, desfazendo, inclusive, sua fama de antiteórico; o estabelecimento da busca por ordem como princípio epistemológico fundamental; e os principais elementos que constituem uma explicação científica válida para o behaviorismo radical: a noção de análise funcional, as concepções de conhecimento e verdade e a predição e o controle, seguindo o ideal tecnológico, como objetivos da Psicologia.
Radical behaviorism is the philosophy of behavior experimental analysis. Defining the behaviorist perspective this way, B. F. Skinner favored the investigation of the epistemological grounds of psychology. However, many relevant critical assessments have neglected this fundamental point, for it is as a philosophy of psychology that the radical behaviorist approach can be understood in its fullest, clearest sense. A more detailed analysis is justified since it allows the development of psychology as a behavioral science, as well as the refinement of the epistemological issues involved. My aim is to accomplish such a study, discussing (1) the early philosophical influences on Skinner that were later incorporated into radical behaviorism; (2) Skinner's general conception of science; (3) his criticism of formalist research methodologies, together with his defense for an empirical approach; (4) the concept of theory championed by him (therefore contradicting his 'anti-theoretic' fame); (5) his establishment of the 'search for order' as the fundamental epistemological principle of research; and lastly, (6) the main elements that constitute a valid scientific explanation, in radical behaviorist terms: the notion of functional analysis and the conceptual pairs 'knowledge and truth' and 'control and prediction', which follow the technological ideal and are put forth as the goals of psychology.
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A racionalidade prática como fundamentação do agir moralBerretta, Fabiana Bartolo January 2007 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas. Programa de Pós-graduação em Filosofia / Made available in DSpace on 2012-10-23T07:22:30Z (GMT). No. of bitstreams: 1
258946.pdf: 465322 bytes, checksum: 92e8a9cb312ee15da8c4bc361d44a300 (MD5) / O objetivo deste trabalho é apresentar a Doutrina da Inteligência de Tomás de Aquino em seu no caráter realista, assim como suas repercussões no âmbito do agir moral. Pretende demonstrar a estrutura e as operações naturais da Inteligência, sua forma de conhecimento da realidade e seu papel moral de fundamentação do agir humano ao exercer a Racionalidade Prática.
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Tópicos em teoria de quase-conjuntos e filosofia da física quânticaArenhart, Jonas Rafael Becker January 2008 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas. Programa de Pós-Graduação em Filosofia. / Made available in DSpace on 2012-10-23T19:25:49Z (GMT). No. of bitstreams: 1
258867.pdf: 626198 bytes, checksum: 2578063a9854ee0284778f1d2263810a (MD5) / Segundo alguns autores, a Mecânica Quântica não-relativista é compatível com duas posturas metafísicas distintas: uma em que os objetos com os quais ela trata são indivíduos, e outra, na qual esses objetos são não-indivíduos. Neste trabalho consideraremos a segunda opção, buscando explicar em que sentido podemos entender esta não-individualidade, e como podemos tratar formalmente com esta noção. Uma resposta possível, a que será considerada neste trabalho, é que podemos utilizar uma teoria de Quase-Conjuntos Q, que trata formalmente com certos itens que podem ser entendidos como representando não-indivíduos, no sentido de que nem a identidade nem a diferença fazem sentido para eles. Duas questões relacionadas com a teoria de Quase-Conjuntos serão tratadas. O primeiro é uma conseqüência da particular maneira como os não-indivíduos são representados na teoria Q. Sem a noção de identidade para estes itens, torna-se difícil generalizar as definições usuais de cardinal para coleções de não-indivíduos, já que a identidade é necessária nestes casos. Assim, apresentaremos uma definição para cardinais finitos distinta das usuais, que possa envolver os casos em que objetos sem identidade estejam presentes. O segundo problema que discutiremos consiste em uma aplicação da teoria Q. Apresentaremos uma lógica de primeira ordem cuja motivação principal consiste em tratar adequadamente não-indivíduos, que podem obedecer a uma relação primitiva de indistinguibilidade, mas não obedecem a relação de identidade. Exibiremos uma semântica para esta lógica tendo a teoria Q como metalinguagem, e argumentaremos que, em geral, ela preserva as motivações para se propor tal lógica. Por fim, generalizamos esta semântica para linguagens de primeira ordem em geral, permitindo que itens que representam os não-indivíduos estejam no domínio de interpretação.
According to some authors, Non-relativistic Quantum Mechanics is compatible with two distinct metaphysical views: one in which the objects it deals with are individuals, while the other one consider these objects as non-individuals. In this work, we pursue the second option, trying to explain how this non-individuality can be understood, and how to provide a formal treatment of this notion. We analyze a possible answer to these questions, more specifically, we consider that a quasi-set theory Q can be used for some purposes, a theory in which some items can be seen as representing non-individuals, in the sense that neither identity nor difference make sense for them. Two basic questions related to the quasi-set theory are then treated. The first one follows from the particular way in which non-individuals are represented within Q. Without the notion of identity for these items, it becomes difficult to generalize to collections of non-individuals the standard definition of cardinality. So, we present a definition of finite cardinals which differs from the usual ones, and then we discuss how we can treat the cases involving objects without identity. The second question we discuss consists in an application of the theory Q. We present a first order logic whose main motivation consists in trying to deal adequately with non-individuals, and although an identity relation cannot hold between non-individuals, they can still figure in an indistinguishability relation. A semantic for this logic is constructed using Q as its metalanguage, and we suggest that this particular semantics preserves the motivations to propose this logic. Finally, this semantics is generalized to first order languages in general, allowing for items representing non-individuals to figure in the domain of interpretation.
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Carnap e Neurath sobre enunciadois protocolaresCunha, Ivan Ferreira da January 2008 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas. Programa de Pós-Graduação em Filosofia. / Made available in DSpace on 2012-10-24T06:17:27Z (GMT). No. of bitstreams: 1
254973.pdf: 772616 bytes, checksum: fdc09e22cbe1be967ca58368f4dce72f (MD5) / Em 1928, Rudolf Carnap apresentou sua proposta de uma reconstrução racional do conhecimento, a qual tomou a forma de uma estrutura fundacionalista cuja base era formulada em uma linguagem fenomenalista; em tal sistema, os dados dos sentidos (Erlebnissen) de um sujeito são a base última para a justificação de todo o conhecimento. Posteriormente, como resultado dos debates com Otto Neurath, que sustentava uma concepção falibilista da ciência, Carnap gradualmente mudou sua concepção a respeito da base do sistema e dos enunciados básicos que a descrevem, culminando no artigo #On Protocol Sentences#, no qual podemos encontrar uma visão convencionalista da ciência. O debate Carnap-Neurath foi motivado por suas diferenças em lidar com os enunciados protocolares, e nos leva à conclusão de que suas concepções diversas acarretam importantes diferenças nos próprios resultados da reconstrução racional do conhecimento e também na imagem da ciência proveniente de tal reconstrução.
In 1928 Rudolf Carnap put forward his proposal of a rational reconstruction of knowledge, which took the form of a foundationalist structure whose basis was formulated in a phenomenal language; a subject.s sense data (Erlebnissen) is in such system the ultimate basis of all justification of knowledge. Afterwards, as a result of Carnap.s debates with Otto Neurath, who held a falibilist conception of science, Carnap gradually changed his own conception of the system.s basis and the basic statements describing it, culminating in the paper ¡°On Protocol Sentences,¡± in which a conventionalist view of science can be found. The Carnap-Neurath debate has been motivated by their differences in dealing with protocol statements, and one is lead to conclude that their different views amount to important differences in the very results of rational reconstruction of knowledge, as well as the image of science which stems from such reconstruction.
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Ser e verdadeSchiochett, Daniel 24 October 2012 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Filosofia, Florianópolis, 2009 / Made available in DSpace on 2012-10-24T10:32:11Z (GMT). No. of bitstreams: 1
276068.pdf: 972220 bytes, checksum: 649eae18ea4866c1ace74d1b2cc4958c (MD5) / A partir de uma perspectiva heideggeriana, são discutidas as noções de potência (força) e verdade nos capítulos 1, 2, 3 e 10 do livro Theta da Metafísica de Aristóteles. O objetivo é mostrar como é possível, senão necessário, compreender o sentido do ser já em Aristóteles, não a partir de uma propriedade ôntica, mas a partir do seu próprio acontecer. Isso significa que o sentido do ser, que fora confundido simplesmente com a noção de mera característica presente no ente, e esta identificada com a noção de substância em Aristóteles, foi por Heidegger pensado a partir de outro registro. O ser, para Heidegger, deve ser compreendido a partir do seu horizonte temporal de aparecimento, preconizado nesta dissertação pelas noções de ato e potência. O sentido do ser depende fundamentalmente de uma atitude operativa do homem, o lógos. Por meio do lógos os entes podem fazer sentido e virem ao encontro do homem nas ocupações. Se o lógos é uma atitude operativa vinculada ao sentido do ser, aquilo que ele fala do ser não é mais simplesmente algo que corresponde ou não ao ser. A verdade do lógos não é mais a verdade por correspondência e sim a verdade que reflete o próprio sentido do ser. Esse percurso é realizado a partir da leitura fenomenológico-hermenêutica que Heidegger faz de Aristóteles. / From a Heideggerian perspective, concepts of potency (force) and truth are discussed on the chapters 1, 2, 3 and 10 of Metaphysics' Theta by Aristotle. With this in mind our objective is to demonstrate how we can understand the sense of Being already in Aristotle, not from an ontic property but from its own happening. It means that the sense of Being, before simply confused as a mere characteristic of the being and identified with Aristotle's notion of substance, it was thought by Heidegger from another register. In accordance with Heidegger, the Being must be understood from its time horizon of appearance, introduced by notions of action and potency. The sense of Being fundamentally depends on Men's operative attitude, called lógos. Through lógos beings may make sense and come to meet Men on their occupations. If lógos is an operative attitude linked to the sense of Being, what it says is no longer just something that matches or not to Being. Lógos truth is not the truth by correspondence, but the truth that reflects the very meaning of Being. In face of it, this path is based on the phenomenological-hermeneutic reading that Heidegger makes about Aristotle.
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Ceticismo e certeza em René DescartesZimmermann, Flávio Miguel de Oliveira January 2005 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas. Programa de Pós-Graduação em Filosofia. / Made available in DSpace on 2013-07-16T01:51:48Z (GMT). No. of bitstreams: 1
220874.pdf: 627215 bytes, checksum: 7b7cb39ef0f0e91c095baaec76e9c0aa (MD5) / O filósofo René Descartes formulou um modelo revolucionário para a filosofia de seu tempo, tendo como ponto de partida o desafio cético. Seu consentimento voluntário às inquietações sustentadas pelos seus antagonistas possibilitou-o a encontrar uma nova forma de resolver o impasse. A prova oferecida por ele, envolvendo o uso adequado da razão, é descrita na máxima "cogito ergo sum" ou "ego sum, ego existo", acompanhada da legitimada divina. Mas, ao invés de trazer conforto às mentes aflitas pelo conhecimento certo e verdadeiro, a certeza cartesiana acabou tendo que se defrontar, desde o tempo em que foi elaborada, com inúmeros adversários e opositores. O método da dúvida, enquanto alicerce de um sistema de pensamento filosófico, bem como, cada etapa do processo em que seu autor examina as próprias idéias, também foram alvos de críticas e questionamentos. Descartes foi acusado de fomentar um ceticismo ilegítimo, que pudesse ser refutado pela experimentação prática, e de ter incorrido em diversas falácias na fundação de suas primeiras certeza. A partir da análise de leitores de seu tempo e de atuais estudiosos, a presente dissertação tem por objetivo trazer ao debate a controvérsia envolvendo estes aspectos do pensamento cartesiano, e identificar, sempre que possível, as respostas do autor às réplicas apresentadas pelos seus oponentes. Os resultados obtidos indicam a possibilidade da dúvida metódica e de sua solução, desde que compreendida como passível de ser aplicada exclusivamente ao sujeito que reconhece a existência e efetividade da dúvida. A verdadeira crítica ao presente sistema, porém, em vez da acusação de falácias lógicas na argumentação rigorosa de Descartes, poderia estar na renúncia do ponto de partida de seu projeto de filosofia.
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